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ALTERIDADE E

RELAÇÃO: UMA
PERSPECTIVA CRÍTICA
ALTERIDADE E RELAÇÃO

• Técnica da folha – desenho ou texto incompleto

• Definição de alteridade  ser humano  Conceito de relação

• O que é relação?

• Dicionário: só pode se dar entre duas ou mais pessoas ou coisas.


ALTERIDADE E RELAÇÃO

• Filosoficamente falando – ordenamento intrínseco de uma coisa em


direção a outra.

• Tendo em vista que está no próprio ser, num ser só, e não preciso de
dois. É um ordenamento do próprio ser, essencial a ele.

• Mas, para ser uma realidade, necessita de outra, senão não é.


ALTERIDADE E RELAÇÃO

• Exemplo de Maria  Maria mãe – companheiro – filho. Maria é uma


e três ao mesmo tempo. Pág. 151

• Tanto o um, como o três, estão no mesmo elemento.

• Consequência: o adjetivo que provém de relação é relativo. E relativo


é contrário de absoluto.
ALTERIDADE E RELAÇÃO

• Falar de relação é falar de incompletudes... é dizer que um ser


necessita de outro.

• Há uma relatividade intrínseca à relação, pois ela é uma categoria


aberta, em movimento...

• Só faz sentido partindo de uma análise de grupos, de sociedade... do


outro.
ALTERIDADE E RELAÇÃO

• Assim, fazer uma análise de grupos, ou sociedade, a partir da relação é


sempre uma análise aberta, que deixa espaços para mudanças, que pensa
na relatividade...

• Fiz a análise, mas ela pode transformar-se.

• É como as ondas do mar, ou as estátuas de areia... Como o desenho/texto


que vcs fizeram... Dependendo de quem pegou, do tempo em que eu
deixei, etc, etc... houve mudança no pensamento inicial.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O
CONCEITO DE “SER HUMANO”

• Várias visões de ser humano: três visões:

1ª - Posso tomá-lo como indivíduo – alguém que é um, uno, indiviso


em si mesmo, mas que é separado, isolado de todo o resto.

• Essa é a visão que apregoa o neoliberalismo: o indivíduo é o único


responsável pelo sucesso ou fracasso. Fala de um “individualismo”!
Cada um cuida de si!
SER HUMANO INDIVÍDUO

• Na visão do ser humano indivíduo ele é o centro.

• O outro não interessa, ou está em segundo plano, subordinado.

• O outro não faz parte de nós, é um estranho, um alienígena. Ele é o


índio, o negro, a mulher, o excluído.

• Eu o explico, eu o domino, o exploro.


SER HUMANO PARTE DA MÁQUINA

2ª - contrapõe-se a primeira e diz do ser humano como a parte de um


todo, peça de uma máquina.

• Nesse caso temos uma concepção totalitária, coletivista do mundo,


onde predomina a organização maior.
SER HUMANO PARTE DA MÁQUINA

• O fascismo, nazismo, ditaduras militares da AL nos anos 60 e 70... são


exemplos (distorcidos) dessa visão.

• Com ela temos exemplos e massificação, anonimato, predominância


da burocracia...

• Quando damos um número, estamos massificando. Quando


estereotipamos...
SER HUMANO PESSOA

3ª - Aquela que não considera o ser humano isolado; e não o considera


como parte da máquina.

• É o que considera a relação. Estamos falando do conceito de


PESSOA.

• E pessoa é aquele que é um, mas não pode ser completude sem os
outros. Para ser ele precisa dos outros.
SER HUMANO PESSOA

ATENÇÃO: dizer que o ser humano é relação é diferente de dizer que


ele é um ser “em” relação!

• Alguém pode se relacionar com os outros, mas permanecer um


indivíduo. Eu me relaciono com os outros, mas acho que não tenho
nada a ver com eles!
SER HUMANO PESSOA

• E a PSO nos ajuda a pensar nisso!

• Que vamos nos construindo enquanto seres humanos, como resultados


desses milhares de relações que estabelecemos cotidianamente.

• Página 153 - somos como naus!

• Podemos pensar nos conceitos de singularidade e subjetividade.


SER HUMANO PESSOA

• Singularidade enfatiza a dimensão do ser humano enquanto um ser


único, irrepetível, singular.

• Cada um de nós, nas relações que estabelecemos, se apropria delas


de maneira única. Somos singulares.
SER HUMANO PESSOA

• E o que nos constitui é a subjetividade.

• Esta diz que NÓS SOMOS OS OUTROS, nos constituímos nas relações
que estabelecemos

• Por isso, estamos sempre em processo de mudança


ALTERIDADE

• Chegamos assim a questão da alteridade. COMO PODEMOS


CONCEBER O OUTRO OU A RELAÇÃO COM O OUTRO?

• Podemos pensar na PERSPECTIVA DO INDIVÍDUO = O outro não tem


nada a ver comigo.

• O outro está como que envolvido ou engolido pelo eu.


ALTERIDADE
• ELE É UM SER, UMA COISA!

• Nesse caso há a a-versão ao outro. Só consigo pensar em “melhores e


piores”...

• Só se conhece um outro em si mesmo.

• Esse outro pode ser diferente – aquele que difere, que parte da negação, a
divisão; é o que é oposto. Tem como ponto de partida nós mesmos.
ALTERIDADE

• E pode ser distinto; que também é separado, MAS QUE ESTABELECE


RELAÇÕES DE DIÁLOGO. ESSA É A VERDADEIRA ALTERIDADE.

• Vídeo a parte que me falta

• Ele chama esse diálogo de analética dialógica. Esta transpõe o


método dialético.
ALTERIDADE

• E é impossível discutir alteridade sem falar de ética.

• Ninguém é ético sozinho.

• São as relações que são éticas.

• Da mesma forma a justiça. São as relações que são justas ou injustas,


não as pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• GUARESCHI, Pedrinho. Alteridade e relação: uma perspectiva crítica. In: ARRUDA, Angela.
Representando alteridade(org). Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. p.149-161.

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