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ILUSTRÍSSIMO SENHOR GERENTE EXECUTIVO DA AGÊNCIA DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL DO INSS DA CIDADE DO RECIFE – PE

GERÊNCIA EXECUTIVA DAA CIDADE RECIFE / PE

NB 87/158.282.416.6, Assunto: Indicio de irregularidade que


consiste na renda superior ás regras estabelecidas do BPC,
Benefício de Prestação Continuada – BPC (fonte: Apuração –
NOTA TÉCNICA Nº20/2018/MDS)

JURACI ALVES DA ROCHA, Residente na Segunda Travessa da


Medalha Milagrosa, 240 - Dois Unidos-Recife-PE, vem, perante
Vossa Senhoria apresentar

DEFESA ADMINISTRATIVA em face NB 87/158.282.416.6.


(Apuração-NOTA TÉCNICA Nº20/2018/MDS), com base nos
seguintes fatos e fundamentos jurídicos:

I – RESUMO DOS FATOS


Em síntese, a notificada recebeu a notificação ref. NB
87/158.282.416.6. (Apuração - NOTA TÉCNICA
Nº20/2018/MDS), relatando que foram identificados
indícios e irregularidade no recebimento do benefício
BPC nº 87/158.282.416.6, para que a mesma
apresentasse defesa por escrito.

Atentando à referida notificação, percebe-se que o


motivo que implicou na presente verificação de
irregularidade foi a constatação da condição
socioeconômica supostamente alheia à de
miserabilidade, em virtude do filho da notificada, Sr.
ALMIR XAVIER DA ROCHA, possui vínculo empregatício
com renda mensal no valor de R$ 1.650,29(Um mil
seiscentos e cinquenta Reais e vinte e nove centavos).

Entretanto, tal alegação é completamente equivocada.


Isto, pois o Sr. ALMIR XAVIER DA ROCHA, reside em
Itamaracá, e a notificada reside em RECIFE
(DECLARAÇÃO AGENTE SAÚDE, VIDE ANEXA), COM SUA
SOBRINHA E CUIDADORA, QUE APÓS UM AVC EM
OUTUBRO DE 2018, ENCONTRA-SE ACAMADA COM
VÁRIAS SEQUELAS NEUROLÓGICAS E FÍSICAS.
A saber, a família é composta por 2 integrantes: a
notificada e sua sobrinha, que é sua cuidadora. Neste
sentido, é evidente a condição de miserabilidade
vivenciada pelo grupo familiar, eis que a renda é
insuficiente para garantir a mínima subsistência da
família, ainda mais quando possui sequelas AVC.

Diante dos fatos narrados e dos documentos acostados,


resta claro que que para fins do recebimento de benefício
de prestação continuada, não deve ser considerado no
cálculo da renda da família a renda percapita do Sr.
ALMIR XAVIER DA ROCHA, pois o mesmo reside em outro
domicilio com filhos e esposa.

II – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desse modo, deve ser mantido a concessão do benefício


de prestação continuada a notificada, uma vez que de
acordo com documentos anexos (LAUDO MÉDICO,
DOCUMENTO DO CRAS E DECLARAÇÃO DA AGENTE
COMUNITÁRIA DE SAÚDE, ONDE AFIRMA QUE A
SENHORA JURACI ALVES DA ROCHA, RESIDE COM SUA
CUIDADORA E SOBRINHA, É IDOSA MAIOR DE 65 ANOS,
SEQUELADA DE AVC, NÃO POSSUI NENHUMA
RENDA,QUE VENHA SUPRIR SUAS NECESSIDADES
BÁSICAS.

Por fim, a notificada cumpre com as exigências e seu


direito está em plena consonância com a norma
previdenciária vigente.

III - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, pede-se:

a) Que preliminarmente, seja MANTIDO a regularidade da


concessão do BPC nº 87/158.282.416.6 .

b) Que seja mantido o recebimento do BPC nº


87/158.282.416.6 .

c) Que seja extinta ou, subsidiariamente, suspensa a


irregularidade.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Recife, 05 de Fevereiro de 2019.


ALCINEIDE ALVES DE LIMA

OAB/PE 42.123

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