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Num primeiro passo temos de descrever (numa atividade temos várias funções e dentro dessas
funções temos várias tarefas), no segundo passo temos de analisar e como terceiro passo temos de
avaliar.
Por exemplo, na atividade de comércio, temos como funções o gestor de crédito, o vendedor e o
analista de mercado. O vendedor tem como tarefas contactar os clientes, o analista tem como tarefas
analisar o mercado e o gestor de crédito contacta bancos.
Podemos também ter uma organização com apenas um vendedor que faz o um pouco de tudo,
como funções e tarefas. Descobrimos que cada função numa organização tem tarefas que tem a ver
com o tipo de organização. Se a empresa for pequena, tem poucos funcionários logo cada um pode
fazer um pouco de tudo, se for uma empresa grande existe vários funcionários e por isso cada um
tem a sua função e as suas tarefas.
Análise de funções
A análise de funções é considerada a espinha dorsal da gestão de recursos humanos uma
vez que proporciona uma base sólida para as diversas atividades da área da gestão de recursos
humanos, fornecendo informações preciosas relativamente a descrição e especificação de funções, ao
recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, planeamento de sucessão e desenvolvimento de
carreira e remunerações e benefícios.
Qualificações (habilitações)
- Experiência profissional
- Responsabilidades
Origem
A análise de funções tem diversas origens.
Taylor definiu a análise de funções como a gestão científica do trabalho, a racionalização,
padronização e divisão de tarefas: análise aprofundada do conteúdo do trabalho; decomposição de
processos em conjuntos de tarefas simples.
Adam, um trabalhador não qualificado, trabalhando sozinho, não consegue produzir um
alfinete num dia, mas é possível decompor a produção de um alfinete em mais ou menos 18 tarefas
distintas. Distribuir as tarefas por 10 homens (cada um executando uma ou duas tarefas), consegue
produzir até 48 mil alfinetes por dia.
Relevância
➔ Detalhe e rigor da análise funcional= fonte de vantagem competitiva;
➔ Para os gestores: instrumento para racionalizar processos de trabalho em equipa, decisões de
recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, compensação ou afetação de pessoas e funções.
Descrição de funções
➔ Objetivos geral (descrever qual o objetivo da função)
➔ Hierarquia (organograma da empresa), posição relativa que a pessoas está na organização. Dizer
quantas pessoas fazem aquela função. Saber qual a categoria profissional (indicação que consta no
recibo do salário)
➔ Equipamentos identificar quais os equipamentos que a pessoa necessita para realizar o seu
trabalho (material e programas)
➔ Horário de trabalho
➔ Tarefas
◆ Na identificação das tarefas de uma determinada função temos de dividir por tarefas
regulares, periódicas, ocasionais e substituição
◆ Por exemplo, na tarefa de professor
Tarefas Tempo
3. Programar 15%
Periódicas
4. Avaliar os alunos
5. Atualizar 5%
(Investigador)
Ocasionais
6. Palestras
100%
Descrição de funções
➔ Afirmação escrita sobre o que o ocupante da função faz, como o faz e sob que condições.
➔ Elementos:
◆ Identificação da função: designação/título, posição na estrutura formal, nível salarial.
◆ Objetivos globais da função.
◆ Deveres e responsabilidades (ideia do que deve ser feito).
◆ Materiais, máquinas, equipamentos, ambientes físicos (ex.: condições físicas) e social (Ex:
nº de pessoas perto da função em causa).
◆ Outras condições de empregabilidade, como benefícios e regalias, sazonalidade, regime
contratual, relação com sindicatos, etc.
Exemplo:
➔ Título da função: secretário de direção;
➔ Departamento: Administração;
➔ Posição do supervisor imediato: Gestor;
➔ Descrição geral de responsabilidade:
◆ Datilógrafa, recebe e distribui correspondência a clientes e a pessoal de apoio interno.
Transmite e verifica vários tipos de relatórios respeitantes às operações diárias.
➔ Responsabilidade específicas:
◆ Datilografar a correspondência diária e as ordens de vender para 9 grandes clientes usando
meios informáticos (40%)
◆ Redige documentos especializados para o departamento de marketing (20%)
◆ Verifica e prepara cópias finais para distribuição (10%)
➔ Especificações da função:
◆ Licenciatura na área do secretariado e comunicação.
◆ Experiência em datilografia via computador.
◆ Capacidade para classificar 10 documentos por minutos sem erro.
◆ Competências para trabalhar com pessoas.
◆ Capacidade para produzir documentos e relatórios de elevada qualidade.
Especificações de funções
➔ Diferente de descrição de funções (refere-se ao que é feito, tarefas e comportamentos). A
especificação de funções refere-se ao que é requerido- atributos necessários ao bom
desempenho.
➔ Identifica as exigências da função face a capacidades, conhecimentos e aptidões.
➔ Termos usado:
◆ Requisitos cognitivos (ex.: habilitações literárias, experiência, aptidões cognitivas, etc.).
◆ Requisitos físicos (ex.: esforços físicos necessários, acuidade visual, destreza física, etc.).
◆ Responsabilidade (ex.: supervisão de pessoas, dinheiro, informação, materiais, etc.).
◆ Condições de trabalho (ex.: características do ambiente de trabalho, riscos envolvidos).
➔ Envolve especificações mensuráveis e verificáveis (ex.: licenciatura) e especificações vagas e
subjetivas (ex.: capacidade de fazer relatórios bons).
Exemplo:
Termo Definição Exemplo: chefe de seção
Categoria de funções
➔ Agregação das funções em família com base nas suas semelhanças, por exemplo, face à
formação académica, experiência ou conhecimentos exigidos.
➔ Pode haver funções difíceis de catalogar.
Mapas de competências
➔ Identifica atributos comportamentais que diferenciem colaboradores eficazes e menos eficazes.
➔ Útil para construir critérios de seleção.
Competências: Características do indivíduo que está intimamente ligado ao elevado desempenho
numa função.
Fases de implementação de um programa de descrição
análise de funções
Fase 1- Planeamento
➔ Estrutura o processo de análise do trabalho:
◆ Definição dos objetivos, i.e., que uso vai ter o produto final da AF (seleção? qualificação?);
◆ Identificação das funções a estudar (todas? as mais representativas?);
◆ Realização do cronograma de trabalho, especificando onde se começa a fazer a AF
(departamentos);
◆ Escolha das técnicas e métodos;
◆ Enquadramento legal do processo (consequências no âmbito da qualificação, definições de
categorias e carreira e novas estruturas salariais).
Fase 2- Preparação
➔ Preparar os meios logísticos necessários:
◆ Preparação dos analistas;
◆ Preparação do material de trabalho: formulários, impressos, materiais, etc.
◆ Preparação do ambiente (informação e envolvimento de todos os profissionais que vão
intervir no processo).
Fase 3- Execução
➔ Recolha de dados e elaboração das descrições e especificações das funções.
◆ Recolha de dados sobre funções;
◆ Triagem dos dados;
◆ Redação provisória das descrições e especificação de funções;
◆ Revisão da informação com os colaboradores com o grupo de trabalho e/ou supervisor.
◆ Redação definitiva dos produtos da AF (descrição e especificação de funções).
Em suma…
➔ A AF tem benefícios para a organização;
➔ Serve do input a outras atividades de GRH.
➔ Fomenta o ajustamento trabalhado-trabalhador, para reestruturar processos de trabalho,
requalificar funções ou novas estratégias organizacionais e motivar as pessoas.
➔ Há vários métodos padronizados de AF (diferentes vantagens e objetivos, custos e tempo).
Mapas de competências
Como se relaciona com as funções?
Descrição de funções
A descrição e análise de funções é uma análise do trabalho. Reúne informações sobre a
função e o contexto imediato e abrangente.
Termos relevantes para analista de funções:
Exemplo: Professor
Objetivos e aplicações
A DAF dá informação para tomada de decisão sobre diversas atividades.
➔ Compensação- Estima o valor e a compensação adequada a cada trabalho.
➔ Planeamento de RH- Informação sobre conhecimentos, capacidades e aptidões existentes e
necessários no futuro.
➔ Recrutamento e Seleção- Construir anúncios; dar informação nas entrevistas; confirmar se o
candidato possui as características requeridas; informar sobre as exigências da função e de
carreira e sobre competências que devem dominar.
➔ Avaliação de desempenho- Identifica padrões de desempenho e atividades a desempenhar.
➔ Formação e desenvolvimento- Identificar necessidades de formação;
➔ Gestão de carreiras- Definição de grupos profissionais em que as várias funções estejam
articuladas entre si.
A DAF ajuda a melhorar os métodos de trabalho, reduzir erros, eliminar ações e esforços
inúteis, reduzir a fadiga, aumentar o envolvimento e responsabilidade do trabalhador e melhorar o
desempenho da unidade de trabalho.
➔ Facilitador de mudança;
➔ Organização do trabalho;
➔ Ergonomia e fatores humanos;
➔ Perspetiva motivacional.
➔ Esforço necessário;
➔ Concentração visual/ mental;
Requisitos físicos
➔ Destreza ou habilidade;
➔ Compleição física necessária.
➔ Supervisão de pessoas;
➔ Material, equipamento;
➔ Informações confidenciais;
Responsabilidades
➔ Dinheiro, títulos, documentos, valores;
➔ Contactos interno e externos;
➔ Contactos externos.
➔ Ambiente de trabalho;
Condições de trabalho
➔ Riscos.
Tipo de informação
Critérios
O processo deve limitar-se a factos observáveis, i.e., ações não observáveis (decidir,
coordenar) têm de ser traduzidos em comportamentos/manifestos.
Deve basear-se em descrições comportamentais centradas no trabalho (independente da
pessoa).
Os dados resultantes devem ser verificáveis e replicáveis, i.e., diferentes analistas devem
estar de acordo face às mesmas observações.
Padrões de conduta e
Standards desempenho determinadas por
profissionais associações profissionais (ex.:
ordens).
Em suma…
➔ Devido às mudanças na envolvente externa e interna deve-se considerar a DAF numa perspetiva
dinâmica:
◆ Especificar as tarefas atuais, mas também os conhecimentos, aptidões e capacidades
(tal como se prevê que venha a existir no futuro) (Schneider e Konz, 1989)
Fontes de informação
Toda a recolha e registo de informação exige julgamento, sujeito a distorções, filtragens e
outros mecanismos percetuais e cognitivos que podem afetar a qualidade da informação.
O grau de estruturação varia, desde a observação livre até ao uso de grelhas de observação ou
dispositivos de gravação áudio e vídeo dos trabalhadores em ação.
Desvantagens e riscos:
➔ Compreender os potenciais enviesamentos.
➔ A observação não permite obter informação rica sobre o trabalho mental do indivíduo.
➔ Os incumbentes ao sentirem-se “espiados” podem não realizar o trabalho como
habitualmente, iludindo o analista.
Questionário
Perguntas estruturadas relativamente ao posto de trabalho.
Vantagens Desvantagens
Tipos de questionário
➔ Checklist- Itens dicotômicos associados a atividades/ aspetos do trabalho. Facilidade de uso e
tratamento da informação.
➔ Diário- Instrumentos auto-administrativo. A pessoa regista o que faz e como faz. Exige disciplina
e esforços pelo trabalhador.
Construção de um questionário
➔ Procure outros questionários de AF (outras empresas, manuais).
➔ Questionário curto.
➔ Procure que cada questionário seja respondido no trabalho.
➔ Categorize as respostas (questões de respostas fechadas para permitir comparações).
➔ Teste o questionário com empregados de confiança (detetar questões ambíguas ou vagas ou
aspetos importantes omitidos).
➔ Inclua uma ou mais perguntas de respostas abertas (permite informação importante não
contemplada no questionário).
Questionário (link, folha de papel, pode não ser presencial) ǂ Inquérito (escolher uma amostra)
Entrevista
Conversa orientada por um guião previamente preparado.
Vantagens Desvantagens
Devemos entrevistar várias pessoas de forma a compreender e a receber uma informação padrão,
ou seja, funcionários que realizem as tarefas da mesma maneira, da mesma ordem.
Devemos entrevistar os funcionários que fazem a mesma função e caso haja um padrão, tudo
bem, se não houver uma resposta padrão devemos então chamar a chefia.
Na realização da entrevista devemos obter informações que estão relacionadas com a Descrição
de Função como:
➔ O que faz?
➔ Como faz?
➔ Quando faz?
➔ Onde faz? (Posto do trabalho)
➔ Porque faz?
Documentação
Dever ser combinados com outras técnicas.
Documentos relevantes:
➔ Manuais de instrução de trabalho.
➔ Relatórios de trabalho.
➔ Manuais de formação.
➔ Registos de manutenção.
Vantagem Desvantagem
Inventários
Levantamento do que temos. Podemos ter um inventário na gestão de recursos humanos. são
utilizados por empresas que tem um certificado de qualidade. (Não é obrigatório por lei)
RESUMO:
Quanto mais para baixo a função é, ou seja, operativo, mais sentido faz realizar um
inventário. Se a função for mais para cima, ou seja, estratégica, deve-se recorrer à
entrevista ou questionário.
DAF: Métodos de recolha da informação
Inventários de tarefas
➔ Lista de todas as tarefas requeridas para complementar uma função.
➔ Métodos:
◆ Passar uma extensa lista de tarefas a um painel de trabalhadores e respetivos supervisores.
Pode incluir:
● Respostas dicotômicas: “Executa a tarefa em causa” Sim ou Não
● Respostas ordinais: “Numa escala de 1 a 5, indique quanto tempo dedica a
cada uma das tarefas seguintes”.
Vantagens Desvantagens
➔ Elevada padronização (permite a ➔ Força os responsáveis na análise dos
comparação entre funções). itens e nas respostas possíveis.
➔ Permite a aplicação, por exemplo, na ➔ Leva a uma descrição menos rica das
construção de grelhas salariais ou em funções.
tratamento estatístico.
Incidentes críticos
➔ John Flanagan: Inicialmente desenvolvido para a avaliação de desempenho.
➔ Identifica aspetos importantes ou notáveis do comportamento no trabalho, cruciais para o
desempenho.
➔ Método:
1. Escolhem-se as pessoas que conheçam bem as funções ou pessoas que as exerçam;
2. É-lhes pedido a apresentação de exemplos de desempenho excelente e/ou inadequado.
3. Redução e classificação de categorias de incidentes- dimensões comportamentais.
RESUMO:
As classificações genéricas de funções servem mais como fontes de informação do
que propriamente como um método de AF.
São usadas em fases iniciais de um processo de AF, pois incluem informação útil
para se conhecer melhor o que se vai estudar.
Componentes da competência
1. Querer-Fazer (Motivação);
2. Saber- Saber (Conhecimento); Experiência
3. Saber-Fazer (Habilidades e destreza); Técnico e funcional
4. Saber Estar (Atitudes e interesses);
5. Poder Fazer (Meios e Recursos). Fornecer oportunidades para evoluir (formação)
Iceberg da competência
Competências como traços
No cimo do iceberg temos as competências Hard Skill que diz respeito aos outputs, que são
fáceis de desenvolver e são necessárias, mas não são suficientes. Integra o Saber-Fazer e o Saber-
Saber.
Na parte inferior do iceberg temos as competências Soft Skill que diz respeito aos inputs, são
mais difíceis de desenvolver e são preditores do êxito a longo prazo. Integra o Saber Estar e o
Querer-Fazer.
As competências são…
Específicas
➔ Atividades ou contextos restritos.
➔ Associadas a domínio técnicos e instrumentais
Ex: elaboração de relatórios de contas.
Técnicas
➔ Conhecimentos sobre modo de realizar tarefas especializadas;
➔ Capacidade para usar técnicas e equipamentos.
Interpessoais
➔ Conhecimentos sobre comportamentos e processos de grupo, empatia e sensibilidade social,
capacidade de comunicação.
Conceituais
➔ Capacidade analítica, pensamentos lógico e divergente, capacidade de conceptualizar relações
complexas e ambíguas, intuição, raciocínio indutivo e dedutivo.
Gestão de Sensibilidade para os impactos Sensibilidade aos símbolos de poder tendo em vista
objetivos e gerados exercer impacto sobre os outros.
ações
Uso diagnóstico dos conceitos Uso de conceitos para explicar e interpretar
situações.
Liderança e Gestão
Processos e funções distintas
Liderança Gestão
A liderança deve ser “temperada” com gestão e a gestão com liderança (para evitar a
estagnação e progredir a longo prazo).
Há quem seja gestor e líder. Há líderes que aprendem a gerir e gestores que melhoram as
competências de liderança.
Desenvolvimento de gestão
Processo através do qual os indivíduos, aplicam e aperfeiçoam as suas capacidades para
desempenhar tarefas de gestão.
Construção de aptidões e conhecimentos de gestão a partir de programas de
desenvolvimento ou experiências no trabalho.
Aprendizagem de requisitos específicos relativos a padrões de desempenho e associados ao
papel de gestor.
Meta-Competência
É a capacidade de aprender e refletir, e define-se como capacidades e vontades para desenvolver
aptidões, motivações, valores, interesses e atitudes do trabalho, sendo potenciadores de uma
otimização do desempenho. (Diest & Winterton, 2005).
Podemos considerar que existe 47 competências que podem ser consideradas meta-
competências, que estão dividias por grupos:
Matriz de competências
3. Contexto organizacional
➔ A aprendizagem deve ser apoiada por 3 tipos de estruturas:
I. Infraestruturas: Condições materiais, logística, procedimentais e operacionais que
apoiam o programa de desenvolvimento.
II. Superestrutura: Apoio pelos gestores de topo à DG. Disponibilidade para serem
agentes de desenvolvimento.
III. Estrutura informal: Ambiente/Clima de aprendizagem e desenvolvimento
(valorização e crescimento de RH).
2. Enumeração dos Sessão 1: Reflexão com a direção geral Equipa de responsáveis pelas
comportamentos (DG) para clarificação da estratégia e famílias de funções (diretores de
profissionais coerentes validação de comportamentos chave para função e pessoas nessa função).
com a estratégia a mesma.
1. Definição das competências chaves ➔ Encontros com diretores de função para definição
requeridas (PIC´s) e níveis de dos PIC´s e NAC´s das chefias intermédias.
atualização das competências (NAC´s) ➔ Encontros com diretores de chefias diretas para a
definição dos PIC´s e NAC´s
➔ Sistema aberto.
➔ Considera o mercado e a sociedade pertinentes para a organização.
➔ Deve questionar, avaliar e melhorar os processos de trabalho, as tecnologias, os sistemas
organizativos determinantes da eficácia, eficiência e qualidade das atividades dos colaboradores.
➔ A participação dos colaboradores na melhoria das condições de desempenho não só contribui para
os resultados da organização como facilita o autodesenvolvimento, autoestima e empenho.
Tem de haver alinhamentos entre a ação das pessoas, os objetivos e valores da organização, para
que cada pessoa compreenda o seu papel e contributo para a organização.
Finalidades da AD
➔ Recrutamento interno (promoções, transferências, saídas);
➔ Formação profissional;
➔ Incentivo salarial ao bom desempenho;
➔ Autoaperfeiçoamento do empregado;
➔ Estimativa do potencial de desenvolvimento dos empregados;
➔ Produtividade;
➔ Conhecimento dos padrões de desempenho da organização;
➔ Feedback
A AD não é um fim em si mesma, mas um instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os
resultados dos RH da organização.
AD enquanto estratégia
É um instrumento que “envolve a reflexão acerca das concretizações e falhas recentes
tendo em conta o critério (de desempenho em causa) enquanto evidência e base de decisão”.
É um processo estratégico que pode ser usado como ferramenta de gestão através do
qual o desempenho é medido e dirigido para objetivos individuais, grupais e organizacionais.
Objetivos da AD
Os objetivos que conduzem as organizações a adotarem sistemas de avaliação de
desempenho organizam-se em três categorias:
1. Objetivos que visam a manutenção e desenvolvimento da organização;
2. Objetivos de desenvolvimento individual;
3. Objetivos de gestão de recompensas como atribuição de benefícios, revisão de salários,
de carreiras, etc.).
Mais especificamente:
1. Alinhar as atividades dos colaboradores com os objetivos estratégicos da organização.
2. Melhorar o desempenho, a produtividade e a motivação.
3. Aumentar a sustentabilidade da organização.
4. Dar feedback e aconselhamento aos colaboradores sobre desempenho e carreira.
5. Constituir uma base para decidir sobre incentivos e recompensas.
6. Constituir uma base para decidir sobre progressões, promoções, demissões e rescisões.
7. Identificar necessidades de formação.
Finalidade da AD
➔ Finalidade administrativa
◆ Recompensas
◆ Cessação de contratos
◆ Promoções
➔ Finalidade desenvolvimento
◆ Formação/ Coatching
◆ Feedback
➔ Finalidade de pesquisa
Objetivos estratégicos
Vantagens Desvantagens
Vantagens Desvantagens
Avaliação de comportamentos
Avaliação de personalidade
Vantagens Desvantagens
Critérios de avaliação
Dimensões que servem para medir atributos, capacidades, conhecimentos ou
comportamentos.
Devem ser válidos, práticos e relevantes para o desempenho
➔ Consistência na mediação:
◆ Ao longo do tempo
Fiabilidade
◆ Entre diversos observadores
◆ Interna
Quando há aspetos que contribuem para o sucesso da função, mas não são incluídos
Deficiência de critérios
nos critérios de avaliação.
Consistência de procedimentos e
julgamentos;
Fiabilidade
Para um mesmo colaborador, as avaliações
feitas por avaliadores diferentes, devem ser
semelhantes;
FUNDAMENTAL!!!
No feedback são identificados os pontos fortes e os pontos fracos. Com os pontos fortes
existe uma valorização na sua carreira. Com os pontos fracos é necessário o desenvolvimento do
PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) - Formação.
Necessidade de feedback
➔ Compreender erros e comportamentos positivos, vantagens e consequências.
➔ Compreender melhor como podem evitar os erros e repetir as ações positivas
Entrevista de feedback
Existe diversas formas de comunicar o feedback, por email ou pessoalmente. A melhor opção
seria entregar o feedback pessoalmente porque na comunicação as pessoas valorizam muito mais a
linguagem corporal e o tom de voz do que as palavas. Deve ser feita através daquilo que se chama
entrevista de avaliação.
Deve-se utilizar a técnica da sanduíche, que consiste em dizer uma coisa boa, uma coisa má e
novamente uma coisa boa.
Formatos de entrevista
➔ “Dizer e vender”
O avaliador comunica ao avaliado como é que ele desempenhou a função e transmite a sua
opinião sobre a forma de melhorar o seu desempenho
➔ “Dizer e ouvir”
O avaliador comunica ao avaliado os pontos fortes e fracos do seu desempenho e solicita a
sua opinião sobre os aspetos que vai referindo.
➔ “Resolução de problemas”
O avaliador estimula a participação do avaliado na discussão do seu desempenho e na
procura e implementação de soluções que o maximizem.
Fases da entrevista
➔ Abertura
◆ Objetivo da sessão;
◆ Assegurar o acordo mútuo;
◆ Revisão de objetivos e expectativas de forma sistemática.
➔ Condução
◆ Avaliador e avaliado apresentam os aspetos que querem discutir;
◆ Avaliado- queixas acerca da organização.
◆ Avaliador- críticas.
➔ Conclusão
◆ Síntese- feita pelo avaliado;
◆ Ações que o colaborador pode realizar para desenvolver e melhorar;
◆ Base concreta para acompanhamentos futuros.
1.Definir objetivos
Gerais da organização e de cada departamento
➔ Individuais (definidos por escrito e serem conhecidos e aceites por cada empregado)
Independentemente do tipo de objetivos e da sua abrangência, eles devem ser SMART:
➔ (S) Específicos
➔ (M) Quantificáveis: direta (grelhas de avaliação da performance) ou indiretamente (índice de
satisfação dos clientes, conformidade com as normas de qualidade, etc.);
➔ (A) Alcançável: definir objetivos que nunca poderão ser atingidos é irracional;
➔ (R) Relevantes e ajustáveis: objetivos suficientemente flexíveis para se adaptarem à envolvente
contextual da empresa em permanente mudança.
➔ (T) Calendarizados: quando é que devem estar concluídos.
MÉTODO SWAN
(instrumento)
Por exemplo na função de secretaria que tem o horário de trabalho das 9 a 12:30 e das 14:30
às 17:30
Pode-se considerar que para fazer a AD só são necessárias 4 tarefas por exemplo.
Indicadores que possam medir as tarefas. Medimos as tarefas com uma escala ímpar
É considerada tabela de tripula entrada aquela que tem a explicação do que é avaliado em cada
competência.
Competências técnicas
Quem
Indicador
avalia
(segundo o
protocolo)
Competências comportamentais
As competências que são multiplicadas por dois ou três são determinadas pela Chefia ou pela
Comissão e são competências consideradas bastante importantes.
➔ Seja feito um relatório final da avaliação de desempenho de cada avaliado, onde serão
claramente definidos os pontos fortes e fracos de cada um;
➔ A avaliação seja tida em conta na gestão dos planos de recompensas e bónus anuais, nos
planos individuais de carreira e na programação de planos de formação para a melhoria do
desempenho.
➔ A performance dos empregados seja analisada ao longo do ano - por eles próprios ou pelos
superiores hierárquicos - e não só no próximo processo de avaliação de desempenho formal.
➔ Sejam feitos alguns balanços de performance ao longo do ano, de preferência em conjunto
com o superior hierárquico, em reuniões individuais e informais.
➔ Não diferenciar os desempenhos, com o objetivo de evitar conflitos ou recriminações por parte
dos avaliados
➔ Pressões inflacionistas
O hábito de dar classificações elevadas no passado faz com que haja uma pressão irresistível para as
continuar a dar no futuro.
➔ Decisão prévia sobre a classificação
Esta atitude faz com que o avaliador já tenha tomado a sua decisão quanto ao desempenho do
avaliado antes da avaliação ter realmente ocorrido.
Gestão e Avaliação de desempenho