Você está na página 1de 2

Quando um empregado termina seu vínculo trabalhista com a empresa, seja por

dispensa sem justa causa, pedido de demissão, término do contrato por tempo
determinado ou demissão por justa causa, este trabalhador faz jus ao recebimento das
verbas rescisórias que deverão ser calculadas de acordo com a lei e pagas ao empregado
no prazo de 10 dias corridos, independente da existência ou não de aviso prévio.

O cálculo de rescisão geralmente é feito pelos contadores da empresa que possuem uma
formação adequada para esse tipo de cálculo. É interessante, contudo, que o empregado
procure calcular sua rescisão por outros meios a fim de verificar se o cálculo da rescisão
feita pelos contadores está realmente correta.

Em tempos de reforma trabalhista, calcular rescisão é, portanto, muito importante para


que o empregado esteja ciente dos seus direitos, possuindo condições de sentar à mesa
com seu empregador, sabendo exatamente os valores que são devidos pela empresa.

O intuito da nossa ferramenta é efeutar o cálculo de rescisão da forma mais aproximada


possível com vistas a permitir que o empregado esteja informado sobre as verbas
rescisórias que devem ser pagas pelo empregador.

Aviso Prévio: direito do empregado e do


empregador
Quando a empresa vai demitir um empregado sem justa causa, ela deve decidir se o
trabalhador cumprirá o aviso prévio trabalhado ou indenizado.

Em caso de aviso prévio trabalhado, o empregado poderá escolher se deseja trabalhar 2


horas a menos por dia ou se prefere folgar os últimos 7 dias corridos do aviso prévio.

Já em caso de aviso prévio indenizado, o empregado deixa de comparecer ao serviço


imediatamente, porém receberá um valor adicional, depdendendo da quantidade de anos
trabalhados na empresa por conta do aviso prévio proporcional, conforme
demonstraremos mais a frente.

Quando o empregado pede demissão, contudo, o empregador também possui direito ao


aviso prévio, pois, da mesma forma, o funcionário não pode pegar o patrão de surpresa.
Dessa maneira, ao pedir demissão o empregado deve cumprir 30 dias de aviso prévio
ou, se preferir, pode sair da empresa imediatamente, autorizando o empregador a
descontar o valor correspondente a um mês de salário no momento da rescisão.

Nos contratos por tempo determinado, em regra, não há direito a aviso prévio para
nenhuma das partes. Na dispensa por justa causa, o empregado não possui direito a
aviso prévio.

Aviso Prévio propocional: Um direito


apenas do empregado
No ano de 2011, foi criado o aviso prévio proporcional que funciona da seguinte forma:
A cada ano trabalhado, o empregado faz jus a 3 dias adicionais de aviso prévio em caso
de dispensa sem justa causa, limitado a um tempo total de 90 dias de aviso.

O aviso prévio proporcional, entretanto, é um direto apenas do empregado, ou seja,


aplica-se somente nos casos de aviso prévio indenizado. Nos casos de aviso prévio
trabalhado e pedido de demissão, continua valendo a regra dos 30 dias de aviso prévio,
conforme entendimento dos tribunais do trabalho.

Prazo para pagamento das verbas


trabalhistas
Com a reforma trabalhista de 2017, o prazo para pagamento das verbas rescisóris foi
unificado, passando a ser de 10 dias corridos contados a partir do término do contrato de
trabalho, independente do tipo de aviso prévio.

Em caso de pagamento fora desse prazo, o empregador deverá pagar uma multa
correspondente a 1 salário do empregado, de acordo com o parágrafo 8º do artigo 477
da CLT.

O pagamento das verbas trabalhistas deve ser feito em dinheiro, depósito bancário ou
cheque, a menos que o empregado seja analfabeto, quando o pagamento deverá ser feito
em dinheiro ou depósito bancário.

Você também pode gostar