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Gestão Multicultural
EXPATRIAÇÃO
Objectivos
• Expatriação
• Alteridade e Expatriação
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• Ajustamento Intercultural
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Objectivos (Cont.)
• Performance
• A Postura do RH
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• Impactos na Família
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Objectivos (Cont.)
• Atitude e Estrutura da Unidade que recebe
• Um Sector de RH Internacional
IPT-ESGT-GRHCO
• Ao Cônjuge
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Objectivos (Cont.)
• Mentalidade Intercultural
• Evolução Profissional
• Preparação à Viagem
• O Esforço Local
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• Exemplo
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Expatriação
• Aycan e Kanungo (1997) definem que expatriados são:
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Expatriação (Cont.)
• Rego e Cunha (2009) optam pela designação de trabalhadores internacionais para
considerar todos os indivíduos que são incumbidos de missões internacionais.
Nesta perspectiva está inerente a diferenciação destes trabalhadores em diferentes
categorias:
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• Expatriados de países terceiros – trabalhadores que não vêm do país da sede da
empresa, mas que desempenham o seu trabalho num país estrangeiro;
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Expatriação (Cont.)
• Impatriados – trabalhadores que vêm de filiais para a sede com o objectivo de trazer
novas ideias;
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Gestores Autóctones vs. Gestores Expatriados
Autóctones Falam a língua local, entendem mais facilmente a cultura e o sistema político
local e tendem a pertencer à elite social.
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provindos de algumas garantias de sucesso.
país terceiro
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Vantagens dos Gestores Autóctones vs.
Gestores Expatriados
Expatriados provindos do Expatriados provindos de
Autóctones país da casa-mãe país terceiro
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casa-mãe.
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Desvantagens dos Gestores Autóctones vs.
Gestores Expatriados
Expatriados provindos do Expatriados provindos de
Autóctones
país da casa-mãe país terceiro
• Os autóctones não adquirem • Os custos da expatriação são • Os expatriados podem ter
experiência internacional e elevados; dificuldade em aproveitar na
transcultural; • Sentem mais dificuldades na plenitude os talentos dos
• Podem ocorrer dificuldades adaptação à língua e cultura colaboradores autóctones;
de comunicação entre a locais. • Por vezes, não são o melhor
subsidiária e a casa-mãe. veículo para que a casa-mãe
exerça controlo sobre a
subsidiária.
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Alteridade e Expatriação
• Alteridade é designado como uma construção psicológica em torno da relação entre o
“eu” e o “outro”. A existência do “eu”, a partir da relação com o outro permite ao
individuo ter a consciência de si, pois, apenas através da mediação de outros, o “eu”
pode reflectir sobre si mesmo.
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Alteridade e Expatriação (Cont.)
• Em situações de expatriação a alteridade é elevada. Segundo Freitas (2000), a
expatriação consiste em:
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Alteridade e Expatriação (Cont.)
• Joly (in Chanlat, 1996) apresenta quatro fases da experiência no estrangeiro:
Primeira fase
• Encantamento, onde se encontra marcado as descobertas e os desafios;
Segunda fase
• Negativismo extremo. Esta fase é caracterizada pelo domínio da linguagem
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(contribuindo assim para a compreensão do mundo simbólico da cultura
vivenciada);
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Alteridade e Expatriação (Cont.)
Terceira fase
• Distanciamento ou integração. O indivíduo guarda distância ou integra-se, ele pode
escolher rejeitar a cultura ou tornar-se nativo;
Quarta fase
• Choque. O indivíduo quando retorna ao seu país não é o mesmo.
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Ajustamento Intercultural
• Tucker (2004), na sua análise da relação entre ajustamento intercultural e performance,
definiu o ajustamento intercultural a partir de 6 factores, que avaliou com base num
inquérito por questionário. Esses factores são os seguintes:
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estrangeira modo de vida
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Performance
• Caligiuri, (1997), define performance como “o nível de eficácia do expatriado ao
desempenhar aspectos concretos das suas funções relacionados com o facto de ser um
expatriado e que vão além dos deveres específicos da função em causa”.
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Performance (Cont.)
• Segundo Tucker (2004) a performance é avaliada, através:
Perspectiva técnica;
Perspectiva de gestão;
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Performance (Cont.)
• Em suma, para avaliar o nível de performance de um expatriado, surgem como
essenciais os seguintes factores:
Capacidade para estabelecer relações vantajosas com os subordinados e colegas locais, bem como
com fornecedores, clientes, parceiros, entidades públicas, etc.;
Capacidade para atingir os objetivos traçados pela gestão central para aquele projecto de
expatriação;
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Performance (Cont.)
Capacidade para trabalhar na plenitude das suas capacidades técnicas/intelectuais, ou seja, ao
mesmo nível a que trabalhavam antes da expatriação;
Capacidade para transferir conhecimento para os locais, quer técnicos, quer de boas práticas.
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Motivações Individuais para se ser
Expatriado
• Segundo Martins (2011), os aspectos que mais motivam um individuo a aceitar ser
expatriado são:
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O Processo de Expatriação e Possíveis
Vulnerabilidades
• Numa época de constantes mutações, de identificações múltiplas, de uma pluralidade de
mundos, de trocas e interacções, de uma veloz construção e difusão do conhecimento,
de um todo a descobrir e novidades a apreender (MAFFESOLI, 2003; LAHIRE, 1998;
SEMPRINI, 2003; RSH, 2004; MICHEL, 2002), a mobilidade expressa-se hoje como
um novo valor.
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O Processo de Expatriação e Possíveis
Vulnerabilidades (Cont.)
• Actualmente a mobilidade é legitimada em diversas bases: médicas, educacionais,
sociais, tecnológicas, económicas, profissionais e, cada vez mais, psicológicas.
• Mobilidade passa, então, a ser compreendida como uma disposição interior, uma
abertura de espírito relativamente a mudanças constantes, sejam elas em relação a
cargos, a saberes, empresas ou países, entre outros. Em que cada um passa a ser uma
espécie de enciclopédia, que se encontra constantemente em actualização.
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O Processo de Expatriação e Possíveis
Vulnerabilidades (Cont.)
• Os empregos ditos “sem fronteiras” são cada vez mais comuns, constituem-se com
diferentes categorias profissionais e exercem uma atracção crescente sob as novas
gerações; a educação também é estimulada a partir de viagens, intercâmbios e
experiências interculturais;
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O Processo de Expatriação e Possíveis
Vulnerabilidades (Cont.)
• No que diz respeito à educação dos filhos, uma melhor educação para estes, é um factor
de muito peso na aceitação de uma expatriação, visto que num mundo coberto pelas
novas gerações de conhecimentos e habilidades interculturais serão cada vez mais uma
exigência e não uma opção.
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O Processo de Expatriação e Possíveis
Vulnerabilidades (Cont.)
• Neste sentido, estas novas capacidades parecem apontar para um futuro novo no mundo
dos negócios: o da mobilidade.
• Os processos de expatriação não são necessariamente bem cuidados por uma parte
considerável de grandes empresas/organizações que usufruem deste mecanismo, o que
aumenta o risco tanto da organização quanto do seu profissional.
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O Processo de Expatriação e Possíveis
Vulnerabilidades (Cont.)
• O risco da empresa, geralmente associa-se à perda dos investimentos realizados e ao
custo de oportunidade com o envio de um profissional que não irá atingir os resultados
esperados, podendo mesmo comprometer o projecto em questão. Já o risco do
profissional associa-se à manutenção do seu emprego, ao seu futuro profissional e à sua
vida familiar.
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Até que ponto pode um Profissional dizer
NÃO a um convite da Empresa?
• Uma expatriação forçada pode trazer como prejuízos:
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Até que ponto pode um Profissional dizer
NÃO a um convite da Empresa? (Cont.)
d) para o indivíduo que se irá sentir injustiçado;
e) para a unidade que o acolhe e que não irá contar com toda a boa vontade para vencer
os desafios esperados;
f) para a família do profissional, caso a tenha, que irá viver particularmente o pior lado da
experiência, no qual lhe irá parecer um exílio.
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Até que ponto pode um Profissional dizer
NÃO a um convite da Empresa? (Cont.)
Uma mudança desta magnitude não se faz impunemente.
• Cerdin (2002), Adler (2002) e Freitas (2000) advertem sobre o não-envolvimento dos
cônjuges na decisão e o prejuízo que pode ser evitado em função dessa missão.
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Até que ponto pode um Profissional dizer
NÃO a um convite da Empresa? (Cont.)
• Quanto mais informação se tem sobre o local, o projecto, o tempo da expatriação, a
unidade organizacional, bem como os seus apoios, as condições de contrato, a cultura, a
história, os costumes locais, mais fáceis serão as negociações com a família e a redução
de dificuldades desnecessárias.
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A Postura do RH
• Na grande maioria das empresas, os encarregados desconhecem o que significa a
expatriação, os tipos de problemas inerentes a esta experiência, sobre a qual,
geralmente, não têm nenhum conhecimento e nem vivência internacionais, tendendo a
desqualificar os seus problemas e os apoios por eles solicitados.
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A Postura do RH (Cont.)
• Morar no exterior, não é visto como uma questão profissional, que mereça um
tratamento profissional.
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A Postura do RH (Cont.)
• Isto caracteriza um pensamento e uma gestão de RH que merece uma reconsideração da
parte dos seus superiores.
• Ser tratado desta forma na unidade de origem pode indicar a falta de apoio que se terá
no futuro ou a falta de respeito que se terá quando ocorrerem problemas inevitáveis.
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Impactos na Família
• A negociação familiar é geralmente deixada a cargo unicamente do profissional e,
obviamente, quanto mais informações ele tem acerca do projecto, mais
fundamentada será a decisão da família, bem como o compromisso futuro e
também o envolvimento com a experiência.
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• Outro ponto igualmente forte na geração de instabilidade e vulnerabilidade sentida
pela família está relacionado com a escola dos filhos.
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Impactos na Família (Cont.)
• A casa é o terceiro factor que pesa na adaptação mais rápida ou mais demorada, mais
consistente ou mais frágil dos expatriados.
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Atitude e Estrutura da Unidade que Recebe
• Quando uma empresa já tem uma alguma experiência em expatriação, a mesma
desenvolve uma certa estrutura de forma a fazer face a problemas comuns.
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Atitude e Estrutura da Unidade que Recebe
(Cont.)
• A atitude da unidade que recebe o expatriado pode ser amigável ou pode ser hostil; o
mesmo pode vir a ser aceite pelos seus colegas ou ser alvo de sentimentos negativos,
particularmente se a equipa não compreender “por que foi necessário trazer alguém de
fora para assumir este trabalho”.
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O que as Empresas e os Profissionais
podem melhorar
• O objectivo é de chamar a atenção às empresas que expatriam para a observação de
certos aspectos, que – segundo os próprios expatriados – podem fazer a diferença
crucial entre expatriação e exílio e entre o sucesso e o fracasso dessa experiência.
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O que as Empresas e os Profissionais
podem melhorar (Cont.)
• Os profissionais que optam por serem expatriados, serão co-responsáveis por uma parte
desse processo, pois existem alguns atributos pessoais desejáveis e certas atitudes que
facilitarão o seu ajustamento futuro a uma nova vida.
• A expatriação trata-se, assim de: uma nova vida e não apenas uma viagem.
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A Parte que cabe à Empresa
• Ter claros e explicitar bem os objectivos do projecto;
• As responsabilidades esperadas;
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em questão;
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A Parte que cabe à Empresa (Cont.)
• Os critérios de julgamento do projecto ou missão;
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A Parte que cabe à Empresa (Cont.)
• Para os destinos mais comuns de expatriação, a empresa pode dispor de algumas
informações básicas:
Fornecer cursos que incluam o idioma e aspectos da cultura, da história, dos costumes, a rede de
relações que já existe naqueles países;
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A Parte que cabe à Empresa (Cont.)
• Algumas empresas elaboram manuais padronizando essas informações essenciais, o que
certamente contribui para uma maior segurança da família que parte.
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Um Sector de RH Internacional
• É importante a clareza do tipo de contrato que se está a estabelecer;
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família.
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Um Sector de RH Internacional (Cont.)
• Algumas empresas oferecem uma visita (geralmente de uma semana) para o casal fazer
primeiro reconhecimento da cidade e adiantar alguns contactos; este procedimento
revela-se muito eficaz no futuro e reduz resistências.
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Responsabilidades para com o Cônjuge
• Dotá-lo de informações imprescindíveis à boa adaptação;
• Muitas empresas têm parcerias que podem ser accionadas para contactos profissionais e
recolocações de cônjuges expatriados;
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Responsabilidades para com o Cônjuge
(Cont.)
• Disponibilizar um orçamento básico para uso profissional do cônjuge;
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Ao Cônjuge
• É importante procurar todas as informações que se consideram relevantes, para uma
maior segurança e dos filhos.
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Ao Cônjuge (Cont.)
• Preparar-se e preparar os filhos de que os primeiros desempenhos escolares serão
inferiores aos habituais.
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Ao Cônjuge (Cont.)
• Caso seja necessário, há que pedir à empresa que providencie apoio ou aconselhamento
psicológico.
• A empresa tem obrigações que precisam de ser lembradas ou cobradas, isto é também
do interesse destas e não um favor.
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Mentalidade Intercultural
• Empresas que dispõem de diferentes unidades num país podem desenvolver uma
mentalidade intercultural, favorecendo intercâmbios, trocas de profissionais, estágios,
visitas e expatriações regionais.
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Evolução Profissional
• A maioria das empresas vê a expatriação como uma experiência isolada.
• Infelizmente muitas empresas não utilizam as experiências que dispõem, bem como não
valorizam o profissional quando regressa.
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Evolução Profissional (Cont.)
• É comum que profissionais repatriados, após o período de seu contrato, sejam
completamente “largados” e assumem ou o mesmo cargo anterior à expatriação ou
posições em que o conhecimento adquirido não lhe serve para nada.
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A Parte do Profissional a ser Expatriado
• Abertura ao diferente: é consensual o facto que afirma que nem todos os indivíduos
estão aptos a viver uma expatriação e muitos jamais sequer pensaram nesta
possibilidade.
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A Parte do Profissional a ser Expatriado
(Cont.)
• Estes indivíduos são geralmente curiosos, e normalmente demonstram uma grande
capacidade de lidar com o novo e o diferente.
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Preparação à Viagem
• Assim como a empresa, o profissional tem de tomar uma série de precauções e
prevenções antes do “embarque”.
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O Esforço Local
• Os expatriados devem-se sempre lembrar que serão apenas uma espécie de “hóspedes”
do país que os irá acolher e que são basicamente estranhos, e disso irá derivar a
necessidade de resistir à tentação de viver no país como se vive no seu próprio;
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O Esforço Local (Cont.)
• Esforçar-se para dominar o idioma o mais rápido possível, o que significa desenvolver
uma certa competência para lidar com o erro, o ridículo, a insegurança que uma
aprendizagem nova traz.
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Exemplo: Ursos, Abelhões e Aranhas
• As empresas dispõem de, pelo menos, três mecanismos de controlo sobre as
subsidiárias: (1) controlo burocrático formalizado; (2) controlo dos resultados; (3)
controlo pessoal/cultural. Num artigo publicado no Journal of World Business, Harzing
estudou o grau em que os expatriados exercem este último tipo de controlo, tendo
considerado três papéis:
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Ursos Abelhões Aranhas
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Exemplo: Ursos, Abelhões e Aranhas
(Cont.)
• Ursos: Os gestores expatriados actuam como substitutos ou complementos da
actividade decisória centralizadora e da supervisão directa da casa-mãe. O controlo é
estreito, dominador.
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• Aranhas: Estes expatriados tecem uma rede de comunicação informal.
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