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O texto expositivo-argumentativo

1. A teoria
O texto expositivo-argumentativo consiste em partir de uma afirmação e desenvolvê-la.
Um texto expositivo-argumentativo tem, pois, como objectivo apresentar, sobre um
determinado assunto, um juízo próprio de forma clara e organizada.
A clareza do texto expositivo-argumentativo depende, em muito, da forma como ele é
estruturado.

Assim, o texto deverá ser organizado em três partes: introdução, desenvolvimento e


conclusão.

Para melhor levares à prática estas indicações, atenta nos seguintes conselhos práticos:

• A introdução e a conclusão:
– devem ser constituídas por um único parágrafo;
– uma vez que são sínteses teóricas, não devem conter exemplos;
– articulam-se entre si, já que a conclusão deve retomar a introdução.

• O desenvolvimento:
– articula-se com a introdução;
– integra referências concretas à obra do autor, recorrendo a citações de excertos e/ou
títulos;
– veicula juízos próprios apoiados em referências textuais.
Nota ainda que:
– deves ler, com muita atenção, o enunciado de forma a compreenderes claramente
a tese aí formulada;
– antes de redigires o teu texto, deves organizar a informação em forma de tópicos
ou de esquema;
– durante a redacção, deves identificar o tipo de relações lógicas existentes entre cada
uma das três partes do texto e entre as ideias que vais expor no desenvolvimento, de modo
a seleccionares os articuladores do discurso que vão evidenciar esses nexos,
– convencionalmente, o tempo utilizado neste tipo de texto é o presente do indicativo;
– não podes fugir ao limite de palavras indicado.

2. Mecanismos de coesão do texto (conectores/articuladores do discurso)


Como aprendeste em anos anteriores, os articuladores do discurso são conectores utilizados
para fazer a ligação entre frases e parágrafos no texto. Do seu bom uso resulta uma maior
coesão do texto.
Os conectores pertencem a diversas classes de palavras: podem ser conjunções, advérbios,
locuções adverbiais; podem, até, ser frases inteiras.
Recorda, na lista que se segue, alguns articuladores correctores mais frequentes:

com certeza, naturalmente, é evidente que,


acordo
certamente, sem dúvida, ...

e, também, em primeiro lugar,


num primeiro momento, antes de, além disso,
em segundo lugar, em seguida, seguidamente,
adição/sequencialidade
depois de, após, até que, simultaneamente,
enquanto, quando, por fim, finalmente,
em suma, ...

fosse... fosse, ou (... ou), ora... ora, quer...


alternância
quer, ...

pois, pois que, visto que, já que, porque,


causa dado que, uma vez que, por causa de,
com efeito, ...

por tudo isto, de modo que, de tal forma que,


consequência/conclusão daí que, tanto... que, é por isso que, logo,
em conclusão, ...

talvez, provavelmente, é provável que,


incerteza
possivelmente, porventura, eventualmente, ...

mas, porém, todavia, contudo, no entanto,


apesar de, não obstante, ainda que,
oposição
apesar de, embora, mesmo que, por mais
que, se bem que, ...

como, conforme, também, tal como,


modo assim como, deste modo, assim, …

tempo e lugar antes, depois, então, dantes, hoje,


em seguida, lá, cá, além, ali, aqui

Texto retirado do manual Entre Margens 12.º ano, Porto Editora, 2005

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