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Universidade Zambeze

Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais


Engenharia Agrícola Ambiental 4ºAno-Laboral
Cadeira: PESPA 2
Tema: Conceito de Armazenagem e Capacidade estática dos grãos
Discentes: Grupo 2
• Adilson Mudumane
• António Kuraidza
• António Miquirice
• Artur Sanguro
• Edinaldo Machate Docente:
• Joaquim Braja Engª Sariela Williams
• Oldivanda Khoy
• Suhura Ramadan
Chimoio, Março de 2024
1.1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema de estudo conceito de
armazenagem e capacidade estáticas de grãos.
Segundo MOURA (2005, p.20) armazenagem é a denominação
genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto
destinado à guarda temporária e à distribuição e tem como
objectivo guardar e conservar o produto, diminuindo ao máximo
as perdas, utilizando-se, da melhor maneira possível, as técnicas
existentes e esta relacionado com a capacidade estática do
armazenamento que é a quantidade de grãos que cabe de uma só
vez dentro de uma unidade armazenadora (em toneladas).
1.2. OBJECTIVOS
1.2.1.Geral:
• Falar sobre Conceito de armazenagem e capacidade estáticas de
grãos.
1.2.2.Específicos:
• Conceitualizar a armazenagem e capacidade estática;
• Descrever o processo de armazenagem;
• Abordar sobre a capacidade estática dos silos em Moçambique.
1.3. METODOLOGIA
Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória para
responder aos objectivos definidos, este trabalho foi
elaborado através de uma revisão sistemática da literatura
sobre o tema em análise, recorrendo a:
Livros, artigos, sites institucionais e dissertações.
CAPÍTULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Conceito de armazenagem
Segundo Moura (2005, p.20) Armazenagem é a denominação
genérica e ampla que inclui todas as actividades de um ponto
destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais
(depósitos, almoxarifados, centros de distribuição, etc.).
Segundo MORABITO & IANNONI (2007) A armazenagem
tem o objectivo de proteger e dar segurança aos produtos. Além
disso, a armazenagem pode fazer parte do processo de
produção.
Algumas decisões típicas relacionadas à armazenagem de
produtos são:
A determinação do espaço de armazenagem;
O layout do armazém e projectos de docas;
A configuração do armazém;
A disposição dos produtos no estoque de acordo com o tipo
de produto ou tipo de cliente.
Armazenar é guardar e conservar o produto,
diminuindo ao máximo as perdas, utilizando-se, da
melhor maneira possível, as técnicas existentes.

A armazenagem é uma das operações pelas quais os


grãos passam na sua cadeia produtiva, a qual tem
início na escolha da área e da variedade a ser plantada
até chegar ao consumidor final (LORINE et al, 2002).
2.1.1. Formas de armazenagem dos grãos
A armazenagem dos grãos pode ser feita das seguintes
formas:
A granel (sem embalagem)
De acordo com silva et al (2000), a armazenagem a
granel (silos) são células individualizadas, construídas
de chapas metálicas, de concreto ou alvenaria.
Geralmente possuem forma cilíndrica, podendo ou não
ser equipadas com sistema de aeração. Estas células
apresentam condições necessárias à preservação da
qualidade do produto, durante alguns períodos de
armazenagem.
Outra forma de armazenagem de grãos é por:
 Sacaria (galpões ou depósitos), são unidades
armazenadoras adaptadas de construções projectadas para
outras finalidades; por isso não apresentam características
técnicas necessárias à armazenagem segura e são
utilizadas, em carácter de emergência, durante períodos
curtos. Esses depósitos recebem a denominação de paiol,
quando construídos por ripas de madeira, espaçado entre
si, o que favorece, muito, a aeração natural do produto.
2.1.3. Classificação das unidades armazenadoras
Segundo Weber (2001), as unidades armazenadoras
podem ser classificadas quanto a sua localização como:

Terminal
Produtor

Estas se encontram localizadas nas empresas agrícolas ou pessoas físicas,


junto às fazendas, e servem geralmente, a um único proprietário, sendo,
portanto, de pequeno porte.

Colectoras

Essas unidades se encontram a uma distância média das propriedades


rurais e servem a vários produtores. São de médio ou grande porte e, como
por exemplo, podemos mencionar as cooperativas.
Subterminais

Estas unidades armazenam produtos de origem das firmas ou das unidades


colectoras. Localizam-se em pontos estratégicos do sistema viário, em locais
atendidos pelo sistema ferroviário, sempre que possível do sistema rodoviário
que apresenta enormes vantagens aos produtores, consumidores e ao
complexo exportador, em função da diminuição dos custos de transporte.

Esta redução não se deve apenas em relação aos valores do transporte, mas a
todo o sistema, especialmente na expansão e conservação das rodovias.
Terminais
São as unidades localizadas junto aos grandes centros
consumidores, de onde o produto sai para o consumo
imediato.
Durante o armazenamento os grãos não melhoram sua
qualidade e sim no máximo a mantém. Logo, somente
boas práticas de armazenamento conservam a qualidade
física e fisiológica dos grãos (BAUDET & VILELA,
2000).
2.1.4. Vantagens do armazenamento
Segundo Júnior & Nogueira (2007); D’Arce (2008), dentre as
vantagens do armazenamento de grãos, devem ser citadas:

Minimização das perdas quantitativas e qualitativas que ocorrem


no campo, pelo atraso da colheita ou durante o armazenamento em
locais inadequados;
Maior rendimento na colheita por evitar a espera dos caminhões;
Obtenção de financiamento por meio das linhas de crédito
específicas para a pré-comercialização.
Disponibilidade do produto para utilização oportuna.
Menor dependência do suprimento de produtos de outros locais.
2.1.5. Funções da armazenagem e das unidades armazenadoras

Segundo Biage et al (2002), existem funções


intrínsecas e extrínsecas que estão ligadas directamente
a armazenagem de grãos, são elas:
2.1.5.1. Funções Intrínsecas
Conservação da Qualidade
Armazenagem em temperatura e humidade
desfavoráveis pode acarretar perdas qualitativas em
grãos e sementes.
Controle de Perdas
 No caso de perdas quantitativas, podem chegar até 30% na pós-colheita de
grãos (colheita até a comercialização), a utilização de tecnologia adequada
minimiza esse prejuízo.

Estocagem de Excedente
 Caracterizado quando a produção é maior do que o consumo. Muitas vezes os
factores geográficos e meteorológicos, impedem com que possa haver
produção o ano todo, desta forma o período de colheita é curto, porém, o
produto não comercializado totalmente durante a colheita deve, portanto, ser
“guardado” para ser consumido durante o ano, ou até a próxima colheita,
sempre que possível, mantendo ao máximo as suas características qualitativas.
2.1.5.2. Funções extrínsecas
Logística de Produção
Logística de Transporte
Suporte de Comercialização
Estoques Reguladores
Auxílio às Políticas Governamentais
Logística de Produção
As regiões produtoras nem sempre estão próximos dos
centros consumidores, a instalação de unidades colectoras
próximos aos centros produtores, facilitara o fluxo do
produto entre as regiões.
Logística de Transporte

O aumento da produção aliado ao curto período de colheita


exige unidades armazenadoras bem distribuídas e em
número suficiente para diminuir gastos com transportes.
Suporte de Comercialização
A armazenagem de grãos em pontos estratégicos facilita a
comercialização, o processo de escoamento e o intercambio
entre compradores e vendedores.

Estoques Reguladores

Estes estoques permitem ao governo exportar em ocasiões de


melhores preços, e evitar o aumento exagerado de algum produto
no período de entressafra.
Auxílio às Políticas Governamentais
O armazenamento permite que o governo mantenha
a política de preço mínimo, proponha o zoneamento
agrícola e fomento a produção.
2.1.6. Medidas de maneio e conservação de grãos
Temperatura
Humidade
Água
Ventilação
Cuidados com ratos e insectos
Aeração
Limpezas
2.1.7. Consequências da falta de cuidados durante o armazenamento de grãos

A consequência imediata da falta de cuidado no armazenamento de


grãos é que eles se deterioram ou apodrecem, tornando-se
impróprios para o consumo.
Além disso, a falta de cuidado com o armazenamento de grãos pode
levar a outros problemas como riscos para a saúde.
Outras consequências são prejuízos financeiros e infestação de
pragas e fungos na produção. A qualidade do grão fica
comprometida.
O produtor deve ficar atento às pragas nos grãos armazenados. As
mais comuns são:

Gorgulho ou caruncho-de-grãos (Sitophilus spp.);

Broca-dos-cereais (Prostephanus truncatus);

Besouro-de-cereais (Rhyzopertha dominica);

Traça-dos-cereais (Sitotroga cerealella).


2.2. Capacidade Estática de Armazenagem

O armazenamento esta diretamente relacionado com à


capacidade de armazenagem, denominados como:
Capacidade Estática de Armazenagem
Capacidade Dinâmica de Armazenagem
Capacidade Estática de Armazenagem:
Quantidade de grãos que cabe de uma só vez dentro de
uma unidade armazenadora (em toneladas);

Capacidade Dinâmica de Armazenagem:


Quantidade de grãos que entrou e saiu de uma unidade
armazenadora no período de um ano (em toneladas por
ano).
2.2.1. Capacidade Estática de Armazenagem em Moçambique

 Nos últimos anos tem-se verificado um aumento na produção


de grãos, especialmente milho, feijões e amendoim. No entanto
em Moçambique, ainda existe um grande défice no que
concerne à satisfação das necessidades de consumo, o que leva
à necessidade de importações (Anuário de Estatísticas Agrárias
de 2012-2014).
 Segundo o Plano de Ação para a Produção de Alimentos
(2008-2011), uma parte considerável da produção é perdida
após a colheita, devido às condições de armazenagem.
O estudo analisou e considerou as culturas de arroz, milho e
feijão, por constituírem a base alimentar e serem das mais
praticadas pelos produtores. Na análise considerou-se a
capacidade de armazenagem das seguintes instituições:

Instituto de Cereais de Moçambique (ICM);


Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM);
Portos de Moçambique (através do CFM) e;
Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
Na análise, a variável dependente e as variáveis
independentes foram categorizadas nas seguintes quatro
vertentes:
Capacidade de armazenagem das zonas de produção, para
apoiar a exportação destes produtos para outras zonas
consumidoras do país;
Capacidade de armazenagem de grãos importados nos
principais portos;
Capacidade de armazenagem para suprir as zonas de maior
necessidade de abastecimento.
Quadro 1. Relação da capacidade de armazenagem e a produção
por Província
CAPÍTULO III-CONCLUSÃO

3.1. Conclusão
Do presente trabalho conclui-se que a armazenagem é
fundamental e é de extrema necessidade ser realizada de
forma correcta para se evitarem perdas, manter a
qualidade dos alimentos, suprir as demandas ao longo do
ano e, particularmente, na estação de colheita e ainda para
se manter as qualidades biológicas, físicas e químicas que
os grãos possuem logo após a colheita.
Obrigado pela Atenção!

Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o


seu companheiro (provérbios 27:17)
“Não permita que o seu companheiro adira o
insucesso. AJUDE-O, NÃO CUSTA NADA”

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