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29-05-2023
Abordagem Política das Organizações
1- Explique como as configurações estruturais (Mintzberg); as funções de
coordenação e de controlo do comportamento humano se traduzem em
tipologias de poder nas organizações.
O poder nas organizações é visto, por norma, como um fator de conflito e de desgaste
da hierarquia formal, portanto uma doença a combater. O poder gera conflitualidade a
nível quer interpessoal como a nível intragrupal o que pode meter em risco assim a
eficiência e eficácia das organizações.
Características:
- Tarefas rotineiras especializadas;
- Regras e regulamentos;
- Comportamento humano burocrático e formalizado, com pouca autonomia;
- Forte planeamento e controlo das ações;
- A linha hierárquica é elaborada e diferenciada;
- Pouca formação e socialização;
- O funcionamento depende muito da tecnoestrutura (definição e formalização
do trabalho)
- Centro operacional de elevada dimensão;
- Agrupamento com base nas funções;
- Tomada de decisão descendente;
- Estrutura administrativa elaborada;
- Forte distinção entre operacionais e administrativos;
- Fluxo de autoridade significativo;
- Fluxo de comunicação desencorajado;
- Fluxo de decisões- sentido descendente.
3- Burocracia Profissional:
Principal mecanismo de coordenação: Estandardização das qualificações
Características:
- O comportamento humano é pouco formalizado;
- Sistema de controlo e planeamento são reduzidos;
- Centro operacional qualificado (assenta em profissionais) e tem autonomia;
- Qualificações estandardizadas- burocracia profissional;
- Tarefas complexas, requerendo qualificações e competências;
- ênfase na formação e socialização;
- Sistema descentralizado e vertical (tomada de decisão no sentido ascendente) e
horizontalmente;
- Especialização das tarefas horizontal- alargadas verticalmente;
- Apoio logístico pode apresentar-se desenvolvido (apoio funcional aos
profissionais);
- Ajustamento mútuo entre os diferentes elementos da estrutura;
- Tecnoestrutura mínima;
- Fluxo de autoridade insignificante;
- Fluxo de decisões no sentido ascendente.
4- Estrutura Divisionalizada:
Principal mecanismo de Coordenação: Estandardização dos resultados
Elemento-chave da organização: Linha Hierárquica
Principais Parâmetros de Conceção: Agrupamentos das Unidades com base nos
mercados, sistema de controlo dos resultados, descentralização.
Características:
- Cada uma das unidades apresenta um funcionamento quase autónomo, dirigida por um
superior da linha hierárquica (que faz a ligação entre o vértice estratégico/sede e o
centro operacional, define a estratégia de divisão, faz a sua gestão e controla as
operações);
- Sistemas de planeamento e de controlo muito desenvolvidos;
- Formação e socialização moderadas;
- Ênfase nos resultados, controlados pelo vértice estratégico;
- Cada divisão possui centralização de poder e formalização do comportamento dos seus
membros (semelhante à burocracia mecanicista);
- Os fluxos de autoridade são significativos dentro das divisões e moderados entre a
sede e as respetivas divisões.
Fatores de Contingência: Ambiente Heterogéneo (segmentação de produtos e serviços)
e simples. Organizações grandes e com idade (velhas).
Poder – Fundamentalmente exercido pela linha hierárquica.
Ex: empresas de franchising
5- Adocracia:
Principal mecanismo de coordenação: Ajustamento Mútuo
Elemento-chave da organização: Funções de apoio e o centro operacional (caso seja
adocracia operacional)
Principais parâmetros de conceção: mecanismos de ligação, estrutura orgânica,
descentralização, especialização horizontal de trabalho, formação, agrupamento das
unidades com base no projeto ou no produto.
Características:
- Os funcionais de apoio desempenham um papel-chave; eles são os especialistas de
quem tanto a organização depende;
- A adocracia operacional depende muito dos peritos que integram quer o centro
operacional quer as funções de apoio;
- Comportamento humano pouco formalizado;
- Estrutura muito orgânica (pouco burocrática e com poucos níveis hierárquicos) “é a
estrutura que menos respeita os princípios clássicos de gestão, e especialmente a
unidade de comando” MINTZBERG
- Descentralização seletiva às equipas (descentralização meritocrática);
- Especialistas agrupam-se em unidades funcionais (grupos de projetos ad hoc,
formados temporariamente para desenvolver um projeto)
- Tende a utilizar o agrupamento por função e o agrupamento por projeto
- Estrutura matricial;
- Fortes mecanismos de ligação que incentivam o ajustamento mútuo inter e intra
equipas;
- Fluxos de autoridade pouco significativos;
- Fluxos de comunicação informal são significativos;
- Processo de tomada de decisão complexo;
- Trabalho realizado por equipas multidisciplinares (não há estandardização de
qualificações) que se reúnem para desenvolver um projeto específico (agrupamento no
projeto) - adocracia operacional ;
- Tende para a inovação, não há estandardização (Mintzberg chama-lhe a configuração
estrutural que corresponde à inovação sofisticada)
- Ênfase no recrutamento de especialistas, profissionais cujos conhecimentos podem ser
desenvolvidos e aprofundados durante a formação;
- Funções do vértice estratégico. pilotagem de projetos e ligação com o meio externo
Logística: constituída pelo pessoal que tem a seu cargo funções de apoio como
serviços jurídicos ou relações-públicas.
Ideologia: aqui estão todos os valores, crenças, tradições da empresa como
organização única e diferente.
Vértice Estratégico - é constituído pelos gestores de topo como os conselhos
de administração e os conselhos de gerência e pelo respetivo pessoal de apoio.
Linha hierárquica média - É composta pelos gestores intermédios, diretores e
chefes de serviço que estabelecem a conexão entre o vértice estratégico e o
núcleo operacional, através da linha hierárquica.
https://prezi.com/haukiltvl4o6/configuracoes-estruturais-e-tipologias-de-poder-
nas-organiza/
● Vértice estratégico
● Linha hierárquica
● Tecnoestrutura
● Funções de apoio
Pelos seus objetivos, pela sua regulamentação, pela hierarquização das funções da
autoridade e das remunerações, pelas suas definições de posto e pelas suas redes oficiais
de comunicação, a organização define as atividades e as relações dos atores.
Tipos de Fonte de Poder: O tipo de poder que se mostra mais amplo e instantâneo no
funcionamento da organização é, certamente, a posse da especialização funcional.
Em algumas ocasiões, a realização de funções e as escolhas convenientes do processo
de tomada de decisão são eficientes desde que exista uma verdadeira participação dos
peritos da organização.
Nas inúmeras relações de poder e no processo negociação, cada ator por si, procurará
maximizar a sua técnica com este tipo de poder.
O segundo tipo de fonte de poder que surge frequentemente nas organizações está
ligado às incertezas que decorrem das interações entre o ambiente externo e as
organizações.
Nesta relação entre o ambiente externo e a organização, os peritos não só são
necessários para regularizar com eficácia o processo de compra de inputs e a venda de
outputs que são imprescindíveis para o funcionamento da organização, como também
podem exercer um papel significativo quando conseguem atingir informações no âmbito
exterior que são estratégias para o desenvolvimento da organização.
Como terceiro tipo de fonte de poder nas organizações, Crozier e Friedberg declaram
que as competências e os conhecimentos que os atores manifestam nos domínios da
informação e da comunicação são fundamentais para o funcionamento da
organização.
Mas, como existe uma estrutura informal que releva das capacidades comunicacionais
específicas dos atores, o contexto-situação da zona de incerteza vai permitir que cada
ator regule a seu favor a imprevisibilidade comportamental que resulta da resolução de
problemas comunicacionais pertinentes na organização.