ADVOCACIA & CONSULTORIA

A justiça, somente a justiça seguirás, para que vivas, e possuas em herança a terra que o Senhor
teu Deus te dá. (Dt 16:20)

E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia. (Sl 37:6)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO 6º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

DE CUIABÁ

Processo nº: 1006181-14.2023.811.0001

Autor: DEUMARI FRAGA DA SILVA
Réu: BANCO BRADESCO SA

DEUMARI FRAGA DA SILVA -, devidamente qualificada nos autos do

processo em epígrafe na Reclamação Trabalhista movida BANCO
BRADESCO S.A. em seu desfavor, por seu advogado infra-assinado, vem
à honrosa presença deste Juízo com fulcro nos artigos 1.022 do NCPC
interpor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, pelos fatos a seguir aduzidos:

1 - DA TEMPESTIVIDADE

Dispõe o artigo 49, da Lei n° 9.099/1995 que os embargos de

declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de
cinco dias, contados da ciência da decisão.
Quanto ao cabimento, o artigo 48 da Lei que disciplina os
processos sob o rito dos Juizados Especiais, os embargos de declaração
contra sentença ou acórdão serão cabíveis nos casos previstos no
Código de Processo Civil.

1 - DOS FATOS
Trata-se de ação em que a parte embargante vem em juízo reclamar
que o banco vinha cometendo abusos nos descontos oriundas de
operação de credito consignado.
O autor alegou que o banco vinha fazendo desconto em seu holerite e
sua conta corrente sem qualquer explicação para esses descontos em
duplicidade que após reclamação alguns valores foram estornados e
outros não e que ambos os descontos efetuados de forma indevida
deveriam ser devolvidos em dobro, o que não aconteceu.
O embargante reclamou ainda de vários descontos descrito como
MORA CREDITO PESSOAL.
Por ocasião da sentença esse juiz entendeu que o descontos são
legítimos em virtude da ausência de pagamento da parte autora o que
teria gerado juros sobre as parcelas.
Toda via restou omissão na presente sentença uma vez que nada foi
mencionado sobre a composição desses supostos juros fazendo o
banco descontar valores acima de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) na
conta corrente do autor.

2 - NO MERITO

DA OMISSAO
PRIMEIRO - a parte embargante alegou que vinha sofrendo descontos
em seu holerite e sua conta corrente descriminado como MORA
CREDITO PESSOAL, senão vejamos na página 7 da petição inicial.

Ocorre que em sua contestação o banco embargado simplesmente

alegou que esses descontos eram provenientes de juros por conta do
atraso do pagamento de parcelas. E na sentença foi confirmado essa
tese porem a sentença foi omissa quanto a reclamação da parte
autora em relação a composição de cada parcela pois não é razoável
acreditar que juros de uma parcela iria gerar encargos de valores
acima de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), ora o valor dos juros são muito
superior ao valor da parcela o que é um absurdo além do que vai de
encontro aos direitos do consumidor de ser informado dos serviços
prestados.
E no presente caso o banco em momento algum demonstrou com
clareza a composição de cada parcela desse suposto CREDITO MORA
PESSOAL, assim a sentença foi omissa quanto a tese autoral de ausência
de informações quanto a cobrança das parcelas de MORA CREDITO
PESSOAL.
SEGUNDO – a parte autora reclamou que alguns descontos o banco
teria feito estorno e que outros descontos não foram feitos estorno
conforme se verifica na página 7 da petição inicial;

Sobre esses valores o banco disse em sua contestação que não se trata
de pagamento duplicado que são valores diferentes conforme se vê na
página 3 da contestação.

ORA SE ESSES VALORES NÃO FORAM DUPLICADOS ENTÃO QUAL A

ORIGEM DESSES DESCONTOS?
NOBRE JULGADOR VEJA QUE A SENTENÇA FICOU OMISSA NESSE PONTO
POIS O BANCO NÃO DEMONSTROU A ORIGEM DESSES DESCONTOS.
ASSIM COM RESPAUDO NO ARITGO 1022 DO CPC FAZ-SE NECESSARIO A
APRESENTAÇÃO DO PRESENTE EMBARGO DE DECLARAÇÃO PARA QUE
SEJA SUPRIDA AS DUAS OMISSÕES ACIMA ELENCADA E DIANTE DA
POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DA SENTENÇA
REQUER QUE SEJA DADO EFEITOS INFRINGENTES AOS EMBARGOS PARA
ACATAR OS PEDIDOS INICIAIS EM ESPECIAL A CONDENAÇÃO DO BANDO
PARA DEVOLVER OS VALORES DESCONTADOS A TÍTULO DE MORA
CREDITO PESSOAL E TAMBEM OS DESCONTOS A TÍTULO DE PARCELA
CREDITO PESSOAL DA QUAL O BANCO NÃO DEMONSTROU A SUA
ORIGEM.

3 - PEDIDO

Assim requer o acolhimento do presente embargo declaratório e que,

seja suprida as duas omissões acima elencada e diante da possibilidade
de modificação da sentença, requer que seja dado efeitos infringentes
aos embargos para acatar os pedidos iniciais em especial a
condenação do bando para devolver os valores descontados a título
de mora credito pessoal e também os descontos a título de parcela
credito pessoal da qual o banco não demonstrou a sua origem.
.

Termos em que espera deferimento.

Várzea Grande - MT, 26 de Junho de 2023.

Herbert Rezende da Silva

OAB/MT – 16773/O