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Direito Processual Penal Militar é conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação
do direito penal militar. Regulam ainda as atividades preliminares de polícia judiciária
militar. ( ASSIS, Jorge César de.Código de Processo Penal Militar Anotado-Artigos1ºa 383-
Vol.I. Revista e Atualizada, Paraná: Juruá,4ªEdição,2012,p.21.).
Desse modo, o código de processo penal contém tanto normas de caráter processual quanto
normas de caráter administrativo, como os dispositivos que regulam o inquérito policial
militar.
Art. 1º - O processo penal militar reger-se-á pelas normas contidas neste Código, assim em
tempo de paz como em tempo de guerra, salvo legislação especial que lhe for estritamente
aplicável.
Assim, caso o CPPM seja omisso, a lei especial ou o próprio CPP comum poderá ser aplicado.
Exemplo de aplicação de lei especial na esfera processual penal militar é a lei 8.457/92 (Lei
de Organização da Justiça Militar da União) que se aplica em complemento na esfera
processual militar.
Art. 2º - A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas
expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se
evidentemente empregados com outra significação.
§ 1º - Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for
manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais
ampla, do que sua intenção.
Aqui estamos diante de regras de interpretação da norma processual penal militar. Em regra,
o a intepretação da lei processual penal militar é a literal e os termos técnicos deverão ser
entendidos em seu caráter especial. Admite-se, no entanto, a interpretação extensiva e a
restritiva, caso a lei, disse menos do que devia, no primeiro caso, e, no segundo caso,
quando ela disse mais do que devia. Porém quando houver cerceamento de defesa pessoal
do acusado, prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza
ou desfigurar os fundamentos da acusação, não se admitirá qualquer dessas interpretações.
a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo
da índole do processo penal militar;
b) pela jurisprudência;
e) pela analogia.
A adoção dos usos e costumes para integrar lacunas também é admitida. Um exemplo de
costume militar é a prevalência da Marinha sobre as demais forças, tendo em vista sua
antiguidade o que acabou por ser positivado na Lei de Organização da Justiça Militar da
União em seu art. 16 onde se informa que o Capitão-Tenente (Marinha) antecede o Capitão
(Exército e Aeronáutica).
Art. 4º - Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, aplicam-se as
normas deste Código:
I - em tempo de paz:
c) fora do território nacional, em zona ou lugar sob administração ou vigilância da força militar
brasileira, ou em ligação com esta, de força militar estrangeira no cumprimento de missão de
caráter internacional ou extraterritorial;
II - em tempo de guerra:
Outro ponto que é importante destacar trata-se da diferença em que o tema é tratado
entre o CPP comum e o CPPM. Aquele determina a aplicação da lei processual penal apenas
no território nacional. No CPPM, prevê tanto no território nacional quanto em território
estrangeiro, face à possiblidade de ocorrer crimes militares em territórios estrangeiros
(transnacionalidade).
O CPPM detém aplicabilidade geral, porém nos casos em que dizem respeito à organização
judiciaria, recursos e execução da pena, é tratado no âmbito da legislação estadual ou em lei
diversa, como nas execuções da pena, em que deve-se observar a lei de execuções penais (
art. 2º da Lei 7210/84.
Polícia judiciária
•Policias militares
•Policia Marítima
•Federal
Art. 7º - A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes
autoridades, conforme as respectivas jurisdições:
b) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em relação a entidades que, por disposição
legal, estejam sob sua jurisdição;
e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades
dos respectivos territórios;
§ 3º - Não sendo possível a designação de oficial de posto superior ao do indiciado, poderá ser
feita a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo.
a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição
militar, e sua autoria;
b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Ministério Público as
informações necessárias à instrução e julgamento dos processos, bem como realizar as
diligências que por eles lhe forem requisitadas;
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua guarda e
responsabilidade, bem como as demais prescrições deste Código, nesse sentido;
f) solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à elucidação das
infrações penais, que esteja a seu cargo;
g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e exames necessários
ao complemento e subsídio de inquérito policial militar;
Conceito
CARACTERÍSTICAS DO IPM
SIGILO DO INQUÉRITO: Art.16.O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que
dêle tome conhecimento o advogado do indiciado.
a)quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas
materiais;
b)nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor esteja
identificado;
INDISPONIBILIDADE: Determina que, uma vez instaurado o inquérito, o encarregado não pode
arquivá-lo. Só o juiz arquiva inquérito policial militar, após oitiva do MP.
Segundo o CPPM:Art.9º: O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos
têrmos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória,
cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
REPRESENTAÇÃO (DELAÇÃO CRIMINOSA): Essa comunicação do fato feita por terceiro também
pode ser denominada de Delatio criminis.
•INQUALIFICADA: “As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução
(penal ou disciplinar), apoiando-se, unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em
escritos anônimos”. Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a
procedimentos instaurados pelo Estado, salvo quando forem produzidas pelo acusado ou,
ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito. Nada impede, contudo, que o
Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex .), adote medidas
informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária,“com prudência e
discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com
o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover,
então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo-se, assim,
completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas.”
ranscriçõesdoInformativo629de2011.Disponívelem:http://www.stf.jus.br/portal/informativo/v
erInformativo.asp?s1=escritos anônimos único fundamento & numero= 629&pagina=
1&base=INFOGrifosacrescidos.
INCOMUNICABILIDADE
Segundo o CPPM:
DETENÇÃO DO INDICIADO
Registre-se que, conforme aponta a doutrina processual penal militar, tal dispositivo só se
aplica aos militares nos casos de crimes propriamente militares, isso em virtude da dicção do
texto constitucional l(art.5º, inciso LXI: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.).
PRAZO
Art. 20 - O inquérito deverá terminar dentro em VINTE DIAS, se o indiciado estiver preso,
contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de
QUARENTA DIAS, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se
instaurar o inquérito.
§ 1º - Este último prazo poderá ser prorrogado por MAIS VINTE DIAS pela autoridade militar
superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja
necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato.
O pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes
da terminação do prazo.
§ 2º - Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º, salvo dificuldade insuperável, a
juízo do ministro de Estado competente. Os laudos de perícias ou exames não concluídos
nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente
remetidos ao juiz, para a juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado
do inquérito indicar, mencionando, se possível, o lugar onde se encontram as testemunhas
que deixaram de ser ouvidas, por qualquer impedimento.
§ 3º - São deduzidas dos prazos referidos neste artigo as interrupções pelo motivo previsto no
§ 5º do art. 10.
Quanto ao prazo para a conclusão do IPM, cabe aqui destacar a diferença entre o Inquérito
Policial comum e o IPM, sendo que o prazo para o termino daquele é de 10 dias, para o
indiciado preso, e de 30 dias para o indiciado solto, a prorrogação é autorizada pelo juiz por
tempo indeterminado. Já no IPM, quem concede a autorização é a autoridade superior e o
prazo para prorrogação é de 20 dias, não podendo ser prorrogado por mais de uma vez,
salvo quando não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja necessidade de
diligência, indispensáveis à elucidação do fato.
A ação penal é pública e somente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público
Militar. Essa denúncia deve ser apresentada sempre que houver prova de fato que, em tese,
constitua crime e/ou indícios de autoria.
b) Indícios de autoria.
OFICIALIDADE
Somente órgãos oficiais podem propor a Ação Penal. Obviamente tal afirmação só se aplica às
ações penais públicas, já que a ação penal privada subsidiária da pública poderá ser proposta
por advogado (pessoa privada com capacidade postulatória) como regra, também podendo ser
apresentada por defensor público, em caso de necessitados.
Assim, no contexto do presente princípios e afirma que a ação penal pública só pode ser
promovida por órgãos oficiais (MP–art.129, I,CF).
INDISPONIBILIDADE
PROIBIÇÃO DA DESISTÊNCIA
Art.512.O Ministério Público não poderá desistir do recurso que haja interposto.
O art.122 do CPM, nos informa: Nos crimes dos arts.136 a 141,se o agente for militar a ação
penal dependerá de requisição do Ministro da Defesa, se no caso do art.141, for um civil o
autor do fato, e não for o caso de concurso de agentes comum militar, a requisição será feita
pelo Ministro da Justiça.
Os crimes descritos acima, referem-se aos cometidos contra a segurança externa do país e
nesse caso, o Ministro da defesa, se o autor do fato for um militar, fará a requisição, e, se for
um civil, será o Ministro da Justiça.
O Processo nasce com a citação válida do réu, diferentemente do que ocorre com a ação que
nasce com a oferta da denúncia ou a da queixa-crime. Portanto, a AÇÃO É ANTERIOR AO
PROCESSO.
Do dito acima, quase tudo se aplica ao processo penal militar, com a seguinte observação:
Conforme se verá abaixo, o CPPM afirma que o processo penal militar se inicia com o
recebimento da denúncia e se efetiva com a citação.
Art.35. O processo inicia-se com o recebimento da denúncia pelo juiz, efetiva-se com a citação
do acusado e extingue-se no momento em que a sentença definitiva se torna irrecorrível, quer
resolva o mérito, quer não.
Para o CPPM, o acusado é a pessoa que tem contra si uma denúncia recebida. Tal conclusão
se extrai do seguinte dispositivo:
Personalidade do acusado
Art.35...
Casos de suspensão
Parágrafo único. O processo suspende-se ou extingue-se nos casos previstos neste Código.
São casos de suspensão tratadas pelo CPPM as previstas nos seguintes artigos: 115, 123, 124,
132, 151,157,§2º,158,161e168.
6 Denúncia.
g) a classificação do crime;
h) o rol das testemunhas, em número NÃO SUPERIOR A SEIS, com a indicação da sua profissão
e residência; e o das informantes com a mesma indicação.
Se o acusado estiver preso a denúncia deve acontecer dentro do PRAZO DE CINCO DIAS,
contados da data do recebimento dos autos para aquele fim; se o acusado estiver solto o
PRAZO É DE QUINZE DIAS. O auditor deverá manifestar-se sobre a denúncia, dentro do prazo
de QUINZE DIAS.
O parágrafo 1º permite que o prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do
juiz, ser prorrogado ao dobro; ou ao triplo, em caso excepcional e se o acusado não estiver
preso.
PRISÃO PROVISÓRIA
Prisão provisória é aquela que ocorre durante o inquérito, ou no curso do processo, antes da
condenação definitiva. A prisão só pode ser feita em flagrante delito ou por ordem escrita de
autoridade competente.
PRISÃO DE MILITAR
Art. 223 - A prisão de militar deverá ser feita por outro militar de posto ou graduação superior;
ou, se igual, mais antigo.
Art. 243 - Qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem for insubmisso ou
desertor, ou seja encontrado em flagrante delito.
b) acaba de cometê-lo;
c) é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele o seu
autor;
d) é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis que façam
presumir a sua participação no fato delituoso.
Prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada
do inquérito policial-militar, em qualquer fase do processo. Ela pode ser feita caso haja:
Casos de decretação
Art.255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se em um
dos seguintes casos:(...)
DESNECESSIDADE DA PRISÃO
Art.257.O juiz deixará de decretar a prisão preventiva, quando, por qualquer circunstância
evidente dos autos, ou pela profissão, condições devida ou interesse do indiciado ou acusado,
presumir que este não fuja, nem exerça influência em testemunha ou perito, nem impeça ou
perturbe, de qualquer modo, a ação da justiça.
MODIFICAÇÃO DE CONDIÇÕES
Parágrafo único. Essa decisão poderá ser revogada a todo o tempo, desde que se modifique
qualquer das condições previstas neste artigo.
7.3 Menagem.
Na MENAGEM o acusado não é encarcerado mas é obrigado a permanecer onde exerce suas
atividades. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena
privativa da liberdade NÃO EXCEDA A QUATRO anos, tendo-se, porém, em atenção a
natureza do crime e os antecedentes do acusado. Ela pode ser feita no lugar onde o acusado
residia quando o crime foi cometido ou, atendido o seu posto ou graduação, em quartel,
navio, acampamento, ou em estabelecimento ou sede de órgão militar.
De acordo com Ronaldo João Roth, entende-se por menagem como sendo um instituto de
direito processual de dupla natureza jurídica. Sendo na primeira vista como uma forma de
prisão provisória, porém sem os rigores do cárcere, assemelhando-se a prisão especial,
denominada pelo referido autor como menagem-prisão. Na segunda, uma modalidade de
liberdade provisória que guarda estreita relação com a fiança do direito comum, essa
denominada de menagem-liberdade.
Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena
privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a natureza do
crime e os antecedentes do acusado.
O CPPM expressamente declara que nos crimes de insubmissão, o insubmisso que for
capturado ou se apresentar voluntariamente terá direito ao quartel por menagem. Embora
não exista dispositivo semelhante no que tange a deserção, não há norma que proíba a
concessão do referido benefício ao desertor. Dessa forma, entende-se possível a concessão
de menagem ao desertor desde que observados os requisitos dos arts.263 e 264,CPPM.
§1ºO Ministério Público será ouvido, previamente, sôbre a concessão da menagem, devendo
emitir parecer dentro do prazo de três dias.
Pedido de informação
Cassação da menagem
Art.265.Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela concedida,
ou faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido intimado ou a que
deva comparecer independentemente de intimação especial.
CESSAÇÃO DA MENAGEM
Art.267. A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em
julgado.
Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz poderá ordenar a cessação da
menagem, em qualquer tempo, com a liberação das obrigações dela decorrentes, desde que
não a julgue mais necessária ao interesse da Justiça.
REINCIDÊNCIA
Art.270.O indiciado ou acusado livrar-se-á sôlto no caso de infração a que não fôr cominada
pena privativa de liberdade.
a)no caso de infração culposa, salvos e compreendida entre as previstas no Livro I, Título I, da
Parte Especial, do Código Penal Militar;
b) no caso de infração punida com pena de detenção não superior a dois anos, salvo as
previstas nos arts. 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235, 299 e
302, do Código Penal Militar.
Suspensão
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei; (BRASIL, 1988).
A regra constitucional é pela prisão decretada por autoridade judiciária competente ou ainda
nos casos de flagrante delito, à exceção fica restrita ao universo castrense, no qual a prisão
se divide em dois tipos: as que se relacionam com os crimes tipicamente militares e as
relacionadas com transgressões militares.
A prisão por crime militar é regulada por legislação penal e processual especial, já no caso da
prisão administrativa, ela é contemplada nos Estatuto de cada Organismo Militar.
Deserção: ausência do militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que
deve permanecer, por mais de oito dias. A pena corresponde a detenção, de seis meses a
dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Insubmissão: crime militar praticado por aquele que não se apresenta à incorporação
quando convocado para a prestação de serviço militar.
DESERÇÃO DE OFICIAL
DESERÇÃO DE PRAÇA
Art. 456 - Vinte e quatro horas depois de iniciada a contagem dos dias de ausência de uma
praça, o comandante da respectiva subunidade, ou autoridade competente, encaminhará
parte de ausência ao comandante ou chefe da respectiva organização, que mandará
inventariar o material permanente da Fazenda Nacional, deixado ou extraviado pelo ausente,
com a assistência de duas testemunhas idôneas.
Art. 464 - O insubmisso que se apresentar ou for capturado terá o direito ao quartel por
menagem e será submetido a inspeção de saúde. Se incapaz, ficará isento do processo e da
inclusão.
§ 3º - O insubmisso que não for julgado no prazo de sessenta dias, a contar do dia de sua
apresentação voluntária ou captura, sem que para isso tenha dado causa, será posto em
liberdade.
Art. 465 - Aplica-se ao processo de insubmissão, para sua instrução e julgamento, o disposto
para o processo de deserção, previsto nos parágrafos 4º, 5º, 6º e 7º do art. 457 deste Código.
EXERCÍCIOS
O Código de Processo Penal Militar rege o processo penal militar em tempo de paz, o que não
ocorre em tempo de guerra, quando o processo deve ser regido por legislação específica.
( )Certo ( X ) Errado
( )b- A interpretação extensiva ocorre quando manifesto que a expressão da lei é mais ampla
que sua intenção: vg. ao dizer acusado abrange homens e mulheres;
( )a Pelas normas do Código de Processo Penal comum, sem adoção de leis extravagantes,
em face do princípio da especialidade;
( x ) b Não tem aplicação a militares estaduais no que tange aos recursos e à execução de
sentença;
( )d Se, na aplicação da lei processual penal militar a caso concreto, houver divergência entre
essa norma e os dispositivos constantes em convenção ou tratado de que o Brasil seja
signatário, prevalecerá a regra especial da primeira, salvo em matéria de direitos humanos.
( ) e Os casos omissos na lei processual penal militar serão supridos pelo direito processual
penal comum, sem prejuízo da peculiaridade do processo penal castrense. Nesses casos, o
CPPM impõe que haja a declaração expressa de omissão pela corte militar competente, com
quorum qualificado.
06-As atribuições de polícia judiciária militar são indelegáveis aos oficiais da reserva
remunerada.
( )Certo ( x )Errado
No âmbito das Forças Armadas, compete à Polícia Judiciária Militar o exercício das funções de
polícia judiciária, de polícia investigativa e de polícia de segurança.
( )Certo ( X )Errado
09- A POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:
( ) a É exercida pelo Ministro da Defesa e pelos Comandantes das Forças, em todo território
nacional;
10-Com base no direito processual penal militar, julgue os itens que se seguem.
O ministro da Defesa, dada a sua condição de ministro de Estado civil, não exerce função de
polícia judiciária militar.
( ) Certo ( ) Errado
11-Acerca da lei de processo penal, da polícia judiciária, do inquérito policial e da ação penal
no âmbito militar, assinale a opção correta.
( )Certo ( ) Errado
13-À luz do Código de Processo Penal Militar, julgue o item a seguir, com relação à polícia
judiciária militar, à ação penal militar e seu exercício, ao juiz e à denúncia.
( ) Certo ( )Errado
14-Cada um do item a seguir, que tratam de IPM e(ou) ação penal militar, apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada.
Um general, ao ser informado da prática de crime militar em uma organização militar a ele
subordinada, sediada em outro estado da Federação, determinou ao comandante da unidade,
por via radiotelefônica, a instauração de IPM. Nessa situação, mesmo considerando o caráter
de urgência que a medida exigia, a ordem foi indevida em razão do meio de transmissão
empregado e também pelo fato de que a única autoridade competente para determinar a
instauração do IPM seria o próprio comandante da unidade onde ocorreu o crime militar.
( ) Certo ( ) Errado
15-À luz do Código de Processo Penal Militar, julgue o item a seguir, com relação à polícia
judiciária militar, à ação penal militar e seu exercício, ao juiz e à denúncia.
16- Cada um do item a seguir, que tratam de IPM e(ou) ação penal militar, apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada.
Os autos de IPM que apurou os fatos relativos a crime militar ocorrido em determinada
organização militar foram encaminhados ao MPM. Nessa situação, em caso de inércia ou de o
parquet pedir o arquivamento do inquérito, ao ofendido caberá propor ação penal militar de
iniciativa privada subsidiária da pública.
( )Certo ( ) Errado
17-Em relação aos direitos e garantias fundamentais e ao Poder Judiciário, julgue o item a
seguir.
Se um militar for denunciado pela prática de um delito que seja tipificado tanto na legislação
penal comum quanto no Código Penal Militar, a justiça militar será a competente para
processar e julgar eventual habeas corpus impetrado pelo referido militar.
( )Certo ( ) Errado
18-No que se refere aos processos ordinários, aos processos de deserção de praças e de
insubmissão e aos processos de competência originária do Superior Tribunal Militar, julgue o
item subsecutivo.
Oficial das Forças Armadas que for réu em processo penal militar e estiver preso deverá ser
obrigado a comparecer à instrução criminal, pois, no âmbito da justiça militar da União, é
vedada a revelia de réu preso.
( ) Certo ( )Errado
PRISÕES
19-No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à
organização da justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o item
que se segue.
O capitão que, por designação, conduzir IPM para apurar suposto crime militar praticado por
um soldado poderá, no curso do inquérito, representar à autoridade judiciária militar para que
seja decretada a prisão preventiva do indiciado.
( )Certo ( )Errado
( )Certo ( )Errado
MENAGEM
A ( )somente poderá ser aplicada ao militar, ativo ou inativo, sendo vedada a sua aplicação
aos civis.
B ( )a sua concessão deve observar como requisito subjetivo, que o crime seja apenado com
pena privativa de liberdade de reclusão ou detenção.
C ( )a sua concessão deve observar como requisito objetivo, que o acusado não seja
reincidente.
LIBERDADE PROVISÓRIA
A ( )não poderá ser aplicado aos crimes culposos contra a segurança externa do país.
B( )poderá ser aplicado a todos os crimes culposos previstos no Código Penal Militar.
C ( )poderá ser aplicado ao crime militar de desrespeito a superior quando a infração for
punida com pena de detenção não superior a dois anos.
D ( )poderá ser aplicado ao crime militar de publicação ou crítica indevida quando a infração
for punida com pena de detenção não superior a dois anos.
E( )tem sua aplicação vedada em razão dos valores, hierarquia e disciplina, prestigiados
pelo Direito Penal Militar.
A liberdade provisória mediante o pagamento de fiança é concedida somente aos civis, pois,
para os militares, há outros instrumentos jurídicos que obstam a custódia desnecessária, como
a menagem, por exemplo.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
07-A 16-certo
08-errado 17-certo
09-D 18-errado