O documento descreve a invasão holandesa do Brasil no século XVII, começando pela conquista da Bahia em 1624 e depois de Pernambuco entre 1630-1635. João Maurício de Nassau foi enviado para administrar o território conquistado em 1637, onde se destacou reconstruindo a economia açucareira e promovendo a urbanização e a liberdade religiosa.
O documento descreve a invasão holandesa do Brasil no século XVII, começando pela conquista da Bahia em 1624 e depois de Pernambuco entre 1630-1635. João Maurício de Nassau foi enviado para administrar o território conquistado em 1637, onde se destacou reconstruindo a economia açucareira e promovendo a urbanização e a liberdade religiosa.
O documento descreve a invasão holandesa do Brasil no século XVII, começando pela conquista da Bahia em 1624 e depois de Pernambuco entre 1630-1635. João Maurício de Nassau foi enviado para administrar o território conquistado em 1637, onde se destacou reconstruindo a economia açucareira e promovendo a urbanização e a liberdade religiosa.
A primeira investida holandesa ocorreu em 1624, na Bahia. A campanha
foi organizada e financiada pela Companhia das índias Ocidentais, que recebera o monopólio por 24 anos de navegação, comércio, transportes e conquista de todas as terras da costa atlântica na América e na África.
A força holandesa chegou à cidade de Salvador com 26 navios, centenas
de canhões e mais de três mil homens. Os portugueses nada puderam fazer, pois não dispunham de tropas suficientes para deter os invasores. Em 1625, porém, uma esquadra luso-espanhola bem armada retomou a capital da colônia. A Companhia das índias Ocidentais contou com as pilhagens de Piet Hein e outros corsários para financiar um segundo ataque às terras da colônia. Dessa vez, o alvo escolhido foi a capitania de Pernambuco.
Em 1630, uma armada holandesa ocupou Olinda e o Recife. Contudo, os
invasores ficaram isolados nos núcleos urbanos, devido à resistência dos portugueses liderados pelo governador Matias de Albuquerque. Ele organizou suas defesas numa elevação próxima das áreas invadidas, o Arraial do Bom Jesus, de onde lançou contínuos ataques e emboscadas, dificultando por cinco anos a expansão dos adversários.
Entre 1632 e 1635, com reforços vindos da Europa e a ajuda de
moradores da terra, os holandeses conquistaram pontos decisivos como a Ilha de Itamaracá, a Paraíba, o Rio Grande do Norte e, por fim, o Arraial do Bom Jesus, consolidando a ocupação de Pernambuco. NASSAU: SOLDADO E HUMANISTA O conde João Maurício de Nassau-Siegen chegou ao Recife, em princípios de 1637, para administrar o território conquistado. Encontrou a produção açucareira em total desorganização, graças à retirada de inúmeros proprietários rurais para a Bahia, à destruição de engenhos e canaviais e, em especial, às fugas de escravos. Assim, os primeiros anos de administração de Nassau foram dedicados à reconstrução da economia açucareira. Para tal, ele mandou conceder empréstimos para a aquisição dos engenhos abandonados e a reconstrução dos destruídos. A iniciativa fez com que boa parte dos senhores de engenho estabelecesse vínculos cordiais com os invasores.
O desempenho militar de Maurício de Nassau foi expressivo: ocupou
Alagoas e tomou o forte português que defendia a costa do Ceará, embora tenha fracassado num ataque a Salvador em 1638. Mas foi como administrador que seu nome se imortalizou. Para contornar as sucessivas crises de desabastecimento, Nassau obrigou os proprietários de terras a cultivar mandioca, na proporção do número de pessoas que teriam de alimentar dentro de seus engenhos. Maurício de Nassau instituiu um regime de liberdade relativa no comércio, ou seja, de livre comércio para os moradores das capitanias conquistadas que tivessem capital investido em engenhos. E procurou, com habilidade, conciliar os interesses da heterogênea população que convivia no Recife: colonos nascidos no território, portugueses, holandeses, franceses e ingleses, católicos, calvinistas e judeus, índios e negros escravos. A administração de Nassau também promoveu a urbanização de um bairro do Recife, que denominou Cidade Maurícia, para torná-lo o centro do poder holandês no Brasil, e incentivou o trabalho dos artistas e estudiosos que trouxera para o Nordeste quando veio da Europa. Artistas como Frans Post e Albert Eckhout criaram importantes registros do Brasil holandês.