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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Profa.: SHEYLA YONARA
São Luís-MA
2011
Anderson Frazão Ribeiro
Cybele Vasconcelos Portela
Gilson Marinho de Oliveira
Jéssica Amorim
Osvaldo Hugo Tavares Ribeiro
Richardson Dantas Lima
Valéria Cristina Lopes dos Santos
São Luís-MA
2011
RESUMO
Neste projeto ressalta-se a importância do planejamento estratégico para a gestão das
organizações na atualidade, o qual apresenta cada um dos elementos do ciclo do planejamento
estratégico, enfocando como são formulados, implementados e avaliados, assim como sua
função para a gestão das empresas adquirir estabilidade e manter-se no mercado mediante a
alta concorrência. A realização do diagnóstico estratégico através de ferramentas como matriz
SWOT, matriz BCG e as 5 (cinco) forças de Poter; a definição do negócio e das diretrizes
organizacionais por meio da missão, visão, objetivos e valores; a formulação da estratégia; a
concepção; a implementação da estratégia e a avaliação dos resultados foram abordados,
mostrando que o planejamento, se bem aplicado, pode tornar a gestão empresarial mais
competitiva, atuando como um instrumento de comunicação, de acompanhamento e
principalmente de promoção do aprendizado nas organizações.
ABSTRACT
In this project underscores the importance of strategic planning for the management of
organizations today, which presents each of the elements of strategic planning cycle, focusing
on how they are formulated, implemented and evaluated, as well as its role in the management
of acquired companies and maintain stability in the highly competitive market by. The
realization of the strategic diagnosis through tools like the SWOT matrix, BCG matrix and the
5 (five) forces of Porter, the definition of business and organizational guidelines through the
mission, vision, goals and values, strategy formulation, design ; strategy implementation and
evaluation of results were discussed, showing that planning, if well applied, can make
management more competitive business, acting as a communication tool, especially for
monitoring and promoting learning in organizations.
1. INTRODUÇÃO____________________________________________________ 5
2. DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO____ 6
3. ELABORAÇÃO____________________________________________________ 8
3.1 Diagnóstico: Análise Externa e Interna_______________________________ 8
3.1.1 Análise externa_____________________________________________ 8
3.1.2 Análise interna _____________________________________________ 11
3.2 Estabelecimento das diretrizes organizacionais ________________________ 13
3.3 Formulação da estratégia__________________________________________ 16
4. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA________________________________ 21
5. CONTROLE_______________________________________________________ 22
6. ESTUDO DE CASO: Exemplo de Sucesso_______________________________ 24
6.1 Problema e Diagnóstico __________________________________________ 24
6.2 Estratégia e Implementação _______________________________________ 24
6.3 Resultados_____________________________________________________ 25
7. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO_ 25
8. DISCUSSÕES IMORTANTES SOBRE ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA_ 26
9. COMENTÁRIOS DE ESPECIALISTAS________________________________ 26
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS__________________________________________ 28
BIBLIOGRAFIA
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1. INTRODUÇÃO
O homem está em constante busca de novas invenções e mudanças. O futuro desperta a
imaginação das pessoas, tanto em razão da própria curiosidade, inerente ao homem, quanto ao
medo causado pela insegurança desse contexto mutável em que estamos inseridos. O
planejamento estratégico tem evoluído ao longo da história, tanto em sua forma como em sua
concepção, em especial na medida em que a sociedade avançava da era industrial para a era
da informação e, dessa, para a era do conhecimento.
O termo estratégia tem sua origem no meio militar, onde significava, de maneira geral, a
arte de vencer uma guerra. Tornou-se célebre a obra de Sun Tzu, “A Arte da Guerra”,
idealizada no século V a.C., na qual preconizava o emprego de ações estratégicas que foram
utilizadas na época. A importância desta obra pode ser constatada nos dias de hoje, tanto nas
forças armadas, como na sua adaptação para o meio empresarial.
A origem do planejamento estratégico pode ser identificada nas mais antigas
civilizações, onde os reis, governantes e administradores sempre tiveram a necessidade de
decidir antecipadamente o que fazer, o porquê de fazer, como fazer e o quando fazer, para
alcance do sucesso e avanço de seus recursos no longo prazo.
Ao longo do tempo outros autores escreveram sobre o tema. Maquiavel, no clássico
trabalho “O Príncipe” escrito em 1513, mas só publicado em 1532, apresenta princípios
básicos de estratégia e mesmo de planejamento ao estruturar a base do pensamento
republicano que pretendia unificar as potências na península itálica. O príncipe deveria ter
uma tríplice missão: tomar o poder; assegurar a estabilidade política; construir a República
unificada. Maquiavel viu em Lourenço de Médici a figura desse príncipe. Deveria ser um
herói trágico, impiedoso e astucioso, resoluto e frio, porque esta era a única maneira de
controlar a instabilidade política e a perversão dos homens, a fim de que fosse instaurada a
cidade justa. E para atingir tais objetivos, deveria planejar, arquitetar alianças, construir
cenários futuros.
A Revolução Industrial do século XVIII foi um marco na evolução da administração das
empresas e teve como características principais o desenvolvimento do setor fabril, a aplicação
da energia à indústria, o melhoramento dos meios de transporte e comunicação, o aumento do
domínio do capitalismo e o grande desenvolvimento tecnológico, o que produziu alterações
significativas na estrutura econômica da sociedade. Com isso as relações de produção foram
modificadas e surgiu a necessidade de sistematizar e gerir a produção que crescia
exponencialmente
De acordo com Igor Ansoff, um dos pesquisadores do Stanford Research Institute,
somente um número reduzido de empresas usa o verdadeiro planejamento estratégico sendo
que a maior parte das organizações emprega técnicas antigas do planejamento a longo prazo,
técnicas estas que fundamentam-se em extrapolação de acontecimentos passados. O
planejamento a longo prazo foi uma metodologia idealizada e desenvolvida nos Estados
Unidos na década de 50, e sofreu influência da metodologia utilizada em países com
economia planejada a longo prazo e por isso os planos de longo prazo (dez anos e mais)
tornara-se projeções de lucros, passando a ser limitado em pensamento estratégico e não
admitiam a visão da realidade futura. Mais tarde, em meados dos anos 60, Ansoff idealizou a
metodologia do planejamento estratégico.
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3. ELABORAÇÃO
A elaboração é a parte inicial do planejamento estratégico que está subdivida em:
diagnóstico ambiental, diretrizes organizacionais e estratégia. Nesta etapa ocorre a
identificação e análise do macroambiente, microambiente e da definição do negócio; das
forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da organização; do estabelecimento das diretrizes
organizacionais bem como a definição das estratégias que a organização deverá formular para
alcançar seus objetivos no mercado de atuação. A interação destas etapas cria uma prospecção
estratégica de onde se originam os cenários com visões parciais e internamente consistentes
em relação a condições futuras que podem ser escolhidas de modo a limitar o conjunto de
circunstâncias que podem vir a ocorrer, baseando-se sempre no aspecto da incerteza.
3.1 Diagnóstico: Análise Externa e Interna
O diagnóstico estratégico é o primeiro passo do processo de planejamento estratégico e
é através dele que a organização irá se municiar das informações que irão nortear o seu
direcionamento estratégico. Este diagnóstico pode ser comparado a um radar digital ligado 24
horas por dia, sempre pronto a captar e manter atualizado o conhecimento da empresa em
relação ao ambiente e a si própria, visando identificar e monitorar permanentemente as
variáveis competitivas que afetam a sua performance. É com base no diagnóstico estratégico
que a empresa irá se antecipar às mudanças e preparar-se para agir em seus ambientes internos
e externos.
3.1.1 Análise externa
“À medida que a concorrência doméstica e externa se intensifica, e durante os
períodos em que a influência do governo nos negócios aumenta, a compreensão da
administração estratégica torna-se cada vez mais essencial”. (Peter Wright, 2001)
com financeiras também. Essas ações passaram a ser entendidas como agregação de valor,
que na visão de Vicente Falconi (Campos, 1994), na publicação: Gerenciamento da rotina do
trabalho do dia-a-dia, assim se manifesta: Sempre que o trabalho humano satisfaz
necessidades de pessoas, ele agrega valor. Agregar valor é agregar satisfação ao seu cliente. O
cliente só paga por aquilo que, na sua percepção, tem valor. Continuando diz: aumentar o
valor agregado do seu produto é aumentar o número de características deste produto, que são
apreciadas pelo cliente.
Em um mercado cheio de oportunidades uma empresa forte tem grande capacidade de
ação ofensiva, ao passo que quando o cenário passa a ser ameaçador a empresa pode ter
grande capacidade de defesa. Em um mesmo mercado, cheio de oportunidades, as empresas
mais fracas passam a ter uma deficiente capacidade de defesa, e em um mercado cheio de
ameaças essa mesma empresa passa a ser vulnerável.
Após realizar a análise interna, o gestor estará apto a identificar com clareza suas
principais vantagens competitivas, assim como seus pontos fracos. É importante nessa fase
que se busque compatibilizar as informações obtidas na análise interna e externa. Através da
análise dos pontos fortes e fracos, os gestores e suas equipes poderão determinar com mais
clareza as prioridades em termos de ameaças e oportunidades existentes no ambiente externo.
Com isso, eles terão as informações necessárias para determinar os objetivos e as estratégias
que possam aproveitar melhor as competências da empresa e equacionar os problemas
internos identificados, assim como responder às ameaças e oportunidades identificadas
externamente.
Depois de analisadas as oportunidades e ameaças e identificados os pontos fortes e
fracos, a organização pode obter a matriz SWOT que traça uma análise da situação atual do
negócio e deve ser refeita regularmente, à medida que seus concorrentes crescem e o ambiente
em sua volta modifica, haja vista adaptar a organização às mudanças. Segue abaixo os passos
que devem ser seguidos pelas organizações para a obtenção da referida matriz:
Dividir todos os pontos fortes identificados em dois grupos, os que estão e os que não
estão associados a oportunidades potenciais ou ameaças latentes em seu setor;
Dividir os pontos fracos da mesma forma, associando a oportunidades e ameaças;
Construir uma matriz com quatro quadrantes;
Incluir os pontos fortes e pontos fracos da organização, juntamente com as
oportunidades e ameaças do setor em cada um dos quatro quadrantes.
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A análise SWOT é uma ferramenta que fornece uma orientação extremamente útil que
na maioria das partes é fundamental o bom senso devendo ser utilizada continuamente com o
objetivo de clarear o caminho a ser seguido e o que deve ser feito pela organização. No
primeiro momento é necessário corrigir o que está errado e depois aproveitar as oportunidades
identificadas pela empresa no mercado de atuação. Em seguida deve-se dar atenção a outros
problemas e áreas. Segue abaixo as etapas que devem ser abordadas durante a análise:
Eliminar possíveis pontos fracos da empresa, identificados em áreas nas quais você
enfrenta ameaças graves de seus concorrentes e tendências desfavoráveis em um
ambiente de negócios dinâmico;
Capitalizar as oportunidades descobertas onde sua empresa tem pontos fortes
significativos;
Corrigir possíveis pontos fracos identificados em área que contêm oportunidades
potenciais;
Monitorar as áreas nas quais foram identificados os pontos fortes para não ser
surpreendido no futuro por possíveis riscos latentes.
Em síntese, a estratégia da utilização da matriz SWOT resume-se em eliminar os pontos
fracos onde existem riscos ou ameaças e fortalecer os pontos fortes em áreas onde se
identificam oportunidades
Mediante estas análises entende-se que as organizações não podem deixar que o seu
negócio fique limitado às oportunidades em que possui as forças exigidas pelo mercado e sim
devem adquirir forças para explorar outras oportunidades melhores bem como devem atentar-
se para a conscientização de que muitas vezes um negócio vai mal não porque faltam a seus
setores ou departamentos as forças necessárias, mas porque não trabalham em equipe.
Portanto, é muito importante avaliar os relacionamentos interpessoais e interdepartamentais
como parte da auditoria do ambiente interno. E para isso é necessário ter em mente também
que os pontos fortes só podem ser considerados fortes se suas capacidades e insumos
estiverem alinhados aos fatores críticos de sucesso da empresa, que são pré-condições internas
referentes às habilidades e os recursos que a empresa precisa necessariamente ter o respectivo
sucesso e a estes devem ser incluídos a mais nova tecnologia, o serviço mais simpático, o
marketing mais brilhante ou a melhor localização.
3.2 Estabelecimento das diretrizes organizacionais
A próxima parte do processo de planejamento estratégico é o estabelecimento das
diretrizes organizacionais. Estas diretrizes são formadas pelos seguintes elementos: negócio,
missão, visão, objetivos e valores organizacionais. Esse conjunto de elementos caracteriza a
posição em que a organização está e aonde quer chegar. É o momento certo para checar o que
será mantido e o que será mudado bem como o que a organização deseja daqui para frente.
O negócio é o escopo que delimita o espaço de atuação da organização. Considera suas
competências centrais ou suas limitações auto-impostas e reais. Envolve as escolhas feitas
com base na percepção das oportunidades que o mercado oferece ou demanda.
Dois aspectos mensuráveis podem definir uma organização: suas habilidades em
conjunto com o somatório de seus conhecimentos e o que essa empresa se propõe e necessita
fazer, ou seja, o que a organização sabe e o que ela pretende fazer. Delimitar o negócio é o
mesmo que estabelecer fronteiras e por meio dessa linha divisória, é que a empresa se
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relaciona com o mundo. As habilidades que a organização possui e o que ela se propõe a
realizar podem ser especificados pela definição do público-alvo que pretende atender,
caracterizado por faixa de renda, local de moradia e hábitos de consumo.
A missão da empresa consiste na sua razão de ser e determina a sua identidade. Apesar
da sua definição ser um elemento essencial para a gestão de qualquer organização, é comum o
gestor não conseguir definir com clareza sua missão por confundi-la com o próprio
produto/serviço oferecido. Quando isso ocorre, a organização restringe a sua missão à mera
produção do bem ou do serviço, não conseguindo enxergar a necessidade à qual atende, o que
pode limitar a sua perspectiva em termos de atuação estratégica no mercado.
Por outro lado, existem muitas empresas que conseguem definir bem sua missão e, com
isso, saem na frente dos concorrentes, conseguindo estabelecer estratégias mais coerentes para
atender as necessidades de seus clientes.
Um exemplo de fácil entendimento sobre missão pode-se citar o da Nike, cujo negócio
da é vender atitude. Isso significa que a Nike não quis apenas vender calçados esportivos, mas
também transformar o tênis num símbolo de status. Não estar no negócio do tênis e sim da
atitude, levou a empresa a definir uma estratégia pioneira e coerente com o seu negócio,
terceirizando toda a sua produção e concentrou-se no desenvolvimento de modelos e no
marketing da marca. Atualmente a empresa está entre as dez marcas mais conhecidas entre as
maiores empresas dos Estados Unidos da América.
Outro exemplo interessante de definição de missão, dessa vez no Brasil, é a
Kopenhagem. Essa empresa estabeleceu sua missão não como a de vender chocolates, mas
presentes. Isso possibilitou à empresa criar uma estratégia diferenciada, cobrando um preço
superior para os seus produtos. Se o seu negócio fosse produzir e vender chocolates, seus
concorrentes seriam a Lacta, a Garoto, a Nestlé dentre outras. Entretanto, a empresa preferiu
um outro nicho, disponibilizando seus produtos em embalagens para presente e suas lojas são
localizadas em shopping centers e não em aeroportos.
Esses exemplos mostram que a definição da missão da empresa é um elemento essencial
para determinar o seu posicionamento estratégico. Para definir bem uma missão é preciso que
se considere três elementos (Thompson e Strickland, 2000):
As necessidades do consumidor, ou o que está sendo atendido;
Os grupos de consumidores, ou quem está sendo atendido;
As tecnologias usadas e funções executadas, ou como as necessidades dos
consumidores estão sendo atendidas.
Tendo as necessidades dos clientes como foco, a missão é definida dentro de um
horizonte de longo prazo. Essa missão deve ser comunicada para toda a empresa, de forma a
criar um senso comum de oportunidade, direção e significado, mantendo uma aderência dos
públicos interno e externo com as ações e estratégias adotas pela empresa. Uma missão bem
definida prepara a empresa para o futuro, pois estabelece uma visão comum entre os membros
quanto aos rumos da empresa e transmite a identidade e a finalidade da empresa para os seus
diferentes stakeholders.
Além de explicitar bem sua missão e divulgá-la, é necessário que os gestores também
definam claramente a visão e os objetivos da empresa.
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A visão consiste num macro objetivo, não quantificável de longo prazo, que expressa
onde e como a organização pretende estar no futuro. A visão atua como um elemento
motivador, energizando a empresa e criando um ambiente propício ao surgimento de novas
idéias. Toda visão tem um componente racional, que é produto da análise ambiental e outro
componente emocional, que é produto da imaginação, da intuição e da criatividade dos
gestores. Por isso, todo processo de planejamento é composto também de uma certa dose de
feeling, onde aos fatos e dados são adicionados à capacidade empreendedora e visionária
daqueles que estão planejando.
Ao contrário do que se pode imaginar num primeiro momento, a formulação da visão
não é exclusividade da alta gerência da empresa. Ela pode ser estabelecida em qualquer nível
hierárquico, individualmente ou de forma coletiva. Para que ela funcione melhor é preciso,
entretanto, que ela seja disseminada. Portanto, é correto afirmar que a visão é mais consistente
quando a organização consegue incorporá-la em seus diferentes níveis, fazendo com que
estes, de forma sinérgica, busquem alcançá-la no longo prazo. Um exemplo desse processo
ocorreu no caso do grupo Disney, que não desapareceu depois da morte de seu idealizador
Walt Disney, o qual deixou de herança a sua visão de: “criar um mundo onde todos possam
se sentir crianças”.
Para concretizar a missão e a visão da empresa, é necessário definir claramente os
objetivos a serem alcançados. Os objetivos são resultados que a empresa busca atingir,
podendo ser de longo, médio ou curtos prazos. Para que os objetivos exerçam sua função
devem ser:
específicos, indicando claramente o que se quer alcançar;
passíveis de serem alcançados, para não causar desânimo na equipe;
flexíveis, de forma que possam ser modificados, caso haja necessidade;
A definição clara dos objetivos é essencial, pois eles serão a referência no momento da
avaliação do processo de planejamento e um objetivo mal formulado pode então comprometer
todo este processo.
Uma organização pode ter múltiplos objetivos que envolvem todas as áreas da
organização tais como: objetivos de posição no mercado, de inovação, produtividade e de
qualidade, de rentabilidade, de custos dentre outros. Portanto, o planejamento estratégico,
através da definição de objetivos consistentes, vai muito além da lucratividade, buscando
estabelecer resultados de longo, médio e curto prazos, em diferentes dimensões do
desempenho da empresa.
“Valor é a constelação de preferências, aversões, pontos de vista, deveres,
inclinações internas, julgamentos racionais e irracionais, preconceitos e padrões de
associação que determinam a visão de mundo de uma pessoa.” (Spranger, 1928)
atribuídos ao conceito de estratégia ao longo do tempo, este autor ressalta cinco definições
que ele denomina os 5P’s da estratégia:
Plano: a estratégia consiste numa linha de conduta ou um guia de ação intencional,
que conduz os diferentes níveis e áreas da empresa. Entendidas como planos, as
estratégias são formuladas antes das ações, às quais elas se aplicam, sendo
desenvolvidas conscientemente e intencionalmente.
Padrão: a estratégia pode surgir de uma constância no comportamento e indicar um
padrão de continuidade (rotina). Segundo essa definição, a estratégia pode surgir das
próprias ações cotidianas, de forma intencional ou não.
Piège (armadilha): a estratégia age como uma manobra particular para eliminar ou
enfraquecer o concorrente, sendo utilizada como um instrumento para lidar com a
competição que a empresa enfrenta na sua Indústria.
Posição: a estratégia é uma forma de localizar a empresa no seu meio ambiente,
melhorando sua posição competitiva. Nessa concepção a estratégia permite definir o
local (dentro do ambiente mais amplo) onde a empresa vai concentrar os seus
recursos, visando manter ou melhorar sua posição.
Perspectiva: a estratégia reflete os conceitos, os valores e as perspectivas partilhados
pelos membros da organização. Nessa definição, a estratégia é também influenciada
pela forma como a empresa e seus membros percebem o ambiente. A personalidade e
a cultura da empresa serão então determinantes para a definição da estratégia.
Estas definições mostram que a estratégia pode ser fruto de um processo deliberado -
conduzido pela presidência e diretoria da empresa, de forma sistemática - como também pode
surgir de um processo emergente – sendo formulada a partir da prática, através de um
processo contínuo de aprendizado. Uma empresa onde reconhecidamente as estratégias são
emergentes é a 3M, cuja visão é descrita como “ser reconhecida como a empresa mais criativa
do mundo”. Essa visão tem se consolidado graças a uma forma de gestão que estimula o
envolvimento dos trabalhadores na formulação das estratégias da empresa. Muitos produtos
da empresa 3M, como o famoso “post it”, surgiram das inovações produzidas pelos próprios
funcionários que, em seguida, foram adotadas pela empresa como um todo.
Dessa forma a formulação de alternativas estratégicas torna-se um processo de escolha
racional entre possibilidades diversas de combinações onde a melhor é aquela que maximiza o
uso dos elementos voltados efetivamente ao desenvolvimento da organização, da criatividade
e capacidade de aprendizado das suas pessoas, impulsionando a inovação e adaptabilidade a
novas situações.
Na essência, o propósito final da formulação estratégica visa a expansão e
fortalecimento de relações duradouras e estreitas da empresa com seus fornecedores e
clientes, através de uma proposta de valor superior de forma sustentada. É importante que a
empresa saiba adaptar sua estratégia às condições internas e externas identificadas na etapa do
diagnóstico e além de formular coerentemente seu mix estratégico, seja capaz de colocá-lo em
prática, de forma a atingir os objetivos previstos como será mostrado na etapa de
implementação da estratégia.
Antes de definirmos a etapa de implementação é necessário também conhecermos o
portfólio de negócio que é uma técnica utilizada para a formulação de estratégias
organizacionais e objetiva identificar a posição da organização no mercado, relacionando a
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atratividade e a força do mercado, a fim de sugerir uma estratégia bem como conhecer a
matriz BCG que fora desenvolvida para analisar o posicionamento e possibilidades de cada
unidade de negócios de uma organização a fim de identificar líderes de mercado, que
juntamente com a matriz SWOT e as 5 forças de Poter formam as ferramentas indispensáveis
no processo do planejamento estratégico das organizações.
Segundo Daft (2005), para se começar um negócio deve-se analisar uma estratégia que
envolva toda a organização, chamada de estratégia de portfólio, que visa criar sinergia (uma
área de negócios influenciar positivamente a outra) e combinação das unidades estratégicas de
negócios. A maneira útil de pensar sobre esta estratégia é a matriz BCG criada pelo Boston
Consulting Group, um grupo de consultoria da cidade de Boston, nos EUA, que organiza os
negócios de uma organização em forma de matriz, com os vetores participação no mercado e
taxa de crescimento da empresa. O primeiro define a participação em relação à concorrência e
o segundo está relacionado com o crescimento da indústria como um todo. As combinações
entre alta ou baixa taxa de crescimento com alta ou baixa participação no mercado formam
quatro quadrantes, conforme a ilustração abaixo.
ou por uma esperada reviravolta na taxa de crescimento de mercado bem como uma nova
chance para conseguir a liderança, haja vista não comprometer a saúde financeira da empresa.
Neste a estratégia pode varia de desaceleração ou mesmo de eliminação.
Na matriz BCG é possível observar a evolução dos negócios comparando-se ao ciclo de
vida dos produtos que são identificados pela introdução, onde os negócios possuem baixa
lucratividade; pelo crescimento, onde o mercado assimila o produto num curto espaço de
tempo garantindo um consequente aumento no lucro; pela maturidade, há redução na taxa de
crescimento das vendas, o lucro se estabiliza e, dependendo da ação da concorrência, pode até
diminuir e pelo declínio, onde o marcado passa por intensa queda nas vendas e no lucro. Na
figura abaixo o eixo horizontal mostra o tempo, e o vertical indica as vendas, em volume ou
valores o que permite o cruzamento das informações mencionadas neste parágrafo, haja vista
estabelecer o estágio de desenvolvimento do produto ou serviço.
A relação específica dos critérios avaliados varia de um setor para outro dentro de uma
mesma organização, como também varia para os mesmos setores em organizações diferentes.
Os critérios de atratividade do mercado correspondem a características positivas e negativas
do mercado como o tamanho do mercado, taxa de crescimento do mercado, preço, estrutura
competitiva, lucratividade da indústria, variação de demandas, oportunidade de diferenciar
produtos e serviços, estrutura de distribuição, desenvolvimento tecnológico bem como
aspectos, técnicos, sociais, ambientais, sociais e humanos; enquanto que os critérios das
forças do produto relativas no mercado são próprios do produto que, de alguma forma,
possam influenciar decisivamente no sucesso ou no fracasso onde são citados a imagem, força
do marketing, lealdade do cliente, participação do produto no mercado em evidência, posição
relativa da participação entre os concorrentes, posição relativa de custos entre os
concorrentes, força da distribuição e a capacidade de produção, rentabilidade, recursos
financeiros disponíveis pra investimento, possibilidade de inovação tecnológica e qualidade
do produto.
De acordo com sua importância, atribui-se um percentual aos critérios, sendo que ao
final, a soma dos percentuais deve ser igual a 100%. Em seguida deve-se quantificar a
avaliação relativa para cada um dos critérios, tanto os de atratividade do mercado, quanto os
das forças do produto relativas no mercado atribuindo números que variam de 1 a 5, sendo 1
para critérios de baixa atratividade, de 3 a 4 de média atratividade e 5 para critérios de alta
atratividade. Logo após multiplica-se o percentual do critério pela avaliação relativa do
mesmo critério, obtendo-se o total e finalmente, soma-se o produto obtido a cada um dos
critérios e tem-se o valor total. Obtidos esses valores, atribuem-se a eles a classificação “alta”,
“média” ou “baixa”. Assim, é possível situar o portfólio em discussão numa das nove células
da matriz conforme exemplo abaixo, de atratividade do mercado para um produto qualquer:
4. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Um dos momentos mais importantes de todo o processo de planejamento consiste na
implementação da estratégia, pois é nessa fase que o planejamento irá se concretizar.
Atualmente percebe-se que uma parcela mínima das estratégias formuladas são
implementadas. Em geral, os gestores buscam resolver esse problema, ampliando o controle,
buscando gerenciar a cultura organizacional ou ainda colocando a culpa nos executantes,
alegando que esses são incapazes de colocar em prática o que foi formulado. Entretanto, o
verdadeiro problema pode estar além: na separação entre formulação e implementação, na
dissociação entre pensar e agir.
Durante muito tempo compreendido como um processo top-down, definido
formalmente pela alta gerência e repassado para os demais níveis, o planejamento é visto e
praticado hoje, em muitas empresas, como um processo contínuo de reflexão sobre onde se
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quer chegar definido pelos objetivos e de como se chegará lá por meio da estratégia. Nesses
casos, o planejamento deixa de ser uma função exclusiva de um departamento da empresa,
passando a ser uma atribuição de todos os níveis, estratégico, tático e operacional.
Por outro lado, a distância entre esses níveis também diminui, ou seja, a formulação e a
implementação da estratégia se tornam cada vez mais interdependentes. Atualmente é difícil a
formulação ocorrer totalmente dissociada da implementação. Muitas vezes, é no próprio
desenvolvimento da gestão da empresa que os gestores e suas equipes definem e
implementam as estratégias, buscando aprender com os erros cometidos. No cotidiano
empresarial, o planejamento constitui também um processo de aprendizado contínuo, onde a
formulação e a implementação se tornam indistinguíveis.
A responsabilidade da elaboração e implementação da estratégia está definida quanto ao
nível organizacional: estratégico, neste o diretor e executivos possuem autonomia para tomar
decisões que afetem todo o negócio, incluindo as unidades de negócios; tático, os gerentes
possuem responsabilidades por unidades de negócios específicas; e operacional, os gerentes
funcionais atuando dentro de unidades de negócios.
Nesse sentido, parece fundamental que o gestor seja capaz de lidar com esse lado
imprevisível do processo de planejamento, sendo flexível e capaz de realizar as mudanças de
curso necessárias à implementação da estratégia. Assim, é importante levar em consideração
que as estratégias podem surgir dos lugares mais estranhos e de pessoas que não se esperava.
O papel da liderança, segundo esta concepção, não é apenas de preconceber ou imaginar com
antecipação as estratégias, mas de gerenciar o processo de aprendizado estratégico pelo qual,
novas estratégias podem emergir.
5. CONTROLE
“Nesta fase, observa-se como a organização está indo conforme a situação desejada.
Quanto ao controle, ele espera ser definido como a ação necessária para assegurar o
cumprimento dos objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos”. (Oliveira,
2007)
corretiva provocada pelas análises efetuadas, acompanhamento da ação corretiva bem como a
adição de informações para desenvolver os futuros ciclos.
forma mais efetiva e eficiente e trabalhar de acordo com os padrões estabelecidos. A base
para determinar como esta ação corretiva deve ser executada, é entender completamente as
etapas do processo de controle estratégico e a forma como elas se relacionam com as
principais etapas do processo do planejamento estratégica
Para obter sucesso na etapa do controle estratégico, a organização deve ter informações
válidas e confiáveis que reflitam, continuamente, as diversas medidas de desempenho
organizacional utilizando geralmente sistemas que irão gerenciar estas informações. Os
responsáveis por controlar a estratégia devem trabalhar tendo em vista o valor da informação,
a conversão desta em conhecimento útil e prático capaz de revelar ou sinalizar qual a direção
a ser seguida, ou qual caminho não seguir.
6.3 Resultados
O Auto Esporte é o programa líder em sua faixa horária com resultados expressivos,
tanto de audiência quanto comerciais. Além disso, é o programa mais qualificado da TV
aberta brasileira quando se deseja atingir o público masculino das classes AB com mais de 25
anos. A prestação de serviços dentro do programa trouxe a atenção também do público
feminino e ajudou a dar novos parâmetros para o consumidor decidir uma compra e executar
um trabalho qualquer no carro, seja de mecânica ou uma transformação. Temas como a
manutenção automotiva, direção segura e legislação de trânsito foram amplamente abordados.
O Auto Esporte consolidou a parceria para o desenvolvimento de projetos especiais que
levaram informações relevantes para o telespectador, atendendo, ao mesmo tempo,
necessidades de comunicação do mercado automobilístico. Desde a sua criação, registram-se
centenas de projetos criados com exclusividade e feitos em conjunto com as principais marcas
do setor. Carros antigos por exemplo, era um assunto esquecido no mercado que ganhou
relevância depois de ser pauta frequente e ganhar visibilidade dentro do Auto Esporte.
Lançamentos, novas tecnologias, direção defensiva, iniciativas pioneiras. São diversos os
cases que incluem ainda a área esportiva com a cobertura de eventos que crescem a cada ano:
rallys de velocidade e regularidade, a GP2, além do incentivo à formação de novos pilotos no
kart dentre outros.
9. COMENTÁRIOS DE ESPECIALISTAS
Segue abaixo algumas frases de especialistas referentes ao entendimento e à
importância do planejamento estratégico no mundo organizacional:
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o “O Futuro não existe, realmente. Ele é criado por nós, no presente.”(Tolstoi – Grande
autor da literatura Russa).
o “As oportunidades normalmente se apresentam disfarçadas de trabalho árduo e é por
isso que muitos não as reconhecem.”(Ann Landers)
o “O futuro pertence àqueles que vêem as oportunidades antes que se tornem óbvias.”
(John Sculley – Presidente da Pepsi nos anos 70)
o “Quando se abrir uma janela de oportunidades, não abaixe a persiana.”(Tom Peters –
Americano autor do livro Vencendo a Crise)
o “Há três coisas que nunca voltam atrás : a palavra proferida, a flecha desferida e a
oportunidade perdida. ” Provérbio Chinês.
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CERTO, Samuel C.; PETER, J. P.; MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro; CESAR, Ana
Maria Roux. Administração Estratégica: planejamento e implantação da estratégia, 2 a edição
São Paulo: Ed. Pearson Education do Brasil, 2005.
LOBATO, David Menezes; FILHO, Jamil Moysés; TORRES, Maria Cândida Sotelino;
RODRIGUES, Murilo Ramos Alembert. Estratégia de Empresas, 8ª edição São Paulo: Ed.
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