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INSTITUTOSUPERIOR DEESTUDOS
SUPERIOR DE ESTUDOSDEDE DEFESA
DEFESA
TENENTE-GENERAL ARMANDO
“TENENTE-GENERAL EMILIO
– ARMANDO GUEBUZA
GUEBUZA”

Aconselhamento Psicológico I

Curso de Licenciatura
MSC Jorge M. Mitula

Aula 1: Apresentação do Professor e da Disciplina

MACHAVA, Mar. de 2023


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TENENTE-GENERAL ARMANDO
“TENENTE-GENERAL EMILIO
– ARMANDO GUEBUZA
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Agenda

1. Apresentar o Aconselhamento Psicológico como Disciplina

2. Apresentar as Competências adqueridas pelos estudantes no estudo

da disciplina

3. Apresentar os Objectivos Gerais da disciplina do

Aconselhamento Psicologico.

4.Apresentar os conteúdos programáticos.


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TENENTE-GENERAL ARMANDO
“TENENTE-GENERAL EMILIO
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1. Aconselhamento Psicológico como Disciplina.

 Código - Tipo – Nuclear;


Nível – 2 ;
Ano – 3º Semestres: 2˚ e 3˚;
 Créditos – 4 = 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo).

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2. Competências Adqueridas

a. Ser capaz de orientar/aconselhar os alunos, pais e o


público em geral em matérias de aprendizagem e
comportamento;

b. Identificar, diagnosticar e dar seu devido encaminhamento


terapéutico ou hospitalar.

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3. Objectivos Gerais do Aconselhamento Psicologico.
O presente programa é destinado aos estudantes do curso de licenciatura em
psicologia Escolar, Social e das Organizações.

Os conteúdos estão corporizados e organizados de modo que seja de facíl


assimilação e capacitação e habilitação aos estudantes de conhecimentos
teóricos e práticos, sobre aconselhamentos psicologico, deste modo, o
programa visa elevar os estudantes a serem capazes de:
Ser capaz de avaliar objectivamente os sujeitos nos vários contextos de
formação;
Conhecer os principios, técnicas e procedimentos em orientação e
acompanhamento psicologicos das crianças com necessidades de ajuda;
Comparar as diferenças abordagens teorias sobre a problemática de
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3. Objectivos Gerais do Aconselhamento Psicologico.

 Dominar os diferentes modelos de atendimento em orientação e aconselhamento


psicologico;

 Introduzir estratégias de intervenção que promovam novos valores e atitudes, novas


competências, melhoria de auto-estima, auto-confiança no sentido de assegurar uma
melhor motivação para o sucesso na actividade profissional e melhor enquadramento
na vida escolar, familiar e comunitaria dos juvens adolescentes;

 Prescrever ou indicar caminhos, direcções e procedimentos ou criar condições para


que a pessoa faça, ela própria o julgamento das alternativas e formule suas opoções.
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4. Conteúdos programáticos/Plano Temático.


Tema 1 : VISÃO GLOBAL DOS PROCEDIMENTOS ORIENTADORES E TERAPEUTICOS:

Diagnostico, orientação, aconselhamento e psicoterapia

1.1 O longo caminho: diagnóstico para à assistência psicologica. O uso de testes psicologicos.
Orientação, aconselhamento e psicoterápia.(6Horas de contacto e 9 Horas de estudo).
Tema 2: METODOS CENTRADOS NO CONTEXTO SOCIO-CULTURAL
Fundamentos procedimentos comuns. (7 Horas de contacto e 9 Horas de estudo).

Técnicas específicas.
Procedimentos Centrados no contexto pessoal’
Fundamentos.
Procedimentos comuns.

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4. Conteúdos programáticos/Plano Temático.
Tema 2: ( Cont.)

Técnicas específicas.

Métodos mistos e métodos centrados no problema.

Fundamentos. Procedimentos comuns . Técnicas específicas. Aconselhamentos


e terápia em processos de grupo.

Tema 3: A REVOLUÇÃO ROGERIANA NO CAMPO DO ACONSELHAMENTO


PSICOLOGICO E PSICOTERAPIA

Sintese historica.

Ideias básicas e originais.

As condições terapeuticas essenciais.


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4. Conteúdos programáticos/Plano Temático.
Tema 3: ( CONT.)

Evolução das ideias.

O experiencial e as actuações em grupo.

Tema 4: OBSERVAÇÕES PESSOAIS (7 Horas de contacto e 9 Horas de


estudo).

Hipotese sobre a auto-afirmação como determinante básico do


comportamento;

Resultados de teoria e fundamentos para uma nova hipotese;

Seria possível um neo-Rogerianismo ?

A motivação e os determinante básicos do comportamento;


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A auto-afirmação como motivo básico e emocionalmente preponderante.
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Aconselhamento Psicológico I

Curso de Licenciatura .
MSC Jorge M. Mitula

TEMA 1: VISÃO GLOBAL DOS PROCEDIMENTOS


ORIENTADORES E TERAPEUTICOS:
Diagnostico, orientação, aconselhamento e psicoterapia

Aula 1.1 O longo caminho: do


diagnóstico para a assistência MACHAVA, Mar. de 2023
psicológica;
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Agenda

1. Diagnóstico, Orientação, Aconselhamento e Psicoterapia:


1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica;
1.2 O uso de testes psicológicos;
1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia.
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1. Diagnóstico, Orientação, Aconselhamento e Psicoterapia:
1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica
O fundador do método centrado na pessoa (Freud) na década de 1920
afirmou que:

“foram tão poucos que definiram bem a evolução da Psicologia no plano


operacional, como Rogers (1942) o fez ao examinar sua contribuição ao bem-
estar e à assistência que dela se poderia esperar”.

O interesse pelo ajustamento do indivíduo era essencialmente de estilo


analítico e de diagnóstico.

Floresceram os estudos de casos, os testes, os registos e observações e os


rótulos de diagnóstico psiquiátrico. 12
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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Com o tempo, essa tendência voltou-se ou passou-se da diagnose para a


terapia, para a procura de meios e de processos pelos quais o indivíduo
encontre a ajuda de que necessita.

Actualmente, preocupamo-nos mais com a descoberta de recursos


terapêuticos mais efetivos na assistência ao indivíduo.

A dinâmica do processo de ajustamento substitui a longa fase de descrições


e rotulações.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Realmente, antes se detivemos-nos ao estudo das teorias e das técnicas

Psicológicas.

A maioria dos trabalhos psicológicos era orientada mais no sentido de conhecer a


personalidade do que em intervir no comportamento humano.

Essas técnicas de diagnóstico tiveram seu apogeu nos anos de 1920 a 1960.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

A psicometria e os estudos estatísticos relacionados com a sensibilidade, a


precisão e a validade dos instrumentos de avaliação psicológica desenvolveram-se
de forma sensível dando origem a um conjunto de normas publicadas, em 1954,
pela Associação Americana de Psicologia (APA),como conseqüência natural do
crescente interesse pelos pormenores sobre os métodos de construção e de aferição
de testes.

A classificação de reações ou de sintomas e o relacionamento de traços e de


fatores da personalidade era a tendência dominante.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

A psicologia, como estudo e avaliação do comportamento, passa a ser reconhecida


como ciência na medida em que é capaz de prever e descrever, por testes,
questionários, inventarios e outros recursos, o comportamento de indivíduos ou de
grupos.

O comportamento é analisado,identificado e classificado por idades, sexo, grupos


sócio-econômicos ou em variáveis estatisticamente determinadas.

Com Binet, Kuhlmann, Stern, Terman, Claparede, Spearman e outros. surgem o


estudo e a elaboração de testes mentais e escalas métricas.
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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Os conceitos de idade mental, quociente de inteligência e a psicometria atingem


níveis de alta sofisticação; há preocupações em se desvendar

as "habilidades" primárias ou básicas e têm lugar os estudos fatoriais com


Thurstone, Goodman, Thomson, Vernon, Kelley, Cattell e outros mais;

Aparecem famosos testes tais como o "Differential Aptitude Test" , o "California


Test of Mental Maturity" , o "Guilford Zimmerman Aptitude Sorve", o "General
Aptitude Test Bater".

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Na década de 1940-1950, Wechsler estuda a inteligência e desenvolve as famosas


escalas denominadas W AIS e WISC.

Surge a contribuição de Guilford, baseada em estudos factoriais pelos quais 120


combinações de habilidades são teoricamente possíveis (Guilford e Hoepfner, 1971) e
os famosos estudos de Piaget sobre o desenvolvimento intelectual da criança.

Na área da personalidade, além do Teste de Rorschach, do M.M.P.I., do

T.A.T., do Teste de Machover surgem notáveis técnicas expressivas tais como o


P.M.K. e inúmeros questionários, provas situacionais e clínicas (Anastasi, 1948,1957;
Van Kolck, 1975).

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Esses estudos e trabalhos de mensuração se distanciavam muito dos procedimentos


terapêuticos como se estivéssemos em campos independentes.

O aperfeiçoamento das técnicas de diagnóstico conduziu o Psicólogo a um


conhecimento razoável das reações humanas, mas não lhe ofereceu recursos suficientes
no sentido de manipulá-las.

O objectivo fundamental, que seria conhecer para orientar, prevenir, corrigir,


recuperar ou tratar, continuava distante.
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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Essa situação encontramos em muitos serviços psicológicos: a preocupação com


um bom diagnóstico.

Se tal exigência é por vezes necessária, não menos o é a do estudo dos meios e
dos recursos pelos quais possamos ajudar as pessoas atendidas, por uma razão ou
outra, em uma clínica psicológica ou de orientação ou em um grupo de assistencia.

O cenário retratado marca a longa trajetória da Psicologia para seu aspecto


aplicado, assistencial.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Professores, chefes, supervisores, orientadores, pais e até mesmo psicólogos


tinham diante de si um quadro, tão perfeito quanto possível, do ponto de vista
descritivo, etiológico, causal, mas poucos sabiam para alterá-lo.

O diagnóstico por mais apurado ficava, assim, inoperante, simplesmente porque


os recursos de ajuda, de intervenção, não eram conhecidos ou não aplicados.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

A literatura psicológica, farta em técnicas de exame psicológico, mas pobre em


estudos e informações sobre procedimentos para atuação na conduta.

Estes se limitavam, principalmente, a manipulações ambientais, a técnicas de apoio,


avisos, recomendações e conselhos.

Por outro lado, em outro universo, desenvolvia-se a Psicanálise com teorias e


técnicas delas derivadas; surgiu a contribuição rogeriana, e brotaram os processos de
Skinner bem como outras teorias e técnicas.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

A conjunção entre a medida dos fenômenos psíquicos de um lado e o tratamento


desses mesmos fenômenos produziu-se de maneira lenta e até mesmo hostil como se
fossem campos mutuamente exclusivos.

O relacionamento entre a psicometria e a psicoterapia e as preocupações com


solução de problemas psicológicos foram devidos, também, ao considerável impulso
motivacional a partir da II Grande Guerra, quando contingentes imensos de ex-
combatentes precisavam se reintegrar na vida civil.

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1.1 O longo caminho: do diagnóstico para a assistência psicológica

Como assinalam Sundberg e Tyler (1963), drásticas alterações ocorreram.

"Uma nova ênfase nos problemas de adultos e de crianças desenvolveu-se


rapidamente. Os exames de inteligência e de aptidões continuaram sendo
necessários, porém, maior atenção foi dirigida aos complexos e difíceis
campos da personalidade e da motivação. A Psicoterapia tornou-se a
preocupação essencial".

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TEMA 1: VISÃO GLOBAL DOS PROCEDIMENTOS


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Aula1.2 O uso de testes


psicológicos; MACHAVA, Mar. de 2023
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1.2 O uso de testes psicológicos.

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1.2 O uso de testes psicológicos.

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1.2 O uso de testes psicológicos.

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1.2 O uso de testes psicológicos.

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1.2 O uso de testes psicológicos.

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1.2 O uso de testes psicológicos.

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TEMA 1: VISÃO GLOBAL DOS PROCEDIMENTOS


ORIENTADORES E TERAPEUTICOS:
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Aula 1.3 Orientação, aconselhamento e


psicoterapia MACHAVA, Mar. de 2023
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

1.3.1 Orientar, do ponto de vista psicológico, significa facilitar o conhecimento e a


análise de caminhos ou direcções para a conduta, com base em referenciais pessoais
e sociais.

1.3.2 Aconselhar, paralelamente, refere-se: ao processo de indicar ou prescrever


caminhos, direções e procedimentos ou de criar condições para que a pessoa faça, ela
própria, o julgamento das alternativas e formule suas opções.

1.3.3 Psicoterapia é o tratamento de perturbações da personalidade ou da conduta


através de métodos e técnicas psicológicas.
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Esses três conceitos, expressos em actuações práticas de ajuda, estão


constantemente intercruzandos, seja nos hábitos e costumes do dia-a-dia, seja nos
processos educacionais ou psicológicos formais e intencionais.

Uma simples acção orientadora, em que se facilita o acesso a informações e se


deixa à pessoa decidir por si só, pode ser muito mais eficaz do que um conselho
ou controle da conduta;

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Noutros casos, principalmente em situações de emergência e de grande ansiedade,


um conselho pode ser mais produtivo da que um demorado processo de orientação
ou de terapia;

Em muitos casos porém, orientações e conselhos não são suficientes para alterar a
conduta, recorrendo à terapia, como processo mais complexo, mais difícil e mais
demorado.

A efetividade de uma actuação depende de inúmeros factores nos quais


sobressaem :
a personalidade do cliente,

 as emergências existentes,
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

 os recursos disponíveis; e

 principalmente, os objectivos que se quer atingir e os critérios sociais e


filosóficos que os determinam.

Os conceitos de orientação e de aconselhamento, vistos pelo lado de seus


efeitos, têm variado ao longo da história:

1. Sócrates quatro séculos antes de Cristo dizia : "Conhece-te a ti mesmo“.

Conceito que renova o posicionamento actual da linha existencialista e


rogeriana, embora com algumas alterações de forma e de conteúdo vem
prevalecendo através dos tempos.
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Todavia, há pensamentos diferentes:

2.Williamson (1939), um dos pioneiros do movimento acadêmico de Orientação,


identificava, em certos aspectos, o aconselhamento com a Educação, considerando
que :

"à parte da moderna Educação referida como aconselhamento é a que se


refere a processos individualizados e personalizados, destinados a ajudar
o indivíduo a aprender matérias escolares, traços de cidadania, valores e
hábitos pessoais e sociais e todos os outros hábitos, habilidades, atitudes e
crenças que irão constituir um ser humano normal e ajustado” .

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3. Rogers (1942, 1951) não se preocupa em estabelecer conceitos e definições, no


campo do aconselhamento,

A sua obra, se depreende que o aconselhamento é um método de assistência


psicológica destinado a restaurar no indivíduo suas condições de crescimento e de
actualização, habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a
agir, nessa realidade, de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia


Aplica-se em todos os casos em que o indivíduo se defronta com problemas
emocionais, não importando se se trata de doenças ou perturbações não patológicas.

O aconselhamento consiste em uma relação permissiva, que oferece ao indivíduo


oportunidade de compreender a si mesmo e a tal ponto que a habilita a tomar
decisões em face de suas novas perspectivas.

O cliente passa a se dirigir através da liberação e reorganização de seu campo


perceptual.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

A orientação rogeriana afetou profundamente os princípios e os métodos até então


existentes.

4. Para Robinson (1950), baseado principalmente nas técnicas de

comunicação, e originariamente colega de Rogers, o aconselhamento é a


actuação que "cobre todos os tipos de situações de duas pessoas, na qual,
uma delas, o cliente, é ajudado a ajustar-se mais eficazmente a si propalo e
a seu melo“

Sua técnica principal é a comunicação, através de entrevistas


cuidadosamente conduzidas e testadas de momento a momento, que
facilitam a tomada de decisões e atuam terapeuticamente.
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5. Pepinskye Pepinsky (1954), de ponto de vista dos efeitos da relação


ocorrida no processo de aconselhamento, os definem como resultantes da

interacção que ocorre entre dois indivíduos, conselheiro e cliente, sob


forma profissional, sendo iniciada e mantida como meio de facilitar
alterações no comportamento do cliente.

6. Hahn e Maclean (1955), representantes, como Williamson, da corrente

clássica de aconselhamento, dão ênfase ao processo de diagnóstico e


tomam o aconselhamento no sentido de informações prestadas ao cliente
sobre alternativas que se oferecem na solução de seus problemas.
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Há casos, dizem esses autores, sobre os quais o cliente precisa ser instruído. Há factos
que precisa conhecer; há aprendizagem a ser realizada.

7.Patterson (1959) é de opinião que o aconselhamento pode ser focalizado em termos


de áreas de problemas (educacionais, vocacionais, conjugais, etc.), assim como em
termos de ajustamento pessoal ou mesmo terapêutico.

Segundo esse mesmo autor, o aconselhamento não se limita a pessoas normais; aplica-
se ao excepcional, ao anormal ou ao desajustado; manipula as tendências adaptativas do
indivíduo a fim de que este possa usá-los efectivamente.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

8. Shoben (1966), analisando as implicações científicas e filosóficas


envolvidas nos processos de assistência psicológica, afirma que do ponto de
vista educacional e clínico, há dois alvos:

 primeiro é ajudar o estudante ou o paciente a desenvolver suas


capacidades para aperfeiçoar sua auto-avaliação “sem, necessariamente, se
determinar o conteúdo de suas conclusões“;

 Um segundo alvo, de certa forma contraposto ao primeiro, é o de se


recusar ajuda técnica sempre que esta possa ser solicitada num contexto que
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venha violar os princípios intrínsecos do valor pessoal.
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

9. Bijou (1966), da corrente comportamentista, que afirmou ser "o objectivo


final do aconselhamento ajudar o cliente a lidar mais eficazmente com seu
melo e a substituir o comportamento mal ajustado pelo ajustado".

"Parece claro, do ponto de vista da análise experimental do comportamento,


que uma das mais eficientes formas de produzir as alterações desejáveis é
pela modificação direta das circunstâncias que as suportam, e um dos meios
mais efetivos de manter essas alterações é organizar um melo que continue a
suportá-las."

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

A aplicação das leis de aprendizagem é o melo pelo qual se adquire


comportamentos desejáveis.

10.Krumboltz (1966), da corrente comportamentista, coloca os alvos do


aconselhamento na mesma direcção dos psicólogos contemporâneos.

Segundo seus conceitos, "orientadores e psicólogos dedicam-se a ajudar as


pessoas a resolverem mais adequadamente certos tipos de problemas.

Alguns desses problemas relacionam-se com importantes decisões escolares


e profissionais, tais como:
Que curso devo fazer?
A que profissão devo me dedicar?
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

 Outros problemas se relacionam com dificuldades pessoais, sociais e


emocionais, tais como:

 Como posso salvar meu casamento?


 Como poderei suportar esses horríveis sentimentos de ansiedade,
solidão e depressão?
 Como deverei agir para fazer valer meus direitos?
 Como posso relacionar-me melhor com os outros?

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

A essas questões o conselheiro acrescenta outras:


• Como se conceituam os problemas?

• Como colocar alvos?

• Que técnicas serão úteis para atingir esses alvos?

• Como avaliarei meu proprioo trabalho?

Tais questões são tão familiares e nos apegamos tanto a elas


que os novos procedimentos (refere-se ele ao método comportamental)
podem justificar uma verdadeira revolução no aconselhamento.
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

11. Piéron Nepveu, ( 1961), frances tem uma, posição européia, e bem
diferente da americana face ao aconselhamento psicológico, diz que os
métodos americanos aproximam-se muito da Psicanálise e que a concepção
francesa e a americana divergem muito no juízo que fazem sobre o papel do
conselheiro.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

"No regime americano, onde a educação não tem carácter nacional e onde a
tendência geral é a de favorecer em todos os domínios as iniciativas
individuais. o conselheiro se aproxima muito do psicoterapeuta; dirige-se a
clientes e não participa, de modo algum, dos problemas gerais da educação,
nem se preocupa em participar de uma obra coletiva. Na França, ao
contrário, tem-se procurado reduzir, ao máximo, a comercialização em
matéria de Orientação. Esta, que tende a se integrar, cada vez mais, na obra
nacional de educação, não visa satisfazer clientes, mas a servir os interesses
dos Jovens encarando o seu futuro..."

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Não obstante algumas controvérsias, o aconselhamento psicológico toma


corpo e expressão na década de 1950-1960.

12. De acordo com relato de Super (1955), "essa nova expressão resultou
do consenso geral de um grande número de psicólogos reunidos no
Congresso Anual da American Psychological Association, em 1951, na
Northwestern University"

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

O "Counseling Psychology“ (conseiho de psicogia) substituiu os antigos


conceitos e métodos, originários da orientação profissional, modelada por
Parsons e seus seguidores, pela idéia de um trabalho mais sensível à
"unidade da personalidade, mais sensível às pessoas do que aos
problemas, pois que a adaptação a um aspecto da vida está em relação
com todos os outros".

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

"O novo movimento encerra dados teóricos e técnicos da psicoterapia,


inclui orientação profissional e ocupa-se, sobretudo, do indivíduo como
pessoa, procurando ajudá-lo a adaptar-se com sucesso aos vários
aspectos da vida. Os conselheiros ou orientadores, nesse novo ponto de
vista, ocupam-se de pessoas normais podendo cuidar, ainda, daquelas que
apresentam deficiências e são mal ajustados, porém, de uma maneira
diferente daquela que caracteriza a Psicologia Clínica".

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

13. Stefflre e Grant (1976), ao escreverem sobre aconselhamento


psicológico, chegam a algumas considerações que parecem exprimir a
dimensão hoje dominante:

a) "a definição de aconselhamento depende dos diferentes pontos de vista


das autoridades no assunto. Essas diferenças têm origem em diferentes
pontos de vista filosóficos...";

b) "não se pode fazer uma distinção muito clara e precisa entre


aconselhamento e psicoterapia";

c) "o aconselhamento é uma forma deliberada de intervenção na vida dos


clientes".
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia


Stefflre classifica o aconselhamento em quatro diferentes posições ou
"sistemas", baseado em quatro diferentes teorias:

a)Teoria do traço-factor, segundo a qual a mudança do comportamento


"depende do conhecimento que o cliente tenha de informações";

b)Teoria centrada no cliente, pela qual o comportamento é modificado pela


"reestruturação do campo fenomenológico";

c) Teoria comportamental, segundo a qual, após um diagnóstico da situação,


determina-se os comportamentos a serem extintos ou reforçados;

d) Teoria psicanalítica, que se propõe' 'claramente a uma redução de


ansiedade na crença de que daí resulte um comportamento mais flexível e
discriminador". 54
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

14. Para Rollo May (1977), o campo do aconselhamento situa-se entre os


problemas da personalidade, para os quais há necessidade de um terapeuta e os
problemas de imaturidade ou de carência de instrução, para os quais há
necessidade de um educador.
Uma revisão de alguns textos sobre aconselhamento, aliada a nossa própria
experiência, poderia nos levar às seguintes considerações:
1. A orientação, o aconselhamento psicológico e a psicoterapia não são meros
procedimentos técnicos ou operacionais.
Subjacente a eles há todo um arcabouço de posições filosóficas operantes tanto no
terapeuta ou 'conselheiro. como nas pessoas assistidas, o que estabelece
marcantes diferenças entre a psicologia e outras ciências humanas.
Mesmo na posição clássica de liberdade e de não-diretividade há, por parte do
psicólogo, uma deliberada e consciente postura filosófico-social.

Noutro extremo, em que o conselheiro visa instalar um comportamento específico,


há, igualmente, um papel social idealizado.
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Rogers (1942; 1955) usa os dois termos de forma indiferente - como fará
o autor neste trabalho - porquanto, segundo ele, não há o que distinguir
na série de contactos individuais que visam assistir a pessoa na alteração
de atitudes ou do comportamento.

Wolberg (1977) salienta que a psicoterapia é uma forma de tratamento


para problemas de natureza emocional e na qual uma pessoa,
especialmente treinada, estrutura uma relação profissional com o cliente,
com o objetivo de remover ou de modificar os sintomas ou padrões
inadequados de comportamento e promover crescimento e
desenvolvimento da personalidade.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia


2. O posicionamento conceitual do orientador, conselheiro ou terapeuta flutua, em
geral, entre três premissas:
a) o homem é um produto predominantemente social; possui impulsos naturais,
bons ou maus, que precisam ser canalizados para um tipo de sociedade na qual nos
localizamos e que nos assegura a sobrevivência e o bem-estar;

b) o homem é suficientemente capaz de decidir por si mesmo e escolher as ações


mais. adequadas para si propalo e p?ra os outroS desde que sejam criadas condições
facilitadoras para avaliação auto e hetero-referente e para as opções individuais;

c) a autodeterminação é uma utopia; o homem é o produto de múltiplas variáveis;


temos que atuar nos agentes que o controlam e nos comportamentos tal como
ocorrem na vida. quotidiana

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia


Na prática pedagógica ou psicológica é difícil à distinção entre orientação,
aconselhamento e psicoterapia e a maioria dos autores não se preocupa
muito com essa diversificação teórica.

Alguns, entretanto, tentam traçar linhas demarcatórias.

Assim, Perry (1960) distingue o aconselhamento da psicoterapia,


baseando-se nos papéis e funções sociais visados pelo primeiro e na
dinâmica da personalidade proposta pela psicoterapia.

Outros autores parecem diferençar estas duas atuações atribuindo ao


aconselhamento os procedimentos que se focalizam no plano intelectual,
cognitivo, consciente, e à psicoterapia os que se relacionam com fatores
afetivos e inconscientes.
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Analisando o relacionamento a cada vez mais intenso entre aconselhamento e


psicoterapia, Albert (1966), por outro lado, declara que o mesmo processo
informativo, concerne-se ao aconselhamento acadêmico e vocacional, não
pode se limitar aos planos conscientes e racionais da personalidade, já que os
níveis profundos refletem-se em todos os aspectos do comportamento.

Nossa experiência vem indicando uma razoável ocorrência de casos nos quais
os métodos de orientação e aconselhamento confundem-se com os de terapia.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Se um jovem tem dificuldade de relacionamento. Com os pais _ se aplicarmos


determinadas técnicas de tratamento emocional, sejam elas rogenanas,
comportamentais ou outras, estaremos fazendo aconselhamento ou terapia?

Se uma mulher procura o psicólogo para libertar-se de um contínuo


desinteresse sexual pelo marido, tendo-se constatado, previamente, não haver
problemas na área orgânica que possam ser responsáveis pelo fato e verificar-
se haver uma real incompatibilidade emocional entre mulher e marido e se
técnicas psicológicas forem usadas para tentar soluções, seria essa tarefa
aconselhamento ou psicoterapia?
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Se um jovem, movido por profundos sentimentos de insegurança na


escolha de carreira, não consegue tomar decisões e o psicólogo passa a
cuidar do problema nos seus aspectos emocionais, estaria efetuando
intervenção terapêutica?

Actualmente, a tendência é distinguir aconselhamento de psicoterapia


mais em termos de grau do que em forma de atuação.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Esta última é semelhante e até certo ponto indistinguível do primeiro,


tanto no seu feitio profilático como no de recuperação ou .. Cura' ‘.

Deixar ao psicólogo os chamados" casos normais com problemas",


diferenciando-os dos patológicos ou anormais para os psiquiatras, é
praticamente impossível, mesmo porque o conceito de normalidade é
apenas uma proposição teórica (Mowrer, 1954).

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Quer nos parecer, pois, que a psicoterapia ou o aconselhamento são


melhor descritos em termos de um continuum, em lugar de um julgamento
dicotômico.

A flexibilidade do trabalho do orientador e do psicólogo deve ser


assegurada, em benefício do propalo cliente por ele assistido. Essa
actuação, face a casos claramente patológicos, pode ser associada à de
outros profissionais.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

A evolução de cada caso indicará a colaboração pessoal de outros


especialmente sem que tenhamos de determinar, com base em supostas
demarcações, os limites da atuação orientadora e da ação terapêutica.

Uma das mais explícitas conceituações e descrições dos papéis atribuídos


aos que se especializam em Aconselhamento Psicológico é proposta por
Jordaan (1968), em seu levantamento sobre as funções do Conselheiro
Psicológico.

Segundo dados por ele compilados, este actua em diferentes sectores da


vida social (consultórios, centros universitários, escolas, hospitais, centros
de reabilitação, serviços de orientação profissional, departamentos de
pessoal, serviços de colocação e de treinamento, etc.). 64
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

• Analisando as eventuais diferenças entre Clínica e Aconselhamento,


assinala que alguns especialistas apontam diferenças entre essas duas
especializações, outros, porém, consideram tais diferenças como
irrelevantes.

• Segundo muitos especialistas, o psicólogo-conselheiro tende a trabalhar


com pessoas normais, convalescentes ou recuperadas e a encaminhar
casos mais sérios a outros especialistas.

• Usa técnicas psicoterápicas e outros recursos, tais como exploração de


condições ambientais, informações, testes, experiências exploratórias e
outros procedimentos mais freqüentemente do que o psicólogo clínico.

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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Em geral, o conselheiro terá desempenho profissional de acordo com a


formação que recebeu e das expectativas de trabalho que se oferecem..

Os dados hoje existentes parecem caracterizar o psicólogo-conselheiro


como o profissional da psicologia de formação mais eclética o que não
impede, contudo, que se dedique também a um determinado tipo de
atuação na qual, particularmente, venha a especializar-se, a exemplo dos
que se dedicam a problemas psicológicos do Trabalho, da Educação, da
Família, etc
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1.3 Orientação, aconselhamento e psicoterapia

Do ponto de vista psicológico, a actuação assistencial, profilática, terapêutica ou corretiva pode


assumir diferentes rótulos classificados por alguns autores como formas suportivas, reeducativas ou
reconstrutivas de tratamento (Pennington & Berg, 1954; Wolberg, 1977).

Sem nos apegarmos a essa classificação, pois parece-nos difícil distinguir o que realmente ocorre,
em face de um rótulo predeterminado, vamos nos limitar a mencionar apenas exemplos de métodos
mais conhecidos, dando maior extensão ãqueles com os quais está o autor mais familiarizado.

Procurou-se, porém, agrupá-los, tanto quanto possível, em capítulos próprios, pelo critério de seu
posicionamento conceitual.

Essa divisão setorial não reflete, porém, nenhuma tentativa de introduzir uma nova taxionomia no
campo da psicoterapia 67
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Aconselhamento Psicológico I

Curso de Licenciatura
MSC Jorge M. Mitula

TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

Aula 2.1 Métodos


Centrados no
Contexto Sócio-Cultural. MACHAVA, Mar. de 2023
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Agenda

1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.1 Fundamentos;
1.2 Procedimentos comuns;
1.3 Técnicas específicas.

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.

1.1 Fundamentos
A adaptação da pessoa a certas normas, estilos ou formas de vida é um
critério comum de ajustamento, embora tentemos rejeitá-lo.

Muitos procedimentos profiláticos ou educacionais, como técnicas de


reeducação ou de terapia, pautam-se por padrões sócio-culturais
( transitórios ou superficiais), frutos de modismos ou situações de
emergência, outros permanentes e profundos, produtos da experiência
acumulada na sucessão de gerações em uma espécie de inconsciente
colectivo de que nos fala Jung.
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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.1 Fundamentos
Ser diferente, marginalizado, ou não reconhecido socialmente, pode, em
certos casos ter o sentido de destruição, por isso a pessoa procura adaptar-
se aos sistemas existentes para atender à necessidade biológica, básica, de
sobreviver.

A sociedade indica-lhe:
os caminhos para se preservar;

 exige, que se "eduque", isto é, que saiba falar, andar, vestir-se e usar o
sistema social tal como existe;
exige que estude, trabalhe, cuide dos filhos ou de pessoas, segundo
certos padrões;
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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.1 Fundamentos
A sociedade espera que:
• participe da vida comunitária, que pague impostos e que desfrute de seus bens,
móveis e imóveis, segundo certas regras e limitações.

Em suma, A sociedade:
•estabelece certos determinismos cuja observância é essencial para que a pessoa seja
aceita.

O aconselhamento e a terapia são uma proposta de adaptação a uma vida pré-definida.

A liberdade seria apenas a possibilidade de escolha entre os determinismos que nos


pressionam. 72
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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.1 Fundamentos.
A liberdade seria apenas a possibilidade de escolha entre os
determinismos que nos pressionam.

Os procedimentos de aconselhamento psicológico e de psicoterapia

visam atingir os alvo que tentam conduzir as pessoas às situações que

os valores sociais adequados.

Uma imposição, que em muitos casos, produz:


 reações de crítica e de oposição e até de uma alienação conducente a
quadros patológicos;
 por outro lado pode gerar segurança aos que se incorporam

à massa, às tradições, ao pensamento grupal e coletivo. 73


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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.1 Fundamentos

É a tendência sociocêntrica em oposição à linha individualista ou centrada


na pessoa.

Ate que ponto as tendências socializantes ou personalizantes podem ser


benéficas ou prejudiciais, aprazíveis ou retatodoras não se sabe.

É assunto dos filósofos, sociólogos e psicólogos sociais.

O que nos parece evidente é a ausência de padrões, valores ou pressões


que, de uma forma ou outra, balizam o comportamento humano.
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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.1 Fundamentos
Do ponto de vista do aonselhamento psicológico e de tratamento, existem
recursos terapêuticos que visam adaptar o homem a seu contexto sócio-cultural,
como:
 a subserviência a valores preestabelecidos, sem, porém, ignorá-los;
 colocar a pessoa em condições de opção, ampliando-se o leque de
escolha;
 aproveitar as potencialidades individuais e abrir perspectivas para
mudanças sociais;
 facilitar o questionamento de problemas e situações de vida.

As transições devem ocorrer na pessoa e na sociedade sem violentá-las na


sua essência, mas vigorosas no seu posicionamento.
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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.1 Fundamentos

O aconselhamento imposto, extremamente autoritário, é coisa do passado, ainda que


as informações, os conselhos, as advertências atuem em certos casos.

Se os conselhos e recomendações fossem, por si sós, eficientes, as Prisões estariam


vazias e os instrumentos de repressão teriam amplo sentido.

Há que estabelecer um sistema de comunicação, de orientação e de atuação


psicológica que produza resultados benéficos para a pessoa e para a sociedade.

E, no caso em que os valores sociais sejam predominantes, muitos processos são


usualmente aplicados com maior ou menor benefício pessoal ou social consoante as
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exigências que, naquele momento, fluem da pessoa ou do grupo.
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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.2 Procedimentos comuns
Segundo autores (hahn & MacLean, 1955; Stefflre & Grant,1976; Sundberg &
Tyler, 1963; Wolberg, 1977), há grande variação nos procedimentos adoptados
nesta categoria metodológica de tipo "orientador" ou “directivo" .

Embora prevaleça o sentido sociocêntrico (basea em padrões culturais),

do ponto de vista psicológico, tenta-se reduzir ao mínimo a directividade,


procurando-se reduzir tensões e preparar a pessoa para decisões socialmente

desejáveis.

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.2 Procedimentos comuns

Em geral, os procedimentos mais comuns são:

1)Discussão com o psicólogo dos prós e contras de cada situação;

2)Informação, pelo psicólogo, com base no diagnóstico, das possíveis causas e da


possível evolução das reações observadas;

3) Opinião do psicólogo no sentido de estimular ou de impedir a consecução de


certos planos;

4) Planeamento de situações, com o cliente, envolvendo assuntos relacionados


com os problemas tratados.

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.2 Procedimentos comuns

A literatura pouco ou nada apresenta, a citação de pormenores técnicos do método,


isto é, sobre o tipo de diálogo e atuação pelo qual o psicólogo conduz o
relacionamento com o cliente.

Em geral" são citados métodos de interpretar resultados de testes face a uma


situação considerada e prognósticos que podem ser levantados.

Limitam-se os autores a afirmar que "o cliente deve ser informado", que" deve
tomar conhecimento, que o psicólogo deve considerar isto ou aquilo e

que o cliente deve decidir. 79


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1.2 Procedimentos comuns

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1.2 Procedimentos comuns

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.2 Procedimentos comuns

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.2 Procedimentos comuns

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.2 Procedimentos comuns

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1.2 Procedimentos comuns

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.
1.2 Procedimentos comuns

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.2 Procedimentos comuns

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1. Métodos Centrados no Contexto Sócio-Cultural.


1.2 Procedimentos comuns

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1. métodos centrados no contexto sócio-cultural.


1.3 técnicas específicas dos métodos entrados no contexto sóclo-
cultural
:
Informação - orientação;

 Persuasão; Manipulação ambiental;


Aproveitamento de interesses e recursos pessoais e ambientais;

Terapia ocupacional;

Socioterapia;

Comunidades terapêuticas e vivenciais;

processos de grupo
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Aconselhamento Psicológico I

Curso de Licenciatura
MSC Jorge M. Mitula

TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

Aula 2.1 Procedimentos Centrados no


Contexto Pessoal.
.
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2. Métodos Centrados no Contexto Pessoal.


2.1Fundamentos.
2.2 Procedimentos comuns;
2.3 Técnicas específicas.

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2. MÉTODOS CENTRADOS NO CONTEXTO PESSOAL

2.1 Fundamentos
Ao longo do tempo a sociedade se vê obrigada identificar seus alvos, concentrando-se
ora na pessoa, ora no grupo ou sistema, o que acarreta, no campo do aconselhamento
psicológico ou da psicoterapia, correspondentes alterações.

O conceito humanístico (voltado para uma atitude antropocêntrica) se sucede


ao período sociocêntrico, no retorno a um equilíbrio natural.

Depois da II Grande Guerra, o foco preferencial foi o homem,ou seja, a pessoa


antes do grupo, embora alguns sistemas sociais existam como alvo prioritário.
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2. MÉTODOS CENTRADOS NO CONTEXTO PESSOAL

2.1Fundamentos
Mesmo com aconselhamento tipicamente centrado na pessoa, quando terapeuta e
cliente buscam libertar-se das amarras sociais, estas não conseguem ser eliminadas.

Os seres vivos têm medo de mudanças e apegam-se às estruturas existentes.

No humanismo psicológico, o efeito limita-se a uma proposição para o futuro, isto é, ao


planeamento para geração posterior.

chamada' 'humanística" são contrários à educação de massa, à modelagem social e à


socialização planejada.
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2. MÉTODOS CENTRADOS NO CONTEXTO PESSOAL

2.1Fundamentos
O humanismo é um desenvolvimento e um aproveitamento daquilo que é a
pessoa, com ênfase na inovação, no enriquecimento experiencial e no
crescimento.

O humanismo não significa oposição social mas a capacidade e a habilidade de


extrair do meio o que é útil à pessoa e, em contrapartida, oferecer ao meio o
que pode ser a ele necessário para o equilíbrio geral.

O aconselhamento e a psicoterapia de linha chamada‘’ humanística" são


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2. MÉTODOS CENTRADOS NO CONTEXTO PESSOAL

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2. MÉTODOS CENTRADOS NO CONTEXTO PESSOAL

2.1Fundamentos
Os erros da vida ocorrem quando o indivíduo tenta representar algum
papel que não o seu". Esta frase de May (1977) esclarece bem a
individualidade de cada um de nós.

Não há tipos, nem rótulos ou categorias de indivíduos ou de problemas.


Há pessoas nas quais condições orgânicas ou sociais geraram dificuldades,
as quais foram manipuladas de acordo com recursos pessoais em um dado
momento.

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2.1Fundamentos
Todo psicólogo experiente sabe que não há dois clientes iguais, embora,
aparentemente, os problemas sejam os mesmos.

A vivência de cada um deles é sempre “sui-generis". Diz Jung que cada um de


nós traz em si uma constituição específica de vida, indeterminável, que não
pode ser substituída por outra.

A singularidade de cada pessoa e sua harmonia intrínseca são os alvos.

A Psicanálise de Freud, bem como as teorias e técnicas que dele se


originaram, constituem exemplos clássicos da orientação antropocêntrica,
embora o controle social e cultural esteja sempre presente. 121
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TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

Aula 3.2 Cont.-Técnicas Especificas

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2. Técnicas de reorganização cognitiva


Ellis procura detectar as principais falsas concepções e tenta modificá-las
(1958, 1971);

Phillips (1956), Dreikurs (1959), Mowrer (1953) e Frankl (1955) têm idéias
básicas correlatas, no sentido de uma abordagem cognitiva e racional dos
problemas.

O Frankl (1955), salienta-se pelo foco dirigido ao encontro de um sentido


de vida e à responsabilidade que a pessoa assume ao contribuir para a
vida mais do que no usá-la.

Um extenso estudo da terapia cognitiva é encontrado em Beck (1976). 142


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Curso de Licenciatura
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TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

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Esta capacidade que reside em nós é associada a uma tendência subjacente à


modificação do autoconceito, no sentido de estar realmente de acordo com a realidade

Rogers postulou um movimento natural para a resolução do conflito.

Vê o ajustamento não como um estado estático, mas como um processo no qual novas
aprendizagens e novas experiências são assimiladas.

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Rogers entende que estas tendências, em direcção à saúde, são facilitadas por relação
interpessoal na qual um dos membros esteja livre o da incongruência para estar em
contacto com seu próprio centro de autocorrecção.

A maior tarefa da terapia é estabelecer tal relacionamento genuíno. Aceitar-se a si


mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína dos outros.

Em compensação, ser aceito por outro conduz a uma vontade cada vez maior de
aceitar-se a si próprio.
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Este ciclo de autocorrecção e auto-incentivo é a forma principal pela qual se


minimiza os obstáculos ao crescimento psicológico.

Rogers afirma que os obstáculos aparecem na infância e são aspectos normais do


desenvolvimento.

O que a criança aprende em um estágio como benéfico deve ser reavaliado nos
estágios posteriores:

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Motivos que predominam na primeira infância mais tarde podem inibir o


desenvolvimento da personalidade.
Quando a criança começa a tomar consciência da self desenvolve uma necessidade de
amor ou de consideração positiva.

“A teoria não se preocupa em saber se se trata de uma necessidade inata ou adquirida”


(Rogers, 1959, p. 198 na ed. bras.). Uma vez que as crianças não separam suas
acções de seu ser total, reagem à aprovação de uma acção como se fosse aprovação
152
de si mesmas.
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Da mesma forma, que as crianças reagem à punição de um acto como se estivessem

sendo desaprovadas em geral.

O Amor é tão importante para a criança que ela “acaba por ser guiada, não pelo

carácter agradável ou desagradável de suas experiências e comportamentos, mas pela

promessa de afeição que elas encerram” (Rogers, 1959, p. 200 na ed. bras.).

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A criança começa a agir da forma que lhe garante amor ou aprovação, sejam os

comportamentos saudáveis ou não para ela.

As crianças podem agir contra seu próprio interesse, chegando a se perceber em

termos destinados a principio a agradar ou apaziguar os outros.


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Teoricamente esta situação poderia não se desenvolver se a criança sempre se

sentisse aceita e houvesse aprovação dos sentimentos mesmo que alguns

comportamentos fossem inibidos.

Em tal situação ideal a criança nunca seria pressionada a se despojar ou repudiar

155
partes não atraentes mas autênticas de sua personalidade.
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Comportamentos ou atitudes que negam algum aspecto do self são chamados de

condições de valor.

“Quando uma experiência relativa ao eu é pro- curada-ou evitada-unicamente porque é

percebida como mais-ou menos- digna de consideração de si, dizemos que o indivíduo

adquiriu um modo deavaliação condicionar (Rogers, 1959, p. 199 na ed. bras.).

Condições de valor são os obstáculos básicos à exatidão da percepção e à tomada de

consciência realista. 156


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Há vendas e filtros seletivos destinados a assegurar um suprimento

interminável de amor da parte dos parentes e dos outros.

Acumulamos certas condições, atitudes ou ações cujo cumprimento

sentimos necessário para permanecermos dignos.

Na medida em que essas atitudes e ações são idealizadas, elas

constituem áreas de incongruência pessoal. 157


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De forma extrema, as condições de valor são caracterizadas pela crença de

que “preciso ser respeitado ou amado por todos aqueles com quem

estabeleço contato”.

As condições de valor criam uma discrepância entre o self e o autoconceito.

Para mantermos uma condição de valor temos que negar determinados


158
aspectos de nós mesmos.
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Quando a criança amadurece, o problema persiste.

O crescimento é impedido na medida em que a pessoa nega impulsos

diferentes do autoconceito artificialmente “bom”.

Para sustentar a falsa auto-imagem a pessoa continua a distorcer

experiências - quanto maior a distorção maior a probabilidade de erros e da


159
criação de novos problemas.
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Os comportamentos, os erros e a confusão que resultam dão

manifestações de distorções iniciais mais fundamentais.

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A situação realimenta-se a si mesma.

Cada experiência de incongruência entre o self e a realidade aumenta a

vulnerabilidade, a qual, por sua vez, ocasiona o aumento de defesas,

interceptando experiências e criando novas ocasiões de incongruência.

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Por vezes as manobras defensivas não funcionam.

A pessoa toma consciência das discrepâncias óbvias entre os

comportamentos e as crenças.

Os resultados podem ser pânico, ansiedade crônica, retraimento ou mesmo

uma psicose.
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GUEBUZA”

Rogers observou que o comportamento psicótico parece ser muitas vezes

a representação externa de um aspecto anteriormente negado da experiência.

Perry (1974) corrobora, apresentando evidência de que o episódio psicótico é uma

tentativa desesperada da personalidade de se reequilibrar e de permitir a realização

de necessidades e experiências internas frustradas.

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A terapia centrada no cliente esforça-se por estabelecer uma atmosfera na qual

condições de valor prejudiciais possam ser postas de lado, permitindo, portanto, que

as forças saudáveis de uma pessoa retomem sua dominância original.

Uma pessoa recupera a saúde reivindicando suas partes reprimidas ou negadas.


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Curso de Licenciatura
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TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

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4. Técnicas diversas:
4.1 As técnicas desportivas ou de tranquilização, individuais
ou em grupo
É associado para alguns o emprego do esforço, para outros do repouso;

Uns procuram o relaxamento e a descontração, outros, ao contrário, a


assunção (acto de assumir) da responsabilidade e da preocupação;

Alguns promovem estados solitários e de meditação, outros o


companheirismo e a convivência grupal;

Outros, enfim, propõem a criactividade, a libertação e a expressão de si


mesmo, enquanto outros proclamam a submissão, a obediência e o
conformismo. 167
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4. Técnicas diversas:
4.1 As técnicas desportivas ou de tranquilização, individuais ou
em grupo
Mas todos eles têm em comum:
a busca de soluções para problemas emocionais ou circunstanciais, no plano
existencial.

As proposições/sentecas terapêuticas estao ao sabor da actividade de muitos,


bem como do charlatanismo (que anuncia a cura por meio secreto ou infalivel)
de alguns, embora haja um bom número de profissionais seriamente
empenhados em aplicar, controlar e estudar novas
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4. Técnicas diversas:
4.1 As técnicas desportivas ou de tranquilização, individuais
ou em grupo
•Não se dedicam a reorganizar a personalidade, mas de reduzir ou eliminar
os sintomas agudos, propiciando condições para uma programação
terapêutica posterior.

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4.9 A logoterapia
Criada por Victor Frankl (1955), sucessor de Freud em sua cátedra em Viena,
opõe-se ao princípio do prazer e ao pansexualismo freudiano.

Sua técnica consiste em facilitar ao cliente o encontro de um sentido em sua


vida o que, paralelamente, implica em aceitação do Dever e da
Responsabilidade.

A saúde psíquica decorre do preenchimento do vazio existencial; de um


espiritualismo que conduza à descoberta, em si mesmo, do significado da vida.
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A logoterapia esforça -se, especialmente, pela conscientização do espiritual.

Como análise da angústia existencial, procura levar o homem a se perceber


como ser responsável e, nesse parâmetro, achar o sentido de sua existência.

A intenção paradoxal é um dos procedimentos usados.

Incentiva o cliente a enfrentar e a praticar aquilo que teme. Esse processo, já


estudado por outros métodos, equivale a desenvolver uma resistência mental
(ou espiritual) a certos fatos perturbadores ou ameaçadores.

Além da heróica resistência, acompanha-se de ironia para com o fato


ameaçador, destruindo-lhe a força. 202
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5. A posição existencialista e o retorno à filosofia

• Partindo da Fenomenologia, o Existencialismo,além de seu conteúdo


filosófico, assumiu uma série de posições orientadoras ou terapêuticas
condizentes com seu entendimento do Eu e do Mundo.

• Esse posicionamento não se singe, porém, como um novo' 'sistema de


terapia, mas uma nova atitude para com a terapia", como afirma May
(1976).

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5. A posição existencialista e o retorno à filosofia

• A influência de Kierkegaard, de Husserl, de Heidegger e de Jaspers,


como de outros filósofos, é sensível como assinalam alguns
comentaristas (Foulquié, 1960; Forghieri, 1972), cumprindo destacar,
mais tarde, as contribuições de Sartre (1943, 1953), de Binswariger
(1956), de Buber (1958) e de May (1973, 1976, 1977).

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5. A posição existencialista e o retorno à filosofia

• Há um dimensionamento humanístico com retorno às questões


fundamentais do ser, da vida e dos valores humanos, em franca
oposição à avaliação e à medida psicológica instaladas a partir da
Psicofísica de Fechner e da Psicologia Científica ou Experimental de
Wundt e que teve seu apogeu nos trabalhos de Binet e no surgimento
dos testes psicológicos e da psicotécnica na primeira metade do século
XX.

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• Passa-se, assim, do furor de exames e verificações de quocientes de


inteligência ou de outros atributos a uns posicionamentos globais,
dinâmicos, em que esses dados continuam significativos, mas sua
importância na vida e nas reações humanas é sentida e entendida
noutras perspectivas.

• O comportamento da pessoa não se define mais em termos de perfis


ou de traços independentes, mas em termos d€ sua experiência vital,
nem sempre acessível aos instrumentos atuais de medida.
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5. A posição existencialista e o retorno à filosofia

• Na perspectivas holísticas, compreensivas, incluem-se valores sociais e


humanos, externos, oriundos de um contexto de necessidades e pressões
grupais e, de outro, de auto-expressão, de ser o que é.

• Embora inconcebível o Eu sem o outro, existe no campo do pensamento e da


ação um território marcadamente pessoal, parcialmente autônomo, que
responde à solicitação. e exigências internas, geradas na relação Eu-Outro e
que passa a pertencer à pessoa como patrimônio pessoal que vive e vivencia

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5. A posição existencialista e o retorno à filosofia

• Pode-se admitir que não existe um conjunto de processos formais,


metodológicos, de estilo terapêutico, na Fenomenologia ou no
Existencialismo, pois isso iria de encontro a seus princípios básicos.
Existem, porém, atitudes terapêuticas.

• A empatia abre as portas ao mundo do cliente para que ele se veja a si


mesmo, se encontre e se aceite; tolere suas limitações e perceba o
valor e a peculiaridade de ser ele mesmo.

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• Importa descobrir-se e descobrir os outros, como o Eu emerge e evolui através


do contacto com o mundo e com pessoas. Entender e sentir a totalidade da
existência é o alvo.
• Alguns existencialistas, dentre os quais Boss (1979), traçam uma certa imagem
de uma terapia existencialista ("daseinanalytic therapy"), opondo-se
frontalmente aos conceitos freudianos, particularmente no que se refere aos
fenômenos da transferência e do inconsciente (embora os relatem sob outros
títulos).
• RoBo May admite que a terapia existencialista não é uma cura, mas busca do
autoconhecimento.
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• A chave para o processo de aconselhamento, como textualmente


declara May, está na empatia. É através desse sentimento que todos os
conselheiros atingem as pessoas. Na medida em que essa comunhão
de sentimentos ocorre na sessão de aconselhamento, o problema do
cliente "é transferido para essa nova pessoa e o aconselhador arca com
sua metade do problema.

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• E a estabilidade psicológica do conselheiro, seu esclarecimento,


coragem e força de vontade transferir-se-ão para o aconselhando,
prestando-lhe grande assistência na luta que se desenvolve no interior
de sua personalidade" (May, 1977).

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• A volta aos problemas filosóficos não se faz, porém, à moda antiga.


Vem impregnada de conceitos operacionais e não se restringe à
filosofia pura.

• Busca nesta uma praxis, algo que ajude o homem a extrair da vida o
que ela tem de melhor para si e para os outros e não se identifica com
a pura especulação.

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• Nesse sentido, o retorno à filosofia pode vir, com o tempo, a explicar


muitos dos fracassos dos diagnósticos e prognósticos psicológicos.

• Se conseguirmos enquadrar e entender o comportamento humano


dentro de um quadro de valores sociais e pessoais, provavelmente a
ação orientadora e psicoterápica ultrapassará os modestos resultados
até hoje obtidos

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TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

Aula 2.3. Métodos Mistos e Métodos


Centrados no Problema.
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Agenda
3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema.
3.1Fundamentos.
3.2 Procedimentos comuns.
3.3 Técnicas específicas;
3.4 Aconselhamento e terapia em processos de grupo;

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3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

3.1 Fundamentos.
Embora a eficácia dos procedimentos orientadores ou terapêuticos esteja
ligada à estrutura e à dinâmica da personalidade, não se pode ignorar a
ocorrência de situações externas que constituem razão suficiente para gerar
frustrações e conflitos, independentes do funcionamento global da
personalidade.

Desde que tais ocorrências podem comprometer outras áreas do


comportamento, pode-se, igualmente, agir no sentido inverso, isto é,
eliminar ou reduzir as desordens comportamentais atuando-se sobre agentes
externos ou indiretos. 218
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3.1 Fundamentos.

Por exemplo segundo Master & Johnson ( 1970), os problemas sexuais,


podem ser tratados com técnicas e informações específicas;

Problemas escolares ou profissionais podem ter origem na relação


professor-aluno ou chefe-subordinado e como tais serem removidos
quando se atua nessa relação;

Uma dificuldade de aceitação grupal na adolescência, ou em outras


idades, pode gerar sentimentos de inadaptação e comportamentos anti-
sociais, a qual, quando removida, pode reinstalar comportamentos sadios;
219
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3.1 Fundamentos.

Ausência de afeto e proteção na infância podem criar comportamentos


patológicos;

Um desequilíbrio orgânico, desde uma leve intoxicação alimentar até uma


grave disfunção hormonal, pode dar origem a mudanças no comportamento;

Uma deficiência intelectual ou sensorial pode dar como resultado uma redução
da capacidade competitiva e uma conseqüência emocional desastrosa;

220
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3.1 Fundamentos.

Uma deficiência nutritiva pode produzir baixo nível de rendimento e ser


interpretada como um falso quadro de indiferença ou desatenção;

uma atmosfera educativa no lar, tipo "laissez faire", com liberdade


excessiva e pouca disciplina, pode gerar imaturidade, insegurança e
comportamentos agressivos ou anti-sociais (Sears, 1961).

221
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3.1 Fundamentos.

Os exemplos são incontáveis. Como os efeitos emocionais das frustrações ou


dos conflitos estão sempre presentes, podem ser usados procedimentos
mistos que atuem, concomitantemente, sobre os agentes externos (causas) e
sobre a pessoa (efeito).

Às vezes, os psicólogos se preocupam apenas com os estados emocionais,


quando seria mais indicado atuar diretamente nas raízes circunstanciais do
problema. A dificuldade consiste em identificar os agentes externos, não-
psicológicos ou paralelos e as estratégias e táticas que atuem na pessoa e no
meio. 222
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3.1 Fundamentos.

• A seguir vamos mencionar, apenas a título de lembrete, sem entrar em


pormenores técnicos que escapam à competência do autor, alguns dos
métodos e técnicas que atuam em vários aspectos.

• Alguns deles aproximam-se mais da abordagem cultural, outros da


abordagem pessoal e outros são centrados em problemas específicos.

• A escolha dos procedimentos depende, também, como nos demais recursos


terapêuticos, da formação e preparação profissional do Orientador ou
223
Terapeuta das possibilidades práticas de atuação.
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3.1 Fundamentos.

• Este capítulo, principalmente no que se refere à Modificação do


Comportamento, foi gentilmente revisto por Alice Maria de Carvalho
De1itti e Walderez B.F. Bittencourt que o enriqueceram e o corrigiram
com valiosas contribuições

224
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3.2 Procedimentos comuns


• Em geral, os processos de orientação, aconselhamento ou terapia,
nesta categoria de métodos, incluem ampla avaliação das condições da
pessoa (estudo de caso), das características do problema, da situação a
manipular e das alternativas de tratamento existentes.

• A maioria das atuações processa -se no plano cognitivo, com ênfase no


processo do problema, o que não significa desprezar a pessoa ou o
contexto sócio-cultural nem excluir os processos emocionais.

225
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3.2 Procedimentos comuns

• Os comportamentos, nas suas causas e conseqüências, são geralmente


estudados em laboratórios, no campo da psicologia experimental e,
com base nos dados obtidos, utilizados na assistência psicológica.

• As pessoas são estudadas face aos problemas que apresentam.

• O foco é interpretar os dados à luz de um processo genérico que tende


a ocorrer como respostas organísmicas.

226
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3.2 Procedimentos comuns

• São características básicas do método a definição tão precisa quanto possível


dos comportamentos a serem atingidos, quer para implantá-los, quer para
removê-los ou alterá-los, e um sistema de controle pelo qual seja averiguado o
processo de mudança.

• Em certos tipos de tratamento são usados medidores de estados de tensão ou


de relaxamento, bem como outros indicadores - médicos ou psicológicos - de
condições orgânicas ou de estados emocionais.


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3.2 Procedimentos comuns

• Tais procedimentos, como se poderá inferir, produzem efeitos


satisfatórios em numerosos casos.

• A dificuldade consiste, como nas demais categorias de métodos, em


identificar o método adequado a uma determinada desordem
comportamental.

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3.3 Técnicas específicas


• 3.3.1 Terapia médica ou somática;
• 3.3.2 Reflexologia;
• 3.3.3 Fisicultura, esportes e manipulação corporal;
• 3.3.4 Técnicas s uges tivas e hipnóticas;
• 3.3.5 Arteterapia ;
• 3.3.6 Ludoterapia;
• 3.3.7 Biblioterapia;
• 3.3.8 Semântica;
• 3.3.9 Modificação do comportamento;
• 3.3.10 Fé, misticismo, paraps icolog ia e áreas correlatas.

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3.3 Técnicas específicas


• 3.3.1 Terapia médica ou somática
• , A somatoterapia é um recurso aplicável em numerosos casos, seja como
método básico, seja como coadjuvante fio tratamento.

• A literatura menciona casos em que o tratamento com vitaminas reduziu a


ocorrência de perturbações mentais :

 As drogas energizantes melhoram os estados de depressão ou de desinteresse;

 As correções do funcionamento hepático diminuem os estados de irritabilidade.


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3.3 Técnicas específicas

• 3.3.1 Terapia médica ou somática


 São conhecidos, também, os efeitos de certas substâncias sobre o
desejo ou o desempenho sexual, bem como os efeitos da desnutrição e
as repercussões mentais de muitas doenças ou disfunções orgânicas.

Nesta modalidade profilática ou terapêutica há sempre necessidade de se


recorrer a uma equipe multidisciplinar, em que atuem médicos,
psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fona-audiólogos e
outros profissionais.
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3.3 Técnicas específicas


• , 3.3.1 Terapia médica ou somática
Embora haja poucos estudos concludentes, que muitos distúrbios do
comportamento, chamados estruturais ou de temperamento e, portanto,
de origem predominantemente genética, sejam beneficiados com esse tipo
de assistência, bem como os que resistem aos tratamentos psicoterápicos
conhecidos, é possível conjecturar .

Inclui-se neste tecnica um variado elenco de procedimentos que vão desde


exercícios físicos ou relaxamento, até fisioterapia e processos bioquímicos.
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• 3.3.1 Terapia médica ou somática


Muitas acções cirúrgicas, bem como as plásticas, ortopédicas ou
alimentares, podem ser úteis.

As revistas médicas mencionam a acção sedativa de neurolépticos sobre o


sistema nervoso, reduzindo estados de excitabilidade, bem como o
efeito de várias drogas sobre o comportamento em geral (Coleman,
1973; Spoerri, 1974).

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• 3.3.1 Terapia médica ou somática
A quimioterapia apresenta dados promissores, na medida em que os
processos patológicos tenham origem ou sejam desencadeados por
fenômenos orgânicos.

A quimioterapia é um valioso recurso auxiliar também nos casos de


desordens funcionais para remissão ou alívio de sintomas, facilitando à
pessoa tornar-se acessível a actividades do dia-a-dia, a ocupações
profissionais e à psicoterapia.
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• 3.3.1 Terapia médica ou somática
Ela pode provocar a redução do medo, da angústia, da agressividade, da
depressão ou de outras manifestações inadequadas à situação, consegue
reambientar as pessoas, diminuir alucinações e delírios e abrir perspectivas
para uma retomada de suas atividades habituais, o que as ajuda no plano
emocional de auto-afirmação e de relacionamento social . Contribui para a
melhora do quadro geral.

Beitman (1981), citando inquérito entre membros da Associação Psicanalítica


Americana, menciona que cerca de 60% dos analistas usa medicamentos
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• 3.3.1 Terapia médica ou somática
Lesse (1978) afirma ter obtido 83% de resultados satisfatórios com o uso
de psicoterapia e tratamento farmacológico combinado, em um período
de três semanas, em um grupo de clientes com severa depressão.

O mesmo autor assinala que no caso de depressões profundas, com ideias


de suicídio, o tratamento puramente psicoterápico mostrou-se inferior
ao tratamento combinado com drogas. .

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3.3.2 Reflexologia
Foi baseada nas contribuições de Pavlov e Bechteéew, na Rússia, e de
Watson, nos Estados Unidos.

A reflexologia vê os factos psicológicos como eventos fisiológicos, não


havendo lugar para a consciência.

As teorias sobre o associassionismo e os conceitos sobre Inibição e


excitação são importantes na compreensão e no tratamento dos eventos
comportamentais.

O objectivo, segundo Salter, é "desinibir a inibição e atinge-se esse


objectivo com o que podemos chamar de química verbal".
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3.3.2 Reflexologia
O desajustamento é um processo de aprendizagem e assim é a psicoterapia.

O "equilíbrio entre a excitação e a inibição é a base da vida normal" (Wolpe,


Salter e Reyna, 1966).

Os procedimentos podem incluir diálogos, manipulação ambiental, drogas e


aparelhagem variada que atuem para desinibir os focos da inibição
condicionada.
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3.3.2 Reflexologia
Muitas técnicas de "controle mental", de "controle emocional", exercícios
de concentração e de descontração sensorial, estimulação ou
tranquilização enquadram-se nesta categoria, inclusive sistemas de
controle eletromecânicos ou eletrônicos relacionados com o uso de
biofeedback.

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• 3.3.3 Fisicultura, desportos e manipulação corporal
• Não ha pesquisas suficientes sobre os efeitos psicológicos decorrentes
de determinadas práticas de educação física ou de desportos, mas
observação vem mostrando influência favorável dessas actividades, no
ajustamento pessoal e social.

• A redução de tensões pela activação de funções fisiológicas ou pelo


relaxamento programado, assim como sentimentos de auto-afirmação,
são alguns dos efeitos observáveis.
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• 3.3.3 Fisicultura, desportos e manipulação corporal
• Incluem-se neste grupo de procedimentos todas as actividades
relacionadas com ginástica (diferentes modalidades), desportos individuais
e colectivos e actividades de lazer combinadas com exercícios físicos.

• Podem incluir, também, regimes dietéticos, alteração de hábitos de


higiene e de saúde física, trato da aparência, do vestuário, da postura e
expressões corporais como, até mesmo, a redução ou eliminação de
problemas ortopédicos (ver Terapia Somática e Fisioterapia).

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• 3.3.3 Fisicultura, desportos e manipulação corporal
• Geralmente a terapia pela cultura física é feita individualmente ou em
grupos através de:

1) Programação de exercícios físicos variados e agradáveis, diariamente ou


algumas vezes por semana;

2) Organização de grupos para competições adequadas ao nível de


desempenho, idade e interesse dos participantes;

3) Sessões de relaxamento e recreação, inclusive dança, música, meditação


242
e repouso, articuladas com a programação física.
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3.3 Técnicas específicas


• 3.3.3 Fisicultura, desportos e manipulação corporal
• Solemon e Bumps (1978) apresentam um novo método para induzir o
relaxamento físico empregando corrida lenta, de longa distância,
combinada com meditação.

• O método baseia-se nas alterações fisiológicas e conseqüente mudança no


estado de consciência ocorrida, similarmente, na corrida e na meditação.

• A combinação dos dois efeitos seria vantajosa como coadjuvante


243
terapêutico.
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• 3.3.3 Fisicultura, desportos e manipulação corporal


• Caberia considerar que os processos tradicionais de fisicultura
(exercícios, condicionamento físico, desportos, competições) vêm sendo
questionados e até combatidos pela antiginástica e pela kinesiterapia
(Bertherat, 1979) com base na teoria de que o corpo nos seus estados
de rigidez e tensão retrata, exatamente, os conflitos, repressões e
angústias que permanecem insolúveis.

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• 3.3.3 Fisicultura, desportos e manipulação corporal
• Há toda uma linguagem corporal que precisa ser previamente interpretada
e trabalhada tomando-se consciência do corpo nos seus movimentos e
expressões.

• Assim, muitas práticas esportivas e de ginástica podem atuar no sentido


inverso mantendo ou desenvolvendo desequilíbrios tensionais
preexistentes.
• Há, no caso, uma estreita ligação entre esse posicionamento e a
orgonoterapia de Reich. 245
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• 3.3.4 Técnicas sugestivas e hipnóticas

A sugestão sempre exerceu papel terapêutico e suas aplicações


remontam à Antiguidade, inclusive no que se refere à influência
de agentes extraterrestres ou místicos de que falaremos mais
adiante.

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3.3 Técnicas específicas


• 3.3.4 Técnicas sugestivas e hipnóticas
Procedimento proposto por Coué (1936) e, posteriormente,
desenvolvido por outros autores, consiste em levar o cliente a
repetir o que, dia-a-dia, acha-se melhor, bem melhor,
praticando pouco a pouco um processo de encorajamento
pessoal e de confiança em si.

O treinamento autógeno (Schultz, 1959), forma mais atualizada de


aplicação do método, combina a auto-sugestão com o
relaxamento.
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3.3 Técnicas específicas
3.3.4 Técnicas sugestivas e hipnóticas
A hipnose, geralmente é usada como método auxiliar.

Como procedimento válido e autônomo teve seu valor redescoberto


recentemente (Erickson, 1947).

É útil em várias situações, principalmente na remoção de sintomas que


facilite posterior introdução de outros agentes terapêuticas.

Encontramos várias considerações sobre hipnose em Spiegel (1978), em


Moraes Passos (1975), nos trabalhos de Erickson e em Wolberg (1977)

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3.3.5 Arteterapia
A Arteterapia Inclui grande variedade de acções no campo da música, pintura,
escultura, literatura, bem como na expressão corporal (dança, ginástica, artes
marciais, exercícios grupais), seja como trabalho terapêutica individual ou em
grupo.

Serve como redutor de tensões (música no trabalho, na escola, em hospitais,


etc.).

Há trabalhos pioneiros como os de Licht (1946) sobre música, de May (1941),


de Rosen (1957) e de Schoop (1974) sobre dança.

Relaciona-se, em alguns aspectos, com a terapia ocupacional e com outras


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3.3.5 Arteterapia
A dança-terapia é o uso do movimento corporal bastante utilizada na
redução de tensões, no desenvolvimento motor e afectivo.

Segundo afirma Serra (1981), coube à Laban (1950) abrir caminhos novos
com base na qualidade do movimento e a Kestenberg (1967) enfatizá-los
no desenvolvimento das estruturas psíquicas da criança.

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3.3.5 Arteterapia
Há, nestes casos, íntima relação com as terapias de manipulação corporal citadas
em item anterior.

Vários programas de actividades artísticas vêm sendo desenvolvidos com


doentes mentais que incluem, principalmente, a criactividade e a recuperação da
própria identidade.

Nessa área destaca-se o trabalho de J.M. Erikson (1976).


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3.3.6 Ludoterapia
É aplicada principalmente em crianças, pode ocorrer sob várias orientações
terapêuticas, sejam freudianas, rogerianas, comportamentais, ou outras.

Usa as expressões livremente enseiadas pelos participantes ou decorrentes


de jogos e situações provocadas pelo terapeuta.

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3.3.6 Ludoterapia
Baseia-se na compreeção de que os sentimentos livremente expressos são
importantes para a criança, independentemente do que diga ou faça, embora
haja limites que lhe permitam ajustar-se à realidade e torná-la consciente de sua
responsabilidade na relação estabelecida com pessoas e objectos (Axline, 1980;
Gondor, 1954).

Encontra-se em Schaefer (1976) amplo estudo sobre o uso do jogo infantil para
finalidades terapêuticas no qual o autor especifica diferentes linhas doutrinárias.

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3.3.7 Biblioterapia
Ocupa um lugar modesto no arsenal terapêutico.

O seu uso e seus efeitos é bastantente discutido pelos psicólogos.

Consiste em um procedimento livre ou dirigido de leituras que propiciam ao


cliente informação, instruções e encorajamento como, também, meios de
reflexão e de auto-análise.
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3.3.7 Biblioterapia
Um dos inconveniente é não permitir o diálogo podendo, em certos casos,
conduzir o cliente a interpretações inadequadas de sua situação.

Menninger (1937) e Schneck (1945) foram alguns dos poucos especialistas


que, em anos passados, tentaram sistematizar a literatura sobre esse
procedimento.

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3.3.8 Semântica
Consiste em rever, comentar e explorar o sentido de palavras e expressões que
o cliente usa para se conceituar ou para explicar suas frustrações e conflitos.

Os esclarecimentos lingüísticos permitem reduzir ou eliminar pensamentos não


logicos, actos e conceitos codificados pela linguagem.

Os símbolos linguísticos são revistos e analisados em função das aspirações e


necessidades da pessoa e da maneira como ela reage a esses conceitos.

Korzybski (1941) é considerado o pioneiro do método.

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3.3.9 Modificação do comportamento
A expressão "modificação do comportamento" ("behavior modification") tem
prevalecido como título dessa nova abordagem, pois. que todo processo de
aconselhamento ou de psicoterapia tem como alvo modificações
comportamentais.

Trata-se procedimentos subordinados à teoria comportamentalista que seguem


o seu esquema tradicional da Psicologia Experimental e de seus estudos no
campo da psicologia da aprendizagem, já que o psicólogo ou terapeuta visa
modificar comportamentos existentes e promover a instalação ou
257
aprendizagem de outros.
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3.3.9 Modificação do comportamento

Os estudos e preocupações com as mudanças de comportamento,


entendidas como tais as respostas a certos estímulos, podem ser, sob
nomes e situações diversas, localizados nas mais longínquas épocas,
desde que o homem tenha modificado sua conduta face aos resultados ou
conseqüências que sente ou observa.

Os estudos de laboratório datam, porém, do século passado dentre os


quais os de Ebbinghaus e de Thotndike.
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3.3.9 Modificação do comportamento

Posteriormente, Pavlov, Hull e outros pesquisadores ofereceram novas


contribuições até que, com Watson (1930), Skinner (1938, 1967,1968),
Bandura (1961), Lazarus (1971,1972,1977) e outros especialistas do campo.

As implicações teóricas e práticas alcançaram quase todos os domínios da


psicologia, inclusive o aconselhamento e a psicoterapia, ramificando-se em
teorias e acções suplementares e, por vezes, um tanto divergentes entre si.

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3.3. 9 Modificação do comportamento

O corpo teórico básico permanece, embora, para muitos, seja inaceitável,


como foi a teoria psicanalítica no começo do século XX.

Estudos, comentários e análise de resultados da terapia comportamental são


fartamente apresentados em numerosas publicações das quais se destacam
as de Eysenck (1952, 1960), de Hersen e outros (1979) e de Franks e Wilson
(1980).

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3.3. 9 Modificação do comportamento

O princípio básico da teoria comportamentalista é o de que o comportamento


humano, como o dos animais, é função de fenômenos que o precederam,
isto é, de antecedentes que facilitam, dificultam ou impedem o surgimento
de uma dada resposta.

É claro, também, que essa mesma resposta pode ser afetada por factores
constitucionais, inatos, não observáveis o que, todavia, não invalida o
princípio geral. 261
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3.3. 9 Modificação do comportamento

As consequências de um comportamento podem, também, modificar a


ocorrência de outro, do qual é um antecedente.

Manipular os antecedentes, os consequentes e os mediadores (processos


encobertos, não diretamente observáveis) torna, pois, o comportamento
passível de mudança.

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3.3.9 Modificação do comportamento

Os seguintes princípios teóricos e práticos são geralmente aplicáveis às


situações de aconselhamento e de psicoterapia:

a)O comportamento é função do ambiente.

Controlamos e somos controlados.

Os eventos que ocorrem em torno de nós modelam o nosso


comportamento.

O controle ocorre principalmente pelo reforço e pela punição.


263
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3.3 Técnicas específicas
3.3.9 Modificação do comportamento

b) O comportamento é aprendido quando, ao ocorrer, é de alguma forma


“recompensado”.

A expressão “reforço” significa recompensa ou gratificação.

c) Se a uma resposta casual ou espontânea seguir-se um estímulo


reforçador, a força dessa reação (resposta) será aumentada;

se não o for, sua frequência, no futuro, será menor.

As respostas, reforçadas ou não, terão, assim, maior ou menor probabilidade


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3.3.9 Modificação do comportamento
d) Há reforços positivos e negativos.

Os primeiros consistem na apresentação de estímulos, no acréscimo de


alguma coisa à situação, tal como alimento. água, contacto sexual, etc.

Os outros consistem na remoção de algo perturbador, por exemplo muito


barulho, luz intensa, choque elétrico, frio ou calor intenso, etc.

Além destes, há reforços secundários ou estímulos que, associados aos


anteriores, atuam como eles.

e) Enquanto o reforçamento torna as respostas mais frequentes, sua falta ou


ausência extingue a resposta. 265
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3.3.9 Modificação do comportamento

f) A consequência da retirada do reforço positivo é uma redução na frequência das


respostas, e a consequência da remoção de algo desagradável (reforço negativo) é
um aumento dessa frequência.

g) Para que sejam eficazes os estímulos reforçadores, é preciso que eles surjam logo
após a resposta casual ou espontânea.

Um intervalo maior do que alguns segundos pode reduzir muito o efeito reforçador.

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3.3.9 Modificação do comportamento

g) Para que sejam eficazes os estímulos reforçadores, é preciso que eles


surjam logo após a resposta casual ou espontânea.

O reforçador deve ocorrer exata e imediatamente após a concretização do


comportamento a ser aprendido.

Caso isso não se verifique, um comportamento diferente pode instalar-se.

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3.3.9 Modificação do comportamento

h) O acto de aprender é uma modelagem paulatina do comportamento


através de reforços.

Estes podem ser usados e planejados na situação de aconselhamento e


terapia de várias maneiras, usando-se intervalos e meios para discriminar
e generalizar.

i) Mudar o comportamento é mudar as consequências e rearranjar as


“contingências do reforçamento”.
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3.3.9 Modificação do comportamento

j) A aprendizagem ou mudança comportamental ocorre através de quatro tipos


de processos:

- discriminação - atitude precnceituasa em relação alguem

- generalização- aplicação algo aprendido em uma situação especifica


em outra situação semelhante

- encadeamento- ligação em sequencia das coisas

- - modelação- estratégia focada na aquisição de comportamento por


meio de observação e duplicação de comportamentos feitos por
outros. 269
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GUEBUZA”

3.3 Técnicas específicas


3.3.9 Modificação do comportamento
k) O comportamento seguido de conseqüências reforçadoras (recompensa)
tem maior probabilidade de ocorrer novamente.

I) O comportamento seguido de consequências aversivas (punição) tem


menor probabilidade de ocorrer novamente, mas a força relativa da punição
em alterar o comportamento é pequena, comparada com a força do
reforçamento positivo.

m) O comportamento que não for reforçado tende a se extinguir.


270
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3.3 Técnicas específicas


3.3.9 Modificação do comportamento

n) Confirmar ao cliente que ele modificou seu comportamento em direcção


a um resultado desejado é reforçador para ele.

o) A principal diferença entre os que aprendem é a rapidez com que ocorre


a aprendizagem, não a maneira como ela ocorre.

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3.3 Técnicas específicas
3.3.9 Modificação do comportamento

p) Uma das contingências de reforçamento mais importantes é o tempo que


medeia entre o comportamento e o reforçamento.

Quando as consequências positivas ocorrem imediatamente após o


comportamento, as probabilidades de que este venha a ocorrer novamente
são maiores do que se houver uma demora.

q) A transferência do comportamento de uma situação para outra depende de


provocá-lo na situação mais próxima possível da realidade que se quer atingir.
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3.3 Técnicas específicas


3.3.9 Modificação do comportamento

r) Outra contingência importante é o esquema de reforçamento, isto é, a


consequência intermitente ou contínua.

O mais eficiente para instalar novos comportamentos é o esquema de


reforçamento contínuo (que ocorre sempre após a emissão da resposta), e
para manutenção do comportamento é o esquema intermitente (que
ocorre de vez em quando sem que a pessoa saiba quando ocorrerá, mas
espera que ocorra).

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3.3 Técnicas específicas


3.3.9 Modificação do comportamento

s) O intervalo entre os reforços é importante.

Em geral é mais eficiente iniciar reforçando o comportamento toda vez que


ele ocorra e, a seguir, deixar de reforçar em algumas ocasiões.

Passa-se depois a reforçar ao acaso de maneira a manter-se o


comportamento desejável.

t) Finalmente, para que o comportamento possa ser instalado, é preciso


que o cliente emita esse comportamento.
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3.3 Técnicas específicas


3.3.9 Modificação do comportamento

•As aplicações desses princípios em situação de aconselhamento ou terapia


exigem muitas situações previamente programadas:
Terapeuta e cliente procuram:

a) identificar o comportamento que se quer instalar;

b) determinar o critério ou nível de realização adequado ou desejável;

c) criar condições em que apareça o comportamento desejado e os


reforçadores adequados;

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3.3 Técnicas específicas


3.3.9 Modificação do comportamento

Terapeuta e cliente procuram:

d) aplicar o esquema de reforçamento mais adequado;

e) escolher situações que mais se aproximem do real;

f) minimizar a possibilidade de erros ou punições;

g) criar um procedimento para a ocorrência da resposta desejável e


verificar a manutenção desse comportamento.

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Aconselhamento Psicológico I

Curso de Licenciatura
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TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

Aula 2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados


no Problema:
3.3 Técnicas específicas.
3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas MACHAVA, Mar. de 2023
correlatas
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Agenda
3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema.
3.3 Técnicas específicas.
3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

278
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3.3 Técnicas específicas


3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas
Este conjunto de recursos é condenado por muitos e também aceito por
outros.

Uma vez aberto a conjecturas, hǻ que distinguir algumas posições principais,


a saber:

1) sấo procedimentos que incluem-se no campo da fisiologia e da psicologia


convencional ou da ciência em geral;

2) sấo procedimentos relacionados com doutrinas ou práticas não ortodoxas,


baseados em “forças” ou agentes sobrenaturais;

3) sấo procedimentos parapsicológicos que incluem parte do primeiro grupo,


parte do segundo e fenômenos ainda pouco esclarecidos. 279
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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

•3.10.1 Fé - posição pouco acrescenta, do ponto de vista científico actual,


aos procedimentos que a ciência dispõe; apenas muda-se de nome e tenta-
se criar uma doutrina própria.

•O ritual que os acompanha é, geralmente, parte de um revigorante influxo


sugestivo ou um processo bem elaborado de condicionamento operante e,
desse modo, produz resultados.

280
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3.3 Técnicas específicas
3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.1 Fé
Podem ser incluídos neste grupo:

 o Hinduísmo - para estados de tensão e que compreende, em geral,


relaxamento muscular , meditação e, depois, concentração em soluções
objectivas para os problemas;

A Yoga - uma variante do hinduísmo que visa ao autocontrole, em vários


estágios;
281

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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.1 Fé

Podem ser incluídos neste grupo:


O Budismo - busca o controle de todos os desejos e o domínio de si
mesmo como técnica para eliminar sofrimentos;

 o Zen-budismo – que se basea na intuição e na iluminação, na procura


de maneiras diferentes de solver problemas;
 muitas técnicas orientais, influências astrais e de fenômenos da natureza

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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.1 Fé

A meditação, próprio de certos rituais orientais, é hoje um procedimento


aplicado como recurso terapêutico básico ou associado a outros métodos.

Maupin (1965) é considerado um dos pioneiros nas investigações e aplicações


experimentais do método.

Deikman (1966), relata que a meditação pode induzir a pessoa a libertar-se de


estereótipos mentais e atingir formas mais agradáveis de encarar as realidades
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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.1 Fé

A meditação pode relacionar-se, no plano teórico ou operacional, a outros


procedimentos, tais como:
 o treinamento autógeno (treino), de Schultz,

 à Yoga,

 à auto-regulação do processo cerebral e aos processos genéricos de


tomada de consciência (Chang, 1978).

284
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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.1 Fé
Estudos citados por Hart e Tomlinson (1970) indicam a ocorrência de
mudanças fisiológicas devidas à meditação e que a pessoa “pode aprender a
controlar suas ondas mentais” (p. 588).

Dizem os mesmos autores que “se o homem puder aprender a controlar sua
própria consciência, através da combinação de antigas técnicas com a
moderna tecnologia, estaremos entrando em uma nova idade cultural” .

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3.3 Técnicas específicas

3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.2 Misticismo

Sấo certos cultos e crenҫas com grande variedade de atuações físicas,


materiais e espirituais.

Pode incluir:
 superstições,

magias e

 correlatos (interligadas ou afins).

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3.3 Técnicas específicas

3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.2 Misticismo

Embora a dimensão do transcendente em terapia não seja ignorada pela ciência


psicológica, sua deturpação sob a forma de rituais exóticos é francamente
questionada pelos riscos que a obsessão e a compulsão podem acarretar.

Sacrifícios pessoais e actos anti-sociais podem ter origem em posições místicas


inabaláveis.

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3.3 Técnicas específicas


3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.2 Misticismo
Muitos líderes carismáticos, atuando sobre pessoas emocionalmente imaturas ou em
extremos graus de ansiedade ou sofrimento, podem converter-se em “agentes” de
cura ou de solução de problemas.

O culto de imagens, de pessoas vivas ou mortas, de gestos, de palavras e de


hábitos, bem como as expiações deliberadamente impostas e deliberadamente
aceitas, inclusive autotortura e flagelamento, em funções de certos “deuses” ou
símbolos mágicos, é atuação comum notavelmente em povos primitivos e nos
habitantes marginalizados de grandes concentrações urbanas.

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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.2 Misticismo

•Os sistemas com base na fé podem produzir curas, seja por efeitos
sugestivos, seja por modificação biopsíquica resultante de redução de
tensão, seja por outros fenômenos ainda não totalmente explicados.

•Neste grupo encontram-se toda sorte de acções, inclusive as que ocorrem


em sessões espírituais.

289
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3.3 Técnicas específicas


3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas (áreas
ligadas aos fenómenos psíquicos ocultos)

3.10.3 Parapsicologia
Em terceira posição encontra-se um conjunto de factos e de atuações na
área da Parapsicologia e, a julgar pelos dados existentes até o momento,
segundo a maioria dos autores, “os fenômenos parapsicológicos, na
realidade, não passam de fenômenos psicológicos” (Ribas, in Amadou,
1969).

290
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3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.3 Parapsicologia
Embora essa afirmação tenha certo conteúdo de verdade, não se pode negar
a existência de outros fenômenos (as funções psi) que não se acham, ainda,
suficientemente explicados pela psicologia comum ou científica.

É pensamento do autor que o aconselhamento e a terapia psicológica por


procedimentos parapsicológicos (procedimento de investigação empírica dos
fenómenos psíquicos ocultos) enquadram-se, embora não nominalmente, na
vasta gama de métodos e técnicas já conhecidos, principalmente nos
procedimentos reflexolôgicos, comportamentais, persuasivos e sugestivos. 291
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3.3 Técnicas específicas


3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.3 Parapsicologia
Há que se admitir, todavia, a possível ocorrência de eventos que, embora
possam se enquadrar no campo científico que conhecemos, ainda assim
constituem áreas que precisam ser consideradas e investigadas.

Segundo Amadou, a utilidade da parapsicologia consiste em permitir


melhor conhecimento da natureza psicológica e fisiológica do homem.

292
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3.3 Técnicas específicas


3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.3 Parapsicologia

“Se a psicologia profunda dá às manifestações paranormais o seu sentido


pessoal e as recoloca no seu contexto individual, em compensação a
parapsicologia advertem aos analistas não vaguearem acerca da
interpretação de determinada manifestação paranormal e os habilita a
compreender e a fazer compreender melhor ao paciente seu próprio
inconsciente, permitindo-lhe que atue sobre ele” (Amadou, 1969).
293
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3.3 Técnicas específicas


3.10 Fé, misticismo, parapsicologia e áreas correlatas

3.10.3 Parapsicologia

Em suma, não nos parece haver, até o momento, suficientes razões para se
acreditar em métodos e técnicas exclusivamente parapsicológicas, com
causas, procedimentos e resultados próprios de um novo sistema psicológico.

Contudo, um estudo de procedimentos nessa área é indispensável.

294
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Aconselhamento Psicológico I

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TEMA 2: MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO, ACONSELHAMENTO


PSICOLÓGICO E PSICOTERAPIA

Aula 2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados


no Problema:
2.3.4 Aconselhamentos e terápia em
processos de grupo.
MACHAVA, Mar. de 2023
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Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema:

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

A literatura psicológica, cita Pratt como pioneiro do trabalho em grupo com


finalidades profiláticas e terapêuticas.

Ele reuniu um grupo de tuberculosos internos de um hospital, nos Estados


Unidos, em 1905, e levava-os a discutir seus problemas de vida.

Kurt Lewin, ao propos em 1947 os famosos “T-Group” (grupos de


treinamento). 297
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.


Posteriormente surgiram inumeráveis proposições sobre o assunto e
estudos sobre os processos grupais:

 Foulkes, 1951;

 Cartwright e Zander, 1953;

 Powdermaker e Frank, 1953;

 Glanz e Hayes, 1967;

 Rogers, 1970;

 Bion, 1974. 298


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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.


Há grande variedade de alvos e de técnicas para aconselhamento e terapia
em grupo e de grupo:
 Algumas formas de atuação têm objetivos claros e exclusivos;

 outros são semiconcentrados em determinadas áreas ou assuntos;

 outros, enfim, deixam a direcção e o conteúdo dos assuntos a cargo do


próprio grupo.
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Do ponto de vista da estrutura e da dinâmica grupal


podem ser geralmente encontrados os seguintes
estilos operacionais:
1. Grupos orientados ou dirigidos

Nestes grupos a discussão e as contribuições dos participantes são


concentrados pelo líder (monitor ou facilitador) em alguma tarefa,
sentimento ou atitude que constitua um alvo específico de interesse
comum do grupo ou de uma organização.
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Do ponto de vista da estrutura e da dinâmica grupal


podem ser geralmente encontrados os seguintes
estilos operacionais:
1. Grupos orientados ou dirigidos

Estes grupos geralmente se associam ao contexto sócio-cultural ou


ambiental e têm, na maioria das vezes, uma finalidade
psicopedagógica, isto é, visam desenvolver comportamentos
considerados úteis ou necessários;
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Do ponto de vista da estrutura e da dinâmica grupal podem


ser geralmente encontrados os seguintes estilos
operacionais:
2. Grupos de apoio ou de estímulo

Sấo destinados a encorajar e manter certas atitudes e hábitos, bem como


desestimular outros tais como o uso de drogas, delinquência, etc.

São exemplos o A.A.A., para alcoólatras; o “synamon”, para toxicômanos; os


centros de valorização da vida e outros.
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema


• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Do ponto de vista da estrutura e da dinâmica grupal


podem ser geralmente encontrados os seguintes
estilos operacionais:
3. Grupos de livre iniciativa

São um exemplo dos tais os Grupos, o grupo de Encontro, bem como certos
tipos de comunidade terapêutica.

Eles enfatizam a liberdade de expressão e de experienciação, o melhoramento


das relações interpessoais e a redução de tensões. 303
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Quanto a sua composição, duração e instrumentação


utilizada:
1. Podem ser:
 abertos (para qualquer pessoa, em qualquer momento) ou fechados
(destinados a certas pessoas);

2. Podem ter:
 duração ilimitada e não programada ou, ao contrário, obedecer a
rígidos limites de datas, horários e locais;
304
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• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Quanto a sua composição, duração e instrumentação


utilizada:
3. podem ser conduzidos:
 em ambientes especiais ou não e;

4. Podem utilizar:
 apenas a verbalização, ou as posturas e a abordagem corporal, bem
como leituras, atividades lúdicas, profissionais e de lazer ou
entretenimento.
305
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• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.


• Todos esses estilos, sua fundamentação teórica e sua técnica são
aplicados em diferentes situações tais como:
 na terapia familiar,

 na terapia conjugal,

 na terapia profissional,

 na terapia infantil (combinada com a ludoterapia),

 na terapia de idosos,

 na terapia de doentes ou de pessoas segregadas nas prisões ou


instituições sociais e assim por diante. 306
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• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.


Muitos dos processos grupais já adquiriram nomes próprios, tais como:
 Psicodrama,

 A.A.A.,

 Grupo de Encontro, etc

Todos que operam em grupos sabem que os comportamentos em situação


grupal podem ser muito distintos dos que ocorrem na relação diádica,
entre terapeuta ou conselheiro e cliente.

307
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• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Em grupos não dirigidos, o trabalho do terapeuta, ou de dois ou mais


terapeutas operando em conjunto, é um processo complexo.

Em geral, os grupos são organizados e conduzidos (ou facilitados) de


acordo com a fundamentação doutrinária a que se filiam seus
condutores ou facilitadores.

308
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Há grande diferença de procedimentos, por exemplo, entre as acções


manifestas ou conduzidas em um grupo liderado por um psicólogo
comportamentalista e as decorrentes de um psicólogo de formação
freudiana, adleriana ou rogeriana.

309
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

Quanto aos alvos:


•2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.

Além da diferenciação doutrinária que se caracteriza pelo tipo de


verbalização, interpretação ou intervenção do terapeuta, há, ainda, que
considerar dois alvos bem distintos:

a) o grupo como alvo terapêutico; e

b) o grupo como agente terapêutico na pessoa.


310
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• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.


O grupo representa uma dimensão social que envolve a maneira como as
pessoas se comunicam, como efetuam transações e interagem.

Pode haver uma concentração no plano colectivo, no grupo como um


organismo ou, por outro lado, com a pessoa e com a forma pela qual
responde ela à situação grupal.

O grupo como alvo terapêutico (primeiro caso) temos a terapia de grupo;


O grupo como agente terapêutico na pessoa (segundo caso) temos a
terapia em grupo. 311
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2.3. Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema

• 2.3.4 Aconselhamentos e terápia em processos de grupo.


Os efeitos das terapias em situação de grupo são difíceis de avaliar:
 dada a extrema variedade de casos e situações;
 Faltam d

 ados concludentes sobre composição de grupos, sobre sua duração e


característica metodológicas.

A maioria dos autores concorda em que o grupo oferece apoio, estímulo e


contacto com a realidade e, nesses aspectos, sobrepõe-se à terapia
individual.
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Aconselhamento Psicológico I

Curso de Licenciatura
MSC Jorge M. Mitula

TEMA 3: A Revolução Rogeriana no Campo do


Aconselhamento Psicológico e da Psicoterapia

Aula 3.1 Síntese histórica

MACHAVA, Mar. de 2023


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1. Síntese histórica

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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
NOS MEADOS DO SÉCULO em que vivemos , ocorreras profundas mudanças
conceituais e operacionais no campo do aconselhamento psicológico e
psicoterapia, embora se desconhe as origens deste movimento.

Os conceitos sociais se encaminham no sentido de valorizar o homem, a


pessoa, seus ideais e seus direitos humanos e se verificam, paralelamente,
em observações do comportamento dos clientes e dos terapeutas.

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1. SÍNTESE HISTÓRICA
NOS MEADOS DO SÉCULO

Os métodos assistenciais para “desajustados “ para “ ansiosos” para “neuróticos”


e até mesmo para “psicóticos”, vítimas de rótulos tradicionais, herdados da longa
tradição psiquiátrica, atuam melhor quando se respeita as pessoas como elas
são, quando se evita dirigi-las ou impor normas de conduta.

O sentido de liberdade do homem vem de longe e já a própria religião, na sua


longa história, atribui ao homem a faculdade do livre arbítrio, sem o que o
pecado e a virtude não teriam sentido.

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Psicológico e da Psicoterapia
1. SÍNTESE HISTÓRICA
NOS MEADOS DO SÉCULO

A antipsiquiatria e o existencialismo-fenomenológico (Laing, 1963) nos


mostram o drama do ser humano pressionado por modelos e imposições
sociais que o alienam e o conduzem a comportamentos tidos como
anormais ou patológicos.

A procura de um alvo na vida e a auto-afirmação, como pessoa, o respeito


aos interesses e ao estilo de vida de cada um parecem ter surgido,
simultaneamente, em todas as esferas da atividade humana, como natural
explosão de repressões acumuladas durante séculos.
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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
Nos meados do século passou-se de uma atitude impositiva, reflexo de
uma ciência fragmentária que ditava valores e métodos, a uma concepção
humanística na qual se colocava o organismo e a pessoa como entidades
dominantes em função das quais os fatos psicológicos e a conduta são
melhor explicados e compreendidos.
•Nesse contexto tomaram forma as idéias de Carl Rogers, a partir de seu
revolucionário livro: Counseling and Psychoterapy: newer concepts in
practice ( Boston; H. Mifflin, 1942).
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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
NOS MEADOS DO SÉCULO
• A repercussão das idéias rogerianas pode ter ocorrido por representar
uma tendência que na época já germinava como, também, por ser
entendida como uma gigantesca descoberta no campo psicológico.
•E, como as novas idéias constituíram um meio assistencial de que antes
não dispúnhamos e que substituíam antigos e inaceitáveis conceitos
operacionais, a elas nos dedicamos, como muitos psicólogos de todo o
mundo.
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Psicológico e da Psicoterapia
1. SÍNTESE HISTÓRICA
NOS MEADOS DO SÉCULO
•E, por esta razão, temos um capítulo todo especial deste livro.

Rogers descreve sua própria história e como se viu envolvido em métodos


revolucionários no campo da Psicologia.

Diz ele que por mais de trinta anos foi Conselheiro Pessoal ou Psicoterapeuta,
tentando ajudar crianças, adolescentes e adultos,quer apresentassem problemas de
estudos, de escolha de carreira, de vida matrimonial; quer fossem normais, neuróticos
ou psicóticos (pois para ele esta última classificação indica, apenas, rótulos
enganosos).

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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
NOS MEADOS DO SÉCULO

Escreveu Carl Rogers vários livros e muitos artigos em revistas


especializadas. Estes últimos ascendem a cerca de 140.

Rogers é psicólogo e dedicou-se, essencialmente, aos trabalhos de


aconselhamento psicológico e psicoterápico, embora, na realidade, seja
difícil distinguir onde terminam uns e começam outros.

Seu interesse, como ele mesmo declara, prende-se ao sofrimento e à


esperança, à ansiedade e à satisfação que se acham presentes na sala do
conselheiro psicológico ou do terapeuta. 321
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1. SÍNTESE HISTÓRICA
Dirige-se às peculiaridades da relação que cada terapeuta desenvolve com
seu cliente e, igualmente, aos elementos comuns que descobrimos em todas
essas relações.

Concentra-se nas grandes experiências pessoais de cada um de nós; no


cliente que, no consultório, luta para ser ele próprio, ainda que com medo
mortal de ser ele mesmo, tentando ver suas experiências como elas são,
desejando vivê-las e, no entanto, profundamente temeroso do futuro.
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1. SÍNTESE HISTÓRICA
Rogers defende ardentemente os processos terapêuticos em que
predominam a permissividade e a total ausência de julgamento e de
direção, com vida familiar, na infância e na juventude, marcada por
disciplina rígida e árduo trabalho.

Seus pais trataram-no e a seus irmãos como filhos queridos, embora


controlassem, zelosamente, o comportamento de cada um. Nada de
bebidas alcoólicas, danças, jogos de cartas ou teatro. A vida social era
restrita ao mínimo e, em seu lugar, muito trabalho.
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1. SÍNTESE HISTÓRICA
A partir dos 12 anos, Rogers foi criado no meio rural onde, lendo e
estudando agricultura, tomou contato com métodos científicos, grupos de
controle e grupos experimentais e aprendeu, também, o quanto é difícil
testar uma hipótese. Essas são suas próprias afirmações (Rogers,

1961).

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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
Rogers sentiu que estava se interessando por Psicologia quando começou
a freqüentar cursos e conferências no Teachers College, da Columbia
University, em Nova York.

Ainda em fase de completar seus estudos, empregou-se como auxiliar


numa clínica de crianças e, mais tarde, como psicólogo, em Rochester,
Nova York.

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1. SÍNTESE HISTÓRICA
Aí passou 12 anos atendendo crianças delinqüentes e com problemas sócio-
econômicos, enviadas por agências e pelos juizes de menores.

Faziam-se diagnósticos e “entrevistas” de tratamento, nos quais a preocupação


dominante era:

“Será que dá certo?”;

“Vale a pena?”.

Vários casos de delinqüência ou de tendências anormais foram assistidos sem


que se constatasse qual quer recuperação.
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1. SÍNTESE HISTÓRICA
coisa estaria errada ou ausente do trabalho psicológico.

É quando começa a lhe ocorrer a ideia de que os clientes, e só eles, é que


realmente sabem o que os traumatiza, que direções tomar, quais os
problemas cruciais.

Somente o cliente poderia, pois, oferecer a pista para o rumo a seguir.

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1. SÍNTESE HISTÓRICA
Ao trabalhar na Universidade de Rochester, passou Rogers a alimentar
dúvidas sobre se era ou não um psicólogo, pois essa instituição deixou
bem claro que o trabalho por ele desenvolvido não era Psicologia.

Seus contatos subseqüentes, porém, no ramo psiquiátrico e de serviço


social e sua filiação à American Association of Applied Psychology,
permitiram-lhe sentir-se mais à vontade no campo psicológico.

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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
•Em 1951, no livro Client-centered Therapy, expande Rogers suas ideias e
analisa melhor várias situações do processo terapêutico, concluindo por
apresentar uma teoria sobre a personalidade e o comportamento.

•Em 1961, publica On Becoming a Person, no qual insere, na mesma linha


original, vários fatos e conseqüências como ele os vê, decorrentes de seus
princípios.

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Psicológico e da Psicoterapia

1. SÍNTESE HISTÓRICA
•Em 1965, com Kinget, escreve Rogers um livro extremamente prático sobre
os procedimentos da terapia rogeriana, aproveitando parte de seus trabalhos
anteriores.

• Em 1969, Rogers descreve seus métodos aplicados ao ensino e à educação.

•Em 1970, abordando o trabalho terapêutico com grupos, comenta Rogers os


efeitos observados e as condições facilitadoras das mudanças operadas nos
clientes.

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1. SÍNTESE HISTÓRICA
• Sobre problemas matrimoniais relacionados com assuntos sexuais, escreve
Rogers, em 1973, um livro em que expõe os sentimentos experimentados
por casais face a algumas variações no modelo clássico de vida matrimonial.
•Outros livros se seguiram, inclusive A Pessoa como Centro, escrito em
português com tradução e cooperação de Rachel L. Rosenberg, a qual, com
o autor, organizou e dirigiu serviços psicológicos de orientação rogeriana na
Universidade de São Paulo, a partir de 1967

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1. SÍNTESE HISTÓRICA
•A vida profissional de Rogers é marcada, ainda, por várias posições profissionais,
tais como as de professor da Universidade de Chicago, de 1945 a 1957 , de
professor da Universidade de Wisconsin, de 1957 a 1963, de membro diretor do
Western Behavioral Sciences Institute, em LaJolla (.Califórnia), a partir de 1964 , e,
finalmente, de membro fundador do Center for Studies of the Person, na mesma
cidade.

•Seus livros são marcos históricos na evolução e desenvolvimento de ideias


humanísticas.
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1. SÍNTESE HISTÓRICA
•Muitas destas acham-se insertas em conferências e artigos de revistas e
jornais.
•Todo esse conjunto de conceitos e de orientação terapêutica tornou o
método rogeriano muito conhecido e não menos discutido; passou a
impregnar, direta ou indiretamente, as atuações dos terapeutas de todas
as escolas; afetou os processos de orientação educacional e profissional e
penetra, agora, no campo filosófico, desenvolvendo idéia sobre o ser
humano, sua liberdade e suas possibilidades permanentes de vir a ser ele
próprio. 333
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1. SÍNTESE HISTÓRICA
•Embora alguns terapeutas ainda se conservem alheios ou cépticos em
relação ao método rogeriano, este progride mesmo no campo médico-
psiquiátrico, abalando técnicas tradicionais de outras correntes e até
mesmo da Psicanálise.
•Discípulos, colaboradores e seguidores existem em todos os países.

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TEMA 3: A Revolução Rogeriana no Campo do


Aconselhamento Psicológico e da Psicoterapia

Aula 3.2 Idéias básicas e originais

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1. Idéias básicas e originais

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. AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

As idéias de Rogers têm suas raízes em diferentes fontes, das quais a


prática com clientes a mais significativa.

Não obstante, e como ele próprio afirma, a terapia de Otto Rank, os


trabalhos de Jessy Taft, de John Levy e de Frederic Allen são origens
importantes.

Dentre os modernos analistas, Horney poderia ser citada (Rogers, 1951).


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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

O desenvolvimento de trabalho Rogers, não teria sido possível sem a


apreciação dos impulsos inconscientes e dos complexos de natureza
emocional que constituíram a contribuição de Freud.

Nos trsbalhos de Rogers vemos muitas linhas de interconexão com as


modernas formulações do pensamento psicanalítico embora seu trabalho
tenha se desenvolvido de algum modo diferentemente.

, Todavia os pontos de vista terapêuticos de Horney e Sullivan, ou de


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Psicológico e da Psicoterapia
AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Por outro lado, a psicologia da Gestalt teve, também, sua participação e,


assim, outras correntes.

A terapia centrada no cliente de Rogers foi influenciada pelas teorias e


técnicas atuais do campo clínico, científico e filosófico que se acham
presentes em nossa cultura.

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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Rogers descreve (1942), os novos conceitos têm alvos completamente


distintos dos anteriores.

 O objetivo é facilitar o “crescimento” do indivíduo e não resolver

problemas específicos.

 É permitir que com maior independência e integração pessoais possa ele

próprio, o cliente, enfrentar não só o problema presente como os do

futuro, de forma mais adequada.


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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Os novos conceitos têm alvos completamente distintos dos anteriores:

Não consiste em fazer-se alguma coisa para o indivíduo ou induzi-lo a

fazer algo;

 consiste, apenas, em liberá-lo para seu crescimento e desenvolvimento

normal.

 Os conselheiros ou terapeutas são apenas facilitadores desse crescimento.

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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS


Do problema o que importa são:

 os aspectos emocionais e não os intelectuais.

 Salienta-se mais a situação presente que a passada.

Os padrões emocionais de reação, aqueles que atuam no seu

comportamento e que precisam ser considerados mais seriamente,

apresentam-se tanto no passado como no presente.


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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS


Do problema o que importa são:

Finalmente, a própria entrevista psicólogo-cliente ou terapeuta-cliente é,

em si mesma, uma experiência valiosa, uma experiência de crescimento

A conseqüência básica desses conceitos é que, ao contrário de muitas outras


correntes, os alvos a atingir são os mesmos para todos os clientes.

É pouco significando se se trata de um jovem com dificuldades de escolha de


carreira, de alguém com distúrbios psicossomáticos ou de pessoa com
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Podemos afirmar que a técnica de Rogers foi bem aceita porque:


 de certa forma, libertou muitos psicólogos e orientadores da angústia
gerada pelo fato de não saberem o que fazer com os clientes.

 Apegos ao diagnóstico, mas não amedidas para intervir no


comportamento, comeҫam os conselheiros em busca de algo que lhes
sugerisse uma forma de atuar sobre o cliente, de intervir no seu

comportamento com vistas à recuperação, ao desenvolvimento ou à cura.


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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Podemos afirmar que a técnica de Rogers foi bem aceita porque:


Rogers ofereceu uma solução a esse crucial problema, dando-lhes um
instrumento de trabalho, permitindo que se transpusesse o profundo fosso
entre o diagnóstico e a assistência efetiva esperada pelo cliente ou por
seus responsáveis.

O caráter marcante do método é a clássica não-diretividade, embora


muitos psicólogos questionem essa posição e a vejam como utopia ou algo
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inoperante.
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Na verdade, o não-diretivismo de Rogers não é tão inconciliável quanto


parece com outros métodos.

Pesquisas diversas mostram ser possível utilizar uma combinação

de técnicas em benefício do cliente (Barros Santos, 1970, 1972).

Além de sua contribuição doutrinária, baseada em experiências

assistemáticas iniciais com centenas de casos, abriu Rogers as fronteiras das


entrevistas individuais, gravando-as e estudando-as.
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Rogers iniciou uma nova era na investigação sobre o que ocorre nas
sessões terapêuticas tentando, com os poucos recursos disponíveis,
introduzir julgamentos e avaliações por critérios que não fossem só os do
terapeuta envolvido nas sessões.

Em consequência, pesquisas e experiencias dos mais variados tipos, sobre


os fenômenos que surgem na relação psicólogo-cliente, são hoje possíveis.

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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

As bases do método rogeriano, inicialmente absorvido por técnicas de


diálogo na entrevista, vem evoluindo mas continuam, porém, as mesmas, ou
seja:

1.O diagnóstico anterior ao tratamento é dispensável.

O comportamento psicológico inadequado é caracterizado por tensões que


dificultam respostas adaptativas.

Reduzir as tensões para que o indivíduo manipule seus recursos pessoais é a


orientação básica, qualquer que seja o problema enfrentado pelo cliente. 348
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

As bases do método rogeriano, inicialmente absorvido por técnicas de diálogo


na entrevista, vem evoluindo mas continuam, porém, as mesmas, ou seja:

2. O indivíduo tem tendências pessoais, próprias, de auto-realização.

O trabalho do terapeuta é libertar o indivíduo das barreiras psicológicas que


impedem esse crescimento.

Para isso, deve criar uma atmosfera isenta de pressões, críticas ou direção, na
qual as forças construtivas são liberadas.
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

As bases do método rogeriano, inicialmente absorvido por técnicas de diálogo na


entrevista, vem evoluindo mas continuam, porém, as mesmas, ou seja:

3. Os conceitos e as imagens que o indivíduo faz de si e dos outros

pautam-se pelo esquema fenomenológico.

O mundo é, para ele, aquilo que ele sente.

Durante o processo de tratamento, psicólogo e cliente tornam-se capazes de


reconhecer o que representa para este o conceito de si mesmo e como se sente em
face dessa imagem de si mesmo.
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As bases do método rogeriano, inicialmente absorvido por técnicas de


diálogo na entrevista, vem evoluindo mas continuam, porém, as mesmas,
ou seja:

3. Os conceitos e as imagens que o indivíduo faz de si e dos outros

pautam-se pelo esquema fenomenológico.

No tratamento bem sucedido, essa imagem e os sentimentos que a


acompanham são modificados; as percepções se tornam mais flexíveis; os
sentimentos podem ser diferenciados e as experiências simbolizadas

adequadamente. 351
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

As bases do método rogeriano, inicialmente absorvido por técnicas de diálogo


na entrevista, vem evoluindo mas continuam, porém, as mesmas, ou seja:

4. A tarefa do terapeuta concentra-se, principalmente, em atitudes.

Rogers descreve essas atitudes básicas como condições para modificações


construtivas da personalidade.

5. O psicólogo não dá conselhos, informações ou apoio, nem interpreta.

Como facilitador, reflete e vi vencia tanto quanto possível os sentimentos do


cliente. 352
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Psicológico e da Psicoterapia
AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

5. O psicólogo não dá conselhos, informações ou apoio, nem interpreta.

Como facilitador, reflete e vi vencia tanto quanto possível os sentimentos do


cliente.

Este deve sentir as relações entre seus problemas e sua experiência passada e
presente.

Estas, sentidas e simbolizadas, assim como planos de ação e tentativas

de ajustamento, emanam naturalmente do cliente, sem qualquer atuação


direta, nesse sentido, por parte do psicólogo. O indivíduo recompõe suas
percepções e a vivência de seus sentimentos. 353
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Psicológico e da Psicoterapia

AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Embora a compreensão do pensamento rogeriano seja relativamente

fácil, não o é sua aplicação orientadora ou terapêutica.

Alguns a confundem com:


 uma permissividade equivalente ao endosso ou aprovação de
comportamentos social ou pessoalmente prejudiciais;
 outros, com uma excessiva neutralidade que conduziria a um
relacionamento “frio e distante”;
 outros, ainda, com uma superficialidade de tratamento.
354
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

É usual nos clientes, nos seus pais ou responsáveis e no próprio

público a expectativa de que a orientação inclua sugestões, indicações,


lembretes, informações e conselhos.

Se é verdade que em certos casos tais procedimentos são válidos, na


maioria das situações essas técnicas são inócuas ou, às vezes,

prejudiciais.

355
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Se tais conselhos fossem úteis na modificação do comportamento, a

conduta humana poderia ser:


 facilmente modificada;

os delinqüentes poderiam ser recuperados com bons conselhos;

os doentes mentais poderiam ser tratados com informações e indicações


que lhes mostrassem e indicassem comportamentos “normais”;
as situações de ansiedade e de dúvida poderiam ser resolvidas com
informações adequadas

356
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Psicológico e da Psicoterapia

AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Infelizmente muitos orientadores, e mesmo psicólogos, supõem que

recomendações e advertências são sempre necessárias.

Acreditam que se deva “fazer alguma coisa pelo cliente” e confiam nos
seus informes e sugestões como sendo um produto concreto e final de sua
atuação.

357
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Muitos desses profissionais assim agem porque?:


por ignorância dos processos psicológicos, outros porque emocionalmente
sentem necessidade de dirigir e guiar,
 outros, porque se sentem ameaçados pela crítica do cliente quando este não
recebe indicadores concretos e objetivos.

Para reduzir suas próprias tensões, acabam dando conselhos ou atuando de


forma paternalista com a impressão de que assim agindo atuaram
corretamente. 358
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Manipular as expectativas do cliente, dos pais, de professores e de outros


elementos envolvidos na orientação do caso não é fácil. Porque?:

 Requer profunda habilidade psicológica do facilitador( no sentido de


demonstrar suas técnicas de atuação e de levar o cliente a obter os efeitos
desejáveis). Informar, previamente, o cliente sobre a maneira de agir seria
incorrer na mesma falha;
 dizer-lhe que não há recomendações, sugestões ou conselhos pouco ou
nada adiantaria. 359
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS


Precisa o cliente sentir, por si mesmo, a forma de atuar do facilitador,
orientador ou do psicólogo, não no sentido de que a responsabilidade das
decisões lhe pesará agora mais do que antes, mas no clima em que os
problemas serão evocados e juntos - cliente e conselheiro - vão ambos senti-
los e estudá-los sem pressões ou soluções externas.

É tão grande a expectativa de “guias” e “direções”, “resultados” e “pareceres” ,


que a maioria dos clientes se refugia nesses dados de forma profunda, não
obstante eventuais informações do conselheiro sobre o procedimento a adotar.
360
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Podem os clientes sentir-se logrados, insatisfeitos, desgostosos com as atitudes


de conselheiros contrárias a essas expectativas.

Essa frustração pode durar uma ou mais sessões e pode levar muitos clientes a
pensarem que o orientador ou nada sabe ou é um charlatão.

Todavia, se as sessões psicológicas forem adequadamente conduzidas, esse


sentimento desaparecerá facilitando opções ou mudanças construtivas.

361
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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Rogers, em vários de seus trabalhos, discute as condições que, no seu


entender, facilitam o desenvolvimento psicológico e, em conseqüência, seu
ajustamento ou sua recuperação.

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AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Diz Rogers, (e isto é comprovado por pesquisas) os


“terapeutas, que realmente ajudam seus clientes, manifestam algo de comum
entre si. Essa verificação, como era de prever, demonstrou notável interesse
em todos os campos terapêuticas. A hipótese original é a de que modificação
da personalidade do cliente ocorre não em virtude da qualificação profissional
do terapeuta; não por causa de seu treinamento ou filiação doutrinária; não
por motivo de suas técnicas de entrevista; não por ser hábil em interpretar,
mas, essencialmente e somente, por causa de certas características de atitude
que se formam na relação com o cliente” (Rogers, 1965b).

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Psicológico e da Psicoterapia

AS IDÉIAS BÁSICAS E ORIGINAIS DE ROGERS

Os clientes aparecem para terapia com uma desconcertante variedade de


problemas e uma enorme gama de características pessoais; enfrentam os
terapeutas, que, de outro lado, demonstram larga diversidade de vistas com
relação ao que será útil como terapia exibindo, também, diversas características de
personalidade no contato com seus clientes.

Todavia, subjacente a toda essa diversidade, parece ser possível distinguir um


processo básico no relacionamento que permite a ocorrência de alterações
terapêuticas ou construtivas na personalidade do cliente.
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Curso de Licenciatura
MSC Jorge M. Mitula

TEMA 3: A Revolução Rogeriana no Campo do


Aconselhamento Psicológico e da Psicoterapia

Aula 3.3 As condições terapêuticas essenciais

MACHAVA, Mar. de 2023


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1. As condições terapêuticas essenciais

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Aconselhamento Psicológico e da Psicoterapia

As condições terapêuticas essenciais


Rogers (1957) concentrou suas preocupações em torno das atitudes que
devem ser desenvolvidas se quisermos, realmente, promover alterações
benéficas na personalidade do cliente.

Três condições são necessárias por parte do psicólogo ou terapeuta:

a)Congruência e autenticidade;

b) Consideração positiva incondicional;

c) Compreensão empática do cliente.


368
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As condições terapêuticas essenciais

a)Congruência e autenticidade

É a relação genuína e sem fachada. O terapeuta é o que é, plenamente


aberto aos sentimentos e atitudes que “naqueles momentos fluem nele
próprio”.

Congruência significa, também, que o terapeuta é capaz de dispor dos


sentimentos que nele próprio ocorrem, acessível à sua percepção e apto a
comunicá-los, se necessário. Não se nega a si mesmo. 369
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Aconselhamento Psicológico e da Psicoterapia
As condições terapêuticas essenciais
a)Congruência e autenticidade

A congruência é maior na medida em que o terapeuta, é capaz de ouvir,


com plena aceitação, o que ocorre em si mesmo e de vivenciar, sem medo
a complexidade de seus sentimentos.

Na vida diária sentimos essa situação. Há pessoas que nunca são elas
mesmas; operam sob uma máscara ou fachada:
dizem coisas que não sentem, são incongruentes e dificilmente com elas
nos abrimos.

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As condições terapêuticas essenciais


a)Congruência e autenticidade

Os terapeutas melhor sucedidos no lidar com clientes não-motivados,


resistentes, doentes crônicos, pobremente educados, são os que:
 antes de tudo, são reais;

 que reagem de uma forma genuína, que exibem essa autenticidade e que
são assim percebidos pelo cliente.
371
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a)Congruência e autenticidade

Ser congruente pode significar, às vezes, exprimir aborrecimento,


preocupação ou frustração no relacionamento com o cliente, mas de forma
tal que este sinta que isso parte do próprio terapeuta e não dele, cliente.

Eis por que técnicas psicoterápicas tão diversas podem ser efetivas na
medida que haja essa condição de congruência (Rogers, 1965b ).

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As condições terapêuticas essenciais

b) Consideração positiva incondicional

Esta segunda condição significa estar o psicólogo ou terapeuta vivenciando


atitudes positivas de aceitação e de calor humano para com o cliente.

Envolve a genuína boa vontade do terapeuta para com tudo que se passa
na relação com o cliente, seja medo, confusão, sofrimento, orgulho,
cólera, ódio, amor ou coragem.

373
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b) Consideração positiva incondicional

O terapeuta vê o cliente como um ser com potencial e reações humanas.


Preza o cliente de um modo tal que não aprova, nem reprova. É o
sentimento positivo, sem reservas e sem julgamento.

Rogers diz que não se precisa ser profissional para sentir a efetividade
dessa atitude.

374
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b) Consideração positiva incondicional

Rogers menciona, como exemplo, o caso de Gladys, hospitalizada como


psicótica durante muitos anos e que começou a melhorar quando uma
família começou a recebê-la em sua casa, sem se importar com seus
defeitos, aceitando-a sem julgá-la, criticá-la ou guiá-la.

Disse Gladys certo dia: “Eles (a família) me ajudaram mais do que


qualquer médico. Naturalmente os médicos ajudam também.

Mas eles agüentaram mesmo quando eu lhes era desagradável e dizia


coisas que não devia” (Rogers, 1965b). 375
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b) Consideração positiva incondicional

O exemplo não é uma história incomum. Muitos casos se lhe assemelham.


O significativo, porém, é que, pouco a pouco, o amor, o carinho, sem
tutela ou guia, por essa jovem, transformou uma alucinada psicótica em
alguém com boas possibilidades de sucesso fora do hospital.

376
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As condições terapêuticas essenciais

b) Consideração positiva incondicional

O casal que a aceitou deixou claro à cliente que eles a compreenderiam


ainda que seu comportamento fosse estranho ou denotasse rejeição.

Foi um respeito positivo incondicional que, gradualmente, modificou sua


vida e sua personalidade. É essa uma das atitudes que torna efetivo o
terapeuta.

377
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c) Compreensão empática do cliente

Significa ter o terapeuta senso do mundo interno e das significações

pessoais do cliente como se fosse, ele próprio, seu próprio mundo, mas
sem perder esse “se” Sentir sua cólera, seu medo ou seus sentimentos de
perseguição comose fosse ele mesmo e, entretanto, sem que o terapeuta
se sinta completamente envolvido por eles.

378
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c) Compreensão empática do cliente

Quando o mundo do cliente é claro ao terapeuta, este pode mover-se nele


livremente, podendo comunicar sua compreensão do que já é conhecido
ao cliente e falar, também, dos significados das experiências pessoais

que o próprio cliente pouco percebe.

Este tipo de empatia é extremamente raro. Não recebemos nem


oferecemos tal atitude com grande freqüência. 379
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c) Compreensão empática do cliente

Em seu lugar, costumamos dizer mais ou menos assim:


 “entendo o que está errado com você” ou

 “entendo porque você age dessa maneira”.

Tais compreensões envolvem julgamentos.

Quando o cliente sente que alguém entende seus sentimentos, sem


380
desejar analisá-los ou julgá-los, pode florir e crescer nesse clima.
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Aconselhamento Psicológico e da Psicoterapia

As condições terapêuticas essenciais


c) Compreensão empática do cliente

Quando o terapeuta pode perceber o que se passa de momento a momento, no


mundo interno do cliente, como este vê e sente, sem perder sua própria
identidade, nesse processo de empatia, então a modificação é possível de
ocorrer.

A menos que o cliente já tenha percebido as atitudes do terapeuta, acima


descritas, é necessário que a transmitamos de alguma forma, pois só assim a
autenticidade, a aceitação e a empatia podem produzir ou facilitar as
modificações desejáveis. Esta é a condição por parte do cliente.
381
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Aula 3.4 A hipótese essencial segundo Rogers

MACHAVA, Mar. de 2023


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Segundo Rogers a modificação construtiva da personalidade


surge somente quando o cliente percebe a experiência, no clima
psicológico, de sua relação com o terapeuta.

Os elementos desse clima não consistem em conhecimentos,


treinamento intelectual, orientação doutrinária em psicoterapia
ou em técnicas especiais. 384
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A hipótese essencial segundo Rogers

Os elementos desse clima são os sentimentos ou atitudes que


devem ser experimentados pelo terapeuta e percebidos pelo
cliente.

Rogers formulou a seguinte pergunta: até que ponto as


qualidades previstas no relacionamento terapeuta-cliente são ou
não factores causais na produção das alterações previstas pela
psicoterapia? 385
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A hipótese essencial segundo Rogers


Rogers reconhecia que suas idéias e atitudes podiam ser criticáveis e que
os outros também as vêem desse modo.

As hipóteses essenciais de Rogers são colocadas em termos operacionais,


que permitem o recurso aos factos para verificar se são verdadeiras,
falsas ou parcialmente verdadeiras.

386
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A hipótese essencial segundo Rogers


As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

a)Estudos de Halkides (Hart e Tomlinson, 1970), referentes à análise da


conversação entre cliente e terapeuta, revelaram ser as três condições
(congruência, consideração positiva incondicional e empatia) associadas aos
casos melhor sucedidos sob o ponto de vista terapêutico.

Por outro lado, a intensidade emocional das expressões dos clientes não se
correlacionou, significativamente, com as outras condições ou com o grau de
sucesso 387
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

b) Barret-Lennard (Rogers, 1965), utilizando um inventário dirigido ao cliente e ao


terapeuta, concluíram o seguinte:

1.Os clientes que mostraram melhor alteração terapêutica perceberam melhor as


atitudes propostas por Rogers;

2. A correlação entre a percepção, pelo cliente, das atitudes propostas e o grau de


alteração foi maior do que a correlação entre a percepção do terapeuta e o mesmo
grau de alteração.
388
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

b) Barret-Lennard (Rogers, 1965), utilizando um inventário dirigido ao cliente


e ao terapeuta, concluíram o seguinte:

Tais dados significam que o mais importante é o fato de o cliente perceber a


autenticidade, o respeito e a empatia manifestados pelo terapeuta;

3. A percepção das atitudes propostas ocorre com mais facilidade nos


terapeutas mais experientes e nos clientes menos desajustados.
389
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

c) No que se refere à psicoterapia com esquizofrênicos, Rogers verificou que:

1.Os esquizofrênicos percebem as atitudes propostas em nível muito mais


baixo do que os neuróticos;

2. Na medida em que o esquizofrênico percebe as atitudes, melhores são as


possibilidades para uma ação terapêutica;
390
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

c) No que se refere à psicoterapia com esquizofrênicos, Rogers verificou que:

3. Quanto maior for o grau de empatia e de congruência, tanto maior será o


índice de interação do cliente com outras pessoas;

4. Os clientes envolvidos por essas atitudes-demonstram maior grau de


alterações construtivas da personalidade e, ainda mais, os que participam de
uma relação terapêutica pobre em compreensão empática demonstram
agravamento de sua patologia esquizofrênica. 391
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

Outros trabalhos e pesquisas, citados por Rogers ou por outros psicólogos


e psiquiatras, são dados informativos análogos aos que, habitualmente, se
coleta na Medicina e em outras áreas.

A dificuldade de se medir modificações emocionais é de todos conhecida e


constitui o mais sério entrave a qualquer pesquisa nesse campo (Truax e
Carkhuff, 1970).
392
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

Os primeiros estudos realizados demonstraram, segundo Rogers, que:

1. É possível estudar as relações entre causa e efeito em psicoterapia.

E, se as conclusões se confirmarem, havemos de pensar que, realmente, o


que caracteriza a psicoterapia são as atitudes do terapeuta, ou seja, o clima
psicológico que este cria;
393
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

Os primeiros estudos realizados demonstraram, segundo Rogers, que:

2. É possível prever, com certa base nos fatos, que a relação percebida
pelo cliente como sendo de alto grau de congruência ou autenticidade do
terapeuta, de sensível e apurada empatia, de alto grau de consideração,
respeito e estima e de sua aceitação incondicional, terá grandes
possibilidades de tornar-se uma efetiva relação terapêutica.
394
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A hipótese essencial segundo Rogers


As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

Os primeiros estudos realizados demonstraram, segundo Rogers, que:

Isto se aplica tanto a neuróticos que procuram o psicólogo por sua' própria iniciativa,
como também àqueles que não apresentam desejo consciente de ajuda;

3. A relação terapeuta.cliente, tal como existe fenomenologicamente, apresenta


associação significativa com a mensuração objetiva das alterações ocorridas no cliente.
395
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As hipóteses foram testadas de várias maneiras:

Os primeiros estudos realizados demonstraram, segundo Rogers, que:

Seria o caminho para uma ciência das experiências internas, a medida das
pistas ou das reações que conduzem ao mundo subjetivo do cliente;

4. Julgando-se o relacionamento que se estabelece entre terapeuta e


cliente, pode-se prever se os contatos estabelecidos serão ou não
produtivos; 396
INSTITUTO
INSTITUTOSUPERIOR DEESTUDOS
SUPERIOR DE ESTUDOSDEDE DEFESA
DEFESA
TENENTE-GENERAL ARMANDO
“TENENTE-GENERAL EMILIO
– ARMANDO GUEBUZA
GUEBUZA”
A Revolução Rogeriana no Campo do Aconselhamento
Psicológico e da Psicoterapia
A hipótese essencial segundo Rogers
Os primeiros estudos realizados demonstraram, segundo Rogers, que:

5. Desejando-se especialistas eficientes em seu relacionamento, devemos nos


concentrar menos no estudo do comportamento anormal, teorias
psicoterápicas, teorias da personalidade, treinamento no diagnóstico e mais em
dois grandes objetivos:

I)selecionar previamente os futuros psicólogos e psiquiatras que tenham as


qualidades potenciais aqui descritas como necessárias ao terapeuta;

II) realizar programas de formação educacional de sorte que as pessoas assim


selecionadas desenvolvam suas qualidades. 397
INSTITUTO
INSTITUTOSUPERIOR DEESTUDOS
SUPERIOR DE ESTUDOSDEDE DEFESA
DEFESA
TENENTE-GENERAL ARMANDO
“TENENTE-GENERAL EMILIO
– ARMANDO GUEBUZA
GUEBUZA”
A Revolução Rogeriana no Campo do Aconselhamento
Psicológico e da Psicoterapia

A hipótese essencial segundo Rogers


Rogers, diz que infelizmente os programas atuais de Psicologia ou de
Psiquiatria agem em sentido contrário, dificultando ao psicólogo ser ele
próprio, sobrecarregando-o com uma bagagem teórica que o torna menos
apto a entender o mundo íntimo de outra pessoa.

O essencial não são os conhecimentos técnicos, mas as qualidades


pessoais do terapeuta; não o que ele conhece, mas o que ele vivencia.

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