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TRABALHO PORTUGUÊS.

ALUNOS: ANA LYCI


JIZELLY AGDA
CONCEITO DE AFIXOS
Os afixos são os morfemas lexicais que se anexam ao radical para
mudar-lhe o sentido ou acrescentar-lhe uma ideia secundária ou ainda,
para mudar-lhe a classe gramatical.

Ex: didático / antidático

Moderno / modernizar

Gosto / gostoso
Os afixos do português abordados neste trabalho são :
PREFIXOS, SUFIXOS, INFIXOS E CIRCUNFIXOS.
PREFIXOS
Os prefixos são os afixos colocados antes do radical. Ex.: desamor, infeliz.
Normalmente os prefixos agregam-se a bases adjetivas ou verbais, entretanto, ainda juntam-se, de maneira
insólita a bases substantivas, estas originárias de deverbais. Ex.: 1- ilegal; 2 - desandar; 3 - desrespeito.
Como se observa, no primeiro exemplo foi acrescentado o prefixo -i dando ideia de negação ao adjetivo
legal; no segundo o prefixo -des dá ao verbo andar uma ideia de ação contrária; no terceiro -des dá ideia
de falta de respeito.
Outra característica marcante dos prefixos é que eles não alteram a classe gramatical da palavra a que se
ligam. O que ocorre é o empréstimo de uma nova significação à palavra derivada (feliz : adjetivo; infeliz:
adjetivo).
SUFIXOS
 Os sufixos são afixos colocados após o radical (lealdade). Para RIBEIRO, 2000, 129, eles são “morfemas
derivativos que trazem ao radical uma idéia acessória de aumento, diminuição, lugar, ação, agente,
qualidade, coleção, doutrina, etc”. No mesmo sentido, BECHARA, 2000, também não diverge, afirmando
que o sufixo serve para formar uma palavra nova, emprestando-lhe uma idéia acessória e marcando-lhe a
categoria.
 Os sufixos, isoladamente não representam nenhum valor, por isso que são chamados de formas presas, pois só
funcionam atreladas a radicais. Eles, contrariamente aos prefixos, geralmente contribuem para a mudança da
classe gramatical do radical a que se agregam, embora também algumas vezes não possa alterá-lo.
 Os sufixos constituem elementos recorrentes dentro da língua, já que muitos vocábulos são formados com o
auxílio desse afixo. Na verdade, ele constitui o afixo mais produtivo da língua, pois, a partir dele podemos
formar diversas classes de palavras, com os mais diversos significados, conforme demonstrado abaixo.
CIRCUNFIXO.
 O cincunfixo é um afixo que circula o radical., o “circunfixo aplica-se a uma base
no início e no fim, caracterizando-se como um afixo descontínuo” (PENA,1993
apud MONTEIRO).
 Esse afixo é bastante comum na formação de verbos originários a partir de
substantivos – denominais. Ex: anoitecer, amanhecer, descampado, entardecer.
 Analisando os exemplos, a partir do conceito dado, percebemos a impossibilidade
de se retirar o elemento inicial ou final, pois, caso fizéssemos, o que resultaria era
uma palavra inexistente na fase atual da língua.
INFIXOS.
 O infixo é o morfema que se insere no interior de uma palavra, desempenhando alguma função.
 BECHARA, 2000, diz que o que se costuma apontar como infixo, representado por uma nasal, é de
responsabilidade do Latim. Entretanto, o professor José Lemos Monteiro nos mostra que a infixação existe
na configuração atual da morfologia portuguesa. Ele atestou que os infixos presentes no processo de
derivação, desempenham a função de acrescentar a bases verbais a noção diminutiva ou aspecto
freqüentativo e, ainda, formar diminutivos em bases nominais.
 Segundo esse autor, existem em português três infixos verbais que são: -in, -ic, -it, ou em outra hipótese
um morfema com três alomorfes.
 Adotando o parâmetro estabelecido pelo autor acima citado, podemos observar o caso curioso da
palavra rabiscar, a qual podemos incluir o morfema –ab como infixo, pela seguinte observação. Se
entendermos que o verbo rabiscar deriva de riscar, teremos atestado a existência de indício desse afixo,
pois, partindo de uma análise sincrônica vê-se que o morfema –ab se insere no interior da
palavra r ....iscar, originando o verbo rabiscar que em determinado contexto, assume valor frequentativo,
em comparação ao verbo riscar.
CONCLUSÃO
Observamos que a maneira de cada indivíduo se expressar esta relacionada com a sua
formação cultural, pois ela determina a utilização dos afixos ditos como eruditos ou
populares, na constituição do léxico. os prefixos não foram empregados com frequência
pelos informantes. Essa circunstância pode ser explicada pelo fato desses afixos não
alterarem a classe gramatical do radical a que se ligam. Os sufixos, ao contrário, por
serem os mais produtivos da língua, os quais entram na formação de substantivos,
adjetivos, verbos e advérbios, foram bastante utilizados, restringindo-se, porém, àqueles
adequados a cada nível de linguagem analisado (Jovens estudantes, Estivadores,
Agricultores e Caçadores). Vimos que os sufixos –inho, -zinho, expressam diversos
valores semânticos, sendo necessário observar o contexto em que estão inseridos, pois
podem significar, além do valor diminutivo, afetividade, pejoratividade, intensidade, etc.
CONCLUSÃO

Os circunfixos caracterizam-se como formadores de verbos originados a partir de substantivos. Já os


infixos, as pesquisas estão apenas começando, já que o professor José Lemos Monteiro atestara a existência
de indícios desses afixos tem-se assim o ponto de partida para novas pesquisas. Entretanto, igualmente a
ele, levantamos o caso do verbo rabiscar, que salvo engano, partindo de uma análise sincrônica, comprova
referido indício desse afixo.

Assim, o processo de utilização de afixos na formação de palavras em português ainda encontra-se atuando
de forma produtiva, embora alguns já tenham adquirido uma forma vernácula, mas conforme levantamos
neste trabalho, outros afixos atuam na morfologia portuguesa, no caso em particular os infixos.
FIM!!!
OBRIGADO A TODOS!

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