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ARQUITETURA E URBANISMO
CIDADES DO AMANHÃ
Resumo feito a partir da obra bibliográfica do arquiteto Peter Hall.
VITÓRIA
2008
SUMÁRIO
1. CIDADES DA IMAGINAÇÃO
8. CIDADE DA SUADA EQUIDADE
10. A CIDADE DA TEORIA
4. A CIDADE NO JARDIM
11. A CIDADE DO EMPREENDIMENTO
12. A CIDADE DA PERMANENTE RALÉ
2. A CIDADE DA NOITE APAVORANTE
7. A CIDADE DAS TORRES
9. A CIDADE À BEIRA DA AUTOESTRADA
3. A CIDADE DO DESVIO VARIEGADO
5. A CIDADE NA REGIÃO
6. A CIDADE DOS MONUMENTOS
01. Cidades da Imaginação
Muito ou tudo que tem acontecido nas grandes cidades depois e até antes da
Segunda Guerra Mundial vem de idéias urbanísticas antigas que foram rejeitadas
por seus contemporâneos. Estes pensamentos foram implementados em
situações diferentes de seus idealizadores o que provocou muitas vezes
resultados bizarros e até catastróficos.
A SUPREMACIA MARXISTA
Explodia na década de 70 as idéias Marxistas que afetaram os mundos
interdisciplinares sedentos por novas teorias e análises, os sistemas girando em
torno do capital, (onde equipamentos urbanos poderiam dar tranqüilidade e abafar
revoltas sociais) circundavam pensamentos capitalistas de planejamento da
época.
O MUNDO FORA DA TORRE: A PRÁTICA FOGE DA TEORIA
Os teóricos urbanistas nesse meio tempo partiram em retirada da execução
dos conhecimentos de uma forma prática aplicada, ficaram em um nível filosófico
e acadêmico. Em contrapartida os que praticam o ato de planejar se tornaram
cada vez mais duros e pragmáticos, distantes do mundo acadêmico numa esfera
mais física e anti-teórica.
É claro que à exceções, mas em sua maioria ocorre um distanciamento do
profissional do mercado e o professor acadêmico atualmente, onde a especulação
do trabalho projectual excessivo à toque de caixa não deixa tempo para uma
maior análise e cuidado e aplicação de novos aspectos teóricos produzidos nas
universidades.
04. A Cidade no jardim
INTRODUÇÃO
PRECURSORES DA CIDADE-JARDIM
Howard não foi apenas um sonhador, foi também um homem de ação. Após
a publicação do seu livro, ele tomou a iniciativa de organizar uma Associação que
discutiria as idéias e formularia um sistema prático baseado nas linhas de projeto
e com todas as modificações desejáveis. Em 1900 decidiu-se a formação da
primeira Cidade-Jardim com um capital de 50.000 libras. Os diretores dessa
Cidade-Jardim estipularam critérios absolutos dentro das propostas de Howard,
como locais de 6.000 a 4.000 acres, boas conexões ferroviárias e abastecimento
de água e drenagem eficientes. Após algumas pesquisas um local de 3.818 acres
foi comprado e no dia 1° de setembro de 1903 foi registrada a primeira Cidade-
Jardim.
Em 1938 a cidade possuía 15.000 habitantes – metade do que se esperava –
e era percebido um crescimento lento. Após a Segunda Guerra Mundial com
auxilio do governo a cidade foi finalmente concluída, porém numa escala
ligeiramente menor do que havia sido planejado.
Nas mãos de Raymond Unwin (1863-1940) e Barry Parker (1867-1947) que
a Cidade-Jardim encontrou sua perfeita realização física. A Aldeia-Jardim de New
Earswick, um dos primeiros e mais importantes projeto, que era a urbanização a
ser implantada não como obra assistencial, mas como grupo empresarial
independente junto à própria fábrica. Aí se encontrava o embrião do que mais
tarde se desenvolveria em Letchworth e a seguir em Hampstead.
Imagem aérea de New Earswick. Fonte: http:// www.jrf.org.uk. Acesso 17/11/2008.
A CIDADE-JARDIM NA EUROPA
O conceito de cidade-jardim não tardou para que também sofresse total
diluição ou total descrédito, como diriam os fiéis, no território europeu. Um dos
problemas era que cada um dos diferentes países tinha seu próprio e pessoal
advogado da cidade-jardim, sempre disposto a proclamar o modo todo dele de
encarar tal idéia, sendo seus conceitos divergentes dos de Howard de forma sutil
mas significativa. E ao que se deduz destas proclamações, todos o fizeram.
Theodor Fritsch publicou seu Die Stadt der Zukunft (A Cidade do Futuro) dois
anos antes da obra de Howard, em 1896; sua obsessão era de que Howard lhe
roubara as idéias, embora pareça evidente que as idéias de Howard se tenham
desenvolvido independentemente antes dessa data. Na verdade, em termos
puramente físicos, existem semelhanças entre a Cidade-Jardim e a Cidade do
Futuro: a forma circular, a divisão entre os usos do solo, a clareira central, o
cinturão verde circundante, o casario baixo, a indústria na periferia, a propriedade
comunal da terra. Mas esses elementos repetem-se em outros projetos
visionários. Fritsch, um fanático propagandista do racismo, projeta uma cidade
onde cada indivíduo sabe, de imediato, qual o seu lugar dentro de uma ordem
social rígida e segregacionista. De modo geral, toda e qualquer semelhança entre
Fritsch e Howard não passa de aparência superficial.
Esquema da Cidade do Futuro de Theodor Fritsch.
Na Alemanha, antes da Primeira Grande Guerra, sua mais alta expressão foi
Margarethenhöhe, realizada dentro de uma linha de condomínios residenciais
industriais. Pequena, com apenas 5300 habitantes pelos fins da década de 30,
fisicamente, Margarethenhöhe é uma New Earswick transplantada. Seu arquiteto,
Georg Metzendorf, seguiu fielmente a tradição Unwin-Parker.
A CIDADE-JARDIM NA AMERICA
Dada essa composição, não é de surpreender que em nada menos que três
meses a comissão emergisse com recomendações provisórias: as novas cidades
deveriam permanecer dentro de um tamanho–limite para 20 000 – 60 000
habitantes; deveriam ser construídas por corporações estatais. A comissão fazia,
portanto, seus rapapés a Ebenezer Howard; mas foi sobre a corporação estatal
que recaiu “nossa escolha básica no tocante a agenciamento”.
Quatro das oito novas cidades londrinas ficavam num único condado,
Hertfordshire; e três delas formam um grupo, ao longo da Great North Road e da
principal linha norte de trens de Londres: Stevenage, Welwyn Garden City e
Letchworth. Cada cidade-jardim está circundada por seu próprio cinturão verde, de
tal maneira que cada uma surge como uma comunidade urbana isolada com terra
cultivável como fundo, mas todas as quatro estão ligadas entre si pelos
equivalentes modernos da ferrovia intermunicipal de Howard.
James Rouse
James Rouse tomou a frente da revitalização de ambas. O mesmo havia
sido feito em outros locais, só que Rouse se apropriou de uma área maior e
incorporou atividades diferentes. Foram também essenciais para o sucesso do
projeto o subvencionamento federal, uma nova visão de empreendimento lucrativo
por parte do setor publico e a cooperação entre os setores publico e privado.
Tanto na orla marítima de Boston quanto no cais interno de Boston as
urbanizações são semelhantes a da área de Covent Garden de Londres: tem
apelo turístico, a criação de cidade como palco.Todas essas experiências e
discursos foram importantes para que se criasse um debate sobre o assunto na
Inglaterra. As áreas abandonadas passaram a esperar por uma reurbanização.
A Docklands em Londres, antes área com o maior porto do mundo,
encontrava-se quase desativada. O governo de Edward Health a entregou o
problema para uma firma de consultores de engenharia, que sugeriu novas e
luxuosas residências com áreas de lazer e comercio que a servissem. Mas as
antigas comunidades portuárias reagiram fortemente. O problema começou a
emergir como consciência publica, o que fosse feito na área seria exemplo para
muitas outras áreas com os mesmos problemas. Foi criada então a Comissão
Mista das Docklands.
Em 1976 ficou-se decidido que a maior parte da área iria para habitação
popular, outra para armazenagem industrial e muito pouco para escritórios, apesar
de a área localizar-se próxima ao centro financeiro. O projeto não foi bem aceito,
visto que faltavam propostas concretas e era um momento de vácuo econômico.
Pouco depois, em 1979, Michael Reseltine assume a secretaria de estado
para o meio ambiente e institui uma Corporação de Urbanização para as
Docklands. Tinha como tarefa reciclar a área o mais rápido possível para que
fosse utilizada para usos mais elevados. O que houve de notável foi o estilo como
isso foi feito: planejamento estratégico anti-longo prazo, anti qualquer plano
publicado, percurso em roda livre, interessado apenas em explorar oportunidade a
medida que aparecessem. A corporação mostrou-se forte, passou pelos poderes
das autoridades locais e atraiu muitos empreendedores, conseguiu com que a
quantia investida se multiplicasse em oito vezes.
No congresso do Royal Town Planning Institute realizado em Chester, 1977,
a decadência urbana era um problema emergente, e examinavam-se as possíveis
maneiras de reconstruir as bases econômicas. Chegou-se a conclusão que áreas
intra-urbanas, pequenas e seletas, seriam simplesmente abertas a todo tipo de
empreendimento, com um mínimo de controle.
Peter Hall, conselheiro especial sobre Planejamento Estratégico para o governo britânico,
considerado por muitos o pai da empresa industrial zona conceito, adotada pelos países a nível
mundial para o desenvolvimento da indústria em zonas desfavorecidas.
Cada área estaria completamente aberta à migração de empreendedores e
capital. Iria basear-se na livre iniciativa, a burocracia seria reduzida ao mínimo
absoluto e a moradia seria uma opção, visto que a área ficaria fora da legislação
normal e dos controles do Reino Unido.
Assim, uma área dessas jamais combinaria com o bem-estar social, mas
poderia tornar-se plena economicamente.
Em 1980, o novo governo conservador da Inglaterra apresentava uma
autorização em favor das zonas empresariais.
No entanto, o que aconteceu foi algo diferente: um conjunto de zonas,
situadas em áreas intra-urbanas abandonadas, com concessões especialmente
favoráveis de taxação e um conjunto simplificado de planejamento físico.
Quanto aos resultados obtidos, foram condenados pelos analistas urbanos
radicais de esquerda.
A urbanização dos Docklands obedeceu aos modelos norte-americanos num
aspecto decisivo: baseou-se na idéia de usar fundos públicos relativamente
modestos para gerar um maior investimento privado. Em 1977, esse princípio
torna-se lei. A Urban Development Action Grant (Subvenção à Ação Urbanizadora)
foi fixada, para gerar entre 4,5 e 6,5 unidades de investimentos privado para cada
unidade de investimento público.
INTRODUÇÃO
O “Little Hell “ de Chicago, um dos enclaves italianos da cidade, tristemente celebrizado como
sede do vício e do crime.
Escombros de uma passarela sobre o Broadwater Farm residencial, Tottenham, Londres, após o
motim, de 6 de Outubro de 1985.
CONCLUSÃO
No período que se estende desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 60, a
cidade grande foi-se transformando, parte graças à ação de legisladores e
reformistas locais, parte através das forças de mercado. A cidade dispersou-se e
desconcentrou-se. Novas casas e novas fábricas foram construídas em sua
periferia. Novas tecnologias do transporte permitiram que esse processo de
suburbanização se concretizasse. Mão de obra e materiais baratos reduziram os
custos reais da nova habitação, em especial no fim dos anos 20 e começo dos 30.
Por volta de 1900, cerca de 45% das famílias de um único burgo do centro de
Londres ainda viviam em um ou dois quartos. Segundo Charles Booth, melhorias
nos meios de locomoção seriam a solução primeira das dificuldades de
locomoção, dizia que era preciso “um esquema amplo e realmente completo de
ferrovias subterrâneas e elevadas, bem como uma rede de linhas de bonde de
superfície; num serviço que atenda adequadamente a trajetos longos e curtos. Um
sistema que se estenda além dos limites metropolitanos, entrando pelos
arrabaldes de Londres ou chegando até onde já foi ou possa ir a população”.
(Figura 01)
Figura 01: Osterley Station – exemplo das estações construídas em Londres.
Fonte: www.subbrit.org.uk
Esta receita do LCC deu certo só para alguns. Era nata do artesão qualificado que
ganhava com a mudança: os chalés oferecidos nos subúrbios davam à sua família
um espaço maior e mais bem planejado pelo dinheiro que custavam, mas ainda
assim saíam mais caros do que o aluguel de um quarto miserável perto do centro.
Portanto o trabalhador ocasional, o carroceiro, o carregador de feira, o doqueiro
permaneciam encurralados nos cortiços e durante toda a primeira década de
construções LCC, de 1901 a 1911, o problema da superlotação em Londres
simplesmente piorou.
Projetos LCC:
O projeto toma forma de lei em 1909 e sua mais importante provisão foi incentivar
as autoridades locais e permitir que elaborassem esquemas de planejamento para
grandes áreas passíveis de serem urbanizadas visando à construção de novas
moradias.
Uma vez aceito que a população londrina continuaria a crescer fora do perímetro
urbano era preciso planejar para isso, fazendo com que o setor público e o privado
voltem para um esquema único ao invés de se combaterem mutuamente.
“Fora uma vergonha para nós o fato que milhares de homens que saíram de sua terra para
lutarem... nada tivessem obtido que merecesse o nome de lar e pouco de que agradecer à
pátria” (REISS, 1919, p 7.).
“[...] é da maior conveniência, a fim de evitar-se uma futura superlotação das áreas já
construídas, os novos esquemas sejam implantados nos arrabaldes [...] acelerar o
planejamento urbano concomitantemente com a extensão das linhas de transporte” (G. B.
LOCAL GOVERNMENT BOARD, 1918, p. 5.).
Distância mínima de 70 pés entre uma casa e outra para garantir luz solar no
inverno, um jardim pra cada família, preservação do fundo do terreno vazio como
espaço recreacional, necessidades de becos para crianças brincarem a salvo, uso
de sobrados geminados em fileiras de curta extensão.
“[...] ele vive numa daquelas casas geminadas pelo fundo, em que a água de esgoto corre
direto pela sala de estar [...]. Imagine seus filhos vivendo nessas condições o que
aconteceria com o senhor? Eu seria um bolchevique” (CIT. JOHNSON, 1968, p. 370.).
O comitê de habitação pedia recursos ao governo para dar início à construção das
ditas cidades, que enterrara o programa pelos gastos excessivos do governo. A
era da reconstrução dos lares dignos de heróis terminara. Porém com a lei de
1923 as autoridades locais criaram 763 000 casas, 31 % do total previsto.
Construíram-na obedecendo a prescrição de Unwin sob forma de satélites
periféricos ao invés de cidades jardins independentes.
“[...] aqui, alguns estranhos coruchéus colhidos da Art Noveau encimam uma fachada de
inspiração modernista [...]” (LANCASTER, 1959, p. 152.).
Slough tornou-se símbolo de tudo o que havia de errado. Surrey, bons subúrbios.
(Figuras 03 e 04)
Geddes desenvolveu a tese histórica de que no século XII havia ocorrido uma
revolução “comunalista” na Europa, salvando as guildas autogovernantes das
monarquias teocráticas e despóticas, porém, no século XVI, com o Estado
centralizado isso já não era mais realidade.
Em 1915, Geddes publica um livro onde chama a atenção para o fato de que as
novas tecnologias neotécnicas – energia elétrica – já estavam fazendo com que as
grandes cidades se dispersassem e conseqüentemente se conglomerassem.
O grupo que surgiu em 1922 adotou um programa que incluía: criação de cidades-
jardim dentro de um esquema regional; desenvolvimento de relações com os
planejadores britânicos; desenvolvimento de projetos e esquemas regionais; e
levantamentos de áreas-chave. Baseavam-se no conceito de região.
Assim, após várias discussões, percebeu-se que seria preciso intervir a fim de
corrigir as ineficiências do sistema. O planejamento regional eliminaria a
comercialização nacional antieconômica, a superpopulação urbana e os
desperdícios terminais, estabilizaria a carga elétrica e desenvolveria as áreas
florestais do lugar. Acabava-se a necessidade do arranha-céu, do metrô e do
refúgio na solidão dos campos. Ao planejar uma área, esforça-se para que todos
os seus sítios e recursos possam ser corretamente desenvolvidos, e que a
população seja distribuída de modo que utilize e não destrua as vantagens
naturais do lugar. Propósito de atingir uma maior eficiência da máquina, com uma
qualidade de vida mais completa. O planejamento regional é a conservação dos
valores humanos de mãos dadas com os recursos naturais.
Apesar das duras críticas de Mumford, o Plano de Nova York foi para frente
graças a uma Associação do Plano regional liderada por uma elite de homens de
negócios e foi bem sucedido em suas propostas de auto-estrada, ponte e túnel.
Enquanto isso, a receita de Mumford, de criação de novas cidades com auxílio
estatal e ampla reconstrução de áreas deterioradas ficava no papel.
2.4 A TVA
A filosofia de Thomas Adams para Londres foi a mesma de Nova York, planejar
como arte do possível: o planejamento devia permanecer como função consultiva,
sem tentar realizar mais do que mudanças marginais, e sua atuação devia manter-
se dentro dos limites traçados pelos poderes existentes.
Por cortes nas despesas do governo o relatório final não foi à frente. Seu texto
dizia que era preciso haver uma estreita cinta verde ao redor da área construída
da Grande Londres a fim de dar lugar aos campos para jogos e espaços livres.
Anos após o relatório final de Unwin, Abercrombie foi indicado para participar do
Plano do Condado de Londres. Onde foram usados os métodos de levantamento
geddesiano para ver a estrutura comunitária de Londres; combina o princípio de
Unidade de Vizinhança, de Perry, com a hierarquia viária de Stein e Wrigh, a fim
de criar uma nova ordem espacial para Londres: nelas, as vias expressas não
apenas resolvem o problema do congestionamento do tráfego como dão definição
e forma às comunidades reconstruídas que elas separam ao fluir ao longo das
tiras verdes que enriquecem Londres do espaço livre tão necessário.(Figura 08)
Haveria oito novas cidades para abrigar as pessoas que mudariam para além do
cinturão verde, em decorrência da reconstrução e reurbanização de Londres, com
uma população de 60000 pessoas, situadas entre 20 a 35 milhas do centro de
Londres. Ao invés de auto-estradas e estreitas tiras de parques definirem as
comunidades, o elemento básico seria o fundo verde.
Figura 11: De frente para o leste em toda Mall, em frente ao Memorial Lincoln.
Fonte:http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Daniel_Burnham&sa=X&oi=translate&resnum=1&ct=result
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O mesmo se fez para San Francisco, porém num projeto muito mais ambicioso,
onde um novo complexo cívico estaria situado na junção da rua comercial da
cidade e no qual o traçado quadricular regular seria levado a uma lógica de
desembocaduras angulares e irregularidades naturais (Figura 17). Devido o
terremoto seguido de incêndio, o plano teve sua implantação viabilizada, porém as
pressões comerciais o modificaram bastante.
Figura 17: Burnham Bennett e o Plano de San Francisco.
Fonte:http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
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Figura 20: Visualização de Rashtrapati Bhavan – o Palácio Presidencial - com a Jaipur Coluna em
primeiro plano, em Lutyen's Deli.
Fonte:http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
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Figura 21: Monumento para os soldados indianos que morreram na Primeira Guerra Mundial.
Fonte:http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
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O projeto final resultou da geometria formal de Lutyens, composta por sete vias
radiantes, uma grande praça principal da estação ferroviária e vias formando
ângulos de trinta ou sessenta graus, com os edifícios principais nos centros,
ângulos ou lados de hexágonos. Nos reticulados hexagonais, distribuíram as
casas por raça, nível profissional e status socioeconômico. Algumas vezes, os
edifícios assumiam a dimensão das ruas. Após várias divergências entre a equipe
encabeçada por Lutyens e Herbert Baker, o que se viu foi um planejamento
abstrato e que nada tinha a ver com a estrutura tradicional da Índia.
Já na implantação das novas capitais africanas, a preocupação básica era com a
higiene e com as doenças tropicais. O serviço médico do governo de origem
militar orientava que os colonizadores fossem transferidos para as colinas,
criando-se assim uma intensa segregação entre os europeus e os colonizados
africanos.
Cada plano que surgia aceitava e reforçava ainda mais as divisões raciais
existentes, onde muitas vezes nem se assinalava áreas habitacionais para os
africanos. Eles tinham em comum o uso do solo e a estrutura colonial.
Compreendiam um núcleo central com a sede do governo, ao lado uma área
empresarial e junto de ambos o centro de compras. Projetados em torno de um
esquema viário geométrico formal, com avenidas amplas que desembocavam em
anéis de tráfego e circundadas por áreas residenciais européias de baixíssima
densidade e casas unifamiliares em estilo bangalô dentro de imensas
propriedades privadas, como se fossem “cidades-jardim”. As áreas residenciais
africanas eram pequenas e segregadas, estando o mais longe possível das áreas
européias e separadas destas por uma barreira física – os trilhos da ferrovia.
As diferenças deste para o plano de Nova Delhi, além do investimento eram as
não complexidades geométricas de Lutyens e apenas o baixo grau de organização
formal para o centro e para o subúrbio europeu.
Com o fim do Raj, a elite africana mudou-se para as casas abandonadas pelos
europeus e os governantes dos Estados independentes fizeram terraplenagens e
demolições sistemáticas, visando impedir que pessoas sem meio de se manter se
mudassem para a cidade, reagindo assim de forma idêntica aos colonizadores.
No caso da nova capital australiana, fez-se um concurso para a construção de
Camberra. O arquiteto Walter Griffin venceu o concurso, mas uma comissão do
governo reprovou o plano e propôs outro. A opinião pública criticou tal atitude e
após a mudança de governo em 1913, Griffin foi nomeado Diretor de Projeto.
Depois de várias sabotagens do seu plano ele se demitiu do cargo. Enquanto isso,
os subúrbios crescem sem planejamento, até que em 1955, organiza-se um novo
órgão de planejamento e o projeto de Griffin passa a ser executado, ficando pronto
em 1980 (Figura 22).
Figura 22: Perspectiva de Griffin para Canberra.
Fonte: http://www.vivercidades.org.br