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Para podermos entender a Clausula Calvo à luz

dos princípios que regem o Direito Internacional


Público é preciso conceituar o instituto da
proteção ao Nacional , denominado Endosso :

1.Conceito: É o mecanismo pelo qual


determinado Estado oferece proteção
e busca reparação aos danos
causados a um nacional seu por outro
Estado Estrangeiro, ou seja, é a
proteção dada por um Estado ao seu
nacional cujo direito foi violado por
outro Estado

2.Mecânica:
 Dano causado a estrangeiro e
computado ao Estado de sua
residência.
 Estado da nacionalidade oferta o
“Endosso Internacional”
o Instrumento de concessão da
proteção diplomática –
ENDOSSO.
o Exigência antes do Endosso:
Esgotamento dos recursos
internos.

 Litígio entre Estado da


nacionalidade e o Estado infrator.
o Com o endosso nasce um
litígio entre o Estado da
nacionalidade da vitima e o
Estado violador.

Carlos Calvo foi ministro das relações


exteriores da Argentina e estabeleceu que, para
os estrangeiros, assim como para os nacionais,
as cortes locais deveriam ser a única via de
recurso contra atos da administração. Significa
que os Estados não deveriam se prontificar a
conceder o endosso. Os nacionais que se
sentissem lesados deveriam, por força dessa
cláusula, abrir mão de invocar seus Estados de
origem para assisti-los, e tais Estados deveriam
recusar a proteção diplomática.

“a sujeição dos investidores estrangeiros às


leis e à jurisdição do Estado no qual se investe
e a abstenção na utilização da proteção
diplomática por parte do seu Estado de origem”

Qualquer reclamação deveria ser solucionada


exclusivamente pelo tribunal interno do Estado.
A meu ver exprimia a renúncia de uma
faculdade alheia (do Estado) e, portanto, seria
nula de pleno direito.
Sou apologista de que a Cláusula Calvo é nula,
justamente porque não é direito do particular,
mas do Estado em proteger diplomaticamente
um nacional seu .

Um dos princípios do Direito Internacional


Público diz :

“Princípio da harmonia jurídica


internacional
Através da aplicação deste princípio pretende-
se que o sistema jurídico aplicável ao
“caso”seja o mesmo para todos os Estados
conexionados com a situação da vida a regular.

O pilar fundamental deste princípio é a


necessidade de uniformizar, por via da
valoração o direito em referência.
Podendo as leis interessadas no caso ser duas
ou mais, impõe-se a tarefa de coordenar de
modo a evitar que o mesmo aspecto ou efeito
da relação jurídica em causa venha a ser
apreciados segundo a óptica de legislações
diferentes.

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