Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Correcção e
Feedback do
Professor
Ensaio Reflexivo sobre Análise e Tratamento do
Erro no Ensino do Inglês como Língua Estrangeira.
INTRODUÇÃO
É com frequência que nós, professores, desanimamos diante dos erros cometidos
pelos alunos. Mesmo depois de exaustivamente corrigidos na sala de aula, os erros
teimam em macular o seu discurso (oral e escrito) e o trabalho do professor transforma-se
numa tarefa interminável. Apesar de repetidamente corrigirmos e fazermos um treino
intensivo das estruturas novas da língua estrangeira, parece que os alunos não entendem
essas instruções. Será que nos preocupamos o suficiente em entender o porquê desses
erros? Porque será que os alunos produzem desvios consecutivos e repetidos?
É necessário compreender que o aluno não pode ser forçado a aprender nada que
lhe seja imposto “de fora” porque toda a informação, ou “input” terá de ser processada
internamente. Ao processar a informação, o aluno retém uma estrutura que não será, de
modo nenhum, igual àquela que recebeu. O aluno tenta construir um sistema aproximado
do da língua alvo, através de aproximações sucessivas, mas este processo de construção
do conhecimento da L2 é bastante complexo e passa por fases distintas, que é necessário
ter em conta, quando se lecciona uma segunda língua. Se o professor o não fizer, estará a
colocar em risco todo o seu trabalho e a comprometer o progresso dos alunos.
Depois de alguns anos de pesquisa feita nesta área, achei proveitoso partilhar as
conclusões a que cheguei com os meus colegas. Tratando-se de um trabalho de reflexão
pessoal, este não pretende assumir-se com carácter de exaustão científica, mas sim
accionar discussão e permitir a partilha de opiniões.
1
Corder, S.P., ‘ The significance of learners’ errors’, International Review of
Applied Linguistics, 1967.
4
Chomsky, N. Reflections on Language. New York,1975.
4- TIPOS DE ERRO
O erro na língua estrangeira é frequentemente associado às estratégias que o aluno
utiliza para comunicar, e é considerado como um indicador do estádio de desenvolvimento
5
Nemser, W., ‘Approximate systems of foreign language learners’, 1971.
Selinker, L (1992). Rediscovering Interlanguage. New York. Longman, 1992
6
idem
7
Krashen, S.D. & Terrell, The Natural Approach, 1983.
A ordem incorrecta das palavras na frase, quer na pronúncia, quer na escrita, é um dos
erros mais comuns. É o caso, por exemplo, das frases: He is get upping now; she has got a dress red.
Os erros de produção e de recepção:
Vimos acima que um aprendiz de uma língua constrói o seu próprio sistema
aproximativo, relativamente à língua alvo, o qual vai evoluindo progressivamente, na
direcção do sistema dessa mesma língua alvo. O aprendiz vai introduzindo novos itens que
BIBLIOGRAFIA
Corder, S. P. Error analysis, interlanguage, and second language acquisition.
Language Teaching and Linguistic Abstracts, 1975.
Corder, S. P. Error analysis and interlanguage, London, 1981.
Corder, S.P. ‘ The significance of learners’ errors’. International Review of
Applied Linguistic, 1967.
Corder, S.P. Error Analysis and Interlanguage, Oxford, 1981.
Chomsky, N. A review of B.F. Skinner’s verbal behavior, 1959
Chomsky, N. Reflections on Language. New York, 1975.
Dulay, H., and Burt, M., “Errors and strategies in child second language
acquisition”, TESOL Quarterly 8, 1974.
Edge, J. Applying linguistics in English language teacher training for speakers of
other languages, ELT J, 1988.
Edge, J. Mistakes and correction, London, 1989.
Ellis, R., “The Study of Second Language Acquisition”, Oxford University Press, 1994.
Krashen, S.D Second Language Acquisition and Second Language Learning,
Oxford, 1981.
Krashen, S.D. & Terrell, The Natural Approach, 1983.
Nemser, W. ‘Approximate systems of foreign language learners’, IRAL, 1971.
Selinker, L. Rediscovering Interlanguage, New York, 1992.
Stenson, N. “Induced errors” in Shumann and Stenson (eds.), 1974.