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Hanseníase

A doença
milenar
Uma análise epidemiológica do
município de Jacobina em
relação a Bahia, ao Nordeste e
ao Brasil até agosto de 2023.
Introdução
• A hanseníase é uma das enfermidades mais antigas do mundo. No século 6 a.C. já
havia relatos da doença;

• Sendo considerada pela OMS como uma doença tropical negligenciada;

• Ainda possui uma taxa de transmissão significativa em diversos países ao redor


do globo;

• 23 países são expressivos na prevalência e incidência. Sendo o Brasil o segundo


com mais novos casos do mundo, somente atrás da Índia;
Estigma - "Flagelo Nacional"
Vulgarmente chamada por "lepra", apresenta uma estigmatização na
sociedade em 3 esferas:

• Em relação às alterações físicas provocadas pela doença;


• Com ligação à religião, nível social, hábitos deletérios que consideram
a patologia como uma punição;
• Por fim, ainda podem ser relacionados com questão hereditária sendo
mal vista para toda linhagem do indivíduo.
Combate ao Estigma e Reparação Histórica
• Com a lei n° 11.520/2007, o governo deve conceder pensão vitalícia
aos filhos de pessoas com hanseníase colocadas forçadamente em
isolamento até 1986. (Lei n° 3.023/2022)O valor deve ser mensal,
intransferível e não inferior ao salário mínimo – R$ 1.320, nos valores
atuais.

• A legislação brasileira, especificamente a Lei nº 9.010, proíbe o uso


dos termos "lepra" e seus derivados na linguagem empregada em
documentos oficiais tanto da Administração centralizada quanto da
descentralizada da União e dos estados;
Combate à Doença
• Em âmbito internacional, a doença está contemplada na 3º ODS da ONU.
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e
todos, em todas as idades:
3.3 - Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças
tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e
outras doenças transmissíveis.

• No Brasil, a Estratégia Nacional para o Enfrentamento da Hanseníase 2023-2030


traz a visão de um Brasil sem hanseníase.
Estratégia Nacional Para o Enfrentamento da
Hanseníase 2023-2030
Metas:
• I) reduzir em 55% a taxa de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos
de idade até 2030;

• II) reduzir em 30% o número absoluto de casos novos com GIF 2 no diagnóstico
até 2030;

• III) dar providência a 100% das manifestações sobre práticas discriminatórias em


hanseníase registradas nas Ouvidorias do Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença
• Mycobacterium Leprae;

• Afeta, principalmente, os nervos periféricos, olhos e pele;

• Possui uma evolução lenta e progressiva, e quando não tratada, é passível de


causar deformidades e incapacidades físicas, muitas vezes irreversíveis;

• O período de incubação do M. leprae é estimado em geral entre 2 a 10 anos.


Transmissão
• Ocorre através de gotículas respiratórias, como as resultantes de
tosse e espirros;

• É importante ressaltar que a transmissão efetiva do


microrganismo requer um contato próximo e prolongado com
indivíduos infectados;

• O simples contato casual, como um aperto de mão, não representa


risco de transmissão do microrganismo;
Sinais e Sintomas
• Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área (s)
da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à
dor) e/ou tátil (ao tato);
• Comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s) – geralmente espessamento
(engrossamento) – associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou
autonômicas;
• Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
• Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
• Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas
mãos e/ou nos pés;
• Nódulos no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Panorama da
Hanseníase
Da Escala Municipal à
Nacional
Figura 1 - Frequência das notificações de hanseníase em Jacobina, Salvador, Bahia, Nordeste e Brasil.
Figura 2 - Análise dos casos de hanseníase em Jacobina, Salvador,Bahia,Nordeste e Brasil com enfoque de
gênero.
Figura 3 - Análise dos casos de hanseníase em Jacobina, Salvador,Bahia,Nordeste e Brasil tendo enfoque no
fator idade.
Figura 4- Análise dos casos de hanseníase divididos por etnia em Jacobina, Salvador, Bahia, Nordeste e Brasil.
Figura 5- Gráfico de linha, demonstrando o quanto os casos de hanseníase variaram de 2012 até 2021.
Figura 6- análise das regiões acometidas
com casos de hanseníase com base no
IBGE. Sendo destacado em proporção de
casos, com o vermelho mais casos e verde
menos casos.
Figura 7- Essa imagem de autoria do IBGE,
analisa os climas presentes nas diversas
regiões do Brasil, sendo possível ver que o
Brasil quase por inteiro é de clima tropical.
Quanto ao Clima, a presença do tropical
central é presente na região centro-oeste,
grande parte da Bahia e região Sudeste.
Resultados e Discussão
• Acomete, preferencialmente, pessoas entre sua segunda e quarta década de
vida.

• Além disso, a etnia parda é a mais acometida , na maioria das vezes, tendo o
dobro ou mais de casos do que as outras etnias estudadas.

• Quanto ao gênero, não apresenta forte tendência no acometimento da


hanseníase, mas é visível uma leve predominância no sexo masculino.
Resultados e Discussão
• A hanseníase é uma doença de caráter tropical, logo,
Jacobina fica numa zona que gera uma situação favorável
para o crescimento do organismo;

• Com base nos resultados obtidos, a hanseníase pode estar


em uma situação de negligência por parte dos setores de
saúde;
Referências

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