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Relatório crítico-reflexivo da disciplina Estágio Curricular

Supervisionado

Dados do Aluno:
Curso: Curso de Matemática (Para Licenciados em Física e Química)
Instituição: Universidade Cruzeiro do Sul (EAD)
Aluno: Marcos Garcia de Oliveira Júnior
RGM: 22339817
Ano/Semestre de realização do estágio: 2º Semestre de 2019
Quantidade de Horas Realizadas: 152:20 h.

Caracterização da Escola:

Nome da Escola: Escola Estadual João Rezende


Endereço: R. Terezina Segadães, 283 - Custódio Pereira, Uberlândia - MG, CEP: 38405-212
Dependência Administrativa: Pública
Diretoria/Secretaria de Ensino Vinculada: Diretor Carlos - SRE/Uberlândia
Ano escolar observado: 1º Ano do Ensino Médio

Características Físicas da Escola:

A Escola Estadual João Rezende possui dois andares de sala de aula, para os anos do
ensino médio são divididos por letras em ordem alfabética, como exemplo, (1º A, 1º B, etc.).
A escola é bem arborizada, sempre em bom estado de limpeza, a sala dos professores é meio
pequena para o grande número de professores da escola. A Escola Estadual João Rezende rege
tanto ensino fundamental (nos seus anos finais), como também o ensino médio. A biblioteca
da escola, apesar de existir, é de pouco espaço, a escola também possui um laboratório de
informática com 47 computadores para uso de alunos, cozinha, sanitários masculinos e
femininos, possui uma quadra de esportes, possui uma sala também separada para o diretor da
escola, não possui acesso a pessoas portadoras de deficiência, assim como os banheiros. Na
questão de tecnologia para uso interno, a escola possui retroprojetor, televisão, copiadora,
impressora e aparelho de DVD.
Introdução

Minha experiência na escola estadual João Rezende foi interessante, estudei por um
curto período do meu ensino médio na escola, a evolução (comparada ao meu período) foi de
grande relevância e para melhor, o colégio consta com uma organização atual invejável. A
diretoria tenta manter organizada as turmas desde o momento que entram, dentro o período do
intervalo, até o momento que saem. Se destacou também a preocupação para com o ensino,
tendo reuniões regulares e visitas aos professores (no ambiente de sala), tanto para averiguação
do que está sendo dado em sala, como também a organização dos alunos quanto dos docentes.
Apesar da preocupação dos responsáveis pela administração da escola, o ensino ali é tradicional
sem envolver muito novas metodologias.
O professor no qual acompanhei durante o estágio, o professor João Erivaldo começou
a lecionar na escola João Rezende no mesmo período no qual fiz o estágio, ou seja, o segundo
período do ano de 2019. O acompanhei nas turmas de primeiro ano do ensino médio,
participando tanto das aulas lecionadas pelo professor, quanto na preparação de atividades e
monitoria para os alunos.
O foco principal do professor foi a apresentação introdutória do conteúdo, seguida de
exemplos e exercícios antes propostos aos alunos e, em sequência, solucionados pelo professor.
Apesar do método tradicional usado, os alunos quando expostos a mecanismos mais
dinâmicos e novos, têm uma certa resistência quanto a isso, mostrando que o seu crescimento
dentro do ensino fundamental envolto do método tradicional, os expôs (de forma ociosa) a
estarem sempre passivos ao professor/educador.
O período de estágio durou cerca de 152 horas, das quais foram divididas dentro e fora
de sala, porém, em permanência na escola, dividi as atividades acompanhando o professor
quatro vezes por semana (de forma que são os dias que o docente responsável estava presente
ali). As atividades consistiam em auxiliar na organização dos alunos em sala, auxiliar para com
a disciplina e o conteúdo, atuando como monitor e, às vezes, como segundo docente.
Sendo Físico, tive a oportunidade de fazer intervenções, levando em conta a aplicação
de cada conteúdo, como a utilização de logaritmos para linearização de gráficos, muito usada
em física experimental, assim como o uso de geometria plana para cálculo de superfícies e
volumes envolvidos por fluidos, cargas, massa, etc. E a respectiva análise feita decorrente do
uso de matemática mais avançada e, com isso, tentar buscar alunos mais interessados e que
desejam especializar-se na área. Tentei dar um conteúdo extra a esses alunos em horários
extraclasse. Utilizei de referências e também de auxílio em dúvidas trazidas pela própria
curiosidade do aluno, incentivando na pesquisa e necessidade de se adequar a fontes usadas e,
também, analisar a veracidade do conteúdo estudado.
Dentro de sala tive, também, a oportunidade de aprender inúmeras práticas docentes,
como o uso de grupos em auxílio coletivo para auto esclarecimento de dúvidas e a não
necessidade de passividade constante. O professor, apesar de usar muito do método expositivo,
sempre tentava argumentar com os alunos e esclarecer sobre o que o programa oferecia e o
porquê do uso daquele conteúdo, a atenção e também a forma esclarecedora de “enviar” a
informação foi, muitas vezes, eficaz para o entendimento dos alunos de uma forma geral.
O método tradicional usado pelo professor advém, provavelmente da educação recebida
dentro do ambiente universitário que, muitas vezes, usa dessa fórmula, principalmente para
cursos voltados a áreas exatas.
“Um dos mais usados na graduação é o método tradicional, no qual o professor é o
sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, repassando seu conhecimento aos alunos,
normalmente por meio de aula teórica. Deste modo, em disciplinas que utilizam somente o
método tradicional, as aulas são centradas no professor, que define quais serão os conteúdos
repassados aos alunos, assim como a organização de como será efetuado o processo de ensino-
aprendizagem”. (SANTOS, 2011).
“No método tradicional, tem-se como vantagem o fato de o professor ser o centro do
aprendizado e, por esse motivo, possuir um maior controle das aulas.” (PINHO et al., 2010).
“Porém, também possui desvantagens, pois se torna difícil para o professor explicar a prática
por meio de aulas expositivas, assim como para o aluno fica difícil pensar na aplicabilidade
da teoria exposta.” (WEINTRAUB; HAWLITSCHEK; JOÃO, 2011)
Dentro do período ofereci ao professor a oportunidade de conhecer laboratórios e
também a aplicação direta dos cálculos matemáticos, apesar de não conseguirmos as visitas
como gostaríamos, houve o período do evento “Vem pra UFU’ que pudemos apresentar as
oportunidades oferecidas ali e o que mais interessava a cada alunos, ampliando sua liberdade
de escolha.
Dentro dos intervalos de cada conteúdo, sempre houveram aulas que ligavam o
conteúdo apresentado e estudado com o conteúdo do Exame Nacional do Ensino Médio (Vulgo
ENEM).
A consolidação do aprendizado sempre se mostrou mais eficaz ao ligar o conteúdo com
a prova, mesmo os alunos que pareciam sem tanto interesse se voltavam mais ao aprendizado,
focados em ir melhor na prova.
Elaboramos juntos (o professor e eu) exercícios extraclasse, sobre contextualização
histórica e também de aplicação de conteúdo em tecnologia de forma facultativa para alunos
interessados.
Dentre todos os recursos que usamos para o ensino, a maior parte foi extraclasse, pois,
devido ao tempo limitado e atrasos no primeiro período do ano, utilizamos de recursos
principais, como: pesquisa via internet, relação conteúdo-aplicação, contexto histórico,
importância da matemática e do conteúdo em si. Como já mencionado nesse relatório, foi
utilizado relações como linearização por meio de logaritmos, uso de cálculo de área para
superfícies envolvendo elementos físicos, como: carga, massa, fluidos.
A utilização de laboratórios para apresentação, tanto da pesquisa científica como uso
direto dos conceitos e suas aplicações, ficou, infelizmente em reserva, por falta de recursos e
também de tempo. Como descrito anteriormente também, foi usado o evento “Vem pra UFU”
para apresentação de áreas afins a matemática e também em levar os alunos a conhecer um
pouco melhor, interagindo diretamente com profissionais da área, sobre diferentes cursos
ofertados pelo ensino superior.

Conclusão:

Dentre todas as atividades no qual tive a honra de presenciar, dentro e fora de sala, a
ampliação de minha experiência para com os conteúdos apresentados, assim como uma nova
interação para com alunos (ressaltando que também já lecionei a disciplina de matemática,
porém para ensino fundamental nos seus anos finais) e também com o ambiente escolar, no
qual estou afastado a um tempo, lembrou-me do quanto o tempo oferece mudanças radicais no
comportamento dos alunos, como também na distinção do ensino apresentado, as ferramentas
como a internet ofertam de forma rápida a informação, os alunos tem uma ferramenta de
esclarecimento, como também de levantamento de dúvidas, ampliando radicalmente a nossa
necessidade de aprendizado tanto como professor e ao mesmo tempo aprendiz, a necessidade
de renovação, de busca por novos caminhos se tornou crucial. Ao mesmo tempo que nos
tornamos alvo da crítica, também nos voltamos a desafios cada vez maiores, impondo tanto a
nós, como a própria sociedade, novos meios de aprender/ensinar.

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