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2. Duas notas liminares sobre o tema
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3. Existência e antiguidade das normas sobre interpretação dos
contratos
- A natureza desses preceitos foi discutida, mas hoje parece pouco discutida;
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4. O juiz como destinatário principal das normas sobre interpretação dos contratos
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5. Localização da interpretação do contrato na oposição entre
questões de facto e de direito
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6.1. As regras (clássicas) do código civil francês e as regras (parcimoniosas) do código civil alemão
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6.2. As regras (clássicas) do código civil francês e as regras
(parcimoniosas) do código civil alemão
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6.3. As regras (clássicas) do código civil francês e as regras
(parcimoniosas) do código civil alemão
Art. 1160 – On doit suppléer dans le contrat les clauses qui y sont d’usage, quoiqu’ elles n’y
soient pas exprimées.
Art. 1161 – Toutes les clauses des conventions s’interprètent les unes par les autres, en donnant
à chacune le sens qui résulte de l’acte entier.
Art. 1162 – Dans le doute, la convention s’interprète contre celui qui a stipulé et en faveur de
celui qui a contracté l’obligation.
Art. 1163 – Quelque généraux que soient les termes dans lesquels une convention est conçue,
elle ne comprend que les choses sur lesquelles il paraît que les parties se sont proposé de
contracter.
Art. 1164 – Lorsque dans un contrat on a exprimé un cas pour l’explication de l’obligation, on
n’est pas censé avoir voulu par là restreindre l’étendue que l’engagement reçoit de droit aux
cas non exprimés.
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6.4. As regras (clássicas) do código civil francês e as regras
(parcimoniosas) do código civil alemão
§133 Auslegung einer Willensklärung. Bei der Auslegung einer Willensklärung ist der
wirkliche Wille zu erforschen und nicht an dem buchstäblichen Sinne des Ausdrucks zu
haften.
§157 Auslegung von Verträgen. Verträge sind so auszulegen, wie Treu und Glauben mit
Rücksicht auf die Verkehrssite es erfordern.
Interpretação dos contratos. Os contratos são para interpretar como exige a boa fé, tendo
em consideração os usos.
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7.1. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às
regras gerais do CC vigente
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7.2. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às
regras gerais do CC vigente
256. As palavras dos contratos e convenções mercantis devem inteiramente entender-se segundo
o estilo e uso recebido no comércio, e no mesmo modo e sentido por que os negociantes se
costumam explicar posto que de outra sorte entendidas pudessem significar outra coisa.
257. A boa fé, a simples e justa interpretação deduzida da vontade dos contraentes deve
prevalecer sempre na interpretação das convenções mercantis, ao rigoroso e estrito
significado das palavras, sem se admitirem inteligências cavilosas e contrárias ao verdadeiro
espírito do contrato.
258. Sendo necessário interpretar as cláusulas do contrato, e não se acordando as partes na
resolução da dúvida, a interpretação terá por base: - 1.º as cláusulas do mesmo contrato
ajustadas e consentidas que possam explicar as duvidosas; - 2.º os factos dos contraentes
posteriores ao contrato, que tenham relação com a questão; - 3.º o uso comum e prática
geralmente observada nos casos da mesma natureza e especialmente o costume do lugar; -
4.º o juízo de pessoas práticas no ramo de comércio relativo à dúvida.
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7.3. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às
regras gerais do CC vigente
Capítulo VI
Da interpretação dos contratos
Art. 684. É nulo contrato, sempre que dos seus termos, natureza e circunstâncias, ou do uso,
costume ou lei, se não possa depender qual fosse a intenção ou vontade dos contraentes sobre
o objeto principal do mesmo contrato.
Art. 685. Se a dúvida recair sobre os acessórios do contrato, e não se puder resolver pela regra
estabelecida no artigo antecedente, observar-se-ão as seguintes regras:
1.º Se o contrato for gratuito, resolver-se-á a dúvida pela menor transmissão de direitos e interesses;
2.º Se o contrato for oneroso, resolver-se-á a dúvida pela maior reciprocidade de interesses.
Art. 704. Os contratos obrigam tanto ao que é neles expresso, como às suas consequências usuais e
legais.
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7.4. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às
regras gerais do CC vigente
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7.5. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às
regras gerais do CC vigente
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7.6. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às regras gerais do CC vigente
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7.7. Das regras dos códigos de Ferreira Borges e de Seabra às regras gerais do CC vigente pelo CC vigente
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8.1. O que de essencial se pode retirar dos arts. 236 a 238 para a interpretação dos contratos
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8.2. O que de essencial se pode retirar dos arts. 236 a 238 para a
interpretação dos contratos – conclusão
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9. Algumas ênfases com recurso à jurisprudência do STJ
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10. A relevância da conduta das partes posterior ao contrato
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11. A interpretação para efeitos de redução e conversão dos contratos (arts. 292 e 293) e a preferência pelo
sentido que evite ou minore a invalidade do contrato
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12. Outros níveis de regulação da interpretação dos contratos no CC vigente
(outros lugares da Parte Geral do CC, obrigações em geral, contratos em
especial, e até contratos constitutivos de direitos reais)
Artigo 210.º
Coisas acessórias
1. São coisas acessórias, ou pertenças, as coisas móveis que, não constituindo partes integrantes, estão
afetadas por forma duradoura ao serviço ou ornamentação de uma outra.
2. Os negócios jurídicos que têm por objeto a coisa principal não abrangem, salvo declaração em contrário, as
coisas acessórias
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13.1 A especialidade dos contratos de adesão e dos contratos celebrados com recurso a cláusulas gerais
CAPÍTULO III
Interpretação e integração das cláusulas contratuais gerais
Artigo 10º
Princípio geral
As cláusulas contratuais gerais são interpretadas e integradas de harmonia com as regras relativas à
interpretação e integração dos negócios jurídicos, mas sempre dentro do contexto de cada contrato
singular em que se incluam.
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13.2. A especialidade dos contratos de adesão e dos contratos celebrados com recurso a cláusulas gerais – conclusão
Artigo 11º
Cláusulas ambíguas
1. As cláusulas contratuais gerais ambíguas têm o sentido que lhes daria o contratante
indeterminado normal que se limitasse a subscrevê-las ou a aceitá-las, quando colocado na
posição de aderente real.
2. Na dúvida, prevalece o sentido mais favorável ao aderente.
3. O disposto no número anterior não se aplica no âmbito das ações inibitórias.
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14.1. A interpretação do contrato e o recurso à equidade na determinação das prestações (arts. 400,
883, 993 e 1211)
Artigo 400.º
Determinação da prestação
1. A determinação da prestação pode ser confiada a uma ou outra das partes ou a terceiro; em
qualquer dos casos deve ser feita segundo juízos de equidade, se outros critérios não tiverem
sido estipulados.
2. Se a determinação não puder ser feita ou não tiver sido feita no tempo devido, sê-lo-á pelo
tribunal, sem prejuízo do disposto acerca das obrigações genéricas e alternativas.
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14.2. A interpretação do contrato e o recurso à equidade na determinação das prestações (arts. 400, 883,
993 e 1211) – cont.
Artigo 883.º
Determinação do preço [na compra e venda]
1. Se o preço não estiver fixado por entidade pública, e as partes o não determinarem nem
convencionarem o modo de ele ser determinado, vale como preço contratual o que o
vendedor normalmente praticar à data da conclusão do contrato ou, na falta dele, o do
mercado ou bolsa no momento do contrato e no lugar em que o comprador deva cumprir; na
insuficiência destas regras, o preço é determinado pelo tribunal, segundo juízos de equidade.
2. Quando as partes se tenham reportado ao justo preço, é aplicável o disposto no número
anterior.
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14.3. A interpretação do contrato e o recurso à equidade na determinação das prestações (arts. 400, 883,
993 e 1211) – conclusão
Artigo 993.º
Divisão deferida a terceiro [na sociedade]
1. Convencionando-se que a divisão dos ganhos e perdas seja feita por terceiro, deve este
fazê-la segundo juízos de equidade, sempre que não haja estipulação em contrário; se a
divisão não puder ser feita ou não tiver sido feita no tempo devido, sê-lo-á pelo tribunal,
segundo os mesmos juízos.
2. (…)
3. (…)
Artigo 1211.º
Determinação e pagamento do preço [na empreitada]
1. É aplicável à determinação do preço, com as necessárias adaptações, o disposto no artigo
883º.
2. (…)
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15. As regras processuais sobre determinação judicial das prestações (arts. 1004 e 1005 CPC)
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16. A chamada integração: natureza e relação com as normas supletivas
- Relevância para a opinião defendida dos arts. 9.º, n.º 1, e 13, n.º 2, da LCCG.
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17. Interpretação do contrato, normas supletivas («de interpretação subsidiária») e presunções legais ilidíveis sobre o
significado de estipulações negociais
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18. A interpretação dos estatutos de origem contratual
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19. A interpretação dos contratos internacionais
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20.1. Regras constantes de instrumentos de soft law
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20.2. Regras constantes de instrumentos de soft law – cont.
The Principles of European Contract Law 2002 (Parts I and II revised1998, Part III 2002)
Chapter 5 - Interpretation
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20.3. Regras constantes de instrumentos de soft law – cont.
The Principles of European Contract Law 2002 (Parts I and II revised1998, Part III 2002) –
cont.
The Principles of European Contract Law 2002 (Parts I and II revised1998, Part III 2002) – cont.
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20.5. Regras constantes de instrumentos de soft law – cont.
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20.6. Regras constantes de instrumentos de soft law
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20.7. Regras constantes de instrumentos de soft law
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20.8. Regras constantes de instrumentos de soft law
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20.9. Regras constantes de instrumentos de soft law
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21. Duas notas finais
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