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Desenho e Aprendizagem
Desenho e Aprendizagem
ANABEL GUILLÉN
PSICÓLOGA, PSICOPEDAGOGA, PSICANALISTA
BREVE HISTÓRICO
•Liberdade de tempo
•Tamanho diminuto
Pode ser caso de inteligência elevada, mas com problemas
emocionais.
Pode indicar inibição da personalidade, desajuste ao meio.
Repressão à agressividade.
Timidez e sentimento de inferioridade.
•Tamanho grande
Se estiver bem centrada, pode ser ambições que serão
alcançadas.
•Detalhe excessivo
Sentimento de rigidez
Atitude basicamente defensiva.
Movimento nos Desenhos
Riscar o papel
•Indica dificuldade de adaptação.
Transparências
•Característica de certas etapas da evolução do grafismo. Em
adulto, é sintoma de ausência de senso de realidade (desde
quando não generalizada, não representa psicopatologia).
•Desenho da anatomia interna – início quase seguro de
esquizofrenia.
Correção e retoques
•As correções podem expressar natureza adaptável e flexível.
•Se em grande número, expressam incerteza, indecisão,
insatisfação pessoal, dificuldades projetivas em certas áreas e
perfeccionismo.
Sombreamento ou borradura
•O sombreamento pode indicar inteligência.
•São consideradas expressões de ansiedade, indicando conflito.
•Se muito acentuados, pode se pensar em angustia e depressão.
Estereotipias
•Consiste em repetição mecânica do mesmo esquema, quase
sempre sem conteúdo e realizado com regularidade.
•Em sujeitos com mais de doze anos expressam deficiências de
expressão, falta de independência no julgar, primitivismo,
realismo estreito, limitado horizonte psicológico (junto a outros
indícios, pensa-se em atraso no desenvolvimento mental).
Localização
2. Rosto
Representa a capacidade de inter-relação social.
3. Olhos
Representam como o sujeito encara o mundo, a vida.
4. Cabelos
Tem um significado psicosexual.
5. Bigode e Barba
Raramente aparece em desenhos de adolescentes e adultos.
6. Nariz
Essencialmente possuidor do simbolismo sexual.
7. Orelhas
Seu aparecimento, no desenho, indica passividade.
•Omissão – É comum.
8. Boca
Refere-se às tendências captativas, como nutrição, satisfação da
libido oral, relações sociais (dar e receber afeições) e, mesmo,
relações sexuais.
•Língua – Dificilmente aparece, só em esquizóides,
esquizofrênicos, ou desvio de conduta sexual; pode ser um
problema de fato.
•Dentes – A partir dos 7 anos, raramente aparece. Comumente
aparece em pessoas imaturas afetivamente. Situação de fato, ou
problema somático. Pode ser uma forte agressividade.
9. Queixo
É um símbolo sexual.
•Queixo quadrado – Afirmação social, teimosia, firmeza,
decisão.
•Queixo redondo – Traço de feminilidade.
10. Pescoço
Elemento de ligação entre as forças afetivas e os impulsos
controladores do corpo.
11. Ombros
Indica poder físico; força do ego.
13. Pernas
Representam o contato com a realidade. A possibilidade de
realização de desejos, auto-afirmação.
14. Pés
Indicam a segurança geral do indivíduo em caminhar no
meio ambiente.
15. Tronco
Representação da força Egóica
16. Costelas
Sua representação no desenho é rara. Dá-se no caso de
esquizofrenia e indica problema grave.
17. Cintura
Controladora dos impulsos sexuais e corporais.
18. Roupas
A roupa teria surgido por necessidade de proteção, pudor e
socialização. A indumentária nasceu da harmonia desses três
aspectos e tem seu aspecto social.
RAIZ
A raiz corresponde à parte inconsciente do eu, às forças
impulsivas, instintivas e não elaboradas – ao Id da teoria
freudiana.
COPA
Suas extremidades formam a zona de contato com o
ambiente, zona de relacionamento entre o que é interior
(estrutura) e o que é exterior.
GALHOS OU RAMOS
Representam os recursos do indivíduo para buscar
satisfação no ambiente, para aproximar-se dos outros, para
se expandir e, deste modo, realizar-se. Representam os
membros da árvore, que equivalem, no autoconceito do
indivíduo, aos braços no desenho da pessoa.
FLORES
Representam a energia vital; imaturidade emocional.
FOLHAS
Representam vivacidade e produtividade.
FRUTOS
Indicam o desejo de maturação; de mostrar capacidade.
USO DA COR
Vermelho - Impulsividade.
I - Objetivos
Conhecer a situação do sujeito dentro
de seu meio familiar. O que vê nesse
meio. Como se vê; sua percepção da
sua relação com as figuras parentais.
Dados para interpretação do Desenho da Família
I. Objetivo
Animais são símbolos e personificações projetados de
impulsos e sentimentos inconscientes.
•Borboleta - espiritualidade.
4 anos – cruz
4 anos e ½ - quadrado
Olho guia a mão
5 anos – triângulo
7 anos - losango
H – Inicialmente há apenas uma distinção topológica
(figuras abertas e fechadas). As propriedades euclidianas
(beiradas, ângulos, distâncias) surgirão posteriormente.
VI – EVOLUÇÃO DA FIGURA HUMANA
(BONECO)
Celine
(4 anos)
1 – TRANSFORMAÇÃO DO GIRINO EM
BONECO ESQUEMÁTICO
Diferenças segundo as idades na capacidade das crianças em modificar suas figuras de modo a mostrá-las
se curvando para apanhar uma bola: por volta dos quatro anos a figura e a bola estão simplesmente lado
a lado (a), um dos braços é alongado (b) ou a posição da bola é elevada (c); aos seis ou sete anos a figura
ainda é rígida, mas os braços são colocados lateralmente (d); após os seis ou sete anos a figura é flexionada
nos joelhos ou na cintura (e).
a
b
As crianças às vezes colocam linhas de movimento em suas figuras (a) ou indicam o
movimento com uma linha tracejada (b).
Os jogadores de Futebol, de um menino de onze anos e sete meses. A posição inicial da bola,
à direita, e sua posição final, à esquerda, estão ligadas por uma linha.
a
c
b
8 anos e 5 meses 4 anos 8 anos e 5 meses
(idade mental: 4 anos e 10 meses) (idade mental: 5 anos e 6 meses) (idade mental: 7 anos e 7 meses)
O desenho de figura humana feito por uma criança com graves dificuldades de aprendizagem
(a) é semelhante a um feito por uma criança mais jovem na creche (b) e muito maduro que o
de uma criança normal.
A – Espaço Postural-Bucal
Inicialmente não há noção de espaço. O mundo está em torno.
O que impera é o espaço emocional ligado às primeiras
sensações de prazer/desprazer, espera/desejo a partir do trazer
para perto ou levar para longe os objetos dotados de afeto.
B – Espaço Sensório-Motor
Ligado aos movimentos da criança (espernear, engatinhar,
andar). Constitui-se pela experiência espacial por ela vivida.
C – Espaço Gráfico (do Gesto)
A folha de papel constitui espaço de traço. Pela ocupação do
papel a criança vai amadurecendo intelectualmente passando a
perceber as diferenças e semelhanças (percepção topológica do
mundo: parte/todo; dentro/fora; pequeno/grande). O espaço não
mais se confunde com o objeto e se torna meio. (até 8/9 anos).
D – Espaço Representativo
•Dá origem ao desenho figurativo
•Há uma preocupação em imitar o real
•Nessa imitação há criação e interpretação
VI – EVOLUÇÃO NA FORMA DE
REPRESENTAÇÃO DOS OBJETOS
a b c
Desenhos de transparências de uma mulher usando saia longa (linha superior) e de
um homem usando paletó (linha superior). Há três tipos de transparências:
rabiscos (a), linha-sobre-linha (b) e contorno (c).
a b
Ao se pedir que desenhem um alfinete de chapéu
atravessando uma maçã, as crianças mais jovens
desenham o alfinete inteiro (a), quando têm mais
idade, omitem o segmento central do alfinete (b); as
crianças mais velhas, porém, desenham o modelo
a b c
conforme vêem (c).
Os lados dessas casas parecem ter sido
desdobrados e achatados sobre o papel.
Os trilhos são
apresentados
deitados.
F – É comum desenharem perpendicularmente em relação à
linha de base (8/9 anos), e não em relação à base do papel.
H – Por volta dessa faixa etária (8/9 anos) querem que seus
desenhos não sejam apenas identificáveis, mas também
visualmente realistas (efeito fotográfico).
Uma casa, de Amy, de cinco anos. A chaminé parece estar caindo do
telhado.
Em Estou Subindo o Morro, feito por uma
criança de sete anos, a figura humana e as
flores foram desenhadas sobre a encosta em
ângulo reto e não verticalmente.