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DO ESTADO NA
ECONOMIA
U11
Caracterizar a estrutura do setor público em Portugal (Setor Público
Administrativo e Setor Público Empresarial);
Justificar a intervenção do Estado na atividade económica (promover a
eficiência, a estabilidade e a equidade);
Explicitar os instrumentos de intervenção do Estado na esfera económica
e social (planeamento e políticas económicas e sociais);
Apresentar o conceito de Orçamento do Estado;
AE
Vídeo escola virtual
Distinguir receitas públicas de despesas públicas (correntes e de capital) e
apresentar exemplos de receitas e de despesas públicas;
Calcular e classificar os saldos orçamentais (corrente, de capital, global e
primário) e explicitar a evolução desses saldos, em Portugal, em
percentagem do PIB;
Explicar a importância do Orçamento do Estado como instrumento de
intervenção económica e social;
Dar exemplos de políticas económicas do Estado (políticas fiscal,
orçamental, monetária e de preços), identificando os seus objetivos e
instrumentos;
Dar exemplos de políticas sociais do Estado (combate ao desemprego e de
redistribuição dos rendimentos), identificando algumas das suas medidas.
Ana Gomes Alves
Economia A - 11.º - U11 2
FUNÇÕES E
3
ORGANIZAÇÃO
DO ESTADO
O Estado é constituído por três elementos: povo, território e poder político (soberano ou
não).
Há nações que não são Estados (Judeus até à criação do Estado de Israel)
Território (art. 5.º da CRP), aqui, traduz a área geográfica onde o Estado exerce o seu poder político.
Poder político é uma faculdade exercida pelo povo que se traduz no poder de instituir órgãos que
elaborem regras e imponham e fiscalizem a sua aplicação.
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 5
O ESTADO
“poder político é a faculdade exercida por um povo de, por autoridade própria, instituir órgãos que
exerçam com relativa autonomia a jurisdição sobre um território, nele criando e executando normas
jurídicas, usando meios de coação”
O poder político pode assumir várias modalidades, pode ser supremo (na ordem interna não nenhum
poder que lhe sobreponha) e independente (na esfera internacional não está dependente de mais nenhum
Estado) – poder político soberano.
No caso dos Estados federados, detêm poder político (podem criar regras e impô-las coercivamente),
mas não são soberanos (dependem da Constituição Federal) e não são independentes (não são
reconhecidos como estados na ordem externa).
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 6
PROPOSTAS DE TRABALHO 1
1. Indique os três elementos constitutivos do Estado.
2. Dê exemplos de Estados que não têm claros alguns dos elementos.
3. Distinga poder político de soberania.
Para saber mais sobre o setor público empresarial ver o DL n.º 133/2013, de 3
de outubro, sobre a organização administrativa do Estado, www.dgap.gov.pt, e
sobre o Setor Empresarial do Estado, www.dgtf.pt.
Setor Público
Setor Público Empresarial
Administrativo
SPE
SPA
Administração local e
regional
ISFL da
Estado Empresas Participadas Empresas Públicas
Adm. Central Fundos da Segurança Social
http://www.dgtf.pt
https://www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Documentos/Carteiras_participacoes_Estado/30_09_20
22/Carteira_Global_30_09_2022.pdf
A partir de 1978
EXERCÍCIOS
Manual
A esfera de intervenção do Estado varia, podendo ser mais restrita, política, no caso do Estado
Nos Séc. XVI e XVII, os Estados absolutistas, baseados no mercantilismo, acentuaram a sua
A partir da segunda metade do Séc. XVIII, na sequência das revoluções industrial e liberais
“O Estado devia limitar-se a criar condições ao livre exercício dos direitos naturais dos
cidadãos, abstendo-se de qualquer outra intervenção na esfera económica. O mecanismo de
mercado seria suficiente para garantir a satisfação das necessidades.”
A realidade demonstrou que a mão invisível não conseguiu disciplinar o mercado tendo
Redistribuição do rendimento
Concorrência
Externalidades Bens públicos
imperfeita
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 48
FALHAS DE MERCADO
I. Concorrência imperfeita
Os mercados são tendencialmente de concorrência imperfeita porque:
O Estado deve intervir para promover a concorrência leal, criando mecanismos fiscalizadores da
Situações de monopólio e abuso de posição dominante são práticas limitadoras de concorrência que
suscitam a intervenção das autoridades, seja por fiscalização seja na produção de leis
Representam um benefício/custo social e/ou ambiental da produção ou do consumo que não são
Externalidades negativas – efeitos perversos de uma atividade que não são considerados pelo
Para combater: favorecimento da utilização dos transportes públicos; tarifas diferenciadas de estacionamento,
Estado deve intervir incentivando essa atividade, com subsídios ou outros benefícios.
Exemplos: construção de infraestruturas sociais – centros de dia, escolas, centros de saúde com
impactos diretos nas condições de vida das populações superiores aos seus desígnios, iluminação da
via pública – segurança, redução de acidentes, facilidade de deslocação, …
São não rivais – a utilização por uma pessoa não impede que ouras também o utilizem,
Dadas as suas características de não rivalidade e não exclusão não são atrativos para a produção
privada.
A economia tem ciclos que devem ser atenuados com a intervenção do Estado, garantindo
estabilidade.
O Estado deve intervir com políticas que permitam prevenir situações de instabilidade,
Políticas Planeamento
Políticas
OE
económicas
Plano Económico
In https://www.dgo.gov.pt/politicaorcamental/Paginas/GOP.aspx
— As Grandes Opções do Plano para 2023 -2026 integram cinco áreas de atuação estruturadas em torno de um desafio
transversal e quatro desafios estratégicos:
e) Boa governação;
f) Alterações climáticas;
g) Demografia;
h) Desigualdades;
i) Sociedade digital, da criatividade e da inovação.
In https://www.dgo.gov.pt/politicaorcamental/OrcamentodeEstado/2023/Orcamento%20Estado%20Aprovado/Documentos%20do%20OE/Lei_38-2023_02ago2023_GOP2023-2026.pdf
Económica – previsão das despesas e receitas e sua adequação. Gestão financeira das prioridades políticas.
Jurídica – reveste forma de Lei, obedecendo às fases e regras do processo legislativo, limita a ação do Governo.
1. Dá uma noção de OE
2. Relacione
Ana Gomes Alves a expressão sublinhada com o art.º 104º, nº.4. Economia A - 11.º - U11 68
FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
DE ESTADO
Informar sobre o Plano Financeiro do Estado – previsão das despesas e receitas.
Adequar as Receitas às despesas – só serão coletadas receitas em função das despesas previstas.
Proposta OE2024
https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBQAAAB%2bLCAAAAAA
ABAAzNLY0NAEAfByudAUAAAA%3d&%3d%3dBQAAAB%2bLCAAAAAAABAAzNLY0NAQA
8%2bjEBAUAAAA%3d
Classificação funcional:
Funções gerais e de soberania – Administração pública, defesa e segurança
Funções sociais – educação, saúde, ação social, habitação e serviços coletivos, serviços culturais, recreativos e
religiosos
Funções económicas – setor primário, industria e energia, transportes e telecomunicações, outras funções
económicas
Outras funções – operações da dívida pública, transferências entre administrações, diversas não especificadas
Classificação orgânica:
Despesa discriminada pela organismo a que diz respeito (Ministério da educação, Ministério da defesa)
Quanto à origem:
Impostos
Diretos – incidem diretamente sobre o rendimento de pessoas singulares ou coletivas (IRS, IRC)
Indiretos – recaem sobre a utilização dos rendimentos (IVA, ISP)
Ver quadro síntese, pg. 188, manual.
Superavitário ou excedentário
>0
R>D
SO =0
Equilibrado ou nulo
R=D
Deficitário
<0
R<D
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 82
SALDO ORÇAMENTAL
Conforme as rúbricas consideradas poder-se-á calcular diferentes SO:
Corrente = receitas correntes – despesas correntes
Global ou convencional – comporta os custos com a dívida, mas não a emissão ou reembolso
(ótica da Contabilidade Nacional)
SOG = total das receitas (exceto emissão dívida pública) – total das despesas (exceto amortizações da
dívida pública)
SOG = Receitas Totais – Despesas Totais
SOG = Receitas Efetivas* – Despesas Efetivas*
Atenção: lembrar explicação dada em aula!
* Despesas e receitas efetivas – ver manual pg. 209
SOP = Receitas Totais – Despesas primárias* + Juros da dívida + outros encargos com a dívida
SOP = Receitas totais efetivas – (Despesas totais efetivas – encargos com pagamento juros da dívida
pública)
• Despesas primárias* - despesa antes de juros https://www.cfp.pt/pt/glossario/saldo-primario
O valor da dívida pública consta do OE que tem de contemplar a emissão de dívida e o serviço
da dívida (amortização do capital e respetivos juros).
Conforme (a origem) o financiador seja residente ou não, a dívida será interna ou externa.
Quanto ao prazo, a dívida poderá ser fundada (médio/longo prazo) quando as despesas
ultrapassam largamente as receitas, o financiamento será amortizado em vários anos, exigindo
autorização da AR. Divida flutuante, amortizada no próprio ano.
e social, nomeadamente,
Regular a atividade económica;
funcionamento;
desequilíbrios;
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 90
CLASSIFICAÇÕES POSSÍVEIS:
desemprego.
combater a inflação.
Fernando Medina vincou que a política orçamental do Governo "não é expansionista", mas também "não é de
contração. O ministro das Finanças defendeu esta segunda-feira que o Governo não pode adotar políticas
expansionistas, erradas no atual contexto de inflação elevada, e defendeu cooperação entre políticas fiscal e
monetária, em que bancos centrais e Governos fazem o seu respetivo trabalho. “
In Diário de Notícias, nov 2022, https://www.dn.pt/dinheiro/nao-podemos-ter-politicas-expansionistas-seria-errado-neste-momento-15372967.html
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 92
CLASSIFICAÇÕES POSSÍVEIS:
Quanto às variáveis que mais influencia :
Visa:
Corrigir excessos do ciclo económico
receitas, equilibrando as contas públicas. Regra de ouro das finanças públicas diz “poupar nas fases
ascendentes para poder gastar nas fases descendentes do ciclo económico.”
Em períodos de retração poderá ser expansionista, aumenta o investimento público, que originará
Apresar da autonomia na preparação do OE, o Governo tem de garantir o bom comportamento das
Finanças Públicas (critérios de Maastricht – Défice Orçamental <3%PIB e Dívida Pública <60%PIB)
expansão retração
Aumentar gastos públicos (G), ie: salários Para cada um procurar!
funcionários públicos;
Aumentar o investimento Público, ie:
MEDIDAS
infraestruturas;
Incentivar o investimento privado,
incentivos fiscais, parques tecnológicos;
Incentivar consumo privado, redução da
carga fiscal direta ou indireta
CONSEQUENCIAS
Conjunto de medidas fiscais – âmbito dos impostos - que se destinam a subsidiar outras
expansão retração
Redução das taxas de retenção do IRS e Aumento das taxas de retenção do IRS;
MEDIDAS
IRC
Aumento do IRC
Redução do IVA;
Aumento do IVA;
Aumento dos benefícios fiscais e isenções.
Redução dos benefícios fiscais e isenções.
CONSEQUENCIAS
manter os preços estáveis, conservar a inflação abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo,
apoiar as políticas económicas gerais na União Europeia que visam o pleno emprego e o crescimento
económico.
Ana Gomes Alves Economia A - 11.º - U11 101
POLÍTICA MONETÁRIA – ECN
–
Para saber mais!
Base Monetária (H) – moeda emitida pelo Banco Central
Massa Monetária (M) – todos os ativos que podem desempenhar as funções de moeda
Agregados monetários:
M1=Circulação +DO
M2=M1+DP
M3=M2+outras aplicações a médio prazo
A diferença entre a moeda emitida e a moeda que circula está na moeda criada pelas
instituições monetárias, que varia inversamente com a taxa de reserva.
ΔM= multiplicador monetário*ΔH
mm = 1/r, r=tx reserva obrigatória
Operações de open market: ao vender e ao comprar no mercado de títulos do Estado, o Banco Central diminui
Taxa de redesconto: taxa cobrada pelo Banco Central aos bancos comerciais quando lhes concede um
empréstimo através da compra de papel comercial. Os bancos comerciais fazem variar a taxa de desconto
cobrada aos particulares em função da primeira. O aumento da taxa de redesconto desincentiva o recurso a
empréstimos, reduzindo a massa monetária em circulação,
Reservas bancárias, fazendo variar o montante mínimo legal das reservas a massa monetária também varia,
aumenta com a redução das taxas de reserva que permitirá uma expansão do crédito.
Estímulo ao investimento
No mercado concorrencial e com livre iniciativa a política de preços é muito menos frequente,
os mercados tendem a ser liberalizados como aconteceu com os combustíveis e com a energia
elétrica.
Ativa Passiva
MEDIDAS
CONSEQUENCIAS
Objetivos: Objetivos:
MEDIDAS
CONSEQUENCIAS
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc23
https://oe2023.gov.pt/orcamento-do-estado-2023/
https://www.europarl.europa.eu/factsheets/pt/sheet/86/a-politica-monetaria-europeia
https://economiafinancas.com/category/politica-fiscal/
https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/8-operacoes_de_politica_monetaria.pdf
http://www.seg-social.pt/inicio