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ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO MATERNA

E ADAPTAÇÃO PSICOSSOCIAL AO PRÉ-ESCOLAR

Manuela Veríssimo*, Sara Alves, Lígia Monteiro e Carla Oliveira

ISPA – Unidade de investigação em Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da


Educação

2º slide

APRESENTAÇÃO

As autoras do texto são psicólogas cognitivas do desenvolvimento e da educação em


Lisboa. (Avaliação psicológica)

Embasadas em alguns autores, elas articulam com a hipótese de que a ansiedade da


separação materna possa estar diretamente ligada ao fato das mães trabalharem e terem
que deixar seus filhos nas creches.

As pesquisas mostram que esta ansiedade não acontece apenas pelo fato das mães se
sentirem culpadas em terem que deixar seus filhos em creches, mas também pelas
crenças existentes em torno dos efeitos causados nas crianças. A questão é que, talvez o
fator trabalho realmente intensifique a ansiedade das mães e influencie na adaptação
psicossocial da criança.

Uma pesquisa realizada em 1993, já apontava um índice de ansiedade elevado em mães


que trabalhavam, consequentemente refletindo nas crianças e as tornando inseguras.
Esses resultados mostraram que mães ansiosas acabam interrompendo o seguimento
normal do desenvolvimento social e cognitivo do filho.

Com esta pesquisa, as autoras se dispuseram a analisar a relação entre a ansiedade de


separação materna e a adaptação psicossocial da criança do pré-escolar, e de que forma
essa ansiedade pode prejudicar essa adaptação.
3º slide

A estrutura do trabalho: desenvolvimento APRESENTAR O QUADRO

OBJETIVO: NATHALYA

MÉTODO: ELISABETH – slide da escala likert

ANÁLISE DE DADOS-

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Através dos testes aplicados, as autoras montaram os gráficos:

• Questionário APSE (Adaptação Psicossocial da Criança)

Na pesquisa feita com as professoras, sobre as crianças entre 3 e 4 anos que frequentam
a pré-escola, foi constatado diferenças significativas entre idade e gênero. As crianças
mais velhas são mais ansiosas, socialmente mais isoladas e mostram melhor
desempenho escolar. Os meninos se mostram mais agressivos que as meninas,
independente da idade. Também foi revelado que, conforme as crianças crescem, a
ansiedade das mães tende a diminuir.

Uma análise de correlação de PEARSON , coeficiente que mede o grau da correlação


(e a direção dessa correlação - se positiva ou negativa) entre duas variáveis
de escala métrica, mostrou que, as mães mais ansiosas tem filhos menos sociais.

A análise também mostra que a mãe já consciente dos efeitos da separação na criança,
tende a ter filho menos amigável, pessimista e com um desenvolvimento escolar negativo.

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E através da ANÁLISE HIERÁRQUICA DE CLUSTERS (análise de agrupamentos)
examinou e revelou a diversidade comportamental das crianças, de acordo com as
respostas das professoras.

Explicando o gráfico:

• Grupo 1 (retirado) baixa competência social- baixa agressividade e baixa

assertividade, porém alto isolamento

• Grupo 2 (ativo amigável)alta competência social e pessoal, baixa agressividade,

ansiedade e isolamento

• Grupo 3 (ativo controlado) alta competência social, alta competência acadêmica,

alta assertividade e alta agressão

• Grupo 4 (ansioso) alta ansiedade, baixa competência social e pessoal.

Os perfis dos grupos 1 e 4 podem ser consideradas como estando em risco por exclusão
social ou por comportamento antissocial.

Baseadas nos grupos identificados, as autoras utilizaram uma ANÁLISE DE


VARIÂNCIA (que verifica se existe uma diferença significativa entre as médias), para
analisar a ansiedade de separação materna dos referidos grupos.

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Os resultados indicaram que a criança ansiosa tem mãe com elevada ansiedade de
separação materna ou consciência dos efeitos da separação na criança e forte
preocupação de separação por causa do trabalho.

NATHÁLYA

CONCLUSÃO
• Os resultados indicam que a ansiedade de separação materna está associada à

qualidade da adaptação psicossocial da criança.

• Mães ansiosas contribuíram para o isolamento e a ansiedade, reveladores de

uma baixa socialização da criança.

• A criança precisa se socializar para ter a construção da sua identidade.

• A figura materna tem papel significativo no desenvolvimento psicossocial, sendo

construída ao longo do percurso infantil.

• A ansiedade materna promove a insegurança, e maior dificuldade de adaptação

psicossocial, embora esta hipótese não se baseie em dados concretos, sendo


interessante que se façam futuros estudos.

• Torna-se evidente que, não é o trabalho e sim os sentimentos das mães em

relação ao trabalho, o verdadeiro responsável pelo desenvolvimento negativo da


criança.

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