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PSICOLOGIA EXISTENCIAL E

HUMANISTA

Aula
HUMANISMO
PARTE I
• Século XIV - Itália - movimento estético, literário e filosófico

• Tal movimento exaltava o valor humano como meio e finalidade.

• Difundiu-se por toda a Europa o início da


cultura moderna.

• Valor fundamental = ser humano = seu sentimento.


Originalidade Superioridade sobre os outros animais. Pode construir
seu destino (é o centro do universo)
• Ser humano - em sua totalidade

• O Humanismo foi fundamental para o reconhecimento do valor do


indivíduo em sua totalidade e a tentativa de compreendê-lo em seu
mundo, que é o da natureza e da história.
BASES E PRINCÍPIOS
1- O sujeito pensado como fim e nunca como meio ou como instrumento;

• Coloca o sujeito como centro das reflexões.


• Não se trata de opor o sujeito à Deus, mas valorizar a pessoa em si,
buscando as qualidades negadas pelo pensamento católico medieval.
2 - Deriva da ideia que confere centralidade ao sujeito
no mundo, cuja raiz encontra-se na filosofia grega de
Protágoras “O homem é a medida de todas as coisas,
das que são enquanto são e das que não são
enquanto não são”;

• A verdade é determinada pelo ser humano, por sua


capacidade de argumentação. A percepção da
realidade. Toda verdade depende do sujeito cognitivo.
3- Outro elemento primordial do humanismo oriundo
do pensamento aristotélico, é a exaltação da razão
como atributo maior e exclusivo do sujeito.

• Superioridade sobre os animais.


• Um ser que pode construir seu próprio destino.
Novo sujeito - de mentalidade renovada (coragem, virtude...)
Liberto das tradições feudais
Capaz de buscar explicações racionais sobre o universo e expandir sua energia criadora.

• A filosofia humanista deu origem a um sujeito de mentalidade renovada:

- que tinha como principais virtudes à coragem, a eficiência, a inteligência e o talento para acumular
riquezas.

- elementos esses inteiramente de acordo com a ordem econômica introduzida pela burguesia.

- o "novo indivíduo'', liberto das tradições feudais,

- era capaz de expandir livremente a sua energia criadora e

- procurar explicações racionais sobre o universo que o cercava, graças as suas qualidades pessoais e
intransferíveis".
• A Psicologia se desenvolveu e se estabeleceu a partir de 4 forças.

• 1ª Força = Behaviorismo (Iniciada por Watson e seu maior expoente foi Skinner).

• 2ª Força = Psicanálise (Criada por Freud com seu determinismo pulsional e sexual)

• Apesar de sua grande importância, as 2 forças despertaram no meio diversas


OPOSIÇÔES ao mecanicismo de suas propostas deterministas de compreensão do
psiquismo e ao pouco otimismo quanto a natureza humana e as suas
potencialidades intrínsecas.

• Para os opositores, essa potencialidade teria sido negligenciada, ignorada ou


deturpada, cujas teorias foram fundamentadas em estudos de animais e doentes
mentais.
• Os opositores reuniram-se com novas propostas:

• 3ª Força = Psi Humanista

• 4ª Força = Transpessoal

• Ao contrário do Behaviorismo e psicanálise, estas 2 não podem ser associadas a um determinador autor ou
escola.

• Ambas foram movimentos congregadores de profissionais de abordagens diversas e independentes nascidos da


insatisfação e do sentimento de isolamento dos investigadores, teóricos que não estavam identificados com as
tendências predominantes no cenário psi.

• Anseio de constituir um grupo de PERTENÇA, intercâmbio e fortalecimento mútuo, ser prejuízo às tendências
própria as quais se identificavam.

• Heterogeneidade = dificuldade para o estudante e o profissional


(Há uma confusão que não pretendemos acabar)
Histórico:

• Psi Humanista = surgiu no final da década de 50 início de 60, graças a Maslow.

• - coincidiu com movimento da contracultura (revoltas, mudanças, hippies, Vietnã);


• - espírito do tempo = Zeitgeist

A Psi Humanista se engaja em favor da mudança social e cultural.

• Surgiu como um Movimento do Potencial Humano (Eupsicologia);

• privilegiando capacidades e potencialidades.


• Temas básicos:

• - ênfase na saúde e não na patologia,

• - ênfase na experiência consciente,

• - crença na integralidade da natureza com a conduta social,

• - crença no livre arbítrio, na espontaneidade e na criatividade humanas,

• - estudo de tudo que tiver relevância humana.


Concepção do sujeito = ponto polêmico
• Não pode ser visto como um animal feroz, movido por necessidades
instintivas de prazer e agressão e jogo de forças instintivas e sociais.

• Nem como uma máquina, robô, marionete que pode ser moldado,
manipulado, controlado.

• “O homem é naturalmente bom, a sociedade é que o corrompe” –


(Rousseau).

• O homem é um ser em busca de si mesmo.

• As interpretações enfocam a finalidade do comportamento ao invés


da sua causa passada.
Características da Psicologia Humanista:
• Toma como centro a pessoa;

• Se volta contra a exigência clássica da objetividade e tem seu modelo


baseado na experiência;

• Confere maior importância ao sentido e a significação do que


procedimentos metodológicos;

• Todo conhecimento é relativo. A experiência permite aproveitar as


infinitas possibilidades de representação mental e a criatividade para
ampliar nosso conhecimento;

• Confluência com o paradigma holístico.


Principais representantes:

• Abraham Maslow(1908-1970): “Fundador e


líder”. “Pai espiritual da Psicologia
Humanista”.

• - crítico vigoroso do comportamentalismo e


da psicanálise.

• - o estudo psicológico focado em ex.


anormais e emocionalmente perturbados,
ignoram qualidades humanas positivas, como
felicidade, satisfação e paz de espírito.
• - se sentia pouco afinado com o Behaviorismo que era
apenas confrontado com a psicanálise.

• - isolamento (dificuldade de publicar suas ideias);

• - meados de 50 – organizou lista de nomes de


psicólogos + afinados com suas ideias e formou uma
rede de intercâmbio de artigos e discussões = Rede
EUPSIQUIANA = embrião do movimento Humanista.
• Maslow acreditava que a natureza humana seria subestimada se
não analisamos os melhores exemplos da humanidade, as pessoas
mais criativas, saudáveis e maduras da sociedade, o que torna
possível determinar o alcance completo do potencial humano.

• A teoria da personalidade de Maslow não tem origem em


histórias de casos de pacientes clínicos, mas em pesquisas com
adultos criativos, independentes, auto-suficientes e realizados.

• Maslow concluiu que cada pessoa nasce com as mesmas


necessidades instintivas que nos capacitam a crescer, a nos
desenvolver e a realizar nossos potenciais.

• A história de Maslow é marcada por sentimentos de inferioridade


e compensação.
• Nascido em Nova York, era o mais velho de uma prole de sete filhos. Os pais eram
imigrantes com pouca cultura, mas o pai incutiu em seu filho um intenso impulso
pela obtenção de sucesso ao migrar aos 14 anos a pé e de carona da Rússia até a
Europa Ocidental.

• Sua infância foi difícil, e achava um milagre não ser um psicótico. Isolado e infeliz,
cresceu sem amigos próximos e sem pais afetuosos. O pai era distante e
abandonava periodicamente o seu infeliz casamento. No final, reconciliou-se com
o pai, mas enquanto criança e adolescente sentiu apenas hostilidade por ele.

• A relação com a mãe foi pior. Era supersticiosa e o punia prontamente pelas
mínimas faltas que fizesse. Proclamava que Deus iria castigá-lo e o rejeitava
abertamente, favorecendo os irmãos mais novos. Maslow nunca perdoou o
tratamento.

• A experiência influenciou não apenas sua vida emocional, como também o seu
trabalho em psicologia. "Toda a essência da minha filosofia de vida, todas as
minhas pesquisas e teorizações ( ... ) têm origem no ódio e na revolta contra tudo
o que ela representou"
• Esquelético e narigudo, sofreu um enorme complexo de
inferioridade em sua adolescência. Buscou compensar essas
deficiências com realizações atléticas, mas não foi bem sucedido.

• Podemos dizer que Maslow foi um exemplo vivo do conceito de


compensação por sentimentos de inferioridade de Adler, teoria
que lhe despertou um profundo interesse posteriormente.

• Então voltou-se para os livros; e fez da leitura e da educação seu


caminho de saída do gueto da pobreza e da solidão.

• A pedido de seu pai, começou a estudar Direito. mas depois de


duas semanas concluiu que não era o que queria, o que ele
gostava de fazer na verdade era estudar tudo.
• Descobriu a psicologia comportamentalista de Watson, que o encantou,
levando-o a estudar em psicologia experimental a dominação e o
comportamento sexual em primatas.

• O desejo de aprender de Maslow equiparava-se à paixão por sua prima


Bertha, com quem se casou aos 20 anos. Essa união lhe deu um sentimento
de inserção e um sentido de direção.

• Maslow foi influenciado pela leitura dos trabalhos de Freud, dos psicólogos
da Gestalt e por diferentes filósofos.

• A eclosão da Segunda Guerra Mundial e o nascimento de seu primeiro filho


foram fundamentais para o seu trabalho: Diria que qualquer um que tenha
tido um bebê jamais poderia ser comportamentalista".
• Seu QI, obtido em diferentes testes, era de 195, descrito por Thorndike
como um gênio, o que o surpreendeu.

• Em Nova York na virada da década de 1930 para a de 1940, entrou em


contato com os intelectuais emigrantes da Alemanha nazista:

Erich Fromm, Karen Horney Alfred Adler.


• Maslow se entusiasmou com as teorias de Adler, e também
conheceu o psicólogo da gestalt Max Wertheimer e a
antropóloga norte-americana Ruth Benedict.

• Sua admiração por eles despertou suas ideias sobre


autorrealização.

• O envolvimento dos EUA na Segunda Guerra Mundial mudou


sua vida. Ele resolveu devotar-se ao desenvolvimento de uma
psicologia que pudesse tratar dos mais elevados ideais
humanos, que aprimorasse a personalidade, demonstrando
que as pessoas são capazes de exibir comportamentos
melhores que o preconceito, o ódio e a agressão.
• Recebeu uma bolsa de estudos de uma fundação para
mudar-se para a Califórnia e ocupar-se de sua filosofia
de política, economia e ética baseada numa psicologia
humanista.

• Tornou-se uma figura imensamente popular na


psicologia e entre o público em geral.

• Recebeu muitos prêmios e honrarias e foi eleito


presidente da American Psychological Association em
1967.
O Desenvolvimento da Personalidade: A Hierarquia das
Necessidades

Cada pessoa traz em si uma tendência inata à


autorrealização e para isso deve desenvolver
plenamente todas as suas capacidades e potenciais.
Propôs uma hierarquia de cinco necessidades inatas que ativam e
direcionam o comportamento humano.

Para Maslow, as poucas pessoas que conseguiam atingir ao 5º. Estágio eram livres
de neuroses e psicoses e atingiram a maturidade.
O Estudo dos Autorrealizadores

• Os autorrealizadores diferem dos outras em termos de motivação básica.


Maslow propôs um tipo diferente de motivação para autorrealizadores chamada
metamotivação (também chamada de motivação B' ou do Ser).

• Metamotivação. A motivação que envolve o ato de maximizar o potencial


pessoal, em vez de esforçar-se por um objetivo particular, indica algo além da
ideia de motivação da psicologia tradicional.

• Os autorrealizadores são preocupadas em satisfazer o seu potencial e em


conhecer e entender o seu meio. Em seu estado de metamotivação, não estão
buscando reduzir tensão, satisfazer uma deficiência ou lutar por uma finalidade
específica, mas sim enriquecer a vida por meio de ações que aumentem a tensão
para experienciar uma variedade de eventos estimulantes e desafiadores.
• Estão num estado de "ser", espontâneo, natural e alegremente
expressando a sua completa humanidade.

• O fracasso em satisfazer suas necessidades é danoso e produz


um tipo de metapatologia, que impede o desenvolvimento
pleno da personalidade e a expressão e uso de seu potencial.

• Eles podem vir a sentir-se desamparados e deprimidos,


incapazes de localizar a origem desses sentimentos ou de
identificar um objetivo que possa aliviar a angústia.
Características de pessoas autorrealizadoras:

• Percepção clara da realidade.

• Aceitação de si, dos outros e da natureza.

• Espontaneidade, simplicidade e naturalidade.

• Dedicação a uma causa.

• Independência e necessidade de privacidade.

• Vigor de apreço.
• Experiências culminantes.

• Interesse social.

• Relações interpessoais profundas.

• Tolerância e aceitação dos outros.

• Criatividade e originalidade.

• Resistência a pressões sociais


• A autorrealização exige coragem. Mesmo quando as
necessidades inferiores já tenham sido satisfeitas, não
podemos cruzar os braços e esperar ser arrastados em
direção ao êxtase e à satisfação por algum caminho coberto
de flores.

• O processo de autorrealização exige esforço, disciplina e


autocontrole. Assim, para muitas pessoas, pode parecer
mais fácil e seguro aceitar a vida como ela é, em vez de
procurar novos desafios.

• Os autorrealizadores testam a si mesmos constantemente,


abandonando rotinas seguras, comportamentos e atitudes
familiares.
• A visão de Maslow sobre personalidade é humanista e
otimista.

• Prioriza a saúde psicológica, não a enfermidade; o


desenvolvimento, não a estagnação, as virtudes e os
potenciais, não as fraquezas e limitações.

• Ele possui um forte senso de confiança em nossa


habilidade de moldar a vida e a sociedade.
• Maslow acreditava que somos capazes de moldar nosso livre-
arbítrio mesmo diante de fatores biológicos e de constituição
negativos:

• "...a realidade da injustiça e da deslealdade biológicas: de que


alguns bebês nasçam saudáveis e outros não, alguns nasçam
inteligentes e outros estúpidos, e alguns bonitos e outros feios
( ... ) É algo sobre o qual nada podemos fazer. É determinado. É
uma limitação do livre-arbítrio. [Mesmo assim, todos têm] uma
grande margem para exercer o livre-arbítrio, a responsabilidade
e a oportunidade de tornarem-se agentes ativos, em vez de
joguetes na vida. Há muita margem de manobra para que eu me
ajude antes de desistir e afundar, para que eu faça o melhor que
puder, em vez de me lamentar O que faço com meus dotes
genéticos e com meu corpo é definitivamente mais importante
que meramente o que me é dado pela minha herança genética"
(citado em Hoffman, 1996, pp. 64-65).
• Temos o livre-arbítrio de escolher a melhor maneira de
satisfazer nossas necessidades e realizar nosso potencial.
Podemos tanto criar um self realizador como privarmo-nos
de buscar esse estado supremo de realização. Assim,
somos responsáveis pelo nível de desenvolvimento pessoal
que atingimos.

• Ainda que as necessidades na hierarquia concebida por


Maslow sejam inatas, os comportamentos pelos quais as
satisfazemos são aprendidos.

• Portanto, a personalidade é determinada pela interação da


hereditariedade com o meio, das variáveis pessoais com as
situacionais.
• Maslow parece favorecer a singularidade da personalidade.
As motivações e necessidades são universais, porém as
maneiras pelas quais as necessidades são satisfeitas variarão
de pessoa para pessoa, porque esses modos de
comportamento são aprendidos.

• Reconhece a importância das experiências infantis sobre o


desenvolvimento, mas não nos vê como vítimas das
mesmas.

• Embora a natureza humana seja boa, decente e afável, ele


não nega a existência do mal. Acreditava que algumas
pessoas fossem incorrigivelmente más. Sugeriu que a
perversidade não era um traço herdado, mas o resultado
de um ambiente não apropriado.
• Em apoio à teoria de Maslow, uma pesquisa com
estudantes universitários dos sexos masculino e
feminino verificou que a satisfação das necessidades
de segurança, afiliação e estima estava relacionada
negativamente a neuroticismo (tendência para emoções
negativas-instabilidade emocional) e depressão (Williams e
Page, 1989).

• Essa pesquisa, usando um teste projetado para medir


as três necessidades, também mostrou que as
necessidades de estima eram mais fortes do que as
necessidades de afiliação.
• Um estudo correlacionou os resultados de teste de estudantes
universitários com seus resultados no Inventário de Personalidade de
Eysenck.

• Novamente, os resultados mostraram que as pessoas com maior


satisfação das necessidades apresentavam menor neuroticismo
(Lester, 1990).
A Hierarquia das necessidades
permanece até hoje?
Frankl critica também a idéia geral da “hierarquia das necessidades” de
Abraham Maslow (1908-1970), afirmando que o preenchimento vertical dessas
necessidades não é de muita ajuda, quando o que se procura é encontrar
sentido: não se trata de ordenar as necessidades em maiores ou menores, e
sim, de identificar qual delas tem sentido, um objetivo por trás de sua
realização.

Na Logoterapia, a classificação que Maslow faz das necessidades “não explica


o fato de que, quando as mais baixas não são satisfeitas, uma necessidade
mais elevada, o desejo de sentido, pode transformar-se na mais urgente de
todas” (Frankl, 2005, p. 27).
Frankl entende, portanto, uma excessiva preocupação com a
autorrealização como um possível sinal de uma frustração da vontade
de sentido, fazendo uso da metáfora do bumerangue, que só volta ao
caçador que o atirou se seu alvo não tiver sido atingido.
Da mesma forma, o homem só se volta para si como centro maior de
suas preocupações se tiver falhado na busca de sentido.

“A autorrealização não constitui a busca última do ser humano. Não é sequer


sua intenção primária. A autorrealização, se transformada num fim em si
mesmo, contradiz o caráter auto transcendente da existência humana. Assim
como a felicidade, a autorrealização aparece como efeito, isto é, o efeito da
realização de um sentido. Apenas na medida em que o homem preenche um
sentido lá fora, no mundo, é que ele realizará a si mesmo. Se ele decide realizar
a si mesmo, ao invés de preencher um sentido, a autorrealização perde
imediatamente sua razão de ser” (Frankl, 1988, p. 38).
Psicoterapia Centrada na
Pessoa
Carl Rogers (1902-1987)
• Próximo de Maslow, propõe que cada pessoa tem uma tendência inata
para atualizar as capacidades e potenciais do eu.

• Suas teorias advém da clínica de sujeitos em sofrimento emocional.

• Sua terapia propõe que qualquer mudança deve ser de inteira


responsabilidade do cliente e todos são capazes de racionalmente
alterar seus pensamentos e comportamentos indesejáveis.

• Rogers não acredita em forças inconscientes e sim que a personalidade


é moldada pelo presente e pela forma de interpretá-lo.

• A principal força motivadora de mudanças de uma pessoa é seu


impulso à auto-realização, que embora inato deve ser reforçado pela
educação e pela aprendizagem;
• Valoriza a relação mãe-filho, cabendo a mãe satisfazer
a demanda básica de amor sem impor condições –
estima positiva;

• se houver imposição de condições – estima positiva


condicional – a criança fica dependente de condições
de valor – só serei amado se fizer tudo correto - e
assim o seu caminho em busca da plena
autorrealização – funcionamento pleno - ficará
comprometido.
• Assim, a condição básica para a saúde emocional é a
estima positiva incondicional.

• Só no pleno funcionamento a pessoa mantém-se


aberta para a experiência, podendo viver plenamente
cada momento.

• A obra de Rogers é considerada de enorme


importância no processo de humanização da
psicologia.
• Qual a grande contribuição do psicólogo para a
pessoa e suas questões pessoais?

- Oferecer uma caixa de ressonância onde a própria


pessoa possa se ouvir, voltar às suas fontes humanas
e, assim, vislumbrar um caminho.

O psicólogo sai do lugar de detentor de um saber capaz


de penetrar no misterioso mundo das causas
escondidas do comportamento e de lá trazer luz para
a pessoa em sofrimento.
• Dá um outro sentido à relação de ajuda: passamos a
FACILITAR ao outro o acesso às suas próprias fontes
interiores.

• Para Rogers, apenas isso já desencadeia profundas


transformações.

• (História da batata)
• O atendimento: Pressuposto
Determinista

O homem é visto como resultado ou efeito de causas anteriores.

Diagnóstico – Estratégia – Intervenção – Mudança esperada

Comportamento:

causas internas = cognições, representações sociais, motivações inconscientes,


resíduos da história passada.
Causas externas = S do meio ambiente.

Atendimento: pressupõe um olhar analítico da situação que se configura como


um diagnóstico.

Intervenção: Estratégia para dirigir a ação e os efeitos esperados são as


consequências.

Alta: decidida pelo psicólogo.


Pressuposto
Humanista

Autonomia = O ser humano tem algum poder sobre as determinações


que o afetam.

O nosso trabalho: promover a liberação desse poder apostando na


autonomia.

Autonomia = capacidade que o ser humano tem de orientar sua própria


vida de forma positiva para si e para a coletividade.

Atendimento = não se baseia em um diagnóstico, mas na afirmação de


uma tendência inata ao crescimento.
(atenção aos significados presentes / relação compreensiva).

Intervenção = não há intervenção direcionada e sim uma relação aberta


e centrada na pessoa.

Alta = decidida em conjunto.


• Para Rogers, a abordagem centrada na pessoa é muito mais uma ética do
que uma técnica.

• Relação baseada no valor único da pessoa (a pessoa não pode ser tratada
como uma coisa).

• Respeito – olhar o ser humano como portador de um valor próprio e


inalienável. Ou seja, respeitá-lo naquilo que ele é.

• Para Rogers, as atitudes são mais decisivas do que os comportamentos.

• O que importa é que o AGIR decorra daquilo que a pessoa tem como valor.
ATITUDES CLÁSSICAS:

Autenticidade Compreensão
empática

Aceitação
incondicional
Autenticidade, • Quanto mais o terapeuta for ele mesmo na relação
com o outro, quanto mais puder remover as barreiras
sinceridade ou profissionais e pessoais, maior probabilidade que o
congruência. cliente mude e cresça de um modo construtivo.

• Quando o terapeuta tem uma atitude de aceitação


Aceitação em relação ao que quer que o cliente seja naquele
momento, a probabilidade de ocorrer um movimento
Incondicional terapêutico ou uma mudança aumenta.

Compreensão • O terapeuta capta com precisão os sentimentos e


significados pessoais que o cliente está vivendo e
Empática comunica essa compreensão ao cliente.
• De acordo com essa psicoterapia, o ser humano
sempre vai eleger a direção de sua liberdade e vai
selecionar para si mesmo os caminhos construtivos.

• Características:

• Os indivíduos possuem dentro de si os recursos para


autocompreensão e para mudar seu autoconceito,
suas atitudes e seu comportamento;

• Tais recursos podem ser ativados se houver um clima


facilitador;
Escuta Ativa =

O terapeuta pode entrar tão


profundamente no mundo interno do
paciente que se torna capaz de
esclarecer não só o significado
daquilo que o cliente está consciente
como também do que se encontra
abaixo do nível da consciência.
Como a mudança ocorre?
• Quando as pessoas são aceitas e consideradas tendem a desenvolver
uma atitude de maior consideração em relação a si mesmas.

• Quando são ouvidas de modo empático, isto lhes possibilita ouvir


mais cuidadosamente o fluxo de suas experiências internas.

• À medida que a pessoa compreende e considera seu eu, este se


torna mais congruente com suas próprias experiências.

• A pessoa torna-se mais verdadeira.

• Essas tendências, que são a recíproca das atitudes do terapeuta,


propicia crescimento promovendo uma liberdade para que seja uma
pessoa verdadeira e integral.
Tendência realizadora:
• A vida é um processo ativo e não passivo;

• Pouco importa que o estímulo venha de dentro ou de fora, que o


ambiente seja favorável ou não;

• O comportamento de um organismo estará sempre voltado para sua


manutenção, seu crescimento e reprodução;

• Essa tendência está em ação em todas as ocasiões.

• A tendência realizadora pode ser frustrada ou desvirtuada, mas não


pode ser destruída sem que se destrua também o organismo;
• Essa tendência poderosa é o alicerce da abordagem centrada na pessoa.

• Para Rogers, o substrato de toda motivação é a tendência do organismo à


autorrealização.

• Esta tendência pode expressar-se através de uma série ampla de


comportamentos e como resposta a uma grande variedade de necessidades.

• Para que haja segurança, é preciso que algumas das necessidades básicas
sejam no mínimo parcialmente satisfeitas antes que outras se tornem
urgentes.

• As satisfações das necessidades serão procuradas de modo a promover e


não a diminuir a autoestima.

• Tais comportamentos são expressões da tendência autorrealizadora.

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