Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Palestrantes
Dra. Marzia Puccioni, MD, PhD
* Médica-Neurologista Responsável pelo Laboratório de Líquido
Cefalorraqueano (LCR) do Serviço de Patologia Clínica do UCFF/UFRJ
* Professora Adjunta de Neurologia da UNIRIO
* Consultora do Laboratório de LCR - Neurolife
Dra. Derliane Oliveira
* Farmacêutica-Bioquímica
* Gestora do PALC (Programa de Acreditação
de Laboratórios Clínicos) da SBPC/ML
Dr. Alvaro Rodrigues Martins
* Médico Patologista Clínico
* Professor Instrutor Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo
* Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial
AO VIVO
1
Exame de Rotina do Líquido
Cefalorraqueano (LCR)
Definição
Anatomia e Fisiologia
Indicações
Definição de LCR
fluido não-hemático
oligocelular
oligoproteico
intimamente relacionado ao sistema
nervoso central e seus envoltórios.
2
Anatomia e Fisiologia do LCR
•Passagem pouco seletiva a grandes proteínas
• Plexos coróides - locais de filtração
• Filtra o LCR através do soro
• 2/3 volume do LCR Barreira
Hemato-LCR
Barreira
Hemato-Encefálica
tratamento
Obter medidas de pressão
Drenagem terapêutica do LCR
Terapia intratecal (espaço subaracnóideo) para a
administração de anestésicos, antibióticos e anti-
neoplásicos
8
Microbiologia
3
Rotina: Exame Físico do LCR
Análise Macroscópica
Aspecto Normal:
límpido e transparente
“água de rocha”
Aspecto Patológico:
levemente opalescente (<100 cél/mm3), turvo (>400
cél/mm3), purulento e hemorrágico
turvação do LCR: pleocitose, proliferação de
bactérias e fungos
10
Cor
- Normal: Incolor
- Patológico:
eritrocrômico – presença de sangue no LCR
xantocrômico – coloração amarelada do LCR
esbranquiçado ou branco-amarelado - meningite
purulenta
esverdeado – meningite pneumocócica
4
Rotina: Exame Físico do LCR
Causas de Xantocromia
Hemorragia subaracnóide;
Icterícia (Bilirrubina);
Aumento da proteína (> 150 mg/dL);
Neonatos (BHE imatura, bilirrubina) até 30 dias;
Hipercarotenemia.
13
14
15
5
Citologia Global do LCR
Análise Microscópica
16
Análise Microscópica
Métodos:
18
6
Rotina: Citologia Diferencial do LCR
Significado Clínico do Predomínio Celular
Glicose
• VR: 2/3 da glicemia
(45 – 85 mg/dL)
Lactato (Independe do
lactato sanguíneo)
• VR: 11 – 19 mg/dL
20
21
7
Rotina: Microbiologia do LCR
• Pesquisa Direta
9 Germes comuns, fungos e BK
• Culturas
9 Germes comuns, fungos e BK
22
Pesquisa Direta
(resultado em 60 dias)
Fungos
• Ágar Sabouraud
8
Rotina: Microbiologia do LCR
Culturas Positivas
Staphylococcus BK
aureus Lowenstein
Cocos Gram + Jensen
(meio AS) Padrão-ouro
Fungos
para
Ágar Sabouraud
diagnóstico
25
Meningite Tuberculosa
MAR, masculino, 24 anos. Suspeita de meningite. Sorologia
positiva para HIV. Evolução: óbito
Exame do Líquido Cefalorraquidiano
Rotina
Local Aspecto/cor Citologia Citologia Proteína Glicose Lactato Exame Cultura:
punção global Diferencial mg/dL mg/dL Mmol/L direto: GC/fungo/ BK
(data) / mm3 GC/fungos/
BK
Lombar Turvo 715 90%S; 5%L; 198 23 NR Negativo Neg/Neg/
22/11/00 4%M; 1%MC BK pos após 45
dias
Lombar Turvo 270 79%S; 16%L; 366 27 NR Negativo Neg/Neg/
07/12/00 4%M; 1%E BK pos após 45
dias
Lombar Xantocrômico 09 55%S; 14%L; 2660 34 4,9 Negativo Neg/Neg/
15/12/00 31%M; BK pos após 45
dias
Lombar Xantocrômico 10 68%S; 17%L; 3800 40 6,4 Negativo Neg/Neg/
18/12/00 3%M; 2%MC BK pos após 45
dias
Cisternal Purulento NR NR NR NR NR BAAR 3+/4+ NR
18/12/00
Ventricular Límpdo 03 - 35 94 NR NR NR
22/11/00
Meningite Tuberculosa
Teste Sensibilidade/Especificidade
27
9
Extensão do Exame do LCR
Imunologia
Geral
Específica
Biologia Molecular
28
Imunologia Específica –
• Pesquisa de Antígenos
Método: Aglutinação
30
10
Meningite por Fungo
AP, feminino, parda, 33 anos. Suspeita de
meningite.
Rotina Especializado
Aspecto Citologia Citologia Proteína Glicose Exame Cultura: Látex para VDRL
global Diferencial mg/dL mg/dL direto: GC/BK/ Cryptococcus
/mm3 GC/fungo Fungo sp.
/BK
Levemente 266 44%S 156 40 Negativos Negativo/ Positivo Negativo
opales- 39%L Negativo
cente 12%M Positivo p/
C.
neoformans
32
Imunologia Específica –
• Pesquisa de Anticorpos (Valor
Absoluto)
11
Situações para Extensão do
Exame do LCR
Determinação Imunológica do Agente Etiológico
nas infecções do SNC:
35
36
12
Situações para Extensão
do Exame do LCR
Imunologia Geral –
38
13
Eletroforese de Proteínas do
LCR em acetato de celulose.
Proteínas totais: 20 -
40mg/dL;
pré-albumina: 4,6±1,3%;
albumina: 49,5±6,5%;
alfa 1-globulina: 6,7±2,0%;
alfa 2-globulina: 8,3±2,1%;
beta-globulina: 18,5±4,8%
gama-globulina: 11,2±2,7%.
40
41
Valor de Referência 42
14
Análise Especializada do
LCR/soro: Índice de IgG
Cálculo: determinação da relação da albumina e
IgX (G,A, M) no LCR e soro:
43
Análise Especializada do
LCR/soro: Curva hiperbólica
1. Normal
2. Disfunção da Barreira
Hemato-
Hemato-LCR
3. Síntese Intratecal de
IgG + Disfunção da
Barreira Hemato-
Hemato-LCR
4. Síntese Intratecal de
IgG
Gráfico Felgenhauer e Reiber, 1992;
44
IgG :
Encefalite por HSV, neurosífilis, esclerose
múltipla
IgA:
Abscesso Cerebral, neurotuberculose,
toxolasmose cerebral
IgG e IgA
Meningites por GC, neurotuberculose,
toxolasmose cerebral
IgG, IgA e IgM
Neuroborreliose
45
15
Análise Especializada do
LCR/soro: Banda IgG Oligoclonal
immunoblotting
46
Presença de Bandas
Oligoclonais IgG no LCR
Esclerose Múltipla
Encefalite (sarampo)
Infecções do SNC por virus, bactérias,
fungos, borrelia, neurolues, vasculite
48
16
Análise de Síntese Intratecal:
Esclerose Múltipla
MA, feminino, branca, 52 anos. Diagnóstico de
Esclerose Múltipla com 17 anos de doença e 6
surtos.
50
Biologia Molecular –
17
Situações para Extensão do
Exame do LCR
Determinação molecular (PCR) do agente
etiológico nas infecções do SNC:
- Herpes simples tipo 1 - Mycoplasma
- Herpes simples tipo 2 - Toxoplasma gondii
- Varicela zoster - HTLV- I/ II
- Citomegalovirus - Tropheria Whippelli DNA
- Enterovírus - Toxoplasmose
- Epstein barr - Enterovírus
- JC –leucoencefalopatia - JCV-Leucoencefalopatia
- Caxumba - HHV-6 (herpes vírus humano -
- Mycobacterium tuberculosis 6)
- HIV (quantitativo)
52
54
18
Situações para Extensão
do Exame do LCR
56
Encefalite do Sarampo
Encefalite da Rubéola
Infecção do SNC pelo Citomegalovírus
Infecção do SNC pela Varicela Zoster
Vírus
Infecção do SNC pelo Herpes Simplex
Vírus
Infecção do SNC HIV-I
Mielopatia associada pelo HTLV-I
57
19
Síntese Intratecal de Anticorpos
Específicos
Índice de Anticorpo – AI
O calculo baseia-se na relação entre o nível de
anticorpos específicos e totais no soro, no LCR e
da função da barreira hemato-LCR (Reiber et
Felgenhauer, 1987).
58
Puccioni-
Puccioni-Sohler et al. Neurology,
Neurology, 2001
60
20
Referências:
Fishmann RA. Cerebospinal fluid in diseases of the
nervous system. Second Edition. WB Saunders Company:
Philadephia, 1992.
Puccioni-Sohler M, Brandão CO. Manual de análise do
líquido cefalorraquidiano. Neurolife Laboratorio: Rio de
Janeiro, 1995.
Felgenhauer K, Beuche W. Labordiagnostik neurologischer
Erkrankungen. Thieme: Stutgart,1999.
Dos Reis JB, Bei A, dos Reis Filho JB. Líquido
cefalorraquiano. Sarvier: São Paulo,1980
Heringer RR, et al. M. Localização da Lesão e Achados do
Líquido Cefalorraqueano na Meningite Tuberculosa. Arq
Neuropsiquiatr 2005; 63 (2-B): 543-547
61
OBRIGADA!!!
62
INTERVALO
21
AO VIVO
palc@sbpc.org.br
Fase pré-Analítica
Fase Analítica
Requisitos da norma PALC para CIQ e AEQ
(Garantia da Qualidade – 11.1 a 11.17)
Exemplos CIQ e AEQ para rotina do LCR
Fase pós-analítica
65
66
22
Requisitos da Norma PALC - PCIQ
69
23
Requisitos da Norma PALC - PAEQ
70
Matriz compatível
Limites de decisão clínica
Quantidade de analitos
Validade/manutenção do lote
Cuidados com manipulação
Temperatura de armazenamento
Estabilidade após reconstituição
72
24
Rotina: Exame Físico do LCR
Análise Macroscópica
Aspecto e Cor:
74
Manutenção do microscópio
75
25
Padronização entre
observadores
76
Rotina: Bioquímica
Proteínas Totais (PT)
Avaliar:
imprecisão (controle interno da qualidade)
exatidão ou inexatidão (avaliação externa da
qualidade)
77
Precisão/imprecisão
x
Exatidão/Inexatidão
Precisão
e
Exatidão
78
26
Precisão/imprecisão
x
Exatidão/Inexatidão
Precisão Precisão
e e
Exatidão Inexatidão
79
80
81
27
PCIQ - Análises Quantitativas
82
Rotina: Microbiologia
Pesquisa Direta
CIQ – avaliação da coloração e dos corantes
Lâminas fixadas previamente com o microorganismo
correspondente
Manutenção do microscópio
Ziehl- Tinta da
GRAM Neelsen China
AEQ – Ensaio de
proficiência
83
Rotina: Microbiologia
Culturas
Germes comuns BK
28
Rotina: Microbiologia - Culturas
Meios prontos para uso - exceção
Agar chocolate suplementado
{ Teste de esterilidade
{ Teste de crescimento/viabilidade
85
Esterilidade
Viabilidade/crescimento (cepas)
Características (cor, aspecto, ph)
Controle da fase pré-analítica
Controle de validade
Rotina: Microbiologia
Culturas – equipamentos automatizados
Cepa utilizada
Testesadicionais
Frequência de realização
87
29
Fontes de Consulta
CLSI - M22-A3 - Quality Control for Commercially
Prepared Microbilogical Culture Media; Approved
Standard - Third Edition.
CLSI – C24-A3 – Statistical Quality Control for
Quantitative Measurements: Principles and Definitions;
Approved Guideline – Second Edition.
Assesment of Laboratory Tests When Proficiency
Testing is not Available; Approved Guideline
Fishmann RA. Cerebrospinal fluid in diseases of the
nervous systema, 2nd ed. Philadelphia, WB Saunders
Company, 1992
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial - Norma PALC versão 2007
88
Muito Obrigada!
palc@sbpc.org.br
89
AO VIVO
30
Fase pós-analítica
° O laudo “ideal”
91
Síndromes
° Didática
° Reduzida inter-relação patofisiológica
° Critérios fase analítica
° Prognóstico
° Facilitação da interpretação
° Controle da qualidade
92
° Exame citológico
° Exame bioquímico
Proteínas
Glicose
° Exame microbiológico
° Testes complementares
Provas imunológicas
Perfil protéico
Testes moleculares
93
31
Síndromes
° Síndromes inflamatórias
Infecciosas
Não infecciosas
° Síndromes neoplásicas
° Síndromes hemorrágicas
° Síndromes com dissociação
protéico-citológica
94
Síndromes inflamatórias
Infecciosas
Pleocitose (não neoplásica)
neoplásica)
Hiperproteinorraquia
Hipoglicorraquia
° Meningites bacterianas
° Meningites virais
° Meningites tuberculosas
° Meningites fúngicas
° Meningoencefalites(HIV, Toxoplasma gondii )
° Neurocisticercose
95
° Linfócitos, monócitos
96
32
° Linfócitos, monócitos e neutrófilos
97
° Plasmócito
98
99
33
° Eosinófilos
100
° Células do epêndima
101
102
34
Síndromes inflamatórias
Não infecciosas
Hipercelularidade
Hiperproteinorraquia
° Alteração qualitativa do perfil protéico
° Secreção intra-tecal de
imunoglobulinas
→ Esclerose Múltipla
103
Perfil protéico
{ Imunoglobulinas (IgG)
{ Albumina
{ Eletroforese de proteínas
{ Índices
{ Quocientes
{ Bandas oligoclonais (FIE)
104
Bandas oligoclonais
105
35
Síndromes hemorrágicas
Aspecto hemorrágico
Xantocromia
Presença de macrófagos
( hemáticos e pigmentados )
→ Hemorragia sub-aracnóide
106
° Macrófago
107
° Macrófago misto
108
36
Síndromes de dissociação
protéico-citológica
Normocelularidade
Hiperptoteinorraquia
→ Polirradiculoneurite
→ Neoplasias primárias sistema nervoso
central
→ Bloqueios completos ou parciais do
canal raqueano
109
Síndromes neoplásicas
111
37
° Retinoblastoma
112
° Retinoblastoma
113
° Linfoma de Bürkitt
114
38
° Linfoma de Bürkitt
115
° Adenocarcinoma
116
° Angioblastoma
117
39
Fase pós-analítica
o Laudos
{ Conclusões consistentes
{ Interpretação
{ TOMADA DE DECISÃO
118
Laudos
° Identificação completa do paciente.
° Horário de recebimento e liberação.
° Punção.
° Amostra.
° Exame citológico.
° Exames bioquímicos.
° Exames imunológicos.
° Exames microbiológicos.
° Responsabilidade técnica 119
Laudos
40
Laudos
{ Valores de referência
{ Conclusões finais
121
Conclusões
° Amostra nobre
° Tratamento sistematizado
° Controle da qualidade
° Gestão da qualidade
° Melhoria contínua do processo
° Estímulo ao intercâmbio de informações
122
OBRIGADO!!!!!!
alvarorm@uol.com.br
123
41
Respostas
Garantia da Qualidade da Aná
Análise do Líquor
42