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A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA

PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL


ANDRENA GEOVANNA
ALVES OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO
Boa tarde a todos, sou Andrena Geovanna Alves Oliveira, acadêmica do curso de Pedagogia, orientada
pelo Professor: _______________________________ da Faculdade Anhanguera e nesta ocasião queria
apresentar aos senhores o Trabalho de Conclusão de Curso que traz o tema: A importância da música para a
educação infantil.

Trago esse tema pelo intuito que tenho de mostrar como os estímulos musicais perpetuam durante todo
o processo de aprendizagem durante a infância. E de como a adoção de práticas musicais podem influenciar
positivamente no processo de aprendizagem de uma forma geral.

O trabalho está dividido em três etapas:

Na primeira abordaremos os principais pontos históricos da música e da educação infantil, o que será
nosso Norte dessa pesquisa.

O segundo tópico tratará da relação criança – música – desenvolvimento infantil.

E o terceiro e último fará menção das práticas educativas a serem utilizadas em sala de aula. O trabalho
em si, apresenta uma metodologia de cunho teórico com base em levantamentos bibliográficos de pesquisa.
2. MÚSICA NA ANTIGUIDADE
A música, desde muito tempo, faz parte do mundo. Essa arte geralmente era utilizada como forma de
expressão cultural de diversas comunidades. E até hoje desempenha esse papel.

Em períodos onde a igreja dominava o mundo, a música era usada como instrumento
associado à salvação. Passando a ser propriedade da igreja. Somente nos séculos 17 e 18, ela passou a
retornar aos teatros de ópera trazendo a possibilidade de ser acessível ao povo de forma mais
imediata.

Durante a idade média, a música tinha uma visão cientifica e outra religiosa. A primeira defendida por
Pitágoras, a segunda por Santo Agostinho.
2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA MÚSICA NO
BRASIL

Logo após o descobrimento do Brasil, os jesuítas, padres da igreja católica,


vieram com o objetivo de educar os nativos e repassar seus valores. Inácio de Loyola
foi um dos principais nomes nesse processo, fundando a companhia de Jesus,
organização importante no processo de ensino no Brasil colônia. Este ensino era
praticado a partir de canções portuguesas e canções religiosas.

Anos depois, tivemos a participação de Anísio Teixeira. Este apresentou


ideias que buscavam democratizar o ensino da música, não somente aos talentosos,
mas a todos que se interessavam pela música.
2.2 VISÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Diferente do que muitos de nós pensamos, criança e a infância nem sempre foram vistas
como nos dias de hoje. Antigamente era comum a prática de abandono infantil na sociedade. Em
alguns casos, a sobrevivência era quase impossível. França, Portugal, Espanha e Itália foram os
primeiros países a pensarem em casas de caridade com o objetivo de tirar essas crianças das ruas.
Estas práticas foram trazidas ao Brasil através de Portugal. A primeira sendo instalada na cidade de
Salvador.

Já na década de 70 surgiu o INAN (Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição) com o


objetivo de prestar assistência alimentar a instituições escolares de 1º grau entre outras.

Na implementação da atual Constituição Federal de 1988, foi garantido pela primeira vez os direitos
das crianças, através do ECA. A partir do ECA, foram implementados por força de lei, mais garantias,
como a gratuidade do ensino a crianças inferiores a 5 anos, dentre outras.
3. MÚSICA - CRIANÇA DESENVOLVIMENTO

Este capítulo é como o coração dessa pesquisa, e vamos trabalha-lo para


facilitar a exposição do tema, os dividindo em alguns tópicos e subtópicos.

Sendo o primeiro tópico destinado a analisar a relação da música e da criança


desde o seu nascimento.

O segundo, relacionaremos a música e o desenvolvimento infantil.

E o terceiro falarei de algumas sugestões de como trabalhar a música na sala de


aula, fazendo referência da importância dos jogos musicais.
3.1 A MÚSICA E A CRIANÇA
Essa relação começa logo após o nascimento, através das canções que as mães cantam aos seus bebês e de todos os demais
sons que estamos submetidos também. Até mesmo antes de nascer, os fetos sentem a pulsação dos batimentos da mãe, o que lhe
confere uma experiencia com um ritmo, algo fundamental na criação de uma música. Estudos comprovam que a partir do 7º mês,
os bebês já apresentam um aparelho auditivo capaz de identificar esses ruídos. É comum encontrarmos crianças que logo após
aprenderem os primeiros passos, se balançam ao som de uma música, movimentando o corpo, batendo palmas, tendo aí as suas
primárias conexões com a música de forma espontânea.

É possível observarmos que crianças dos 6 meses a 2 anos prefiram sons mais agudos. É a partir dessa preferência que ao
final dos 2 anos, o aparelho auditivo de uma criança estará similar ao de um adulto com respeito a esses sons mais agudos.

Devemos sempre ter em mente que a criança é um ser brincante, e brincando faz música, e com essa música pode se
relacionar com o mundo que descobre dia a dia.

Tendo isso em vista, é necessário pontuar o cuidado que se deve ter sobre o repertório musical em que essa criança estará
sendo exposta. Desde a letra até o ritmo, pois atualmente a cultura brasileira nos últimos anos vem mostrando artistas mirins
cantando músicas com conteúdo impróprio ao publico infantil, normalizando a adulteração precoce e empobrecendo a cultura
infantil.

Para isso, é necessário que tanto os pais como os professoram saibam intervir adequando o repertório respeitando o
desenvolvimento da criança, para que esses momentos não sejam invasivos, mas que tragam algo de produtivo para o
desenvolvimento infantil.
3.2 MÚSICA E O DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA
A partir do nascimento até os 10 anos de idade, o cérebro da criança está em constante fase de
desenvolvimento e vive as melhores condições para o processo de aprendizagem. Estes dois pilares se
relacionam intimamente nesse período, ou seja, quanto mais se aprende, mais se desenvolve. Por
exemplo, alguém que não é submetido ao processo de aprendizagem da leitura, será um eterno
analfabeto e nunca irá se desenvolver nessa área, a menos que lhe sejam ofertadas oportunidades de
aprendizagem para então poder se desenvolver. O mesmo acontece com a música.

Daí a importância de desenvolver um trabalho de música com crianças durante o período de maior
capacidade de aprendizagem, e não somente para aqueles que apresentam um talento nato, mas a todos
que se interessam por essa arte. Por esse motivo, é importante que todos tenham oportunidades iguais
para que, junto a um professor, todos possam desenvolver sua inteligência musical.

Vale ressaltar que diversas áreas do desenvolvimento do cérebro são beneficiadas por essa prática e
ajudam na construção do homem, sua capacidade de percepção, de emoção, imaginação etc. e quanto
mais diferentes manifestações artísticas a criança é exposta, mais capacidades psicológicas ela
desenvolve.
4. PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA A
UTILIZAÇÃO DE MÚSICA NA SALA DE AULA

Hoje a música desenvolve um papel muito pobre nas salas de aula, presente somente em datas
comemorativas, ou para condicionar a criança para obter sua atenção. É preciso ampliar essa visão repetitiva
e sem intenção educativa. A começar por um espaço maior durante as atividades musicais, para que a criança
possa se locomover e usar o corpo com liberdade.
Nesse sentido, o educador deve estimular a criança a se movimentar sempre com um olhar pedagógico,
desenvolvendo algo que transpasse a espontaneidade.
Permitindo que a criança crie, estaremos estimulando o exercício e poder da imaginação e da
improvisação.
4.1 JOGOS MUSICAIS
O jogo musical é a motivação para que a criança desenvolva a capacidade de escutar e
diferenciar os sons. E este pode ser desenvolvido em estágios. Na primeira, começará brincando sozinha,
ainda que perto de outras crianças, oferecendo a elas músicas de sua preferência. Ao começar a interagir
com outras crianças, os jogos passam a ser coletivos e mais elaborados. Agora ela terá de esperar o
momento em que poderá tocar o seu instrumento, cantar etc.

As vantagens de trabalhar com jogos musicais são muitas, como dar a oportunidade da criança
conhecer um pouco mais o seu corpo e seus movimentos e, consequentemente, se relacionar melhor
com o seu aprendizado; desenvolver noções básicas de música, como a importância do ritmo, por
exemplo.

Outra modalidade de jogo, é o jogo de improviso, onde além de permitir a expressão musical da
criança, permite também que o educador observe o desenvolvimento musical do aluno. Uma forma de
jogo de improviso é propor às crianças que elas contem uma história a partir de músicas, sons ou gestos.

É importante ressaltar que há vários exemplos de jogos disponíveis ao educador, das mais
diversas metodologias em bibliotecas, artigos e fontes de pesquisa para por em prática em sala de aula.
4.2 CONSTRUÇÃO DE JOGOS COM MÚSICAS
Outro ponto importante a trabalhar é a ideia de instigar a criança a criar seu próprio
instrumento musical, pois isso desperta a curiosidade em entender melhor como acontece seu
funcionamento e o seus sons, além de abrir portas para criação execução de projetos ao longo do tempo
junto a um professor.

Poder criar seu próprio instrumento gera na criança em produzir sons e ritmos com algo de sua própria
produção. Não esquecendo nunca dos instrumentos industrializados. O foco aqui é o estímulo para a
criação.

Para criação desses instrumentos é importante a utilização de materiais de fácil acesso, por
exemplo: garrafas, cordas, madeiras, tubos, grãos etc. Isso permite o desenvolvimento de atividades
interdisciplinares, pois permite a conexão com a educação ambiental. O professor pode se aproveitar da
oportunidade para falar sobre a importância da reciclagem para o meio ambiente.

Frente à tantas possibilidades, cabe ao professor usar a criatividade e propor atividades


lembrando que “tão importante do que fazer instrumentos, é fazer música”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, chegamos ao fim, agradeço a atenção de todos até agora e deixo para reflexão as
palavras de Platão:

“A música é o meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm
sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere- lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma
verdadeira educação.”

Obrigada!

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