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Manut
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ão
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bibliografia.
ISBN 978-65-80624-43-0
22-134607 CDD-658.202
Índices para catálogo sistemático:
Quem somos
13
Uma empresa de Educação e Consultoria criada para
compartilhar conhecimento de excelência na prática. A FM2S
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ferramentas e exemplos práticos.
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Sumário
O objetivo ao final, é te ensinar a como executar uma Gestão de Manutenção mais planejada
e com uma maior maturidade e aplicabilidade em sua empresa.
“Manutenção são todas as atividades necessárias para garantir que um sistema entregue aquilo que
ele deveria entregar”
O que significa, então, a Manutenção para a escola oriental? Seria qualquer atividade
realizada, para que aquele sistema continue entregando aquilo que ele foi projetado para entregar.
Ou seja, tomar atitudes práticas para manter o funcionamento ideal desse sistema. Muito diferente do
que é realizado, hoje, por muitas fábricas, que são obrigadas a parar a produção para consertar o
problema. Não possuindo, assim, nenhum cuidado rotineiro e preventivo para que a máquina,
sempre, apresente um bom funcionamento.
E quais são os cuidados que envolvem a área de Manutenção? Os cuidados principais são:
Substituição, quando existe a necessidade de trocar equipamentos quebrados; Adequação, quando
preciso aplicar aquele equipamento a uma nova funcionalidade; Restauração, ligada ao restauro do
equipamento as condições ideais de funcionamento do mesmo; Conservação, os cuidados
preventivos da limpeza, para conservar o local em que esses equipamentos são guardados,
conservando assim suas boas condições; Prevenção, precaver o acontecimento das falhas.
Também, na visão japonesa de Manutenção, são incluídas as atividades de Operação.
Essa diferença de incluir ou não a Operação na manutenção é a chave para
compreendermos alguns conceitos como o de Manutenção Autônoma e de OEE (Eficiência Global
“A tartaruga mais lenta, mas consistente causa menos desperdício e é mais desejável do que a
rápida lebre que corre à frente e, em seguida, para ocasionalmente para cochilar. O sistema de
Produção Toyota pode ser realizado apenas quando todos os trabalhadores se tornam tartarugas”
- Taiichi Ohno, grande precursor do Lean.
3.2. A solução
A partir dos pontos destacados, na contextualização, como podemos buscar uma solução
para a problemática, de modo a garantir uma otimização e menor custo do processo?
Devido às condições adversas a que as máquinas e equipamentos estavam sendo expostos,
havia considerável tempo de inatividade e lucro cessante elevado. Ou seja, a empresa deixava de
ganhar, porque o equipamento passa muito tempo parado.
Para resolver o problema era necessário implementar um modelo de manutenção bastante
completo e eficaz. Desta forma, seria possível aumentar a disponibilidade e a confiabilidade dos
equipamentos. O grande desafio, então, era que a manutenção passasse a ser vista como setor
estratégico da organização e se tornasse responsabilidade de todos, desde as funções gerenciais até
as operacionais.
Desta forma, os gestores, líderes, equipe de manutenção, equipe de operação formaram um
comitê para desenvolver a melhoria no modelo de manutenção, seguindo as etapas:
1. Avaliação geral dos equipamentos e compreensão da situação atual;
2. Restabelecimento das condições deterioradas e melhoria dos pontos fracos;
3. Construção de um sistema de gestão de informações de manutenção;
4. Construção de um sistema de manutenção preventiva;
5. Construção de um sistema avançado de manutenção preventiva;
6. Otimização do sistema de manutenção planejada;
7. Melhoria contínua e nova cultura na organização.
3.4. O modelo
Quais foram as técnicas utilizadas no novo modelo?
As Técnicas de Manutenção empregadas foram:
3.4.1. Padronização
Assim, é possível analisar vários parâmetros que auxiliam para implementar mudanças na
manutenção e garantir otimização na linha de produção e custos.
3.5. O resultado
E com o novo modelo de manutenção, grande parte das manutenções corretivas não
planejadas cessou. As falhas de equipamentos críticos já passaram a ser previstas antes de
ocorrerem.
Basicamente ganhou-se em:
4. Histórico da Manutenção
É possível ver na imagem, a seguir, o histórico da manutenção desde 1950 até 2000. Assim
como, as gerações da Manutenção baseada no tempo.
6.1.1. Confiabilidade
Segundo a NBR-5462: confiabilidade é a capacidade de um item desempenhar uma função
requerida sob condições especificadas durante um dado intervalo de tempo. Ou seja, é uma projeção
probabilística, ligada a um evento futuro.
A medida da confiabilidade depende das seguintes variáveis:
● MTBF (Mean Time Between Failures): Tempo médio entre falhas dos equipamentos;
● Taxa de falhas dos equipamentos;
● Saber previamente o período em que queremos projetar o cenário para cálculo de
confiabilidade.
●
6.1.1.1. Cálculos da Confiabilidade
Cálculo do MTBF:
𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑏𝑜𝑚 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑀𝑇𝐵𝐹 = 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎
Cálculo da Confiabilidade:
−λ.𝑡
𝑅 (𝑡) = 𝑒
Onde:
R = Reliability (Confiabilidade)
λ = Taxa de Falhas
T = Tempo para projeção
−λ.𝑡
𝑅 (𝑡) = 𝑒
−0,0164.100
𝑅 (𝑡) = 𝑒
𝑅 (𝑡) = 19, 39%
6.2. Disponibilidade
Seguindo com a definição e objetivo da disponibilidade segundo a NBR - 5462,
disponibilidade é a capacidade de um item estar em condições de executar sua função em um dado
instante ou durante um intervalo de tempo determinado. Ou seja, a disponibilidade é um indicador
relativo, retrata o que aconteceu no passado.
𝑀𝑇𝐵𝐹
% 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑀𝑇𝐵𝐹 + 𝑀𝑇𝑇𝑅
× 100
Onde:
MTBF: Tempo médio entre Falhas
MTTR: Tempo médio para Reparo
Supondo que o equipamento teve um problema mecânico e ficou 3 horas parado para
manutenção corretiva, como ficaria a disponibilidade?
(21 − 3)
% 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 21
× 100
% 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 85, 7%
7. Indicadores de Manutenção
Os indicadores são essenciais, pois são eles que vão demonstrar o desempenho da área da
manutenção. Deixando claro se as medidas adotadas, os novos cronogramas, modelos, e afins,
estão causando um efeito positivo ou não. Eles, também, medem o impacto como um todo na
empresa, comparando o custo com a eficácia.
7.1.1. Performance
Como é calculado a performance?
A performance é calculada levando em consideração a quantidade real de produção dividido
pela quantidade teórica que o equipamento deveria ter produzido no tempo disponível.
30
𝑃𝑒𝑟𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑐𝑒 = 60
× 100%
𝑃𝑒𝑟𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑐𝑒 = 83, 3%
7.2. Qualidade
A qualidade é calculada dividindo a quantidade de produtos bons pelo total de produtos
produzidos.
Exemplo: Sua empresa tem um equipamento que trabalhou por 180h e ficou 4h parado para
manutenção. Sendo duas paradas de 2h.
(180 − 4)
𝑀𝑇𝐵𝐹 = 2
= 88ℎ
Exemplo: Uma máquina trabalha 12 horas por dia. Nessas 12 horas, três falhas acontecem. As três
falhas são a cada 5 minutos. A primeira com 5 minutos. A segunda com 10 minutos e a terceira com
15 minutos.
(5 + 10 + 15)
𝑀𝑇𝑇𝑅 = 3
= 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
● Redução de Falhas: Programar as manutenções para evitar problemas nos ativos e riscos
para os operadores;
● Promover uso correto e eficiente dos ativos: Treinar a operação em realizar a
Manutenção Autônoma;
● Elevar a Produtividade: Aumento da produtividade pela maior disponibilidade e
confiabilidade;
● Redução de desperdícios e perdas;
● Aumento da Segurança: Diminuição do risco, uso de EPI’s e prevenção de acidentes;
● Redução de Custos: Quanto mais planejada a manutenção, mais barato será;
● Melhora da Qualidade do Produto Final: Isso se deve a melhor performance dos
equipamentos.
8.2.1. Planejamento
Há um núcleo de profissionais para o PCM, composto por coordenadores, supervisores,
inspetores e técnicos em manutenção. Nesta fase, deve-se elaborar:
● Listagem dos equipamentos que irão compor o PCM;
● Treinamento da equipe operacional;
● Descrição dos planos de manutenção;
● Recursos, materiais e peças necessários.
8.2.3. Controle
9. Tipos de manutenção
Um bom Planejamento e Controle da Manutenção irá averiguar muito bem quais tipos de
manutenção deverão ser adotados. Para, assim, reduzir os custos da área de manutenção e
aumentar a sua eficiência.
Os principais tipos de manutenção são:
● Manutenção Corretiva
● Manutenção preventiva (TBM e CBM);
● Manutenção preditiva;
● Manutenção autônoma.
● Manutenção corretiva planejada: Plano de ação advindo de uma inspeção que detectou um
problema e houve agendamento para o reparo. Neste caso a ação não precisa ser imediata;
● Manutenção corretiva não planejada: Realizada para resolver uma emergência durante a
operação. Costuma ser mais cara, pois envolve a interrupção do ativo até a solução.
Caso deseje aprofundar no assunto, na Plataforma da FM2S existe um curso completo sobre
TPM!
E existem quatro pontos determinantes para uma lubrificação ineficiente, sendo elas:
2. Lubrificantes inadequados
● Utilizar lubrificantes não recomendados pelo fabricante para determinada
máquina/equipamento.
4. Gerenciamento
● Problemas de gestão onde os planos e rotas de lubrificação não estejam sendo
cumpridos de acordo com o que foi planejado;
● Profissionais sem as habilidades requeridas para a função.
● Falta de atenção: a falta de atenção ou até mesmo o despreparo dos técnicos responsáveis
pelo procedimento causam problemas sérios a todos;
● Esquecer de realizar os testes: esquecer de criar uma rotina de testes e checklists que
garantam que os equipamentos estejam em conformidade com o processo de medição;
● Ausência de parâmetros de medição: apesar dos equipamentos virem com padrões
pré-estabelecidos de fábrica, não garante que estes estejam bem calibrados. Por isso a
11.1.3. Vibração
Por fim, outro fator que afeta as condições dos equipamentos corresponde à vibração. A
vibração de qualquer objeto em movimento é caracterizada por variações de amplitude, intensidade e
frequência. O grande desafio é saber distinguir entre a vibração normal, inerente à operação da
máquina, e a vibração correspondente a alguma anormalidade do equipamento.
12.6. Retrabalho
Esta perda relaciona-se ao tempo que se perdeu para confeccionar peças que não saíram
com a qualidade esperada da produção (não conformes). Isso pode acontecer devido a divergências
na qualidade da matéria-prima, mau uso da máquina durante o processo, alterações climáticas,
dentre outros.
● Estrutura centralizada;
● Estrutura descentralizada;
● Estrutura mista.
● Ciclo PDCA;
● 5W2H;
● TPM (Manutenção Produtiva Total);
● FMECA;
● MCC (Manutenção Centrada na Confiabilidade;
● Softwares.
Com o uso dessas ferramentas, é possível conduzir a solução dos problemas da manutenção
pela raiz.
Sobre o PDCA:
● É uma forma de pensar, não um formulário ou um roteiro;
● Pode ser usado continuamente ou pontualmente;
● Sua lógica inspira a realização de melhorias.
A Figura 11 corresponde ao 5W2H e está em forma de uma tabela, pois cada linha vai ser
uma atividade. E ao final, você tem um giro do ciclo PDCA.
1. Cadastro de Máquinas
Primeiramente, deve-se realizar um cadastro completo de todas as máquinas da fábrica.
Além da quantidade de equipamentos, devemos cadastrar todas as informações pertinentes para
análise futura como:
2. Diário de Bordo
Também é importante registrar todas as falhas que acontecem nas máquinas e causam
perda de produtividade em um diário de bordo. Este histórico de falhas é fundamental para a
realização de análises posteriores e melhor tomada de decisões. É importante registrar:
● Qual o defeito;
● Qual a causa;
● Ação tomada;
● Duração da ação de reparação;
● Parte do equipamento que ocorreu a falha;
● Responsável pela reparação;
● Custos (pessoal e de material utilizado).
3. Classificação em A, B ou C
Deve-se avaliar a prioridade dos equipamentos e classificá-los em A, B ou C.
4. Fluxograma decisório
Desse modo, a partir da Tabela 1, o JIPM recomenda a utilização de um fluxograma decisório
para classificar os equipamentos e a partir daí o tipo de gestão de manutenção a ser aplicada:
c) Classificação do torno
Visto que temos poucos tornos mecânicos e a demanda é bastante alta. Classificamos a
condição de operação como A e também a condição de entrega.
Devemos portanto trabalhar com manutenção preventiva e estudar projetos de melhoria na
máquina e a possibilidade da aquisição de outros destes torno para suprir a demanda.
Falha: Evento que limita algum recurso da máquina por breve período de tempo, ela não impede o
funcionamento do equipamento necessariamente. Falhas podem ser aleatórias, graduais,
intermitentes, parciais ou sistemáticas.
Defeitos: Desvio de uma característica do equipamento ou item em relação aos seus requisitos
especificados. O defeito pode ou não afetar o desempenho do equipamento para a função desejada.
16.2.4. Repetitividade
Proceder com a análise em máquinas com taxa média de utilização acima de X% (X >
comum das demais máquinas) ao mês;
Proceder com a análise pelo critério de repetitividade (reincidência do mesmo problema):
● Repetitividade por quebras: Verificar que em um período determinado a máquina
tem parado para manutenção por várias vezes pelo mesmo motivo (mesmo que
sejam paradas curtas);
● Repetitividade por falhas: Falhas recorrentes em algum item, podendo ser
diferentes tipos de falha. Falhas intermitentes;
● Repetitividade por defeitos: Problemas de manutenção que podem ser causados
por usos de matéria prima indevida ou adaptações, características diferentes das
corretas;
Dessa maneira, aplica-se o Diagrama de Ishikawa para a análise das anomalias e como
levantar possíveis soluções, consequentemente, criar um plano de ação, ou seja, modificação de
sistema.
Visto que na nossa fábrica o torno possui taxa de utilização de 90% ao mês e é classificado
com criticidade A. Resolveu-se por prosseguir com as análises e estudos para buscar a causa raiz do
problema.
16.3.2. Benchmarking
Para compreendermos se os nossos resultados estão a níveis adequados para o mercado,
compara-se os resultados dos indicadores de manutenção da nossa empresa com outras empresas
concorrentes ou outros setores dentro da mesma empresa. Processo chamado de Benchmarking.
O Benchmarking auxiliará a estabelecer metas para a área de manutenção e a trabalhar na
Melhoria Contínua dos indicadores.
Figura 16 - MTTR
Portanto é recomendado que a inspeção seja feita a cada 0, 7 𝑥 181, 6 ,ou seja, 127,1 horas.
Ainda no mesmo exemplo, o pessoal da manutenção levou em cada uma destas três paradas
as seguintes quantidades de horas para efetuar as reparações:
Parada 1: 9 horas
Parada 2: 15 horas
Parada 3: 12 horas
(9 + 15 + 12)
𝑀𝑇𝐵𝐹 = 3
𝑀𝑇𝐵𝐹 = 12 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Se a máquina gera 4 mil reais por hora o lucro cessante será de 48 mil reais.
Com os valores de MTBF e MTTR podemos calcular a Disponibilidade do torno:
(𝑀𝑇𝐵𝐹)
𝐷𝑖𝑠𝑝. = 100 × (𝑀𝑇𝐵𝐹 + 𝑀𝑇𝑇𝑅)
𝐷𝑖𝑠𝑝. = 93, 8 %
Visto que esta disponibilidade está acima dos 90% que é o padrão mundial. O equipamento
está dentro dos padrões de desempenho.
Conceito de Etiquetagem
Defini-se como etiquetagem, a identificação visual das anomalias durante a limpeza inicial.
Desse modo, é possível identificar e analisar as responsabilidades de ajustes.
Implementação:
● Levantamento das partes da máquina para treinamento;
● Entendimento dos modos de falha;
A consolidação da Manutenção Autônoma não é algo tão simples e para o seu sucesso, é
necessária muita persistência e apoio da supervisão e da gerência.
É fundamental que haja um bom alinhamento entre os operadores e a equipe de manutenção
e supervisão.
Também é crucial uma excelente capacitação da operação, um forte treinamento tanto teórico
como prático e a garantia da aplicação desta nova forma de trabalhar que só se pode dar com
padronização e apoio da supervisão e gerência (rotina).
Conforme a Figura 24, exemplos de etiquetagem, configurando o grau dos problemas com
separação pela cor vermelho e azul.
● Manutenção corretiva não planejada → ocorre devido a uma falha inesperada, exemplo a
quebra de um redutor. Esta é a manutenção mais cara que ocorre na indústria.
● Manutenção corretiva planejada → se dá por um relato do problema identificado por um
programa de monitoramento das condições do equipamento por parte da operação, por
exemplo, a detecção de ruído incomum e vibração do motor.
Esta SM que foi preenchida pela operação ao constatar o problema, será enviada à
manutenção.
Quando a manutenção já concluiu a intervenção, outros campos da SM deverão ser
preenchidos pelo receptor:
● Data e Hora da Finalização do serviço;
● Nome do executante;
● Descrição detalhada do que foi feito para solucionar o problema;
● Possíveis componentes e ferramentas que foram usados na intervenção.
Uma vez que as solicitações estão completamente preenchidas, deve-se entregar para a
área responsável fazer o registro das solicitações de manutenção. Este registro pode ser feito em
um software do PCM ou Gestão, ou então no próprio Excel.
Considerando que a análise deve ser feita a partir de um Fluxograma, Figura 26, para
descobrir a causa raiz desse problema e solucioná-lo e evitar sua reincidência.
Nas Figuras 27, 28, 29, 30 e 31 estão apresentados modelos de planos de ação.
● Registro de Manutenção
É fundamental que se faça o registro dos procedimentos que foram utilizados para solucionar
os problemas e evitar ou minimizar a sua reincidência. Ao lado um exemplo de relatório de Medidas
de Manutenção.
Paradas Planejadas:
Horário em que o equipamento está programado para produção, mas não está em execução
devido a eventos planejados. Por exemplo: troca ou ajuste de ferramentas, limpeza, manutenção
planejada e inspeção de qualidade. Pausas para descanso pagas, reuniões, palestras;
● Processo Contínuo: As máquinas devem funcionar continuamente (24 horas por dia, 7 dias
por semana), assim é inviável realizar paradas completas da produção. São características
de empresas que não podem gerar muito estoque (produto final caro e processo produtivo
demorado) e possuem demanda muito alta.
● Processo por bateladas: O processo é dividido em pequenos ciclos de produção com
duração média de 7 dias. Assim, ao final de cada ciclo, pode haver uma parada geral para
manutenção. Essas empresas produzem itens que podem ser mantidos em estoque e
necessitam interromper rotineiramente a produção para limpeza e pequenos ajustes e
reparos.
Cada processo de produção exige portanto um tipo ideal de parada de manutenção. Cada
parada de manutenção nunca será igual às anteriores, por isso é fundamental registrar
detalhadamente as suas características. Podemos dividir as paradas em três tipos:
● Manutenções ineficazes;
● Não cumprimento do cronograma de manutenção;
● Perda de produtividade e do lucro;
● Perda de contratos e insatisfação de clientes;
● Aumento de custos da manutenção;
● Maior probabilidade de acidentes.
Desta forma, tudo o que eu possa usar de solução tecnológica para melhorar o meu
planejamento da manutenção deve ser visto como investimento.
1. MaintenanceCare
● Gestão de ativos;
● Ordens de serviço;
● Serviços de manutenção preventiva.
2. SIGMA
● Gestão geral de manutenção;
● Gestão de Ativos;
● Ordens de Serviço;
● Qualidade e Melhoria Contínua.
Então, para o Passo 3.3, estamos em busca da organização para dar suporte ao sistema da
manutenção corretiva.
● Localização fixa;
● Condição atual;
● Tempo de operação do equipamento;
● Ciclo de vida;
● Números de série;
● Especificações.
Confira a Figura 39, no qual é possível ter um panorama geral sobre a política de
manutenção planejada.
●Calendário de 52 Semanas
O calendário de 52 semanas da manutenção preventiva é o planejamento macro anual que
contempla todas as paradas de manutenção preventiva do período para as máquinas e
equipamentos do plano da empresa. Os períodos são definidos conforme necessidade do ativo.
● Fluxo de processo:
Neste fluxo é mostrado o processo para definir se a metodologia do RCM será aplicada em
um equipamento da empresa. Esse modelo mais elaborado deve ser aplicado apenas em
equipamentos chave para a organização, conforme Figura 46.
● Gerenciamento de Ações:
As ações propostas nas reuniões são compiladas e organizadas de acordo com a sua prioridade.
Haverá a consideração sobre o custo envolvido, a complexidade, a necessidade de parada para cada
uma das ações propostas.
21.3. Ferramentas
Além disso, deve-se realizar o mesmo procedimento para as ferramentas, ou seja, busca deixar as
análises cada vez mais precisas e completas. Entre as ferramentas, algumas já citadas:
● Gráficos de Pareto, para avaliação dos tipos de defeito;
● Análise do tempo de paradas;
● Diagramas de correlação entre os componentes da máquina;
● Andon e gestão visual dos equipamentos.
Conceitos:
● Educação: adquirir conhecimentos de maneira profunda; mudar o modo de pensar,
mudar a postura; atividades formadoras de cultura.
● Treinamento: desenvolver uma habilidade específica.
● Matriz CHA: conhecimento, habilidade, atitude -> “eu sei o que é”, “eu sei fazer”, “eu
vou fazer”.
1) Coleta de dados
Coletar os dados de forma confiável para compor um bom histórico de manutenção e
melhorar as análises é essencial. A empresa adotou um software de manutenção (CMMS).
Também foi fundamental treinar os colaboradores a compreenderem estes dados e realizarem
análises.
Deve-se mostrar indicadores que tenham reflexo nas atividades do dia a dia do pessoal da
manutenção, assim a equipe pode conhecer suas metas e avaliar o seu rendimento.
Alguns desses indicadores:
● MTBF e MTTR;
● Número de eventos ou horas de quebras;
● Número de acidentes com ou sem afastamento;
● Número de horas em projetos de melhorias;
● Quadro com análise de falhas: Pode-se colocar no quadro gráficos com indicador do
número mensal de análises de falhas abertas e as concluídas, gráficos de pareto das falhas
(Falhas por repetitividade). Assim pode-se mostrar como a manutenção aumentou a
confiabilidade das máquinas.
● Quadro com inspeções de rotina: Mostrar os planos de inspeção de rotina já definidos para
o mês e os seus responsáveis. Deixar um local para os documentos já impressos e
concluídos (PCM avaliará os resultados).
24. Revisão
Finalizando o curso, não vamos nos esquecer da revisão e fixação do conteúdo apresentado
durante todo o período de aprendizagem.
Com as aulas de passo a passo, se encerra o conteúdo programático do curso de Essencial
Manutenção. Todos os tópicos abordados neste percurso estão listados na Figura 50: