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Introdução A Ciência Política
Introdução A Ciência Política
CIÊNCIA POLÍTICA
TEXTOS INTRODUTÓRIOS
•AUREA PETERSEN
•EDUARDO CORSETTI
•ELIZABETH M. K. PEDROSO
•MARIA A. ALBITE ULRICH
I – A CIÊNCIA POLÍTICA
ELIZABETH PEDROSO
1. NOCÃO E ÂMBITO
A noção de Ciência Política como “ciência do Estado”
abriga duas visões diferentes de Estado: a do Estado-
Nação(o Estado designa a sociedade nacional – um tipo de
comunidade, nascida no fim da Idade Média e que é hoje o
mais fortemente organizado e o melhor integrado) e a do
Estado-Governo (que designa os governantes, ou seja, os
chefes desta sociedade nacional.
Ambas têm em comum a noção de soberania do Estado.
A noção de Ciência Política como “ Ciência do
Poder” é, segundo Duverger, uma concepção mais moderna e
estuda o Estado não como uma única comunidade que possui
soberania, ou como sendo de natureza diferente dos outros
agrupamentos humanos, mas identificando no Estado uma
diferença de “grau” em relação às outras comunidades: “todas
as comunidades humanas têm governantes ...dispondo de um
sistema de sanções e de uma certa força material; no Estado,
a organização política e as sanções são mais aperfeiçoadas e a
força material é maior”.
O homem defronta-se com política na direção do
país, da cidade, da escola, igreja, firma comercial, sindicato,
clube, partido...
Ocupa-se do âmbito dos interesses políticos dos
indivíduos e da consciência que estes têm do funcionamento
complexo das instituições políticas em grande escala.
2. RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS
SOCIAIS
1.INTRODUÇÃO
O Estado envolve a questão do Poder, sua origem, natureza,
organização e distribuição.
O enfoque liberal é uma interpretação do Estado feita pela
burguesia nos diferentes momentos do desenvolvimento do
capitalismo. Este enfoque fundamenta-se na idéia de que o
Estado objetiva a realização do bem comum e é neutro.
O enfoque marxista foi elaborado a partir da crítica ao enfoque
liberal de Estado e embasa-se na existência de uma sociedade
de classes onde os interesses são antagônicos, inviabilizando a
realização do bem comum e a neutralidade do Estado.
2.CONCEITO LIBERAL DE ESTADO
A construção teórica de Hobbes tinha, na prática, o
objetivo de explicar e justificar o poder do Estado Absoluto
que era necessário para o capitalismo em sua fase de
acumulação primitiva (séculos XV,XVI, XVII).
Tanto Locke como Rousseau consideravam que o poder
do Estado residia no povo que era soberano. Rousseau
afirmou que a partir do contrato social surgiu a vontade
geral que é soberana e que objetiva a realização do bem
geral.
No entanto, quando se estabeleceu no Poder e teve que
se defrontar com a nova classe social emergente – o
proletariado - precisou reinterpretar as idéias de liberais
para justificar suas prerrogativas e evitar que o proletariado
reivindicasse os direitos naturais à liberdade e igualdade.
Comte que foi o propagador da paz entre as classes
sociais e da imutabilidade das relações capitalistas, afirmava
que nenhuma sociedade pode existir se os inferiores não
respeitarem os superiores e se os fortes não governarem,
rendendo serviço aos débeis e que a propriedade é a
condição fundamental da sociedade.
3. CONCEITO MARXISTA DE ESTADO
Somente pouco a pouco, vai se construindo, na obra de Marx,
a visão do Estado como guardião dos interesses da
burguesia.
- Para Marx e Engels o surgimento e desenvolvimento do
Estado decorreu das relações de produção.
- Marx e Engels negam a possibilidade do Estado representar a
vontade geral e ter como objetivo a realização do bem comum.
- Para Marx e Engels o Estado representa o braço repressivo
da burguesia.
IV – A BUROCRACIA
EDUARDO CORSETTI
4.CONCLUSÃO
A preocupação em caracterizar os regimes políticos em
totalitários, autoritários e democráticos...pode ser entendida
como um esforço em traçar o perfil de cada um deles e
estabelecer comparações entre os mesmos.
VI – SISTEMAS DE GOVERNO
E SISTEMAS ELEITORAIS
O parlamentarismo e o presidencialismo são os dois
sistemas de governo mais adotados pelos Estados modernos.
1.PARLAMENTARISMO
O parlamentarismo britânico é o resultado de um lento
e gradativo desenvolver-se histórico.
Nesta evolução existem três fases importantes. Na
primeira, constata-se a existência de um rei, o qual exerce
um poder absoluto, sendo responsável único pelo sistema
político, embora existia uma assembléia que raramente se
reúne e, conseqüentemente, quase não tem significado.
Na segunda fase, passa a haver uma assembléia que
contesta a hegemonia do rei sem, no entanto, pretender
coagir sua ação ou substituí-la. Na terceira, “ finalmente, a
assembléia assumiu a responsabilidade pelo governo,
atuando como Parlamento, ficando o monarca privado da
maior parte dos seus poderes”.(Verney, in Cardoso, 1979,
p.189).
2.PRESIDENCIALISMO
O governo presidencialista surge nos Estados unidos
após sua independência, em 1787.
O sistema presidencialista de governo pressupõe a
divisão dos poderes, divisão esta que implica na
independência harmônica destes mesmos poderes. Esta
independência, regulada pela Constituição, significa
também limitações entre os poderes, bem como colaboração
recíproca.
3.SISTEMAS ELEITORAIS
O sistema de voto distrital majoritário, para o
legislativo, apresenta os seguintes aspectos mais gerais: a)
divisão de uma área dada, estado, município ou país, em
circunscrições ou distritos; b) os eleitores de cada distrito
elegem um só representante (voto uninominal); c) o
representante é eleito por maioria simples; d) cada partido
apresenta um só candidato por distrito.
O sistema proporcional é visto por muitos como um
sistema mais democrático pois atenderia “às proporções dos
votos conquistados pelos vários competidores. Na prática, o
princípio proporcional de decisão se traduz em fórmulas
eleitorais mediante as quais os partidos ou candidatos
conquistem uma cadeira parlamentar cada vez que atinjam
um certo montante de votos (quociente eleitoral)”. (Cintra,
1992, p.85).
VII – PARTIDOS POLÍTICOS
AUREA PETERSEN