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EXMO. DR.

JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Unidade


Jurisdicional Única - 1º JD da Comarca de Ipatinga/MG.

Autos nº 5008357-09.2022.8.13.0313

ROSANA DE ARAUJO PEREIRA, já qualificada nos autos, por seu procurador


infra-assinado, vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, em atenção ao
despacho de fls. ___, manifestar-se acerca da contestação em RÉPLICA, nos
termos que seguem.

1. Síntese da demanda:

Trata-se de ação de rescisão Contratual de empréstimo consignado c/c com


repetição de indébito, danos morais e tutela antecipada contra o Banco
Mercantil do Brasil, na qual a parte autora pleiteia a rescisão de contrato,
devolução dos valores pagos indevidamente e o pagamento de indenização por
danos morais no importe de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Juntou como
documentos o contrato de empréstimo consignado, extratos bancários, extratos
de empréstimos consignados e históricos de créditos. A parte ré foi citada em
05 de maio (9451474303)

2. Da manifestação sobre a petição (9516501986)

A parte Ré alega que os valores previstos no contrato de empréstimo


consignado assinado pela Autora não foram depositados devido,
provavelmente, à falta de margem consignável e, portanto, o contrato não foi
confirmado pelo INSS.

De fato, não consta no Histórico de Créditos, emitido pelo INSS, empréstimos


consignados concedidos à Autora pela empresa Ré o contrato de empréstimo não foi
confirmado pela referida autarquia. Observa-se pelos extratos emitidos pela Ré
(9445885495) que consta um empréstimo consignado (contrato nº 803719680)
contratado em 01/06/2021, pagos em 84 parcelas (vide crédito pessoal INSS conta
corrente) sendo que a primeira parcela foi descontada no dia 10 de agosto de 2021 no
valor de R$144,29 (cento e quarenta e quatro e vinte e nove centavos) e saldo
devedor em R$6325, 25.
Nos chama a atenção ainda o fato de a Ré ter alegado que não há empréstimo
consignado concedido em nome da Autora. Porém, conforme print abaixo retirado do
aplicativo do Banco, o referido em empréstimo está denominado como “CP INSS
CONSIGNADO CC”, o que nos causa estranheza, pois como um empréstimo pessoal,
concedido pelo próprio Banco consta no aplicativo como “empréstimo consignado
INSS”? Veja que a taxa de juros é bem idêntica à que é cobrada nos empréstimos
consignados.

A Autora reafirma com veemência que não houve depósito de quaisquer


valores em sua conta corrente referente a esse empréstimo, conforme extratos
bancários em anexo.

Não assiste razão à Ré quando alega que o contrato acima não é objeto da
presente ação. In casu, o objeto foi revelado no pedido” segundo o qual requer
a anulação do contrato referente às parcelas no valor de R$144,29 (cento e
quarenta e quatro e vinte e nove centavos).
Alexandre Freitas Câmara afirma que o objeto do processo é a pretensão a
qual é veiculada no processo através da demanda e, finalmente revelada pelo
pedido do autor. Dessa forma, o referido contrato é sim objeto da presente
ação.

No que diz respeito à alegação da Ré de que à Autora não comprovou a


hipossuficiência, basta verificar os extratos bancários para se rechaçar tal
afirmação. Consta em um dos extratos, o recebimento de benefício no valor de
R$811,48 (oitocentos e onze reais e quarenta e oito centavos) o que é mais
suficiente para comprovar a hipossuficiência da Autora.
Outrossim, a verossimilhança das informações foi também demonstrada
com a apresentação dos extratos bancários que não registraram o depósito dos
valores dos empréstimos assim como a confirmação dos descontos na conta
da Autora.
Dessa forma, prevalece a inversão do ônus da prova tendo em vista a
hipossuficiência e a verossimilhança devidamente demonstrados.

Quanto

3. Conclusão

Ante o exposto, requer que as alegações do polo passivo da ação não sejam
acolhidas para fins de que _____.
No mais, reitera-se todos os termos, requerimentos e pedidos da petição
inicial, pleiteando a procedência desta ação para _____.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local, data.

Nome do advogado
OAB/___ nº _____

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