Você está na página 1de 16

Idade Moderna

(séc. XV a XVIII)

Modelo Antropocêntrico
Renascimento
 Retomados os estudos, experimentos e observações
anatômicas – causalidades nos fatores externos.

 Transição: práticas esotéricas e pensamento científico.

 Predomínio da teoria dos miasmas – a insalubridade dos


ambientes físicos favorece o contágio e a disseminação das
epidemias.
Modelo Antropocêntrico
Como se organizava a sociedade?
Idade Moderna
(séc. XIX)

Modelo Antropocêntrico
 Com a revolução Francesa (fim do séc. XVIII) com aumento da
urbanização e reacende a explicação social na causalidade das
doenças, relacionando com condições de vida e trabalho das
populações;

 Jonh Snow (1850): estudo do cólera em Londres. Começa a se


desconfiar que outros fatores contribuem para o surgimento da
doenças. Cólera – água contaminada.

 Semmelweis (1818-1865): Febre Puerperal. Desconfiava-se de fatores


externos, atmosféricos – miasmas, influências cósmicas ou terrestres.
Duas alas (médicos e parteiras). Medida: solicitou aos médicos que
lavassem as mãos, diminuindo consideravelmente as mortes.
Século XIX
Modelo Antropocêntrico
 Teoria unicausal – cada doença tem seu agente
etiológico – descoberta bacteriológica.

 A doença pode então ser prevenida e curada


Século XIX
Modelo Antropocêntrico
 Teoria unicausal – Pauster – uso de vacinas; Robert Kock
– tuberculose...
 Cura: vacinas e produtos químicos eliminam a causa

VACINA

MEDICAMENTO
Século XIX
Modelo Antropocêntrico
 O modelo positivista da ciência, a emergência do
modelo unicausal conferia o estatuto de
cientificidade que se julgava faltar às explicações
sociais.
 A desqualificação destas mediante o advento da
bacteriologia impediu que fossem estudadas as
relações entre adoecer humanas as
determinações econômicas, sociais e políticas.
 A prática da medicina desse modelo é
predominantemente curativa e biologista.
(SCLIAR, 2007)
Século XIX
Modelo Antropocêntrico
 Teoria unicausal foi negada / superada por dois aspectos
fundamentais:
- Ocorriam doenças sem a presença de um microorganismos
(doenças respiratórias – fábricas, minas, desnutrição, etc...);
- Indivíduos com a presença de microorganismos
(Infectados), sem apresentar a Doença (“Portadores Sãos” ) Tb.
Pólio , etc...

O agente (bactérias, vírus, fungos) são causas


necessárias das respectivas doenças mas não causas
suficientes para seu surgimento.
Século XX
Modelo Antropocêntrico
Teoria Ecológica Multicausal

Fonte: Leavell & Clark

MEIO
AMBIENTE
Século XX
Modelo Antropocêntrico
Teoria Ecológica Multicausal
Exemplos:
• Cor/Raça: estudo da Tuberculose no EUA - ocorrência
semelhante da doença em brancos e negros com ascensão
social.
• Sexo - Doenças cardiovasculares em mulheres (evolução)
• Atualmente a presença da Genética - os avanços científicos
no campo da Genética trazem um novo fator sobre o
processo saúde –doença, em seu componente biológico
MEIO
AMBIENTE
https://www.youtube.com/watch?v=Dl0tYLbrhhs
Século XX
Modelo Antropocêntrico
 Final da década de 60 – Teoria Social da
Determinação das Doenças
 critica ao modelo da história da doença.
 O modelo da determinação social da saúde e da
doença procura articular as diferentes dimensões da
vida.
 Compreensão dos modos e estilos de vida, como
fatores culturais e práticas sociais o modelo sistêmico
multinível, modelo de campo da saúde e o conceitual
da determinação social da saúde, o enfoque
ecossistêmico da saúde.
Quais os fatores
determinantes para a
Saúde da população?
Determinantes X Determinação
 Determinantes Sociais  Determinação Social
 Entender a  Resgate do caráter
determinação da saúde filosófico da questão
vai muito além do  Dicionário Houaiss,
emprego de esquemas “descrição das
de causalidade e não características;
deve ser confundido especificação”.
com uma associação
 “descrever os limites de
empiricista entre
algo, delimitar”.
condições de saúde e
 Raiz da palavra
fatores sociais. Modelo
positivista. horizonte: aquilo que
limita ao longe o que
pode ser visto.
(CEBES, 2007, p. 08)
Determinantes Sociais X Determinação Social

A atribuição de fatores causais a um dado fenômeno é


apenas uma entre múltiplas maneiras possíveis de como
um estudo científico ou filosófico pode determinar um
dado fenômeno, no sentido de caracterizá-lo de maneira
concreta. O processo de determinar um fenômeno social
é sempre o resultado de um movimento do pensamento
que apreende o real de modo concreto, como síntese de
“múltiplas determinações”, como dizia Marx na sua
crítica aos autores da tradição da economia política.
(CEBES, 2007, p. 08)
Para refletir....
 Qual o nosso papel enquanto
profissional de saúde?
 Que desafios nós temos para que nossa
prática seja exitosa?
 Que fatores devem estar presentes para
nossa análise de uma situação de
saúde?
 ....

Você também pode gostar