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Corrente sociotécnica
A corrente sociotécnica veio completar a teoria geral dos sistemas de Bertalanffy que via as
organizações como um sistema aberto, um sistema social. A corrente social técnica veio associar a
perspetiva social das organizações com a perspetiva técnica. O percurso desta corrente mais
importante são de Trist e Bartoh. Esta corrente veio verificar até que ponto a tecnologia iria
influenciar o desempenho social e produtivo das organizações e para verificar todo este processo
ocorreram umas experiências visava analisar a importância das minas no contexto económico da grã
bretanha com a nacionalização das minas que se efetuaram no pós-guerra dá-se a introdução da
maquinaria e os princípios da organização Taylorista.
Verificaram-se alguns problemas como a quebra da produtividade após a reorganização do trabalho
e identificaram.se uma baixa moral dos trabalhadores (mineiros) que levou ao absentismo e aos
conflitos interpessoais esta intervenção foi feita em dois grandes momentos:
1º Momento verificava-se fazer uma análise histórica comparativa sobre a organização do trabalho
nas minas (antes e depois da introdução da mecanização) 2º momento deu-se a observação das
mudanças ocorridas na organização do trabalho e m algumas minas de carvão.
Numa primeira fase antes da introdução da mecanização (antes da introdução da tecnologia) os
mineiros trabalhavam em equipas mistas de oficias e ajudantes cada equipa assegurava as funções
fundamentais como extração do carvão, carregamento e transporte, construção e preparação das
estruturas de apoio as tarefas eram realizadas de forma intérprete e rotativa, os mineiros (a equipa de
trabalho tinha autonomia e decisão quanto à organização do trabalho, predominam se a coesão e
identidade social, o que perspetivava elevados níveis de satisfação e motivação, que sustentavam
elevados níveis de produtividade. Como resultado de todos estes fatores havia um baixo índice de
absentismo como também um baixo nível de conflitos.
Numa segunda fase destas experiencias e após a introdução da mecanização. A organização do
trabalho sofreu uma reorganização dando a desagregação das equipas de trabalho e a aplicavam de
princípios rigorosos vindos da teoria de Taylor como a divisão do trabalho e a especialização das
tarefas (um mineiro igual a um posto de trabalho), vai haver uma parte diferenciação de competências
e de salários o que leva a altos níveis de absentismo, conflitos sociais e a quebra da produtividade.
A organização do trabalho Taylorista assenta na divisão e especialização, cria disfunções sociais o
que implica uma quebra, uma identidade e coesão social que vai implicar uma destruição das bases
de solidariedade e da cooperação inerentes ao trabalho de equipa do estudo comportamental entre as
minas e os investigadores encontraram experiencias diferenciadas, ou seja, perante a mesma
tecnologia/mecanização, existem diferentes formas de organização do trabalho , a forma clássica da
organização mecanicista assenta numa estrutura convencional e papéis simples. A organização
mecanizada auto adaptada assente numa estrutura convencional de papéis complexos, leva por parte
dos indivíduos a uma recusa do determinismo ecológico.
Pode-se então concluir e através das experiencias efetuadas que a perspetiva tecnológica veio
influenciar toda a interação e cooperação no trabalho por parte dos indivíduos.
Estas experiencias vieram verificar que houve uma influencia muito grande nas organizações através
do imposto tecnológico, muitos indivíduos não estarão preparados para operarem nas minhas de
carvão, com a informatização que lá foi empregada só os indivíduos com mais formação
provavelmente se adaptaram melhor e viram assim subir os seus rendimentos mensais em detrimento
de outros. Tal como aconteceu na 1ªfase quando a mina não foi informatizada mecanizada todos
auferiam os rendimentos que conseguiam obter através da produtividade que conseguiam alcançar
em grupo.
Teoria Contingencial
As abordagens contingências e as teorias recentes estão intimamente associadas às grandes mudanças
socias, políticas, económicas e culturais que apareceram desde o final da segunda guerra mundial. As
mudanças operadas pelas novas tecnologias e a concorrência dos mercados salientaram que as
organizações são sistemas abertos, cuja a sobrevivência histórica está cada vez mais dependente da
sua capacidade de se adaptarem e regirem as contingências da realidade. Ao privilegiar a análise das
variáveis explicativas que envolvem esse processo histórico, é possível explicitar as principais
contribuições das abordagens contingenciais que se revelam pertinentes no campo da teoria das
organizações. Por outro lado, essas mudanças traduziram.se em formas de ação individual e coletiva,
em que a função sociocognitiva e reflexiva dos seres humanos no funcionamento das organizações
se revelam mais importantes. Ainda que os constrangimentos da pressão e do controlo do ambiente
externo sejam significativos na construção do espaço de intervenção e de ação confinado às
organizações, indivíduos e grupos dão um significado construtivo e estratégico às suas opções, por
forma a não só determinarem o seu funcionamento como a modelarem o ambiente externo em que se
inserem.
Pode observar-se a pertinência das abordagens contingências, não só através das mudanças operadas
na sociedade global, como nos próprios mecanismos de interação que existem entre as organizações.
Qualquer organização com sistema aberto é produto do seu ambiente externo, na medida em que é
nele que encontra a energia, informação e a matéria que são vitais para o seu funcionamento. Por
outro lado, quando exporta os seus outputs para o ambiente externo, pode afirmar-se que é cada org,
por si que contribui para a sua formação e reprodução. As estruturas organizacionais, os níveis
hierárquicos de autoridade, os papéis e as normas, o processo de tomada de decisão, assim como a
liderança das org são o resultado da sua adaptação e reação sistemática às contingências do ambiente
externo geral e pertinente.
Conclusões:
A variável do ambiente externo que determina as características estruturais e o modelo de
funcionamento das organizações é a tecnologia.
É a função do grau de previsibilidade e complexidade do processo produtivo de sistema de produção
existente, que pode determinar qual o melhor modelo organizativo e adotar por qualquer org.
As organizações que atingem maior eficiência e rentabilidade, possuem uma capacidade de
concorrência e de competência para sobreviver no mercado.
Burns e Stalker
Na década de 50 estudaram 20 empresas do sector industrial eletrónico da Grã-Bretanha.
Estes autores analisaram organização distintas, umas que operavam num sistema fechado e outras
numa dinâmica de sistema aberto. Estes autores consideram fulcral que as estruturas organizacionais
devem estar articuladas consoante o sector de atividade e o carácter de produtos, missão e objetivos
organizacionais e estratégia interna ajustáveis entre si.
Nota importante: eles evocam então as características de cada um dos sistemas (fechado e aberto), e
as suas principais características e preocupações como forma de complementar a teoria destes 2
autores estuda as características das organizações de sistemas abertos e fechados, como também as
suas vantagens e limitações.
Teorias Emergentes
São as teorias mais recentes de estudar as orgs. Aparecem no seguimento das teorias contingências.
Através das teorias ecológicas e sociocognitivas. A teoria da dependência de recursos, ecologia das
populações, institucionalismo e socio cognitivismo organizacional- tentaram assim superar as lacunas
teóricas determinísticas que se baseiam no comportamento racional dos autores e na adaptação
concordante das estruturas e funções das orgs às contingências do ambiente externo.
Com um enfoque especifico no processo de tomada de decisão e nas estratégias de poder a teoria da
dependência dos recursos considera que as org singulares lutam e sobrevivem através de mecanismos
adaptativos que lhe permitem o acesso e a utilização de recursos fundamentais que estão sob o
controlo do ambiente externo. Este é concebido como um fator de constrangimento ou oportunidade
para as orgs. Cabe ao pode politico interno a definição de estratégias e a tomada de decisão que
permitam uma competição organizacional adequada e simultaneamente a sobrevivência das orgs no
ambiente externo.
A ecologia das populações organizacionais explica com é que os processos de variação e seleção e
retenção emergem na evolução das diferentes espécies organizacionais e como é que é que a
homogeneidade e especificidades são observáveis em determinados sectores, regiões, mercados ou
ambientes socioculturais. A seleção é determinada pelas formas diferenciadas de adaptação que as
populações organizacionais desenvolvem face ao controlo do ambiente externo.
A idade dimensão as estruturas e as práticas das populações organizacionais são factores importantes
para perceber como é que nascem, crescem e morrem num processo de evolução.
O institucionalismo leva nos para a compreensão do comportamento humano nas org. como algo que
é frequente definido pelos padrões culturais e institucionais da sociedade. Das diferentes abordagens
destacam-se os modelos de Dimaggio e Powel e de Neyer e Rowan no âmbito sociológico e o modelo
de Williamson na vertente económica. Para dois primeiros pares de autores as orgs, competem não
apenas pela obtenção de recurso e clientes no sentido do cumprimento de exigências técnicas e da
eficiência económica, mas também por legitimidade social, através da qual adquirem apoio interno
e externo e asseguram a sua sobrevivência. A perspetiva da nova economia institucional valoriza, por
sua vez a análise dos custo de transação das org em detrimento da analise microeconómica centrada
na eficiência e na racionalidade da função da produção.
A falha do mercado em relação à incerteza, à racionalidade limitada dos seres humanos no
processamento da informação e ao oportunismo dos indivíduos no processo de troca, leva as org a
institucionalizarem um conjunto de estruturas de governação na tentativa de minimizar os custos de
transação e substituírem se de forma mais eficiente ao mercado e ao estado no processo de troca de
bens e serviços.
A abordagem sociogontiva desenvolvida para Weick parte do pressuposto que as orgs. são uma
construção social que emerge dos processos sociocognitivos, das ações e interações desencadeadas
pelos seres humanos. Para o autor são os seres humanos que criam e dinamizam as orgs. assim como
o próprio ambiente externo são as significadas e interpretações do homem decorrentes da sua ação no
processo cognitivo, permitem compreender a realidade organizacional. As orgs, só podem
permanecer vivas e atuantes se existir uma coordenação mínima entre os significados e as
interpretações que emergem dos processos cognitivos que nelas desenvolvem.
Abordagem politica das organizações
As abordagens sobre o poder das orgs tentam superar as insuficiências dos paradigmas teóricos
deterministas baseados no comportamento racional dos atores e no pressuposto de que existe uma
adaptação congruente das estruturas e funções das funções do funcionamento interno das orgs face
às contingências do ambiente externo. Nas orgs modernas, o poder emerge como uma variável
explicativa do seu funcionamento, os estudos realizados por Mintzberg e Crozier, Friedber são
fundamentais para compreender a importância analítica desta facto.
No âmbito das configurações estruturais e nas coligações internas e externas das orgs, podemos
observar em que medida os atores individuais e coletivos emergem com funções de exercício de poder
nas orgs. o poder não decorre exclusivamente da autoridade hierárquica formal das orgs, mas também
das funções e estruturas que estão diretamente relacionadas com o processo de tomada de decisão
com a execução de tarefas com o processamento da informação, a divisão do trabalho e as interações
entre as orgs e o ambiente externo.
O poder, como recurso e fonte da acao individual e coletiva nas orgs permite verificar que estes são
uma construção humana e social.
Estratégias e objetivos organizacionais individuais e grupos são socializados a partir de situações
contingentes dando azo à configuração de sistemas de ação concretos.
Estes não são so o resultado de uma zona de incerteza derivada de situações de imprevisibilidade
comportamental para resolver problemas pertinentes da org com ainda são objeto de uma regulação
de um jogo em que as relações de poder e as estratégias dos indivíduos na cooperação e consecução
de resultados.
Estudo da Organização
A organização significa um conjunto de actividades segundo que estão associadas à alteração de uma
estrutura onde existem pessoas comprometidas em actividade dependentes, que têm objectivos
comuns. Todas as organizações são constituídas por pessoas, ou seja, capital humano e por capital
não humano, tais como recursos físicos, materiais, financeiros, tecnológicos…
As organizações são extremamente diversificadas em tamanho, estrutura e objectivos, porém
poderíamos considerar dois grandes grupos de organizações. As lucrativas que se dá o nome de
empresa e as não lucrativas como por exemplo: igreja, exército, e alguns serviços públicos.
A organização deve ser considerada e analisada do ponto vista da eficácia e da eficiência. Ela define
os seus objectivos e tenta articula-los de acordo com os desejos e necessidade que lá trabalha.
Podemos dizer então que as pessoas têm que ser eficientes para que tudo funcione e para se auto
realizarem, estamos a considerar dois conceitos chave que giram em volta do sucesso organizacional
que são a eficácia e eficiência.
A eficácia é medida pelos resultados obtidos do ponto de vista económico da empresa, referindo-se à
capacidade de produzir bens ou serviços satisfazendo as necessidades sociais e alcançando os
objectivos visados na esfera da eficácia, porque esta se preocupa com o sucesso dos seus objectivos,
por isso está mais preparada e preocupada com os aspectos externos da org.
A eficiência visa sempre a relação entre os recursos e o produto final obtido, interessando somente
pelos resultados, mas também pelo esforço despendido para concretização de objectivos, a eficiência
preocupa-se com a melhor maneira de realizar o desempenho, meios, métodos, através dos quais o
trabalho deve ser realizado.
Podemos concluir que tanto a eficácia e eficiência poderão andar juntas, pois para uma org ser eficaz
e não ser eficiente e vice-versa. A org ideal é aquela que é simultaneamente eficiente e eficaz.
Características da eficiência e da eficácia organizacional
Eficiência- dá enfâse nos meios obedece ao fazer as tarefas correctamente resolve problemas
salvaguardando os recursos, cumpre as tarefas e obrigações treinas os colaboradores.
Eficácia- dá enfâse aos resultados enfatiza o facto de executar bem a tarefa pressupõem atingir os
resultados propostos, utilizando recursos sendo a característica mais marcante da obtenção de
resultados proporciona eficácia nos colaboradores.
Em suma, os indivíduos interagem continuamente com os outros indivíduos, pois todo o ser humano
é limitado e por isso sente a necessidade de cooperar com os outros no sentido de ultrapassar esses
mesmo limites.
O homem para sobreviver não poderá obter todos os recursos de que necessita por isso os indivíduos
agem continuamente com o intuito de atingir os seus objectivos. Daí a necessidade do surgimento das
organizações, sendo ele um sistema de actividade conscientemente coordenada entre duas ou mais
pessoas, que estão dispostas a contribuir para uma acção conjunta pretendendo obter e atingir
objectivos comuns e capazes de comunicar entre.
Os objectivos organizacionais são alcançáveis por um conjunto de indivíduos que interagem entre si
com o intuito de alcançarem os objectivos comuns que são objectivos organizacionais podendo ser
postos em 1º plano em detrimento dos objectivos pessoais, a visão de um org. prende-se pelo
planeamento estratégico e pela previsão e antecipação do que ocorre no mundo ou na envolvente
externa.
O gestor é uma estratégia e deve antecipar e prever as mutações que ocorrem no exterior
nomeadamente à concorrência, aos clientes, e às suas necessidade e preferências, aos fornecedores,
às tecnologias, cada vez mais sofisticadas que vão optimizar o esforço e o tempo tornando o alcance
dos resultados (eficácia e eficiência organizacional)
A visão do gestor prende-se com a visão e estratégica interna da organização. Cada organização tem
a sua estratégica e a sua politica interna aliada à sua estrutura ao seu tamanho, sector de actividade
com tecnologia.
Em suma, a missão da organização tem várias mutações, ou seja, poderá operar de forma diferente de
acordo com a realidade.
Estrutura organizacional
É considerado o esqueleto da organização. A estrutura influencia e constrange o comportamento das
pessoas que nela actuam e da própria organização. A estrutura organizacional é entendida e vista pelo
desenho organizacional sob várias formas desde a estrutura funcional divisional, matricial, horizontal
e em rede. A estrutura organizacional tem várias funções e varias dimensões e é influenciada por
alguns determinantes.
Dimensões de estruturas
1ª Dimensão amplitude de controlo- diz respeito ao número de indivíduos supervisionados por uma
chefia. Cada chefia deverá coordenar um número de indivíduos suficientemente grande para que não
haja coordenação em excesso.
2ª Dimensão amplitude vertical- refere-se aos níveis hierárquicos entre o topo e a base da organização.
As turbulências dos mercados aconselham as organizações à adoptarem achatadas, ou seja, à
delegação de poderes.
3ª Dimensão da autonomia- a autonomia refere-se à possibilidade de um individuo ou grupo
(departamento), determina as suas próprias acções, a autonomia numa organização é sempre limitada
porque cada unidade de decisão se deve a submeter aos objectivos da própria organização.
4ª Dimensão centralização- pode se verificar quando uma organização encontra as decisões num
único ponto, ou seja, num determinado indivíduo (grupo), ou em determinados departamentos, ou
seja, é a delegação do poder onde se encontra e de que forma se encontra.
5ª Dimensão complexidade- Refere-se ao número de indivíduos que hierarquia, ao nrº de funções ou
departamentos, destacando-se assim dois tipos de complexidade a horizontal e a vertical. Na
horizontal pode-se verificar a separação entre unidade do mesmo plano hierárquico ao nível das
tarefas que os colaboradores executam, como também das qualificações dos seus profissionais. Na
vertical ou profundidade hierárquica ou também designada como espacial diz respeito ao grau de
concentração e dispersão geográfica.
6ª Dimensão componente administrativa- diz respeito à proporção do número de supervisores,
gestores e pessoal de apoio.
7ª Dimensão delegação- diz respeito à quantidade de decisões que o supervisor atribui aos
colaboradores.
8ª Dimensão diferenciação- Pode ser funcional ou social. Relativamente à funcional divisão do
trabalho, a social tem haver com o aspecto se o individuo tem especialização ou é especializado e não
o próprio trabalho em si mesmo.
9ªDimensão especialização- diz respeito à forma como o individuo está a exercer o seu trabalho, a
sua tarefa da melhor forma possível.
10ª Dimensão padronização- diz respeito à determinação, do desvio aceitável em relação aquilo que
está previsto.
11ª Dimensão de formalização- diz respeito ao grau em que as actividades dos empregados se
encontram definidos por escrito, ou seja, têm haver com a formalização da organização (com o seu
lado mais formal).
12ª Dimensão da integração- refere-se ao tipo de colaboração que se verifica nos diferentes
departamentos e níveis hierárquicos com vista ao ajustamento reciproco.
13ª Dimensão profissionalização- refere-se ao grau em que os trabalhadores usam na organização
profissional como referencia, ou seja, quanto mais uma organização for profissionalizada mais os
indivíduos que nela trabalham conhecem os limites esperados da sua conduta.
Estrutura funcional
A estrutura funcional está relacionada com todas as actividades da empresa sendo agrupadas por
funções e existindo um único departamento para cada área ou sector de actividade. Todos os
departamentos estão associados a uma hierarquia, ou seja, a um director geral em que todas as
decisões são enviadas do topo para a base. A actividades são agrupadas por funções.
Neste caso, as actividades são agrupadas por função, isto é, os colaboradores relacionados com o
marketing são colocados no departamento de marketing e assim sucessivamente. Dentro de cada
departamento continua a distribuição por áreas de actividade.
Estrutura divisional
É considerada uma estrutura balcanizada, existem vários departamentos que demonstram como a
organização é capaz de produzir mais do que um produto e para a sua função existe um departamento
específico. Continuam a ser tomadas as decisões no topo da hierarquia (director geral) com a diferença
de que este toma as decisões para os vários departamentos responsáveis para a execução de cada
produto.
Neste caso o agrupamento é baseado nos resultados organizacionais trata-se, portanto, de recuar à
estrutura funcional, agora no contexto de um determinado grupo de produto (incluindo-se também as
estruturas geográficas e por mercado).
Cada um destes grupos será dotado de uma estrutura funcional com os seus próprios departamentos
de marketing, produção, etc… focalizada num grupo de produto específico.
Estrutura Matricial
É a juncão da funcional com a divisional. Esta estrutura visualiza como uma matriz em termos de
uma autoridade dual mais um equilibro de poder, demonstra uma capacidade de por parte da
organização de produzir uma diversidade de produtos.
Para combinar eficiência e capacidade de resposta algumas das organizações adoptaram a matriz
como estrutura. A estrutura matricial uma das variantes possíveis dos formatos estruturais mistos,
visa algo que se poderá descrever como um estado de eficiência e elástica, usando para o efeito em
sistema múltiplo de comando.
Ao complementar a estrutura funcional com a divisional, isto é, ao implementar em simultâneo a
estrutura funcional e divisão por produtos, a matriz resulta numa estrutura funcional complexa e
ambígua, que deverá ser usada apenas se existirem condições favoráveis para a sua implementação.
A estrutura matricial assenta em dois princípios:
1º Autoridade dual- refere-se ao facto de os trabalhadores poderem ter dois supervisores.
2º Equilibro de poder- Defende que o poder dos supervisores deve ser aproximadamente semelhante
(Daft 1998)
Estrutura Horizontal
A estrutura horizontal é definida através da base utilizada nas organizações, já não é mais que a
função, mas sim o processo neste caso a organização não se estrutura a obter benefícios da
especialização funcional (por exemplo: maior eficiência e possibilidade de aprofundamento a
eficiência e especialização), mas sim a proximidade multifuncional com uma maior velocidade de
resposta e maior agilidade decorrente da proximidade de profissionais de diferente especialização,
verifica-se neste formato um achatamento da hierarquia sendo que as decisões estão desligadas no
nível mais baixo possível.
No entanto a organização baseia-se na actividade de equipas com um processo a ser executado por
várias equipas temos como exemplo: uma empresa com um formato que é FotoSol (fotografia), este
tipo de formato estrutural permite à organização ser multifuncional, ou seja, inclui profissionais de
diversas áreas, esta organização é dotada do poder suficiente para executar correctamente o seu
trabalho.
Estrutura em rede
Este tipo de estrutura pode ser entendido como a entidade económica que engloba um conjunto de
organizações ou unidades de negócios que engloba poucos níveis hierárquicos, como também poucos
recursos a extensivos à subcontratação (outsourcing) , este tipo de organização põem em prática um
formato que revela a importância da confiança e que permite operacionalizar o conceito de cadeia de
valores ao reconfigurar a estrutura da organização de uma forma que lhe permite centrar-se nas suas
competências mais importantes com este tipo de estrutura destaca-se uma nova forma de organização
que se afasta radicalmente da estrutura piramidal como é caso da estrutura funcional, habituando na
representação da organização. Este tipo de organização estrutura organizacional procurar
internamente as suas competências mais importantes subcontratando as várias actividades à empresa
nela especializada.
Metáfora Mecânica
Este tipo de metáfora visa a organização associada a uma máquina, corresponde ao que se designa
como teoria clássica das organizações. Estas linhas convergem num sentido de um formato
organizacional mecânico regido por objectivos de racionalidade e eficiência e clareza. A organização
é vista como um conjunto de departamentos dentro da unidade de comando de um homem/chefe.
A organização é concebida como um sistema fechado, ignorando o efeito de ambiente, ou seja, é mais
propício a ir á falência.
Com a proliferação de pequenas empresas, o êxodo rural, a expansão, é considerado um marco
histórico da metáfora organizacional como máquina. O trabalho artesanal perde a sua importância,
pois as fábricas e as máquinas exigem a divisão da mão de obra, por contra a posição ao conceito de
trabalho do artesão como um todo, introduziram-se novos procedimentos e rotinas, alguns inspirados
no modelo militar, dá-se a introdução de notas tecnologias que são acompanhadas por uma forma
mecanicista de ver o mundo.
As organizações passavam a utilizar as máquinas transformando-se elas próprias em máquinas. Esta
perspectiva mecanicista vê as organizações como um circuito fechado, mecanizado onde o homem
não tinha livre arbítrio, exercendo as tarefas sempre da mesma forma. Existem alguns procedimentos
que imperam nas org, que as fazem ter modelos extremamente rígidos e rigorosos onde as pessoas
são vistas como um mero número.
Vantagens e desvantagens
Visava fixar objectivos atingido metas e cumpri-las, organizam-se racionalmente e eficientemente e
claramente têm uma obsessão em detalhar as tarefas. Assentava em vários princípios tais como:
planear, organizar, controlar e prever. Estes princípios visam ser efectuados pelos chefes ou directores
gerais. Este modelo só é adequado quando as tarefas a realizar sejam simples e dotadas de uma
especificidade e não revistas de ambiguidade. Operam em ambientes estáveis onde não existem
mudanças bruscas. Os objectivos desta metáfora era produzir exactamente o mesmo bem/ produto
vezes seguidas.
Esta metáfora prende-se que a previsão constitua uma condição prioritária, os recursos humanos que
integram as org têm de ser obedientes e capazes de se comportarem de acordo com as normas
prescritas. As regras são extremamente rígidas e os trabalhadores têm de as seguir exercendo o seu
trabalho, a sua mão de obra, ao máximo rentabilizando desta forma o seu trabalho ser muito eficiente.
Metáfora Política
Nesta metáfora incluem-se conflitos interesse que advém do poder. Segundo defensores desta
metáfora, nas organizações quando acontecem os conflitos e não se dispõem de racionalidade.
Competem para o resolver o inevitável o recurso ao poder e a força política dentro das coligações
querem determinar os critérios e as preferências que devem prevalecer nessa perspectiva a sociedade
é vista como uma competição entre grupos com objectivos e perspectivas opostas. Consagra que os
homens são a sociedade, a sociedade é uma extensão do homem, ou seja, é o seu habitat, com valores
defende uma atitude positiva relativamente à mudança reconhece a liberdade como forma de
autonomia/mudança e crescimento qualitativo.
Vantagens utiliza a dimensão politica que é assumida como sendo fundamental na vida da
organização e não tem necessariamente de ser disfuncional. Na origem do tema politica reconhecia
as divergências politicas e conduz à consulta e à negociação entre as partes com vista à reconciliação
de interesses.
Desvantagens desvaloriza todas as outras variedades organizacionais centrando-se apenas nas
políticas de interesses na negociação e gestão de conflitos.
Metáfora orgânica
Esta metáfora visa conhecer as organizações como um organismo, com o fim da primeira guerra
mundial, observaram-se mudanças sociais e económicas que produziram impacto na estrutura
organizacional, dando-se assim o aparecimento de sindicatos fontes que exigem condições de trabalho
diferentes, como segurança no trabalho, preocupação da saúde dos outros.
Naquela altura emergem o género feminino, o nível educacional melhora, as tecnologias
desenvolvem-se e exigem mais investimento de capital, como também maior formação dos
trabalhadores, dá-se assim o aparecimento de uma classe profissional, a dos gestores, e objectivo
principal da org. passa a ser mais que lucro imediato/sobrevivência.
Vista como um sistema aberto opondo-se à perspectiva mecanicista, este tipo de organização visa um
sistema social composto por vários subsistemas e com interacções demarcadas com o meio
envolvente. Pressupõem influencias vindas do meio externo, adaptam-se às crescentes mudanças e
transformações da realidade. Operam e actuam em ambiente instáveis. São dotadas de flexibilidade,
inovação, criatividade, tendo como prioridade produzir produtos ou serviços, de acordo com as
necessidades e expectativas dos consumidores.
Esta perspectiva encara as orgs. como um ser vivo, tendo características semelhantes com a física e
as leis que regem a ciência da física (EX: leis da termo dinâmica). Estas orgs. são sistemas abertos
(onde há troca de energias e sinergias vindas do exterior e vice-versa.)
Vantagens e desvantagens
Espalharam-se em todos os seres pressupostos na inovação, flexibilidade, criatividade como também
nas relações que esta mantém com a envolvente (adoptada a constantes mutações do exterior).
A maior desvantagem desta metáfora é a preocupação constante que as org têm sobre a adaptação ao
meio circundante, ou seja, este tipo de organização está muito dependente das supostas mudanças ou
alterações do meio envolvente que vão ter reflexão no interior da org.
Metáfora Cultural
Esta perspectiva de consagrar as org. é a perspectiva actual, as org. de hoje são seres aprendentes,
inovadores, criativos, empreendedores e receptivos ao ambiente externo.
Visam a multiculturalidade e as suas vantagens de serem mecanicistas desse mesmo processo, encara
as orgs. como uma cultura formada por várias subculturas cada uma tendo características muito
próprias.
Esta metáfora visa o trabalho diversificado da mão de obra, diversa de etnia, raça, religião, consegue
convergir todas estas diferenças aproveitando sangue novo das pessoas, novas metodologias e
técnicas diferentes é uma metáfora aberta às novas tecnologias que sejam adequadas à área de
actividade e de especialização de determinada área organizacional.
Teorias organizacionais
(Teorias da administração clássica Frederick Taylor Organização Cientifica do Trabalho)
A teoria de Frederick Taylor foi um marco Histórico na gestão cientifica do trabalho do século XIX.
A teoria insere-se na teoria da administração clássica com mais dois autores (Henry Fayol Teoria da
Administração e Max Weber Teoria da Burocracia)
A teoria da administração clássica veio revolucionar todo o mundo do trabalho (trabalho burocrático)
com a sua teoria da organização cientifica do trabalho, Henry Fayol com a sua teoria que enfatizava
a teoria da administração e Weber que enfatizava a teoria burocrática.
Todos estes autores têm princípio e objectivos comuns, mas cada um deles enfatizado por
determinada variáveis no contexto do trabalho.
Teoria da administração Clássica
Frederick Taylor (Organização cientifica do trabalho)
Referia que antes do séc. XIX, que os trabalhadores estavam desajustados ao trabalho, ou seja, a sua
mão de obra estava sob- aproveitada e ele com a teoria da OCT, tentou repor o aproveitamento da
mão de obra dos trabalhadores, fazendo, com que estes ajustassem à função que desempenhavam
rentabilizando a mão de obra ao máximo para Taylor. Implementou o trabalho em série e a
especialização dos trabalhadores na feita de um único procedimento. Quando se refere à
especialização dos colaboradores estes não são qualificados, são tornados unicamente para exercerem
uma única função. Com a especialização pretendia tornar as orgs. mais eficientes, rentabilizando,
desta forma ao máximo a mão de obra.
Taylor diz que o poder da ciência e da razão são as bases constitutivas do trabalho e pretende eliminar
as irracionalidades. Pretendia que as identidades dos interesses dos trabalhadores fossem similares à
dos interesses dos empresários.
Definia OCT, associada ao aumento da produtividade que iria contribuir para um aumento excedente
do lucro. Esta teoria protagonista vem ao encontro com as necessidades de imprimir uma
racionalidade ao nível do trabalho e para tal ele propõe e introduz no local de trabalho alguns
princípios relativamente aos procedimentos que os indivíduos deveriam seguir com o intuito de serem
produtivos e eficiente.
Implementou no local trabalho no que diz respeito ao estudo de movimentos e dos tempos. Que
consiste na observação dos operários nas suas actividades laborais, decomponha cada operação num
séria ordenada de movimentos simples eliminado os movimentos supérfluos, procurando assim
descobrir uma base cientifica para a execução dos trabalhos.
Implementou no trabalho a divisão de tarefas e intenção era dividir o trabalho em tarefas simples de
tal modo que cada operário se executa uma única tarefa elementar procurando ajustar-se às normas e
aos padrões de desempenho estabelecidos.
Toda esta situação deu origem ao trabalho em cadeia, o que deu origem ao aparecimento de alguma
limitação desta teoria tal como: O homem passa a ser visto como uma máquina, o homem é a pela
chave e o prolongamento da máquina, é visto como um número.
Esta teoria leva ainda uma concepção mecanicista da administração, ou seja, conhece a organização
como um conjunto de peças devidamente ajustadas, ou seja, cada posto de trabalho é organizado
como um elemento de uma máquina complexa que será a fábrica no seu todo, podendo afirmar que
Taylor privilegiava o homem certo no lugar certo.
Consequências do Taylorismo
A desqualificação e perda de autonomia do operário no contexto da org, ou seja, há aqui um
desinteresse de saber do operário. O Taylorismo tem uma visão simplista do operário vê-o como uma
máquina, ele apenas tem que trabalhar e dê rendimento à org, não é única motivação para o trabalho.
Os salários eram baixos asseguravam as necessidades básicas, existia uma excessiva racionalização
e decomposição do trabalho, existindo uma pseudociência que servindo apenas para legitimar e
reforçar a autoridade da entidade patronal. Caracter ideológico, é muito maior do que o científico,
pois esta cientificidade só é vista na observação dos operários no seu contexto de trabalho.
A aceleração da actividade dos operários e a minimização do tempo morto trouxe consequências ao
nível de equilíbrio do organismo ao nível psicótico. Existiu também fracasso social e deu-se a fuga
de jovens trabalhadores do trabalho industrial, aumentado as taxas de absentismo. Começou também
a existir rotação de pessoal, uma resistência passiva à intensificação de cedências de laboração e
começam a existir acções de sabotagem no local de trabalho.
Henri Fayol (Teoria da administração)
Esta teoria enfatiza a administração, como sendo ela capaz de coordenar, planear, controlar e
organizar os colaboradores. Para este autor a administração onde se incide o poder hierárquico de
todas as decisões, todo o planeamento, toda a coordenação e controle de todas as tarefas que os
colaboradores tinham que executar.
O seu determinismo ideológico é visualizado quando faz o paralelismo entre o exército e as
organizações. Diz que os oficiais do exército comando os soldados são visíveis neste exemplo em
que as ordens de comando são dadas do topo para a base. O autor refere que nas organizações se
procede da mesma forma, ou seja, as ordens são ditadas do topo “Administração de colaboradores”.
Henri Fayol toda a vida foi administrador por esse facto leva a primazia à variável administrativa e
enumerou 14 princípios fundamentais da administração. Esses pressupostos focalizam o papel do
administrador com tendo todas a responsabilidade e viabilidades. A sua teoria está em consonância
com a escola clássica da administração.
1º Princípio da divisão do trabalho, ou seja, diz que a administração deve saber fazer a divisão do
trabalho bem-feita e que esta corresponda a um trabalho mais eficiente podendo seguir o rumo certo
para atingirem o sucesso.
2º Princípio autoridade e responsabilidade cabendo aos administradores dar ordens com o intuito do
trabalho realizado.
3º Princípio da disciplina, reflecte-se no respeito das normas e regras que todos deverão segurar e
cumprir.
4ºPrincípio da unidade de comando, cada colaborador deve apenas receber ordens de um único
superior hierárquico.
5ºPrincípio da unidade de direcção, diz que um grupo que tenha os mesmos objectivos deve ser
estruturado por um plano e por um único objectivo referindo que todo este procedimento deve ser
ditado por único individuo.
6º Princípio da subordinação do interesse individual ao bem comum, ou seja, os interesses pessoais
devem ser submetidos aos da org.
7ºPrincípio da remuneração, o salário deve recompensar o trabalho produtivo e deve ser equitativo
ao esforço de cada um.
8ºPrincípio da centralização diz que a responsabilidade de decisão deve pertencer ao topo da
hierarquia, estando assim perante um desenho organizacional piramidal.
9ºPrincípio da hierarquia, ou seja, linha de autoridade vem de escalões de hierarquia mais altos para
os mais baixos.
10ºPrincipio da ordem, cada individuo deve ocupar o seu posto de trabalho e executar as tarefas o
melhor possível.
11ºPrincípio da equidade ou justiça, segundo Fayol visualizava-se quando os trabalhadores são
tratados da mesma forma e só desta maneira é que os trabalhadores respeitam o seu trabalho e os
contractos são igualmente respeitados.
12ºPrincípio responsabilidade e estabilidade dos colaboradores, a permanência de u trabalhador num
determinado local durante muito tempo é favorável para org e ver que é mais eficiente.
13ºPrincípio estabilidade e iniciativa, a iniciativa deve ser conjugada e por sua vez a criatividade de
ser estimulada.
14ºPrincípio do espírito de equipa, é a união do grupo que dá a força e encoraja as org, tornando-as
mais fortes e consequentemente mais produtivas.
Henri Fayol enfatiza todos estes princípios organizacionais tendo por base a administração como foco
central de coordenação e arbitragem para que todo o procedimento interno organizacional funcione
da melhor forma possível.
Todos estes princípios são muito rígidos, inflexíveis, que advém de uma centralização demarcada de
uma hierarquia de comando torando-se visível e perceptível que todos estes fundamentos são muito
parecidos com os fundamentos Taylorista.
Apenas Frederick Taylor enfatiza as suas premissas na organização cientifica racionalizados ao passo
que Henry Fayol privilegiava e enfatizava a administração com o intuito de organizar todo o seu
funcionamento.
Vantagens da burocracia
Precisão; Rapidez; Rigor; Eficiência; Univocidade; Objectividade, impessoalidade, imparcialidade;
responsabilização; Uniformidade; padronização; redução de custos e erros;
Disfunções da burocracia
Despenalização do relacionamento pessoal;
Rigidez e estandardização dos comportamentos;
Excesso de formalismo e papelada;
Rotina, ausência de individuo, criatividade, liberdade;
Resistência à mudança; Especialização excessiva; Centralização e autocracia;
Dificuldade no atendimento e cliente e possíveis conflitos entre funcionários e publico.
Corrente sociotécnica
A corrente sociotécnica veio completar a teoria geral dos sistemas de Bertalanffy que via as
organizações como um sistema aberto, um sistema social. A corrente social técnica veio associar a
perspectiva social das organizações com a perspectiva técnica. O percurso desta corrente mais
importante são de Trist e Bartoh. Esta corrente veio verificar até que ponto a tecnologia iria
influenciar o desempenho social e produtivo das organizações e para verificar todo este processo
ocorreram umas experiências visava analisar a importância das minas no contexto económico da grã
bretanha com a nacionalização das minas que se efectuaram no pós-guerra dá-se a introdução da
maquinaria e os princípios da organização Taylorista.
Verificaram-se alguns problemas como a quebra da produtividade após a reorganização do trabalho
e identificaram-se uma baixa moral dos trabalhadores (mineiros) que levou ao absentismo e aos
conflitos interpessoais esta intervenção foi feita em dois grandes momentos:
1º Momento verificava-se fazer uma análise histórica comparativa sobre a organização do trabalho
nas minas (antes e depois da introdução da mecanização) 2º momento deu-se a observação das
mudanças ocorridas na organização do trabalho e em algumas minas de carvão.
Numa primeira fase antes da introdução da mecanização (antes da introdução da tecnologia) os
mineiros trabalhavam em equipas mistas de oficias e ajudantes cada equipa assegurava as funções
fundamentais como extracção do carvão, carregamento e transporte, construção e preparação das
estruturas de apoio as tarefas eram realizadas de forma intérprete e rotativa, os mineiros (a equipa de
trabalho tinha autonomia e decisão quanto à organização do trabalho, predominam se a coesão e
identidade social, o que perspectivava elevados níveis de satisfação e motivação, que sustentavam
elevados níveis de produtividade. Como resultado de todos estes factores havia um baixo índice de
absentismo como também um baixo nível de conflitos.
Numa segunda fase destas experiencias e após a introdução da mecanização. A organização do
trabalho sofreu uma reorganização dando a desagregação das equipas de trabalho e a aplicavam de
princípios rigorosos vindos da teoria de Taylor como a divisão do trabalho e a especialização das
tarefas (um mineiro igual a um posto de trabalho), vai haver uma parte diferenciação de competências
e de salários o que leva a altos níveis de absentismo, conflitos sociais e a quebra da produtividade.
A organização do trabalho Taylorista assenta na divisão e especialização, cria disfunções sociais o
que implica uma quebra, uma identidade e coesão social que vai implicar uma destruição das bases
de solidariedade e da cooperação inerentes ao trabalho de equipa do estudo comportamental entre as
minas e os investigadores encontraram experiencias diferenciadas, ou seja, perante a mesma
tecnologia/mecanização, existem diferentes formas de organização do trabalho , a forma clássica da
organização mecanicista assenta numa estrutura convencional e papéis simples. A organização
mecanizada auto adaptada assente numa estrutura convencional de papéis complexos, leva por parte
dos indivíduos a uma recusa do determinismo ecológico.
Pode-se então concluir e através das experiencias efectuadas que a perspectiva tecnológica veio
influenciar toda a interacção e cooperação no trabalho por parte dos indivíduos.
Estas experiencias vieram verificar que houve uma influencia muito grande nas organizações através
do imposto tecnológico, muitos indivíduos não estarão preparados para operarem nas minhas de
carvão, com a informatização que lá foi empregada só os indivíduos com mais formação
provavelmente se adaptaram melhor e viram assim subir os seus rendimentos mensais em detrimento
de outros. Tal como aconteceu na 1ªfase quando a mina não foi informatizada mecanizada todos
auferiam os rendimentos que conseguiam obter através da produtividade que conseguiam alcançar
em grupo.
Teoria Contingencial
As abordagens contingências e as teorias recentes estão intimamente associadas às grandes mudanças
socias, politicas, económicas e culturais que apareceram desde o final da segunda guerra mundial. As
mudanças operadas pelas novas tecnologias e a concorrência dos mercados salientaram que as
organizações são sistemas abertos, cuja a sobrevivência historia está cada vez mais dependente da
sua capacidade de se adaptarem e regirem as contingências da realidade. Ao privilegiar a análise das
variáveis explicativas que envolvem esse processo histórico, é possível explicitar as principais
contribuições das abordagens contingências que se revelam pertinentes no campo da teoria das org.
Por outro lado, essas mudanças traduziram.se em formas de acção individual e colectiva, em que a
função sociocognitiva e reflexiva dos seres humanos no funcionamento das organizações se revelam
mais importantes. Ainda que os constrangimentos da pressão e do controlo do ambiente externo sejam
significativos na construção do espaço de intervenção e de acção confinado às organizações,
indivíduos e grupos dão um significado construtivo e estratégico às suas opções, por forma a não só
determinarem o seu funcionamento como a modelarem o ambiente externo em que se inserem.
Pode observar-se a pertinência das abordagens contingências, não só através das mudanças operadas
na sociedade global, como nos próprios mecanismos de interacção que existem entre as organizações.
Qualquer organização com sistema aberto é produto do seu ambiente externo, na medida em que é
nele que encontra a energia, informação e a matéria que são vitais para o seu funcionamento. Por
outro lado, quando exporta os seus outputs para o ambiente externo, pode afirmar-se que é cada org,
por si que contribui para a sua formação e reprodução. As estruturas organizacionais, os níveis
hierárquicos de autoridade, os papéis e as normas, o processo de tomada de decisão, assim como a
liderança das org são o resultado da sua adaptação e reacção sistemática às contingências do ambiente
externo geral e pertinente.
Conclusões
A variável tecnologia do ambiente externo é a variável independente explicativa dos modelos
organizacionais adoptadas por qualquer organização.
A tecnologia só pode ser compreendida em extensão e profundidade se tivermos em conta não só os
equipamentos e as máquinas que são parte substancial do processo produtivo, como as matérias
primas de características materiais humanas e simbólicas que estão ligadas às operações técnicas e à
pesquisa relacionada com todo o processo de trabalho.
Os quatro modelos organizacionais que resultam das contingências especificas da integração da
tecnologia traduzem-se em estruturas organizacionais com modalidades especificas de liberdade de
acção de exercício de poder, de coordenação e de interdependência entre os grupos que estão inseridos
no funcionamento das orgs.
James Thompson (1975- 1976)
A dinâmica organizacional enquadra-se em 3 tipos de tecnologias básicas:
1ºTecnologia de elos ou em sequências (etapas sequencias e interdependentes) - dá se através do
trabalho e operações técnicas mediante complexas e altamente formalizadas. Ex: Cadeias de
Montagem de produção (trabalho repetitivo e monótono)
2ºTecnologia mediadora (interacção entre a org entre os clientes do produto) - Tarefas através do
procedimento do trabalho e operações técnicas de pouca complexidade e uma alta formalização. Ex:
Agências de emprego temporário; empresas que necessitam de recrutar pessoas.
3ºTecnologia intensiva (execução de tarefas através alta complexidade, e baixa formalização) -
Tarefas de alta complexidade e baixa formalização EX: Hospital
Burns e Stalker
Na década de 50 estudaram 20 empresas do sector industrial electrónico da Grã-Bretanha.
Estes autores analisaram org distintas, umas que operavam num sistema fechado e outras numa
dinâmica de sistema aberto. Estes autores consideram fulcral que as estruturas organizacionais devem
estar articuladas consoante o sector de actividade e o carácter de produtos, missão e objectivos
organizacionais e estratégia interna ajustáveis entre si.
Nota importante: eles evocam então as características de cada um dos sistemas (fechado e aberto), e
as suas principais características e preocupações como forma de complementar a teoria destes 2
autores estuda as características das orgs de sistemas abertos e fechados, como também as suas
vantagens e limitações.
Teorias Emergentes
São as teorias mais recentes a estudar as orgs. Aparecem no seguimento das teorias contingências.
Através das teorias ecológicas e sociocognitivas. A teoria da dependência de recursos, ecologia das
populações, institucionalismo e socio cognitivismo organizacional- tentaram assim superar as lacunas
teóricas determinísticas que se baseiam no comportamento racional dos autores e na adaptação
concordante das estruturas e funções das orgs às contingências do ambiente externo.
Com um enfoque especifico no processo de tomada de decisão e nas estratégias de poder a teoria da
dependência dos recursos considera que as org singulares lutam e sobrevivem através de mecanismos
adaptativos que lhe permitem o acesso e a utilização de recursos fundamentais que estão sob o
controlo do ambiente externo. Este é concebido como um factor de constrangimento ou oportunidade
para as orgs. Cabe ao pode politico interno a definição de estratégias e a tomada de decisão que
permitam uma competição organizacional adequada e simultaneamente a sobrevivência das orgs no
ambiente externo.
A ecologia das populações organizacionais explica com é que os processos de variação e selecção e
retenção emergem na evolução das diferentes espécies organizacionais e como é que é que a
homogeneidade e especificidades são observáveis em determinados sectores, regiões, mercados ou
ambientes socioculturais. A selecção é determinada pelas formas diferenciadas de adaptação que as
populações organizacionais desenvolvem face ao controlo do ambiente externo.
A idade dimensão as estruturas e as práticas das populações organizacionais são factores importantes
para perceber como é que nascem, crescem e morrem num processo de evolução.
O institucionalismo leva nos para a compreensão do comportamento humano nas org. como algo que
é frequente definido pelos padrões culturais e institucionais da sociedade. Das diferentes abordagens
destacam-se os modelos de Dimaggio e Powel e de Neyer e Rowan no âmbito sociológico e o modelo
de Williamson na vertente económica. Para dois primeiros pares de autores as orgs, competem não
apenas pela obtenção de recurso e clientes no sentido do cumprimento de exigências técnicas e da
eficiência económica, mas também por legitimidade social, através da qual adquirem apoio interno
e externo e asseguram a sua sobrevivência. A perspectiva da nova economia institucional valoriza,
por sua vez a análise dos custo de transacção das org em detrimento da analise microeconómica
centrada na eficiência e na racionalidade da função da produção.
A falha do mercado em relação à incerteza, à racionalidade limitada dos seres humanos no
processamento da informação e ao oportunismo dos indivíduos no processo de troca, leva as org a
institucionalizarem um conjunto de estruturas de governação na tentativa de minimizar os custos de
transacção e substituírem se de forma mais eficiente ao mercado e ao estado no processo de troca de
bens e serviços.
A abordagem sociogontiva desenvolvida para Weick parte do pressuposto que as orgs. são uma
construção social que emerge dos processos sociocognitivos, das acções e interacções desencadeadas
pelos seres humanos. Para o autor são os seres humanos que criam e dinamizam as orgs. assim como
o próprio ambiente externo são as significadas e interpretações do homem decorrentes da sua acção
no processo cognitivo, permitem compreender a realidade organizacional. As orgs, só podem
permanecer vivas e actuantes se existir uma coordenação mínima entre os significados e as
interpretações que emergem dos processos cognitivos que nelas desenvolvem.
Fator Tecnologia
Joan Woodward foi uma socióloga inglesa que viveu entre 1916 e 1971. Realizou um trabalho de
investigação no domínio do impacte das tecnologias da produção sobre os modelos organizacionais
adotados pelas empresas. Dirigiu uma equipa de investigadores para o efeito, interessava-lhe observar
as relações que existiam entre as tecnologias de produção adotadas e as configurações das estruturas
organizacionais. Existiam três tipos de sistemas de produção e para cada um desses sistemas havia
um modelo de organização especificas.
O que é mais fácil de avaliar pelo meio onde se insere a organização, a eficácia ou a eficiência?
A eficácia é a forma mais visível de conseguirmos visualizar os resultados obtidos da organização,
ou seja, estes dois conceitos eficácia e eficiência correlacionam se entre si, mas tem no fundo
objectivos diferentes. Relativamente à eficácia organizacional esta faz enfase nos resultados, enfatiza
o fazer as coisas de forma correcta no atingir dos objectivos, ou seja, a eficácia passa pela optimização
da utilização dos recursos proporciona eficácia nos colaboradores, ou seja, através da eficácia
podemos verificar logo à partida se a organização atingiu ou não os resultados esperados, ou seja, os
seus objectivos. Enquanto que a eficiência faz enfase nos meios, ou seja, tenta coordenar e optimizar
os recursos com o tempo e o esforço que colaborador leva para efectuar a sua tarefa, portanto, a
eficiência conjuga aqui vários meios técnicos com o intuito de se alcançarem as funções e se
desempenharem essas mesmas funções de forma correcta. A eficiência enfatiza o tentar e o resolver
as situações resolvendo problemas, enfatiza a salvaguarda dos recursos, enfatiza o cumprimento das
tarefas e das obrigações. A eficiência leva à formação e ao treino dos colaboradores no contexto
organizacional.
O Processo de Gestão
Quando falamos em organizações, falamos obrigatoriamente na gestão. A gestão é um processo de
se conseguir obter resultados bens ou serviços com o esforço do outro, as funções da gestão passam
pelo planeamento, pela organização, pela direcção, pelo controle. Relativamente ao planeamento, é o
processo de determinar antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo. Relativamente à função
de organização passa pelo processo de estabelecer relações formais entre as pessoas e estas vão
estabelecendo relações com os recursos com o intuito de atingirem os objectivos propostos.
Relativamente à direcção visa o processo de determinar afectar ou influenciar o comportamento dos
outros. A direcção pressupõe motivar, estabelecer uma liderança adequada e uma comunicação eficaz.
Relativamente à função de controlo, esta função é o processo de comparação do actual desempenho
da organização com regras e normas previamente estabelecidas apontando as eventuais acções
correctivas. Estas são as funções mais importantes da gestão de uma organização. As organizações
actuais visam corresponder e satisfazer em primeiro lugar as expectativas e necessidades dos
consumidores, só num segundo objectivo é que as organizações pretendem atingir o lucro com a
crescente mudança na evolvente geral, com as novas preferências dos consumidores, as organizações
têm que estar em constante sintonia e adaptação a essas mesmas mudanças. Nas organizações o papel
do gestor é extremamente importante o gestor deve planificar as tarefas e as aptidões necessárias que
satisfaçam a organização. O gestor deve promover a eficiência e a eficácia, cabe ao gestor o papel
difícil de conhecer os seus colaboradores retirar deles todo o seu potencial com o intuito ao sucesso
e bom desempenho organizacional. O gestor deve ter várias aptidões tais como, as aptidões
conceptuais, aptidões técnicas e aptidões em relações humanas. Relativamente às aptidões
conceptuais este deve ver a organização como um todo, deve ter a capacidade de conjugar várias
funções da organização e ver como estas se complementam umas às outras e perspectivar a relação
da organização com o ambiente, ou seja, uma das partes da organização poderá afectar a outra parte
dessa mesma organização. Relativamente às aptidões técnicas é a capacidade para usar
conhecimentos, métodos e técnicas especificas no seu trabalho concreto. Relativamente às aptidões
em relações humanas é a capacidade de compreender motivar e obter a adesão dos outros, ou seja, de
todos os colaboradores e de todas as pessoas que trabalham nessa mesma organização. Deve ter
também a capacidade de comunicar, trabalhar e entender as outras pessoas, deve ter a capacidade de
se antecipar ao futuro, ou seja, ser um estratega como antevisão ao que pode ocorrer na envolvente
geral a todas essas mudanças, deve também ter a capacidade de antever as atitudes e os
comportamentos dos seus colaboradores.
Metáfora cérebro
Esta metáfora cérebro visa as organizações como a actuação do cérebro humano. Herbert Simon entre
1940-1950 fez vários estudos que conceberam as organizações com cérebros humanos com a
capacidade e flexibilidade da invenção do cérebro humano. Para este autor as organizações são
sistemas de informação que conseguem aprender e capazes de se auto organizar como o nosso cérebro
humano consegue todas essas funções
Metáfora cultural
Visa o estudo das organizações como culturas e existem dois autores importantes no estudo das
organizações vistas como culturas e são eles Schein e Hofstede. Schein visa as organizações sob 3
níveis culturais. Num primeiro nível artefactos e criações. Num segundo nível os valores e num
terceiro nível as suposições básicas. Segundo Hofstede vistas como culturas sobre 4 dimensões que
espelham, contudo, a totalidade das organizações sob vários prismas. Sob o prisma de uma sociedade
mais individualista ou mais colectivista que influencia de forma indirecta as organizações sob um
prisma de masculinidade ou feminidade das organizações também espalhados por uma sociedade
onde espelha sentimentos mais machistas ou mais feministas Hofstede também espelha a importância
do evitamento da incerteza e no fundo a forma como as sociedades têm de estar receptivas e abertas
a novos valores a novas culturas a novos princípios a novas experiencias novos modelos de analise
Estes dois autores são extremamente importantes porque consagram as organizações como culturas
tendo estas uma cultura evidenciada que é caracterizada pela sua identidade organizacional que as
difere umas das outras caracterizadas as organizações como um conjunto de subculturas integradas
numa cultura mãe que é no fundo a voz e a identidade cultural de uma organização. As organizações
são vistas como culturas porque cada departamento tem a sua identidade própria inserida na cultura
dos objectivos tais como a missão e a visão da organização. Com a globalização temos nas
organizações culturas diversas mãos de obra diversa métodos e experiencias diferentes sangues-novos
novos diferentes que no fundo vai dinamizar criar e induzir ao sucesso organizacional para o gestor
é muito importante integrar socializar os membros de novas culturas integra los a todos os níveis
desde a língua, desde a função e o cargo que vai desempenhar desde a compreensão e a noção de
visão missão e objectivo organizacional de determinada organização. Esta metáfora é muito relevante
nos dias de hoje e a mais completa porque assume os aspectos positivos de uma dinâmica organização
envolvente e vice-versa como também a capacidade de encorajar compreender e potencializar o
colaborador estrangeiro ou não nacional na sua organização.
A característica existente com um maior nível de convergência entre ambas as teorias é o facto de
Taylor e Mayo terem em mente e como principal objectivo a maximização do seu lucro e optimização
da produtividade dos seus trabalhadores (melhorando a qualidade e a rentabilidade dos seus outputs),
no entanto, recorrendo a diferente métodos e processos para obter esses mesmos objectivos. Podemos,
então, considerar também o facto de ambos se basearem em métodos científicos e experiências
realizadas em torno do processo de produção de um output para chegarem à conclusão do que dizem
e acreditam ser o Homem no trabalho ou posição que ocupa. Posto isto, conclui-se que também o seu
objectivo final é o mesmo: encontrar uma unidade de análise que se adeqúe de melhor forma aos
comportamentos e incentivos de cada uma das teorias que apesar de diferentes nas suas características
mais especificas, são diferentes na sua essência (por exemplo um incentivo ser financeiro e outro
psicológico).
A divergência destas teorias baseia-se no simples (ou complexo) facto de como se tratam, avaliam e
consideram os indivíduos como personalidades próprias e os seus respectivos papeis dentro de uma
organização. Taylor retira qualquer tipo de característica que os torne humanos ou com qualquer tipo
de sentimento. Para este, os trabalhadores não passam disso - trabalhadores. Indivíduos pagos para
realizar uma tarefa especifica durante um tempo indeterminado, entrando num ciclo vicioso e num
hábito de fazer sempre os mesmos movimentos e as mesmas pausas de forma a que não se desperdice
qualquer tipo de recurso neste processo, que é o produtivo. Estas tarefas e da forma que são
executadas transformam, assim, o Homem naquilo que é pretendido por Taylor: um conjunto de
máquinas eficientes e eficazes na forma como trabalham e no produto final que realizam, saindo
sempre o mesmo produto, independentemente daquilo que é pretendido pelo cliente. Elton Mayo, por
outro lado, atribui a todos os indivíduos as características de um ser humano fora do seu ambiente de
trabalho e considera-os relevantes dentro desse mesmo ambiente. São mais do que trabalhadores, são
indivíduos que apesar de pertencentes a uma organização, têm interesses e motivações próprias. A
comunicação e a relação humana são a base da organização porque são estes que se adaptam ao
trabalho e não que se tornem parte da máquina de produção. É um trabalho realizado em grupo e não
como um só.
Experiência de Hawthorne
I
Numa primeira fase preliminar. 2 semanas de observação. Condições: os operários permaneceram
num atelier vulgar submetidas ao regime normal (semana de 48 horas repartidas por 6 dias) 2400
relés - componentes eléctricos - por semana
II
5 semanas. São transferidas para uma sala à parte em que se mantém as condições iniciais (48h
repartidas por 6 dias), o rendimento é inferior a 2.500 relés por semana. Elas estavam isoladas das
outras colegas, longe dos aspectos comportamentais do colectivo.
III
8 semanas. Instaura-se um salário de equipa por peças. O rendimento aumenta. O salário era
individualizado. (o salário passa a ser atribuído à peça e colectivo, por equipa).
2ª experiência – pausas intercaladas
IV
5 semanas. Pausas intercaladas elevadas a 5 min, cada. O rendimento eleva-se sensivelmente (manhã-
tarde).
V
5 semanas. As pausas são elevadas a 10 min, cada. O rendimento eleva-se sensivelmente. (manhã-
tarde)
VI
4 semanas. Pausas de 5 min (manhã e tarde). O rendimento diminui ligeiramente. Ritmo de trabalho
quebrou.
VII
11 semanas. As pausas voltam a ser duas: 15 min de manhã e 10 min à tarde. A primeira .. uma
merenda. O rendimento retoma à sua progressão.
Redução dos Horários de trabalho:
VIII
7 semanas. As condições precedentes mantêm-se além disso o dia de trabalho, termina às 16:30 em
vez das 17h. o rendimento aumenta.
IX
4 semanas. Fim do dia de trabalho às 16h. o rendimento é estacionário.
X
12 semanas. Restabelecimento do fim do trabalho às 17h. o rendimento cresce fortemente (2800 relés)
mas os trabalhadores queixam-se de fadiga.
XI
12 semanas. Trabalho de sábado suspenso. Produção baixa, ligeiramente. Condições do 7º e 10º
mantêm-se.
Fase de grande esclarecimento:
XII
12 semanas. Retomam-se as condições do inicio não há pausas, merenda, semana de 48h, o
rendimento ultrapassa a 2900 relés. Elton Mayo neste 12º período de experiencias de Hawthorne
enfatiza como sendo uma das fases de mais esclarecimento sobre a experiencia de Hawthorne. Em
todos os períodos desta experiencia verificou-se sempre um aumento de produção quando eram
intercalados alguns dos factores mais importantes, como a redução do horário de trabalho, a
introdução de pausas, a introdução de merendas e a suspensão de trabalho ao sábado. O facto de haver
um aumento de produtividade é explicado através da valorização e a observação nunca ter sido feita
aos colaboradores das organizações, mas as experiencias vieram confirmar que efectivamente a
introdução destes factores não espelham de uma forma notória o aumento dessa mesma
produtividade. Os períodos foram longos e a meio de cada período esse aumento de rendimento no
trabalho foi diluindo à medida que o tempo foi passando. Estas experiencias tiveram algumas
limitações pelo facto de só 30 40 trabalhadores foram submetidos a estes trabalhos. Outro factor é
que as empregadas das fábricas estavam a ser observadas, valorizadas, estudadas o que poderia ter
feito com que esses aumentos de produtividade tivessem acontecido
XIII
31 semanas. Restabelecem-se as pausas instituídas aquando do período VII; o rendimento atinge um
máximo de 3000 relés por semana. Como referido anteriormente as experiencias de Hawthorne são
comportas por vários períodos e cada período com espaço temporal elevado, mas, podemos agrupá-
las (as experiencias) em quatro grandes fases, sendo que na 1º,2º, e 3º fase são compostas pela fase
clínica e numa 4º grande fase por uma fase antropológica. Na 1º fase, fase preliminar, pode-se
constatar que não há relação entre a intensidade da luz e os níveis de produção. Numa 2º fase onde
foram introduzidas as pausas intercalas, esta segunda grande fase é definida pela manipulação do
variável trabalho e instituindo pausas, modificando o salário e aumentando a produção. Este facto
aconteceu nos finais de 1928. Nesta segunda grande fase houve um desenvolvimento de um processo
de entrevistas qualitativas aplicadas às empregadas que operavam, no fundo, com o objectivo de saber
as motivações e os sentimentos dos empregados. Numa terceira grande fase, ainda na fase clínica,
havia incidência de uma estrutura informal, pensando e vendo a organização à parte de uma estrutura
regida. Na quarta e última grande fase desta experiencias, a fase antropológica, houve a criação de
um gabinete externo constituído por pessoas especializadas com conhecimentos psicológicos que
davam apoio aos empregados. A concepção teórica da escola das relações humanas nasceu com a
crise do período 29 33 no Séc. XX. O objecto de observação e o objecto científico da escola das
relações humanas decorreu a partir de três vertentes iniciais. Primeiro os problemas resultantes de
uma civilização em crescimento rápido num âmbito industrial, em segundo lugar da necessidade de
eliminar os conflitos e os condicionalismos de integração social que inviabilizavam o aumento da
eficácia organizacional e da produtividade do trabalho e em terceiro lugar das contingências do
desenvolvimento das ciências sociais e humanas, da emergência de algumas ciências tais como a
psicologia a sociologia com base na analise nos estudos empíricos nas organizações poder-se-á então
dizer que com a crise de 29 33 havia uma insuficiência na regulação e optimização do mercado havia
também neste período um perigo nas lutas revolucionarias que punham em causa o modelo liberal
americano. No período de 1924 a 1930 houve algumas auscultações no mercado de trabalho houve a
tentativa de fazer uma analise externa na universidade de Hawthorne houve uma tentativa de não
fazer muita teoria tentar compreender a realidade na sua vertente mais prática (as experiencias de
Hawthorne) houve com esta teoria a primeira preocupação em criar um ambiente de trabalho melhor
e neste caso nestas experiencias tentou se mudar o ambiente físico numa tentativa de melhorar o
ambiente de trabalho a experiencia de Hawthorne demonstrou em 1927 que sucessivamente aumentou
e diminui a luz verificou a ralação do homem a maquina a nível comportamental poder-se a então
dizer que em comparação quer no grupo de controlo quer no grupo de sucessivas mudanças de
intensidade da luz a produtividade aumentou. As variáveis intensidade da luz provocaram os mesmos
resultados tendo de se seguirem novos caminhos, ou seja, ir mais longe tentando verificar o que se
poderia melhorar para se tentar conseguir obter melhores resultados.
1 ensinamento
Efeitos extraídos do estudo de Elton Mayo:
O grupo instrumental – objecto estudo
O controle efectuado pelas próprias trabalhadoras e pelos investigadores (efeitos práticos no grupo).
Importância do grupo:
Forma de liderança (sentimentos, emoções, etc.)
Participação e regulação dos próprios conflitos
Interdependência entre os factores técnicos e humanos
Há situações de grande manipulação e de conflitualidades externas
Escola das R.H., a empresa é um sistema social de relações interpessoais no seio de relações
colectivas num ambiente privilegiado.
2 ensinamento
Variáveis independentes (são os sentimentos e estilos de liderança)
Variáveis dependentes (eficácia de trabalho e a produtividade)
3 ensinamento
Não é a máxima especialização que origina a melhor divisão social do trabalho.
4 ensinamento
Contrariamente a Taylor não são as relações económicas, o factor básico dos trabalhadores, não é o
salário,
5 ensinamento
Os indivíduos reagem as normas e às recompensas enquanto indivíduos com identidade ao grupo a
que pertencem. Cruzando princípios com os efeitos da experiencia podemos à laia de síntese chegar
às conclusões finais.
O nível de produção é resultante da integração
Os comportamentos individuais se potenciam a nível de grupo
A organização vista como grupo informal
As recompensas estão identificadas, e as sanções que possam existir são sanções de tipo pessoal
Primeira fase
Nesta primeira fase os mineiros trabalhavam em grupo, o ambiente de trabalho era agradável era
aprazível, os próprios mineiros estabeleciam o seu horário de trabalho, ou seja, o trabalho era
extremamente flexível. Os mineiros eram pagos pelo que o grupo produzia sem haver qualquer
discriminação e diferenciação nas suas qualificações. As qualificações dos mineiros eram
diferenciadas, ou seja, uns tinham mais qualificação do que os outros, mas como trabalhavam em
grupo essa diferenciação não fazia qualquer sentido, ou seja, não tinha qualquer significado. Os
mineiros tinham objetivos a cumprir e esses objetivos eram cumpridos podendo os mineiros
estabelecer quantas horas por dia trabalhavam, quantos dias da semana trabalhavam com o intuito de
atingirem esses objetivos. Como podemos verificar o contexto social em que trabalhavam os mineiros
apesar de ser uma vida dura e difícil era agradável não havia diferenciações nenhumas entre os vários
colaboradores podemos então dizer que o clima organizacional era extremamente positivo. Todos os
mineiros se sentiam numa posição de equidade, ou seja, de justiça em termos de trabalho horários e
desempenho organizacional.
Segunda fase
É a informatização da mina, ou seja, a introdução da tecnologia. Esta segunda fase pretende verificar
se naquele caso concreto nas minas de carvão se a introdução da tecnologia vem no fundo implicar
com o contexto social vivido até então nas minas de carvão. As minas de carvão foram informatizadas
e o trabalho deixa de ser efetuado em grupo e passa a ser efetuado individualmente, isto traz algumas
consequências visíveis. Os indivíduos passam a auferir individualmente e de acordo com as suas
qualificações, ou seja, quem tem mais formação começa a ganhar mais. E a conseguir trabalhar de
uma forma mais fácil com o facto da informatização das minas. Fácil porque os trabalhadores com
mais formação e competências estão mais aptos a conseguirem perceber e a manejar estas novas
técnicas informáticas que foram no fundo postas a prova nestas experiências. O clima organizacional
e as relações interpessoais com esta nova forma no trabalho veio no fundo diferenciar os vários
indivíduos que operavam naquelas minas de carvão.
O clima organizacional que na primeira fase era positivo na segunda fase passa a ser negativo o que
podemos verificar desta segunda fase nestas experiências é que a tecnologia veio a ter um impacto
extremamente forte no sistema social organizacional nestas experiências das minas de carvão. Os
indivíduos melhor preparados para trabalharem com esta nova tecnologia estavam mais aptos a
conseguirem atingir os objetivos de forma mais eficiente e mais rápida. Os indivíduos com menos
qualificações ficam pois aquém de conseguirem atingir esses mesmos objetivos. Os horários deixam
de ser flexíveis e passam a ser estipulados pela organização o trabalho passa a ser individualizado e
no fundo começam a existir diferenças entre a produtividade dos vários indivíduos que laboram nas
minas de carvão. Associada a esta transformação social verifica-se o aparecimento de alguns conflitos
laborais e algumas situações em que os indivíduos se sentem numa perfectiva de iniquidade laboral,
ou seja, numa situação de injustiça. Estas experiências nas minas de carvão vêm mostrar que
efetivamente a componente técnica ou tecnológica veio trazer algumas alterações e transformações
no sistema social ou seja o sistema social é afetado pelo sistema tecnológico. Muitas outras
experiências se fizeram com o mesmo objetivo com o intuito de verificar se a tecnologia tinha ou não
algum impacto no desempenho dos indivíduos e na produtividade dos mesmos. Pode se verificar nos
outros estudos que a implementação da técnica ou das tecnologias sejam elas de que ordem forem
vão ter sempre impacto ao nível do sistema social. Podemos então em suma dizer que a corrente socio
técnica veio complementar a teoria geral dos sistemas porque as organizações não podem apenas ser
vistas como a composição de indivíduos e das suas interações como também têm de ser vistas de uma
forma global associando a técnica ou a tecnologia com todo o resto que compõe no fundo as
organizações. As organizações atuais são compostas pela componente social e a componente técnica
e havendo sempre feedbacks e influencias de retroatividade ou retroação entre a envolvente geral e
as organizações. As teorias gerais dos sistemas encetam assim um novo paradigma em que as
organizações são vistas como sistemas abertos. Este tipo de organizações são organizações orgânicas
habituadas e a adaptarem-se melhor a ambientes instáveis próprios do mundo moderno.
Quanto aos modelos de aprendizagem organizacional existem duas vertentes teóricas a respeitar:
- Modelo behavorista que tem como principal foco o comportamento que pode ser observado e mensurado.
-Modelo cognitivo identificado com a teoria Gestalt, diz que a aprendizagem ocorre a partir de insigts- aspeto
subjetivos e da compreensão das relações lógicas entre meios e fins entre causa e efeito- aspetos objetivos e
comportamentais- levando em consideração as crenças e as perceções dos indivíduos, que influenciam o seu
próprio processo de compreensão da realidade.
Concluem estes autores que as discussões sobre aprendizagem em org estão mais fortemente
enraizadas na perspetiva cognitiva.
*Gestalt- Teoria geral amplamente interdisciplinas que fornece uma abordagem de referencia para uma larga
variedade de fenómenos psicológicos, processos e aplicações considerando as pessoas como um sistema aberto
c/interações ativas no seu ambiente.
Quanto aos processos de aprendizagem, os autores observam haver 3 níveis:
-Nível de individuo em que o processo de aprendizagem se encontra carregado de emoções positivas ou
negativas.
-Nível do grupo- no qual a aprendizagem pode vir a constituir.
-Nível de organização decorrente da institucionalização do processo organizacional, podendo expressar-se sob
a forma de diversos artefactos organizacionais, como a estrutura regras, procedimentos e elementos simbólicos.
A aprendizagem organizacional e 2º Antonello deve ser encarado nas orgs sob várias formas:
1ºColetividade de aprendizagem individual
2ºProcesso e sistema
3ºGerir o conhecimento
4ºMelhoria contínua
5ºInovação
7ºApreendizagem informal
A capacidade de aprender é a base para enfrentar os desafios num ambiente de incertezas.
A aprendizagem individual tem uma fonte influencia na aprendizagem organizacional.
A aprendizagem individual é importante é importante para a evolução do individuo da hierarquia das
necessidades de Maslow. Poder-se-á dizer então que a org deve ter em atenção em motivar os sues
colaboradores.
O Modelo de David Rolb, refere que a aprendizagem seja uns objetivos explicito a ser perseguido de forma
consciente e deliberada na org. Propõe que haja tempo disponível em reuniões e eventos para rever e aprender
sobre as decisões importante tomadas e que esteja presente um clima que estimule á exploração e as questões
sobre a aprendizagem em ambientes de negocias. Diz ainda que deveriam estar presentes nas orgs todos os
estilos de aprendizagem.
O modelo de Rolb tem em conta as experiencias concretas prevê observações e reflexões, só após existe a
formação de conceitos abstratos e generalizados que podem dar origem no futuro a novos conceitos e a novas
situações. Então este modelo prevê novas experiencias novas observações e reflexões que deram origem a
novos conceitos.
As orgs nos dias de hoje são orgs em constante aprendizagem e evolução.
O conceito de poder foi sempre objeto de uma conceção ideologizada. O seu exercício pleno gerava
o desenvolvimento de conflitualidade interpessoal e intergrupal, o que punha em risco as hipóteses
de eficiência e de eficácia das organizações. A partir da década de 70 o poder ganha definitivamente
um estatuto de cientificidade no âmbito das organizações com o aparecimento das obras de Crozier,
Mintzberg entre outros.
Mintzberg explicita a influência dos poderes nas diferentes configurações estruturais das
organizações: Estrutura Simples, burocracia mecanicista, burocracia profissional, estrutura
divisionalizada. Adocrácia, no sentido em que o poder se revela um fator comportamental inscrito
nos mecanismos contingênciais de coordenação, de conceção e funcionamento das organizações. O
poder segundo Mintzberg está associado aos objetivos das organizações.
Burocracia mecanicista, adota uma série de mecanismos de coordenação baseados na estandardização
do trabalho, sendo a componente-chave da organização a tecnoestrutura comportamentos humanos
burocráticas e formalizados, sistema de planeamento das ações, com poucos mecanismos de ligação
e uma relação de relativa descentralização horizontal. O poder enquanto fator de contingência das
organizações é inerente através de um controlo tecnocrático e externo, o poder é exercido com
especial incidência no controlo das funções e tarefas por forma a eliminar as contingências de
incerteza do ambiente externo, padronizar e a formalizar todo o comportamento humano nas
organizações. A existência de grandes condicionalismos para o desenvolvimento de relações sociais
informais gera muitos conflitos, há necessidade para os controlar e conter.
Burocracia profissional – A componente chave é o centro operacional do trabalho e na sua formação.
O sistema do planeamento e controlo são reduzidos, os mecanismos de ligação são realizados através
da administração e a descentralização tem uma característica horizontal e vertical. O funcionamento
estrutura-se no centro operacional com o tipo de trabalho qualificado e estandardizado. Autonomia
individual no centro operacional, os profissionais controlam a componente chave da organização, a
linha hierárquica através de ajustamento mútuo. O poder como fator de contingência da burocracia
profissional é exercido com base no controlo realizado pelos operacionais profissionais na execução
de tarefas. Poder de natureza democrática.
Estrutura divisionalizada – o mecanismo principal é a estandardização de resultados. Como é uma
organização que funciona com base num conjunto de entidades quase autónomas coordenadas por
uma administração central, cada divisão tem as suas próprias estruturas. É a autoridade formal
hierárquica que estabelece as ligações entre o vértice estratégico e o centro operacional na
organização. Especialização moderna do trabalho em termos horizontais e verticais. A
descentralização é de tipo vertical e limitada. Os diretores das divisões procuram desenvolver o seu
poder recorrendo ao crescimento e à diversificação das suas divisões.
Tipologias de poder
Pela dinâmica dos diferentes grupos formam-se 4 coligações internas através da estruturação de sistemas
específicos de poder: sistema de autoridade, sistema de ideologia, sistema de competências especializados e
sistema de políticas.
Sistema de autoridade: tem origem no poder ligado ao lugar hierárquico e à função dos membros de uma
organização de forma legal e legitima. Tem origem em grupos externos que exercem influencia na organização
tais como o governo e os proprietários. Traduz-se na distribuição do poder formal de forma desigual pelos
membros de uma organização.
Sistema de ideologia: não é passível de se observar em formas padronizadas e estandardizadas de
comportamento humano. A ideologia vai buscar a sua força ao poder de mobilização e de unificação sobre os
membros da organização.
Sistema de competências especializadas: advém das suas diferentes especialidades que emergem nas
organizações e ainda da sua capacidade para suprir as insuficiências de controle e de integração
comportamental dos outros sistemas que exercem influencia interna.
Sistema das políticas: diferentemente dos outros três já analisados desenvolve-se em certos contextos
informais de uma forma livre e espontânea.
Segundo o autor existem seis tipos de configurações que descrevem orientações típicas do funcionamento das
organizações sendo elas: instrumento, sistema fechado, autocracia, missionário, meritocracia, arena política.
Instrumento: na generalidade dos casos, é o resultado da influência externa dominante sobre o funcionamento
interno da organização.
Sistema fechado: é o tipo de configuração de poder no qual a coligação interna burocrática exerce uma enorme
influência sobre as normas de trabalho e os objetivos da organização.
Autocracia: todo o poder é concentrado no administrador diretor-geral da organização.
Missionário: é aquela na qual a coligação interna baseada na ideologia exerce maior influencia no
funcionamento das organizações.
Arena política: é atravessada pelo conflito no plano interno e externo.
Em síntese para mintzberg o poder atravessa o funcionamento global das organizações. Incorporado no
comportamento humano, expressa-se em ações de tipo individual e coletivo com repercussões manifestas no
exercício da autoridade hierárquica formal e informal também na execução das tarefas e no processo de tomada
de decisão.
Crozier
O poder na perspetiva de Crozier está sempre sujeito a situações contingentes, na medida em que a ação
individual e coletiva está inserida num processo de racionalidade limitada e ainda porque as relações sociais e
a interação social da qual o poder emerge, inscrevem-se numa zona de incerteza que condiciona os resultados
dos jogos em que os atores intervêm.
Qualquer individuo dentro de uma organização não aceita ser tratado como uma atividade passível cada
individuo tem os seus próprios objetivos que procura atingir. Por isso estes indivíduos devem ser observados
como agentes criativos. Todos os atores são possuidores de uma liberdade relativa que resulta da sua margem
de manobra na consecução dos seus objetivos. Os atores jogam os seus jogos de poder de acordo com os
objetivos que pretendem obter
A problemática do poder nas organizações é derivada das contingências socioculturais. Os indivíduos e grupos
que integram as organizações foram objeto de uma aprendizagem sociocultural. São por isso portadores de
certos valores e de práticas que se manifestam no interior das organizações através de relações de poder
especificas.
No funcionamento das organizações existe uma situação de incerteza que deriva das contingências da
imprevisibilidade do comportamento humano. Por outro lado, toda a ação coletiva e individual que decorre da
luta pelo poder nas organizações esta submersa por uma racionalidade limitada em relação ao acesso à
informação e ao conhecimento da tecnologia e do ambiente externo.
É uma situação de incerteza que exige a intervenção humana identificada com dois tipos de poder: o poder do
perito e o poder hierárquico funcional. O poder do perito emerge das capacidades pessoais que cada individuo
dispõe para controlar uma certa zona de incerteza que decorre do funcionamento da organização. O poder
hierárquico funcional está relacionado com o poder formal que certos indivíduos dispõem na organização para
controlar o poder dos peritos e se possível superá-lo.
Para nos apercebermos com acuidade da profundidade e extensão do tema, é necessário socorrermo-nos do
modelo conceptual da análise estratégica, no que concerne a alguns dos seus conceitos nucleares: poder, zona
de incerteza, jogo, sistema de ação concreto.
Poder: é uma relação reciproca mas desequilibrada. É desequilibrada porque qualquer relação de poder não
permite que dois atores no mínimo possam utilizar trunfos iguais numa relação de troca. Em primeiro lugar
interessa saber quais são os recursos de poder que cada ator pode utilizar numa dada situação. É claro que se
o poder é uma relação, o seu exercício observa-se na margem de liberdade que cada ator dispõe nessa relação.
Se pensarmos numa relação entre o A e o B o primeiro terá por objetivo obter de B um comportamento
dependente da sua capacidade de ação. Deste modo pelo seu comportamento especifico B tem a possibilidade
de controlar as hipóteses de A realizar os seus objetivos. Neste sentido o poder de um individuo ou de um
grupo é sempre determinado pela imprevisibilidade por uma zona de incerteza.
Zona de incerteza: no funcionamento das organizações contrage os atores a utilizar dois recursos
fundamentais nas relações de poder.
O primeiro é um recurso de características individuais, sociais, culturais e económicas. Trata-se de toda a
situação global de que um ator pode dispor na sociedade e portanto a possibilidade de em termos sociais
temporais e espaciais definir uma estratégia de ação que se identifique com os seus objetivos específicos nas
instituições e nas organizações.
O segundo recurso decorre dos constrangimentos estruturais. Enquanto em relação ao primeiro recurso eram
os atores que o determinavam nas suas relações de poder, no segundo caso inverte-se essa situação. São os
constrangimentos estruturais que vao determinar quais os recursos que um ator pode mobilizar nas suas
relações de poder. Isto é em função do carater prescritivo e normativo das contigencias estruturais que se
determina quais são efetivamente os recursos de poder que os atores podem mobilizar. Estamos portanto na
presença de um organigrama e de estruturas que definem a distribuição e as modalidades.
A analise estratégica diz-nos que a zona de incerteza constitui o recurso fundamental de poder dos atores nas
organizações. É através da zona de incerteza que se processa a negociação entre os atores. Não so os atores
desenvolvem as suas estratégias especificas como também procuram apropriar-se do máximo de poder nas
suas relações com os outros quando estão em presença de situações que exigem a resolução de problemas
pertinentes.
Jogo: cada ator possui uma margem de liberdade que lhe permite interagir com os outros, negociando e
desenvolvendo as suas estratégias. Consoante a sua capacidade relacional, cada ator tem poder sobre os outros.
Definindo as suas estratégias na defesa dos seus objetivos específicos pode evoluir em dois sentidos diferentes.
Quando constrange os outros membros da organização a agir no sentido da defesa dos seus interesses adota
uma estratégia ofensiva. Quando se retrai e se protege face aos constrangimentos de poder dos outros membros
orienta-se no sentido de uma estratégia defensiva.
O jogo é o instrumento através da qual os atores regularizam a sua cooperação e ação organizada. O jogo não
so concilia a liberdade do ator com os constrangimentos estruturais da organização como também permite a
adoção de uma ação coletiva cooperadora assente numa estratégia racional identificada com a natureza e regras
do jogo. Neste sentido o jogo é uma construção humana sujeita as contingências culturais.
Sistema de ação concreto: o seu funcionamento e regulação podem ser demostrados empiricamente. É um
tipo de sistema que resulta de uma construção humana ou de um conjunto humano estruturado. É um conjunto
que integra objetivos e estratégias diferenciadas dos atores individuais e coletivos. Nas múltiplas relações de
poder no processo de tomada de decisão na execução de tarefas e funções os atores interagem com base nas
suas capacidades especificas e estratégias racionais, de forma a solucionar problemas de índole coletiva.