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CANOAS, 2012
1
CANOAS, 2012
2
_______________________________________________
Profº. M.e. André Seidel
UNILASALLE
_______________________________________________
Prof.º Telmo Telles
UNILASALLE
3
AGRADECIMENTO
Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida, saúde e força que me fez
nunca desistir da realização do meu sonho, mesmos nos momentos de angústias e
de dúvidas.
Agradeço aos meus pais pela base de ensino que me proporcionaram, pois
sem ela não seria possível essa conquista.
Agradeço a minha esposa e aos meus filhos pelo apoio e compreensão de
minha ausência em tantos momentos importantes que não voltam mais.
Agradeço aos professores pela parceria em compartilhar seus conhecimentos
e pelas lições de vida e experiências.
Agradeço aos parentes e amigos pelo incentivo e confiança que sempre
demonstraram.
Agradeço ao Professor Ms. André Seidel, que não só na orientação do
trabalho de conclusão, mas sim, desde a primeira cadeira ministrada, sempre
demonstrou ser uma pessoa interessada no aprendizado do aluno, exigente, porém
companheiro. Que não só fez uma orientação e sim me ensinou a como ver
oportunidades em vez de só enxergar problemas.
Agradeço aos colegas de cursos, alguns que hoje não são colegas e sim
verdadeiros amigos, que sempre estiveram juntos e dispostos a ajudar nas
necessidades.
Agradeço á empresa Micheletto S.A que para mim não é apenas o lugar onde
trabalho e sim em meus últimos 24 anos, o meu segundo lar, que sempre me
apoiou, incentivou e é grande responsável por essa minha conquista.
Agradeço aos colegas de empresa, ou como chamamos, todos os membros
da família Micheletto, pois para nós seus funcionários é assim que nos sentimos.
Agradeço especial aos colegas de trabalho, Edmar da Silveira Oliveira,
Cristian Oliveira da Silva, Roberto Junior, Renata Grzewinski e Oneidi Flores que
ajudaram em muito a realização desse estudo de caso e que proporcionou um
grande resultado.
Aos verdadeiros amigos, que sem esses a vida também não teria graça e que
certamente essa minha conquista também lhes farão felizes.
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RESUMO
ABSTRACT
This paper was developed with the aim to describe and analyze the implementation
of OEE index (Overall Equipment Effectiveness) as a way of management,
improvement definition and help the process of production increase. As main goal,
the OOE index was studied and developed in restrictive equipments of production.
The study made use of OEE math and lost involved in the process inserted inside the
concept of TPM – Total Productive Maintenance.
Based on the case study developed in 14 equipments, it was possible to prove that
results in these equipments shown improvements in the OEE values. Another result
was the commitment of employees in search of root causes of problems and
suggestion of actions, creating a positive organizational change in search of the
increase of efficiency and productivity of organization.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................ 15
2.1 Caracterização da organização e seu ambiente ............................................. 15
2.1.1 Histórico da Organização ................................................................................. 15
2.2 Delimitação e Definição do Problema.............................................................. 21
2.3 Justificativa........................................................................................................ 26
2.3.1 Quanto à importância ....................................................................................... 26
2.3.2 Quanto à oportunidade ..................................................................................... 27
2.3.3 Quanto à viabilidade ......................................................................................... 27
3.1 Objetivo geral .................................................................................................... 29
3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 29
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 30
4.2 A Manutenção Produtiva Total (TPM) .............................................................. 34
4.3 Indicador de Eficiência Global dos Equipamentos - OEE.............................. 40
4.4 Tipos de Paradas de Equipamentos e Método de Coleta de Dados ............. 51
4.5 Mudança Organizacional .................................................................................. 52
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 57
5.1 Delineamento do tipo de estudo ...................................................................... 57
5.2 Delineamento da área alvo de estudo ............................................................. 60
5.4 Plano de análise de dados................................................................................ 63
6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 67
6.1 Descrição da implementação de um controle de eficiência operacional
utilizando a ferramenta OEE nas Indústrias Micheletto S.A ................................ 67
6.1.1 Seleção dos equipamentos a serem monitorados............................................ 67
6.1.2 Seleção dos operadores de máquinas para participação no OEE ................... 73
6.1.3 Medição da situação atual através da aplicação de um piloto de monitoramento
– OEE – 1 mês. ......................................................................................................... 74
6.1.4 Seleção e treinamento de todas as pessoas envolvidas no processo produtivo
na ferramenta OEE. .................................................................................................. 77
6.1.5 Aplicação do Brainstorming .............................................................................. 78
6.1.6 Elaboração do plano de ação e execução das ações ...................................... 81
12
1 INTRODUÇÃO
1
OEE – Eficiência Global dos Equipamentos (Overall Equipment Effectiveness).
14
2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Indústria Micheletto S.A. Conhecida no mercado pelo seu nome fantasia Mitto
está situada em Canoas – RS e no ano de 2012 completou 100 anos de existência.
As informações prestadas abaixo foram extraídas do site confiável da empresa.
Fundada em 1912 pelos irmãos Ruggero e Cypriano Micheletto, na cidade de
Porto Alegre, onde o negócio começou com a produção de tornos mecânicos, neste
segmento foram pioneiros no Brasil. Em 1918 surge a idéia de produzir parafusos,
que era uma necessidade não atendida na época, para isso se fez necessária a
fabricação de máquinas adequadas e em 1919 iniciou a fabricação de parafusos
com maquinário de fabricação própria (prensa e laminadora) quando os primeiros
(prensas e laminadoras). Quando os primeiros parafusos MITTO chegaram ao
mercado, rapidamente o negócio tornou-se nacional e internacional. Em 1935
fabricou o primeiro torno mecânico paralelo Micheletto.
Devido a alta demanda e a necessidade de uma estrutura maior, em 1962 as
instalações da empresa mudaram-se para Canoas – RS. Assumiu no ano seguinte a
denominação de Indústrias Micheletto S.A. Na década de 70 abriu uma Unidade de
produção em Contagem - MG, as quais participaram da demanda de 25% do
mercado brasileiro na década de 90 no segmento de parafusos fendados. Neste
período a empresa abriu seu capital ao mercado de ações, porém o controle
acionário ficou com os integrantes da família.
16
2
Parafusos Standard – são parafusos que seguem especificações de determinadas normas nacionais
(ABNT) ou internacionais como normas DIN- Alemã ou da japonesa JIS. Parafusos especiais: são
17
parafusos com especificações fora das normas e geralmente seguem projetos específicos dos
clientes, com desenhos específicos para aplicações especiais.
3
Informações do histórico da organização podem ser verificadas na site da empresa. Disponível em:
<www.micheletto.com.br.>
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Missão
Princípios
Diretrizes
Ambiente
100%
Custo
1
parafuso 60% 60%
fabricado na 2
Micheletto 3
Custo da Custo do
matéria parafuso
prima importado
arame da China
nacional pronto
2.3 Justificativa
Este estudo se torna viável uma vez que a empresa concordou e permitiu
acesso a todas as informações necessárias para execução e também pelo vínculo
empregatício que do autor tem com a empresa.
28
3 OBJETIVOS
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Roesch (2010), todo projeto deve utilizar algum tipo de
metodologia, espera-se que haja uma especificação do seu plano ou estratégia de
pesquisa para que o problema detectado seja pesquisável e que venha proporcionar
dados que possam elaborar respostas plausíveis as questões do estudo.
Para Antunes (2008), a competição entre as empresas tem aumentado nos
mercados internacional e nacional. Esse acirramento da competição dá origem a
uma “pressão competitiva”, que direciona as empresas para busca de mais eficiência
nas suas operações e nos processos de gestão organizacional.
Trata-se de fenômeno observado nas indústrias automotivas, siderurgia, a têxtil
e de confecções, eletrônicas, a de bens de consumo duráveis e a de transformados,
plásticos entre outras. Em virtude dessa situação geral, que ao longo do tempo as
empresas foram compelidas a trabalhar simultaneamente várias dimensões da
competição industrial: custos, qualidade, tempo, flexibilidades e inovação passaram
a ser de suma importância para sobrevivência da organização.
De acordo com Antunes (2008), é no contexto dessa realidade econômica que
foram forjados os ditos sistemas de produção modernos. Trata-se de um quadro
fundamentalmente distinto daquele que viabilizou a produção em massa fordista e,
posteriormente, o crescimento industrial acelerado das décadas de 50 e 60 nos
Estados Unidos e na Europa.
O Sistema Toyota de Produção que é modelo de gestão que será baseado
esse trabalho é muito amplo e com várias abordagens, inserem-se como aplicável
principalmente nesse estudo de caso a abordagem da Produção Enxuta (lean
manufacture) e o modelo TPM (Manutenção Produtiva Total ou Total Productive
Maintanance).
Na seção do referencial teórico será abordada a apresentação da metodologia
OEE, que é um indicador de desempenho operacional que atua conjuntamente com
a sistemática do STP.
4
Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos,
destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item (ABNT
NBR 5462-1994) (BELTRANO FILHO, 1996).
5
Também conhecida como Manutenção Corretiva ou Pós-quebra Tipo de manutenção efetuada em
um item quando a falha já ocorreu, restituindo-lhe a condição admissível de utilização (BELTRANO
FILHO, 1996).
6
É um método de manutenção designado para sistematicamente e positivamente retificar (material e
forma) partes insatisfatórias existentes nos equipamentos, de modo a melhorar a confiabilidade,
manutenibilidade, e segurança; para reduzir a deterioração e falhas; e alcançar um equipamento
que não requeira manutenção (SHIROSE, 1996).
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Prevenção da manutenção é o conjunto de medidas para evitar as ocorrências de manutenção. Sua
aplicação é ampla e parecida com o critério de “ Prevenção de Acidentes” . Medidas de seleção de
melhores materiais, de melhores métodos de trabalho, de operação e manutenção. Diversas outras
medidas também afetam este campo, como treinamento de operadores, do pessoal da manutenção,
35
- Eliminar desperdícios;
- Obter o melhor desempenho dos equipamentos;
- Reduzir interrupções/paradas de produção por quebras ou intervenções;
- Redefinir o perfil de conhecimento e habilidades dos empregados da
produção e manutenção;
- Modificar a sistemática de trabalho.
Ressalta Nakajima (1993) que a forma de gestão proposta pela TPM busca o
envolvimento de todos os colaboradores da organização, no sentido de assegurar o
funcionamento dos postos de trabalho. Sendo assim os operadores e o pessoal de
manutenção se integram de maneira que possam executar todas as atividades de
manutenção inerente ao processo de formar mais rápida e precisa, visando sempre
agir preventivamente, pois assim a manutenção corretiva terá uma menor freqüência
e com isso o equipamento terá um maior tempo de disponibilidade.
Os equipamentos têm um papel crucial no aumento e manutenção da
produtividade tendo em vista a utilização crescente da automação e mecanização de
atividades originalmente manuais. Desta forma, as máquinas e equipamentos
passam a ter um papel fundamental na melhoria do output. (NAKAJIMA, 1993).
Entende-se que dentro do conceito de TPM cabem aos operadores as
atividades básicas de manutenção e as atividades de que necessitam de maior
conhecimento são executadas por técnicos qualificados, porém a diretriz é sempre a
38
A figura 8 apresenta a relação direta entre o índice e a sua principal causa que
afeta o desempenho.
48
Equação (9)
descrito anteriormente, pois este é realizado a partir das seis grandes perdas,
revelando onde estão às perdas e quais são as mais significativas e necessárias na
avaliação do processo produtivo como um todo.
Através de seus estudos Nakajima (1993) define como um índice competitivo
no mercado internacional, um OEE de 85%, a qual deve ser traçado como meta
ideal, no que diz respeito a rendimento de processo de produção, índice esse obtido
por empresas ganhadoras de prêmios reconhecidos.
Na mesma linha de raciocínio de Nakajima (1993), as metas para os índices
que compõem o cálculo do OEE para atingir os 85%, deverão ser maiores que 90%
para o índice de disponibilidade, maior que 95% para a performance e maior que
99% para a qualidade, como representado no cálculo (11) abaixo:
o tipo de organização. A empresa deve estar atenta para o fato de que enfrentam
concorrência de todos os lados, não somente nacional como também estrangeira.
Com o entendimento da situação de concorrência, as duas principais forças
motrizes da globalização foram á procura de novos mercados e os esforços para
redução de custos, em busca da competitividade internacional (ROBBINS, 2006).
Para (ROBBINS, 2006) com o trabalho sendo cada vez mais organizado em
torno de equipes, os funcionários tiveram de se tornar membros delas. Isso significa
desenvolver o tipo de habilidades necessárias para poder contribuir para equipes de
alto desempenho, principalmente habilidades para solução de problemas e tomada
de decisão em grupo, capacidade para ouvir, dar feedback e resolver conflitos, entre
outras aptidões interpessoais.
Nesse contexto entende-se que os funcionários de uma organização são peças
fundamentais não só no processo produtivo, ma também no processo de
sobrevivência de uma organização, onde o mesmo está ligado diretamente à
capacidade de competitividade da organização frente ao mercado internacional.
Com isso a organização deve pesquisar e buscar entender quais fatores
estimulam a motivação de seus funcionários no sentido de buscarem a sua
satisfação pelo seu trabalho e em conseqüência atingirem os índices desejados de
produtividade, pois entende-se que a produtividade seja a maior produção possível
de produtos bons com o menor custo possível.
No entender de (MORGAN, 1996) quanto a questão de motivação no trabalho,
uma nova teoria da organização começou a emergir, apoiada na idéia de que
indivíduos e grupos, da mesma forma como os organismos biológicos, atuam mais
eficazmente somente quando suas necessidades são satisfeitas. Teorias da
motivação, tais como a do pioneiro Abraham Maslow, apresentam o ser humano
como um tipo de organismo psicológico que luta para satisfazer as suas
necessidades numa busca de completo crescimento e desenvolvimento. Essa teoria
sugeriu que os seres humanos são motivados por uma hierarquia de necessidades
que progride através de diferentes tipos, a saber, fisiológicas, sociais e psicológicas
e não somente por dinheiro ou estabilidade de emprego. Um trabalho relacionado
com os cargos e relações interpessoais criam condições de crescimento pessoal que
simultaneamente ajudariam as organizações a atingir os seus propósitos e objetivos
organizacionais.
54
De acordo com (BERGAMINI apud Steers e Porter 1983, p.4) propõem que a
motivação seja uma cadeia de eventos baseada no desejo de reduzir um estado
interno de desequilíbrio tendo como base a crença de que certas ações deveriam
servir a esse propósito. Para tais autores os indivíduos agem da maneira pela qual
acreditam que serão levados até o objetivo desejado. Dentre os principais objetivos,
o primeiro a aparecer são as necessidades, que são os motivos pelos quais cada um
se põe em movimento na busca de certos fins.
Segundo (ROBBINS, 2006) observou-se que as respostas dadas pelas
pessoas quando se sentiam bem sobre seus trabalhos eram significativamente
diferentes das respostas dadas quando se sentiam mal. Essa descoberta levou á
primeira conclusão da teoria da motivação-higiene: os fatores intrínsecos estão
associados à satisfação no trabalho, ao passo que os extrínsecos estão associados
à insatisfação.
De acordo com (HERSZBERG, 1997) os fatores que resultam em satisfação no
trabalho são separados e distintos daqueles que resultam em insatisfação. Dessa
forma agindo no intuito de eliminar fatores que geram insatisfação no trabalho
podem produzir paz, mas não necessariamente motivação. Estarão mais aplacando
sua força de trabalho que a motivando. Consequentemente, características como
políticas e administração da empresa, supervisão, relações interpessoais, condições
de trabalho e salário foram caracterizadas pelo autor como fatores de higiene.
Quando adequados, os indivíduos não ficaram insatisfeitos; entretanto,
tampouco satisfeito. Se quiser motivar as pessoas em seus cargos, (HERZBERG,
1997) sugere que enfatizar a realização, o reconhecimento, o trabalho em si, a
responsabilidade e o crescimento. Essas são características que as pessoas
consideram intrinsecamente recompensadoras
Como afirma (ROBBINS, 2006) uma das explicações mais amplamente aceitas
sobre a motivação é aprestada pela teoria da expectativa que afirma que a força de
uma tendência para agir de certa maneira depende da força de uma expectativa de
que o ato seja acompanhado pelo dado resultado e da atrativa desse resultado para
o indivíduo. Em termos mais práticos, a teoria da expectativa diz que um funcionário
será motivado a se esforçar no trabalho quando acreditar que seu esforço levará a
uma boa avaliação de desempenho; que uma boa avaliação resultará em
recompensas organizacionais – como gratificações, aumento de salário ou
55
•Relação esforço-desempenho
•Relação desempenho-recompensas
•Relação recompensas-metas pessoais
Isso propõe que as pessoas façam as coisas como querem e quando querem.
Com a relação á motivação, elas têm, na maioria das vezes, liberdade e autonomia
própria.
Entende-se, assim que a motivação seja um impulso que venha de dentro e
que tem, portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa.
56
5 METODOLOGIA
Segundo Roesch (2010, p. 126), todo projeto deve utilizar algum tipo de
metodologia, espera-se que haja uma especificação do seu plano ou estratégia de
pesquisa para que o problema detectado seja pesquisável e que possa proporcionar
dados e, portanto elaborar respostas plausíveis as questões do estudo.
O presente capítulo tem como objetivo apresentar a metodologia selecionada
para a aplicação da pesquisa que norteou o estudo de caso em chão de fábrica,
especificamente nos setores de prensas médias e laminadoras pequenas na
empresa Indústrias Micheletto S.A dando ênfase á estruturação e métodos que
foram utilizados para coleta e análises de dados que contribuíram para o
atendimento do objetivo geral e específicos do projeto.
Essa pesquisa também foi caracterizada como pesquisa participante uma vez
que apresentou participação efetiva do pesquisador juntamente a todo o corpo
funcional envolvido ao processo produtivo, operacional, engenharia e qualidade.
Conclusão
300.000
Total Programado -
MÁQs OEE; 264.949
250.000
200.000
Déficit; 165.575
150.000
Total Produzido;
99.374
100.000
50.000
PEP - 20 137 67
PEP - 21 114 56
PEP - 22 144 71
PEP - 51 133 65
PEP - 52 133 65
PEP - 69 128 63
PEP - 70 190 93
TOTAL 979 480
Conforme I.T deveriamos ter 979 centos prensados por hora e na
realidade temos 480 centos por hora.
Fonte: Autoria própria, 2012.
Turno 9 h
Dias úteis Mês 21 dias
Total de recurso 7
Total de disponibilidade p/ recurso(mês) 189 h
Disponibilidade total dos recursos 1323 h
Fonte: Autoria própria, 2012.
Déficit 165.575
Fonte: Autoria própria, 2012.
71
O quadro 07 indica que de acordo com a teoria, poderia ser produzido a 100%
a quantidade de 264.949 centos. A produção, foi de 99.473 centos, apresentando
um déficit mensal para essa linha de produtos no montante de 165.000 centos
somente nas máquinas do OEE. Isso significa um valor considerável que ajudaria
em muito o faturamento da empresa, aproximadamente R$ 370.062,00 no mês.
300.000
Total Programado -
MÁQs. OEE; 256.302
250.000
200.000
Total Produzido;
118.485 Déficit; 137.817
150.000
100.000
50.000
Turno 9 h
Dias úteis Mês 21 dias
Total de recurso 7
Total de disponibilidade p/ recurso(mês) 189 h
Disponibilidade total – todos os recursos 1323 h
Fonte: Autoria própria, 2012.
O quadro 11 indica que de acordo com a teoria, poderia ser produzido a 100%
a quantidade de 328.482 centos, a produção foi de 118.485 centos, apresenta um
déficit mensal para essa linha de produtos no montante de 137.000 centos somente
nas máquinas do OEE. Isso que significa um valor considerável que ajudaria em
muito o faturamento da empresa, aproximadamente aumentaria R$ 274.000,00
mensais.
Assim, justificou-se a necessidade de aumento da eficiência nestes
equipamentos.
100%
89,67%
90%
80%
70%
60% 54,84%
49,18%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
OEE PERF. DISP.
100%
90%
80%
70% 67,78%
60%
52,48%
50%
40% 35,57%
30%
20%
10%
0%
OEE PERF. DISP.
Códigos de Paradas
10 Manutenção Elétrica
15 Manutenção - Mecânica
21 Regulagem
32 Sem operador
35 Tambor Faltando
36 Falta Água
37 Troca Neutralizante
38 Troca de Cabos
39 Aguardando Arame
40 Ferramenta
50 Engenharia
77
Códigos de Paradas
60 Amostra
70 Lavadora
80 Central de Refrigeração
85 Almoço/Janta
90 Sem Programação
91 Falta de Empilhadeira
92 Esperando Semi/Prensa
93 Outros
Fonte: Autoria própria, 2012.
Nota: Elaborado pelo autor com base em dados da empresa Micheletto
8
A ferramenta brainstorming (literalmente: "tempestade cerebral") ou tempestade de idéias, mais que
uma técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade
criativa de um indivíduo ou de um grupo - colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados.
79
9
Diagrama de Ishikawa: é uma ferramenta desenvolvida para representar a relação entre o “efeito” e
todas as possíveis “causas” que podem estar contribuindo para este efeito.
83
83
84
86
Fonte: Autoria própria, 2012.
87
c) Lavadora: Foi contratado mais um funcionário para esse setor para aumento
de produção e com um terceiro turno.
d) Setup: Foi executado um treinamento externo com todos os envolvidos para
disseminação e implementação da ferramenta setup, após começou-se
aplicar em todas as máquinas do OEE.
Outubro /
49,18% 54,84% 89,67% 315 horas
2011
Setembro /
70,18% 95,40% 73,51% 246 horas
2012
Outubro /
35,57% 52,48% 67,78% 270 horas
2011
Setembro /
59,67% 78,26% 76,25% 187 horas
2012
autonomia e controle sobre suas vidas profissionais, eles tornarão mais satisfeitos
com seus trabalhos se em conseqüência aumentaram seu desempenho operacional.
Nesse sentido foi realizado um treinamento sobre o conceito e objetivos da
ferramenta e a necessidade de implementação do OEE para a organização e que do
sucesso do OEE dependeria o futuro da organização no mercado de atuação.
Com o entendimento de todos sobre os verdadeiros motivos da implementação
do OEE, a participação dos envolvidos, principalmente do pessoal operacional
começou a aparecer várias causas potenciais, idéias e sugestões de ações
necessárias para serem discutidas e trabalhadas em prol do aumento de eficiência
global operacional nos setores estudados, prensas médias e laminadoras pequenas.
O cuidado com o ferramental e com o equipamento foi um ponto fundamental
no início do trabalho, foram executadas manutenções e reformas e foram atribuídos
aos operadores que eles entendessem que o equipamento antes de ser da empresa,
era deles, e as pessoas compraram a idéia e os registros de quebras e paradas
reduziram em muito após essa conscientização.
Foi traçado um projeto onde todos ganhariam com o aumento da eficiência
global dos equipamentos e que recompensas como promoção e aumento de salário
ocorreriam com o sucesso do projeto. Foram projetados metas e objetivos para o
grupo.
Conforme (ROBBINS, 2006) um funcionário será motivado a se esforçar no
trabalho quando acreditar que seu esforço levará a uma boa avaliação de
desempenho e que uma boa avaliação resultará em recompensas organizacionais,
como gratificações, aumento de salário e promoção, nesse caso caracterizando uma
relação de desempenhos-recompensa.
Após deixar claro as metas e objetivos percebeu-se que o rendimento dos
equipamentos começaram a aumentar, e nos horários de almoço os operadores se
organizaram para que as máquinas continuassem a operar.
Processos de pagamento da matéria prima também foram alterados por
solicitação dos operadores, agilizando e reduzindo as paradas de máquina por falta
de matéria prima.
Operadores começaram a participar das reuniões de produção juntamente com
chefias e supervisão, inicia-se a participação ativa dos operadores no processo
decisório da produção e com isso a quebra dos paradigmas e resistências ao projeto
OEE.
105
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
COX III, J. F.; SPENSER, M. S. APICS Dictionary, Falls Church VA: American
Production and Inventory Control Society, 8. ed., 1995.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
TAKAHASHI, Y.; OSADA, T. Manutenção Produtiva Total .São Paulo: IMAM SP,
1993.