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O número de 30 ações técnicas citado nas normas e no Método OCRA é uma constante
para os cálculos matemáticos e não representa o limite de ações técnicas.
De fato, sendo 2,2 o valor do índice OCRA, ainda na faixa verde (isto é, em ausência de
risco), isto implicaria que, na ausência de outros fatores de risco, as ações técnicas
possam ser também superiores a 60 por minuto, sempre com ausência de risco.
Utilizando o índice de risco (ISO 11228-3, ABNT NBR ISO 11228-3 EN 1005-5), a
primeira avaliação deve ser baseada num estudo detalhado e preciso da organização do
trabalho, para a estimativa do tempo real de trabalho repetitivo que corresponde ao tempo
real de exposição ao risco. Este estudo preliminar pressupõe, por si só, a presença de
níveis de riscos à exposição obviamente muito diferentes em função da duração
expositiva efetiva, antes mesmo da contagem das ações técnicas.
Para a avaliação real do risco à exposição, é necessário avaliar e calcular todos os outros
fatores de risco, a saber:
Frequência (ações técnicas por membro e por minuto), Postura, Estereotipia, Força,
Complementares, Recuperação.
Cada fator a ser avaliado contribuicom o próprio peso específico para determinar o risco
final (calculável através de fórmulas matemáticas específicas estabelecidas pelos autores,
tanto para o ÍNDICE OCRA quanto para a CHECKLIST OCRA).
Só o valor final do índice de risco (que leva em conta o peso dos diversos fatores) pode
predizer a probabilidade de adoecimento (baseado num banco de dados clínicos/
expositivos de 10.000 casos).
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Uma tarefa com frequência inferior a 30 ações técnicas por minuto, não pode ser
considerada como garantia de ausência risco por sobrecarga biomecânica dos membros
superiores, nem como a aplicação do Método OCRA e, nem dos padrões ISO 11228-3 e
EN 1005-5, devendo ser considerada como uma aplicação e interpretação incorreta do
método que não garante, absolutamente a ausência de risco.
Utilização deste critério, não pode ser citado nem como Método OCRA, nem como uma
aplicação dos padrões internacionais citados!
12.09 2016
Daniela Colombini
Daniela holds a MD with specialization in occupational medicine and health statistics. She is a certified European Ergonomist and a senior
researcher at the Research unit Ergonomics of Posture and Movement, Milan, where she developed methods for the analysis, evaluation and
management of risk and damage from occupational biomechanical overload. He is a Professor at the School of Specialization in Occupational
Medicine, University of Florence. She is the coauthor of the OCRA method (EN 1005-5 standard and ISO 11228-3). She is founder and President of
the EPMInternationalErgonomicsSchool. She has been working with accredited native teachers in different countries such as USA, France, India,
Spain, Chile, Colombia, Guatemala, Costa Rica, Brazil and other South America Countries. She is a member of the Ergonomics Committee of UNI
working in the international commissions of CEN and ISO. She is coordinator of a sub-group of Technical Committee on the Prevention of
Musculoskeletal Disorders of the IEA.