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IDENTIFICAÇÃO DO LIMIAR ANAERÓBICO DOS MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS ATRÁVES DE UM TESTE INCREMENTAL View project
Maximizing the effectiveness of inspiratory muscle training in sports performance: A current challenge View project
All content following this page was uploaded by Francisco Oliveira de Oliveira on 05 November 2016.
■■ Introdução
A cada ano, milhões de pacientes são admitidos nas unidades de terapia intensiva (UTIs) em todo o
mundo1 e, em função dos avanços no manejo dos pacientes críticos, muitos têm sobrevivido.2,3 Nos
Estados Unidos, os pacientes sob ventilação mecânica (VM) consomem 12% de todos os recursos
utilizados em um hospital, contabilizando anualmente U$ 27 bilhões.4 Além disso, o número de
pacientes que necessitam de VM prolongada aumenta 5,1% ao ano, superando o crescimento
anual da taxa de internação, que é de 1,2%.5 Devido ao envelhecimento populacional, projeta-
se que o número de pacientes que necessitarão de VM em 2026 aumentará 80% em relação ao
ano 2000.6
Inúmeros esforços vêm sendo empregados na tentativa de reduzir o tempo de VM, o tempo de
internação na UTI e as sequelas da imobilidade.9 Com esse objetivo, alguns pesquisadores vêm
utilizando o treinamento muscular inspiratório (TMI) com resultados animadores.10-12
O TMI, em pacientes sob VM, vem sendo estudado desde a década de 1980. Entretanto, até o
presente momento, só existem quatro estudos randomizados e controlados,10-13 sendo a maioria
das publicações séries de casos. Nesse contexto, a utilização do TMI em pacientes sob VM é
ainda controversa e não faz parte da rotina de muitas instituições.7
■■ ESQUEMA CONCEITUAL
Pressão inspiratória máxima
Princípio da sobrecarga
Princípios fisiológicos para
a realização do treinamento Princípio da especificidade
muscular inspiratório
Princípio da reversibilidade
Seleção de pacientes
Treinamento muscular inspiratório Protocolo de treinamento muscular
baseado em evidências inspiratório
Critérios de instituição e interrupção
do treinamento muscular inspiratório
Caso clínico
Conclusão
A PImáx é uma manobra classicamente obtida por meio de um esforço voluntário e, portanto,
dependente da motivação e da compreensão do paciente. A análise dessa variável torna-se mais
complexa em pacientes internados na UTI sob VM.
A PImáx pode ser definida como a máxima pressão inspiratória estática que um
indivíduo pode gerar ao nível da boca,14 no tubo orotraqueal (TOT) ou na cânula de
traqueostomia (TQT). Essa é uma forma simples de medir a força gerada por todos
os músculos inspiratórios.
Tabela 1.
Tabela 1
VALORES MÉDIOS DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA
PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
Faixa etária PImáx (cmH2O)
(anos) Medido Previsto
Homens
20-29 - 113,5 ± 18,11 - 136,72 ± 2,53
30-39 - 120 ± 16,16 - 129,14 ± 1,81
40-49 - 100,42 ± 16,44 - 119,97 ± 2,38
50-59 - 86 ± 26,23 -114,46 ± 10,85
60-69 - 85,00 ± 22,61 - 104,34 ± 2,10
70-80 - 53 ± 19,18 - 93,7 ± 2,23
Mulheres
20-29 - 80,50 ± 20,06 - 99,42 ± 1,25
30-39 - 82,5 ± 22,88 - 93,64 ± 1,69
40-49 - 78,6 ± 20,94 - 88,50 ± 1,44
50-59 - 69 ± 19,41 - 83,84 ± 1,61
60-69 - 63,5 ± 13,55 - 78,70 ± 1,88
70-80 - 52 ± 11,83 - 73,31 ± 1,55
Fonte: Costa e colaboradores (2010).17
Mesmo com os equipamentos digitais bem calibrados, toda a avaliação volitiva está sujeita à
variabilidade inter e intraobservador. Em outras palavras, a aferição da PImáx pode variar, de
forma significativa, entre observadores diferentes e em diferentes avaliações do mesmo observador.
Um estudo desenvolvido por Multz e colaboradores20 já evidenciava a baixa reprodutibilidade do
método em pacientes mecanicamente ventilados.
Uma das chaves para amenizar a limitação dos valores de PImáx obtidos em pacientes sob VM
reside no tempo de oclusão. A própria literatura é conflitante nesse aspecto, pois os tempos de
oclusão variam de 20 a 60 segundos.18 Além do tempo de oclusão, o número de tentativas é um
fator determinante para a obtenção de valores mais acurados de PImáx em indivíduos saudáveis
e colaborativos.21
Nos pacientes em VM, são recomendadas três tentativas com 1 minuto de repouso
entre elas.
se obter um valor de PImáx estável, um estudo recente de um grupo brasileiro evidenciou que são
necessários mais do que 40 segundos para serem obtidos valores máximos de PImáx, sendo a
média de 50,8 segundos18 (Figura 2).
90
Pressão inspiratória máxima (cmH2O)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0.1 5.1 10.1 15.1 20.1 25.1 30.1 35.1 40.1 45.1 50.1 55.1
Tempo (s)
Figura 2 – Tempo necessário para serem obtidos valores máximos de PImáx em pacientes sob VM. O estudo empregou
o manovacuômetro digital e a válvula unidirecional. Registro típico mostrando que o valor máximo de PImáx (82cmH2O
durante 60 segundos de avaliação foi alcançado com 50,8 segundos).
Fonte: Souza e colaboradores (2012).18
80
70
60
PImáx (cmH2O)
50
40
PImáx uni
30 PImáx sta
20
10
0
t1 t2
LEMBRAR
A utilização da válvula unidirecional na avaliação da PImáx, em pacientes acoplados
à prótese ventilatória (TOT ou TQT), não obedece ao posicionamento habitual.
Com base nas principais publicações, a forma mais adequada de mensuração da PImáx
em pacientes sob VM está assim resumida:
ATIVIDADE
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............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
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2. São dispositivos que podem ser utilizados para testar a função dos músculos
respiratórios, EXCETO
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I – É o marcador mais comumente utilizado na UTI pela sua praticidade, por ter menor
custo e por ser o menos invasivo.
II – Essa é uma manobra classicamente obtida por meio de um esforço voluntário e,
portanto, dependente da motivação e compreensão do paciente.
III – Mesmo em situações de desmame com pacientes sem sedação, a compreensão
e a colaboração durante a PImáx estão normais.
Está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) as afirmativas II e III.
C) as afirmativas I e II.
D) todas as afirmativas.
Resposta no final do artigo
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diafragma e, desde a década de 1980, vem sendo investigada com essa finalidade.14 A PDiTw é
um método não volitivo, que utiliza dois eletrodos posicionados na região cervical para estimular
o nervo frênico (Figura 6).
Após uma descarga magnética, dosada em tesla, o nervo frênico é estimulado e provoca contração
máxima ou submáxima do diafragma, independentemente da colaboração do paciente.26 A
grande limitação dessa técnica, além dos custos, está no fato de a medida da PDiTw necessitar
da introdução de cateteres esofágico e gástrico para medir a pressão transdiafragmática, o que
inviabiliza sua utilização na prática clínica.27 Dessa forma, alguns pesquisadores vêm tentando
validar essa mensuração de maneira não invasiva com a medida da pressão por oclusão na
boca.27
Além da relação carga de trabalho/capacidade máxima, foi demonstrado que o padrão ventilatório,
ou seja, relação tempo inspiratório (Tinsp)/tempo total da respiração (Ttot), também é um fator
determinante.28,29 Dessa forma, o ITTdi é calculado levando-se em consideração a relação entre
a pressão média transdiafragmática em cada incursão (PDisw) sobre PDimáx, multiplicada pela
relação Tinsp / Ttot,29 que é descrito pela seguinte fórmula:
Onde: PDisw: pressão média gerada pelo diafragma em cada incursão para manter o
volume corrente; PDimáx: pressão transdiafragmática máxima; Tinsp: tempo inspiratório;
Ttot: tempo respiratório total (inspiração e expiração).
Em indivíduos normais, o valor médio do ITTdi é de 0,02, e os valores críticos que predizem fadiga
diafragmática estão entre 0,15 e 0,20.28,29 Estudos prospectivos recentemente demonstraram
grande correlação entre valores críticos de ITTdi e falha no desmame.30,31 Entretanto, a grande
dificuldade de tornar esse teste uma rotina é a dificuldade na obtenção desses valores.
Figura 7 – Disposição dos cateteres e dos dispositivos na mensuração da PDimáx. O desenho esquemático representa
a mensuração da pressão transdiafragmática (Pdi) a partir da pressão gástrica, mensurada por meio do cateter gástrico
(Pga) e da pressão esofágica, mensurada por meio do cateter esofágico (Peo), além do volume inspirado (Vt). APRC
apresenta a dimensão da caixa torácica, enquanto APAB apresenta a dimensão abdominal. V: fluxo inspiratório. Os
dados são analisados a partir de um osciloscópio.
Fonte: Bellemare e Grassino (1982).29
Diante da importância dos valores do ITTdi sob a propensão de fadiga diafragmática e predição de
sucesso de desmame, pesquisadores vêm tentando validar um teste não invasivo, mas isso ainda
não foi testado em pacientes submetidos à VM.32
Até o início da década de 1990, existia um consenso entre os médicos intensivistas de que os
pacientes que apresentavam insuficiência respiratória, frente ao aumento do trabalho respiratório,
desenvolviam fadiga diafragmática. Isso os levava a crer que um período de repouso diafragmático,
alcançado por meio da ventilação mecânica controlada (VMC), poderia ser uma medida útil para
reestabelecer a função desse músculo.34 Atualmente, esse pensamento foi modificado com as
evidências de que a VMC e o excesso de sedativos e bloqueadores neuromusculares estão
associados a efeitos adversos sobre a estrutura e a função diafragmática.35,36
LEMBRAR
A DDIV é caracterizada pela perda da capacidade diafragmática de gerar força e por
alterações estruturais no músculo, e sua etiologia é a utilização de VMC.37
Levine e colaboradores35 demonstraram, por meio de biópsia, que a VMC por 18 a 64 horas
foi capaz de reduzir 40% do volume das fibras musculares diafragmáticas em humanos (Figura
8). Essa redução foi similar tanto para fibras tipo I (fibras vermelhas de contração lenta mais
resistentes à fadiga), com redução de 39%, como para fibras tipo II (fibras brancas de contração
rápida e metabolismo anaeróbio), com redução de 41%.
Caso Controle
Tamanho
da fibra
Fibra tipo I
Fibra tipo II
Figura 8 – Redução do volume das fibras musculares do diafragma em pacientes sob VMC.
Fonte: Levine e colaboradores (2008).35
de VMC, ocorreu maior grau de atrofia nas fibras tipo II do que nas fibras tipo I.46 Alguns dados
sugerem que os intercostais externos são afetados, de forma similar, pelo diafragma durante
a VMC.47 Ao contrário do que se especula sobre a morfologia do diafragma, esse músculo é
composto por cerca de apenas 55% de fibras tipo I, sendo os intercostais externos compostos por
60% dessas fibras.48
A atrofia desenvolve-se mais rapidamente no diafragma durante a VMC do que nos músculos
esqueléticos dos membros que também estão em repouso no paciente criticamente enfermo.35,40
LEMBRAR
A literatura indica que os músculos mais utilizados apresentam maior atrofia com a
inatividade do que os músculos menos solicitados.49
O diafragma está ativo 24 horas por dia, sete dias por semana. Por isso, é esperada uma maior
taxa de atrofia com a VMC do que em outros músculos durante o repouso no leito.50,51
Além da inatividade do diafragma durante a VMC, o uso da pressão positiva ao final da expiração
(PEEP) coloca o diafragma em uma posição de encurtamento ao nível da capacidade residual
funcional (CRF).37,52 Sabe-se que os efeitos adversos da inatividade muscular são exacerbados
pela posição de encurtamento do músculo imobilizado.53
É provável que a utilização de VM, mesmo com níveis baixos de PSV, não seja capaz de
reverter a atrofia instalada em pacientes com DDIV.10,11,30 A suscetibilidade do diafragma fadigar é
inversamente relacionada com sua força máxima,29 por isso, a atrofia desse músculo está ligada à
falha de desmame e à necessidade de VM prolongada.8,30
8. Embora a VM seja uma importante ferramenta para salvar vidas, está associada a
inúmeras complicações, como a DDIV. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em relação
à DDIV.
A) a PDiTW.
B) o ITTdi.
C) o Tinsp.
D) a DDIV.
Resposta no final do artigo
I – A PDiTw é um método não volitivo, que utiliza dois eletrodos posicionados na região
cervical para estimular o nervo frênico.
II – A grande limitação dessa técnica, além dos custos, está no fato de a medida da
PDiTw necessitar da introdução de cateteres esofágico e gástrico para medir a
pressão transdiafragmática, o que inviabiliza sua utilização na prática clínica.
III – Após uma descarga magnética, dosada em tesla, o nervo frênico é estimulado e
provoca contração máxima ou submáxima do diafragma; porém, o paciente necessita
estar cooperativo.
A) as afirmativas I e II.
B) as afirmativas II e III.
C) as afirmativas I e III.
D) todas as afirmativas.
Resposta no final do artigo
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Sahn e colaboradores verificaram que pacientes com valores de PImáx mais negativos do que -30cmH2O
tiveram maior sucesso no desmame, enquanto aqueles com PImáx menos negativa do que -20cmH2O
cursaram com maiores taxas de insucesso.15 Na maioria dos estudos publicados posteriormente, esse
ponto de corte apresentou-se com baixa sensibilidade e especificidade.16,59 Isso pode estar ligado a
graus variados de alteração funcional no sistema cardiorrespiratório de cada paciente.
Suporte Aumento
parcial da reserva
Necessidade Ventilação
de ventilação espontânea
mecânica possível
(cargas (cargas toleráveis)
intoleráveis)
Suporte Reserva
total normal
demanda Capacidade
■ Cargas pressóricas ■ Drive neural
• Complacência
• Resistência ■ Função muscular
■ Cargas ventilatórias • Força
• PaCO2 • Endurance
• PaO2
■ Cargas impostas
A PImáx, como valor isolado para determinar o sucesso no desmame, parece não ser suficiente.
A compreensão do índice de tensão-tempo dos músculos respiratórios (ITTmr), um teste não
invasivo análogo ao ITTdi, proporciona uma base para o entendimento da relação da PImáx com
a falha de desmame. O ITTmr baseia-se nas pressões medidas na boca e, em pacientes adultos,
correlaciona-se bem com o tradicional ITTdi.61
Onde: ITTmr: índice de tensão tempo dos músculos respiratórios; PImed: pressão
inspiratória média por respiração; PImax: pressão inspiratória máxima; Tinsp: tempo
inspiratório; Ttot: tempo total do ciclo respiratório (inspiração e expiração).
Como demonstrado, os valores críticos de ITTdi variam entre 0,15 e 0,20, e, em indivíduos
saudáveis, o valor médio é de 0,02.29 Nos indivíduos saudáveis, a PImed, gerada pela musculatura
inspiratória para manter a ventilação durante o repouso, pode variar entre 11,5 e 16,3cmH2O.61
Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), esse valor pode chegar a até
38cmH2O.61
Um estudo clássico, conduzido em humanos, verificou que o valor crítico de carga para gerar fadiga
no diafragma é de 40% da PDimáx.28 Nessa pesquisa, indivíduos saudáveis não conseguiram
sustentar a respiração com sobrecarga de 40% da PDimáx por mais de 60 minutos.
Dessa forma, é possível dizer que, quanto maior a força máxima gerada pelos músculos
respiratórios, menor será a chance de fadiga. Isso foi demonstrado em um estudo prospectivo
que avaliou fatores determinantes para a falha de desmame.30 Foram estudados 30 pacientes em
desmame prolongado admitidos em um centro específico para desmame da VM.
Esses pacientes foram acompanhados durante cinco semanas, e variáveis como PImáx, PDimáx,
PDisw e ITTdi foram anotadas. Foi possível perceber que o grupo de pacientes com sucesso no
desmame (n = 16) desde o início apresentava marcadores mais favoráveis do que o grupo que
falhou, com ITTdi de 0,13 e 0,2, respectivamente, p = 0,02. Além disso, ao final do estudo, o grupo
que obteve sucesso cursou com uma maior recuperação da função respiratória (ITTdi = 0,08
contra 0,14 no grupo que permaneceu na VM, p = 0,009).
VT: volume corrente; FR: frequência respiratória; Cdin: complacência dinâmica; Raw: resistência;
PImáx: pressão inspiratória máxima; PDimáx: pressão transdiafragmática máxima; PDisw: pressão
média transdiafragmática; ITTdi: índice de tensão tempo do diafragma.
Fonte: Carlucci e colaboradores (2009).30
Tabela 4
PADRÃO VENTILATÓRIO E MECÂNICA RESPIRATÓRIA APÓS CINCO SEMANAS
Grupo com sucesso no Grupo com falha no P
desmame (n =16) desmame (n =14) valor
Padrão VT, mL 385,8 ± 132,2 289,3 ± 138,4 NS
ventilatório FR 22,6 ± 6,0 27,4 ± 7,3 NS
FR/VT 74,1 ± 44,0 148,2 ± 121,4 0,03
Mecânica Cdin, L/cmH2O 0,067 ± 0,033 0,049 ± 0,024 NS
respiratória Raw, cmH2O/L/s 8,8 ± 5,8 14,4 ± 14,2 NS
Função dos PImáx, cmH2O 57,3 ± 18,2 38,6 ± 13,5 0,001
músculos PDimáx, cmH2O 43,0 ± 20,0 27,7 ± 12,5 0,01
inspirató-
rios PDisw/PDimáx, 23,1 ± 7,9 42,5 ± 22,9 0,003
%
ITTdi 0,08 0,14 0,009
VT: volume corrente; FR: frequência respiratória; Cdin: complacência dinâmica; Raw: resistência;
PImáx: pressão inspiratória máxima; PDimáx: pressão transdiafragmática máxima; PDisw: pressão
média transdiafragmática; ITTdi: índice de tensão tempo do diafragma.
Fonte: Carlucci e colaboradores (2009).30
Todavia, Laghi e colaboradores demonstraram que pacientes com falha no teste de respiração
espontânea (TRE) não apresentaram fadiga diafragmática.59 Esses autores avaliaram a força
diafragmática por meio de estímulo magnético do nervo frênico antes e após 30 minutos da falha
do desmame. A possível explicação para esse fato não esperado pode incluir:64
Esses achados não são consenso na literatura, e outras pesquisas apontam para o aparecimento
de fadiga em pacientes que falham no desmame.62,65 O desenvolvimento de fadiga diafragmática
traria consequências desastrosas para a sobrevivência dos pacientes. Assim, a fadiga é precedida
de inúmeras mudanças na função dos músculos respiratórios, como:
Em pacientes mais graves, podem ser observadas respostas anormais, como bradicardia,
hipotensão e arritmias. A resposta para a correlação entre o grau de força muscular inspiratória
e a falha no desmame pode estar também associada a um fator denominado dissociação
neuroventilatória.66 A fraqueza dos músculos respiratórios, associada à deterioração da
impedância do sistema respiratório, leva ao aumento das informações sensoriais aferentes ao
comando motor central.
A fim de manter uma ventilação eficaz e gerar maior força nos músculos enfraquecidos, os centros
respiratórios liberam um estímulo elétrico mais intenso por meio do nervo frênico.67 Com isso, a
relação harmoniosa entre a percepção do esforço respiratório e a antecipação da resposta dos
centros superiores torna-se desequilibrada, gerando a sensação de dispneia.68
É provável que Laghi e colaboradores59 não tenham encontrado fadiga diafragmática em pacientes
que falharam no desmame em função dos mecanismos citados, que obrigam a descontinuação do
teste e a reinstituição do suporte ventilatório antes da fadiga ocorrer de fato.
Diante das informações apresentadas, evidências sustentam a ideia de que a força dos músculos
respiratórios está associada à falha de desmame. O entendimento de que a fadiga desses
músculos e a falha de desmame têm relação com o equilíbrio entre carga/capacidade demonstra
a importância da mensuração do ITTdi e/ou ITTmr.
ATIVIDADE
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............................................................................................................................................
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Resposta no final do artigo
I – A PImáx, como valor isolado para determinar o sucesso no desmame, parece não
ser suficiente.
II – A compreensão do ITTmr, um teste não invasivo análogo ao ITTdi, proporciona uma
base para o entendimento da relação da PImáx com a falha de desmame.
III – O ITTmr baseia-se na PImáx e, em pacientes adultos, correlaciona-se bem com o
tradicional ITTdi.
Está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) as afirmativas II e III.
C) as afirmativas I e II.
D) todas as alternativas.
Resposta no final do artigo
LEMBRAR
O treinamento tem como objetivo principal facilitar as adaptações biológicas que
aprimoram o desempenho em tarefas específicas.69
■■ princípio da sobrecarga;
■■ princípio da especificidade;
■■ princípio da reversibilidade.
Princípio da sobrecarga
O princípio da sobrecarga refere-se ao conceito de que, para ampliar o aprimoramento fisiológico
e induzir uma resposta ao treinamento, é necessária a aplicação de sobrecarga à atividade. Ao
realizar qualquer atividade com um nível de intensidade mais elevado do que o de costume,
consegue-se induzir uma série de adaptações moleculares e metabólicas que permitem ao
organismo funcionar com maior eficiência. A sobrecarga apropriada para cada indivíduo pode ser
conseguida pelas combinações de frequência, duração e intensidade do treinamento.69
Princípio da especificidade
O princípio da especificidade refere-se a adaptações nos sistemas metabólicos e fisiológicos que
dependem do tipo de sobrecarga imposta. Um treinamento específico, com exercícios de força e
potência, induz a adaptações específicas de força e potência e não de endurance.
Princípio da reversibilidade
O princípio da reversibilidade está no fato de que o destreinamento processa-se com rapidez
quando um indivíduo deixa de realizar um programa de exercícios, reduzindo, com o tempo, os
efeitos benéficos do treinamento.69
Os exercícios com maior carga, consequentemente com menor duração, induzem a adaptações no
sistema anaeróbio, que é predominante nas fibras tipo II, enquanto cargas moderadas provocam
adaptações nas fibras tipo I.
de produzir aumento dessa valência.69 O diafragma é um músculo em constante trabalho (24 horas
por dia, sete dias por semana), o que, instintivamente, induz ao pensamento de que esse músculo
é composto amplamente por fibras tipo I. De fato, o diafragma tem um percentual maior de fibras
tipo I, mas que não ultrapassa 55% do total48 (Figura 10).
Fibras
tipo IIB
24%
Fibras
tipo I
55%
Fibras
tipo IIA
21%
A mudança no padrão de ativação das fibras foi demonstrada por eletromiografia em coelhos
respirando normalmente e com um via ocluída. Assim, pensando-se a partir da especificidade do
treinamento, são compreensíveis os resultados favoráveis de estudos que utilizaram cargas mais
altas durante o TMI – entre 50 a 70% –, tanto em atletas como em pacientes sob VM.11,75 Outro
fator importante que direciona para o treinamento de força nos músculos inspiratórios está no fato
de que a sensação de dispneia é inversamente proporcional à PImáx.67,72,76
O metaborreflexo produz uma queda no rendimento físico por provocar fadiga nos músculos
dos membros superiores e inferiores, obrigando o indivíduo a suspender a atividade ou reduzir a
intensidade da tarefa. Foi demonstrado que o TMI é capaz de reduzir o metaborreflexo, melhorando
o rendimento dos indivíduos.78 Esse mecanismo está esquematizado na Figura 11, a seguir.
Há uma base racional para a realização do TMI em pacientes hospitalizados, tanto em VM como
respirando espontaneamente, quando o objetivo é melhorar o desempenho funcional.80
LEMBRAR
Cabe ressaltar que pode não ser seguro transferir arbitrariamente os princípios de
sobrecarga e treinamento sem considerar o estado de debilidade do músculo.
65% da sua força máxima produz diferente impacto, dependendo do nível de desuso do membro.
Esses autores realizaram testes nas patas traseiras de ratos, e o treinamento provocou 43% mais
dano ao músculo imobilizado, por 14 dias, quando treinado com a mesma intensidade relativa dos
músculos ativos (Figura 12).
b
Figura 12 – Intensidade das lesões no sarcômero induzidas pela contração em músculos com diferentes níveis de
condicionamento. As setas indicam lesões no sarcômero induzidas pela contração muscular. A extensão da lesão muscular
no grupo-controle (A) apresentou-se 43% menor do que nos músculos inativos (B).
Fonte: Vijayan e colaboradores (2001).83
Pensando em pacientes com a DDIV em VM prolongada, talvez seja prudente começar com
cargas leves (50% da PImáx) e, gradualmente, buscar maiores intensidades. Para instituir carga
aos músculos respiratórios, as principais ferramentas são resistores de carga linear. Existem no
mercado inúmeros dispositivos que utilizam válvula spring load, como os mostrados na Figura 13.
Figura 14 – Resistor eletrônico para TMI com carga isocinética. A) K5, resistência variando de 1 a 300cmH2O.
B) Dois dos quatro gráficos disponíveis no software, sendo de cima para baixo o gráfico de carga e o gráfico de
potência. No gráfico de carga, é possível ver o TMI começando com carga de 115cmH2O e caindo até atingir
0cmH2O ao final da inspiração.
Fonte:
Adaptada de POWERbreathe K5 (2013).86
ATIVIDADE
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
Está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) as afirmativas I e II.
C) as afirmativas I e III.
D) todas as afirmativas.
Resposta no final do artigo
Cader 2010
Caruso 2005
Martin 2011
-10 -5 0 5 10
cmH2O
No que diz respeito às taxas de sucesso no desmame, apenas dois trabalhos apresentaram esses
dados e não houve diferença estatística (Figura 16).
Cader 2010
Martin 2011
0.2 0.5 1 2 5
Cader 2010
Caruso 2005
Por fim, os três estudos avaliaram se o TMI tinha impacto na taxa de sobrevida, mas, apesar da
tendência favorável ao TMI, não ocorreu significância estatística que comprovasse isso (Figura
18).
Cader 2010
Caruso 2005
Martin 2011
0.02 0.1 1 2 5
Moodie e colaboradores88 concluíram que o TMI produz aumento significativo na PImáx com
riscos reduzidos de efeitos adversos e que, embora o TMI tenha impacto favorável sobre a taxa
de mortalidade, a taxa de sucesso e a duração do desmame, isso permanece sem significância
estatística.
facilmente identificados vieses nessa revisão sistemática. Inicialmente, pode ser citado o trabalho
de Caruso e colaboradores.13 Nessa pesquisa, os autores utilizaram a sensibilidade do respirador
para treinar os pacientes; entretanto, já havia sido documentado previamente que o TMI com
sensibilidade não é eficaz.76 Assim, incluir esse estudo na revisão sistemática pode ter sido uma
falha. Ao se pensar na heterogeneidade, percebe-se que Cader e colaboradores10 iniciaram o TMI
precocemente (pacientes em desmame difícil, definição de Boles e colaboradores89) em pacientes
idosos. Já Martin e colaboradores11 iniciaram o TMI em pacientes em desmame prolongado (tempo
médio de VM de 45 dias) em uma população pós-cirúrgica.
Além disso, Cader e colaboradores10 utilizaram um protocolo de treinamento mais leve (30% da
PImáx, com aumentos de 10% ao dia), enquanto Martin e colaboradores11 utilizaram a máxima
carga que os pacientes podiam suportar durante o TMI. Todos esses fatores estão associados
à redução na qualidade da análise dos dados apresentados nessa revisão sistemática. Dessa
forma, buscando homogeneizar futuros estudos e proporcionar metanálises com maior qualidade
foi publicado, recentemente, um protocolo que poderá servir de guia para as próximas pesquisas.82
LEMBRAR
Os autores desse estudo repetiram o protocolo de treinamento utilizado em uma
publicação anterior10 e parece que a intensidade de 30% da PImáx para o TMI não
é a mais efetiva. Além disso, os autores mensuraram a PImáx de acordo com o
protocolo de Marini e colaboradores,22 – 25 segundos de mensuração, em que não
são alcançados, de fato, os valores máximos.
A utilização de 30% de carga a partir de uma suposta PImáx pode ter gerado uma carga inferior
a 20% da PImáx, diminuindo a eficácia do tratamento. É provável que Martin e colaboradores11
tenham utilizado a mensuração de PImáx apenas como marcador de melhora e não como guia
para instituição de carga por esse motivo.
O TMI parece ter mais impacto nas taxas de sucesso de desmame e não nas de
extubação, uma vez que esta envolve outras competências, como capacidade de tosse
e deglutição, que não são melhoradas pelo TMI.91
No presente momento, pode-se afirmar que o TMI é uma terapêutica promissora, segura e viável
na prática clínica. As evidências direcionam para a instituição do TMI em pacientes sob VM, porém
expõem a necessidade de se buscar a dose adequada desse tratamento. Os estudos publicados
demonstram que o TMI aumenta a PImáx, pode reduzir a duração e melhorar as taxas de sucesso
do desmame da VM. Entretanto, são necessários mais estudos randomizados e controlados para
comprovar estatisticamente esses achados e aumentar o nível de evidência sobre a eficácia do TMI.
O custo para a aquisição desses dispositivos pode variar bastante, dependendo do tipo de
tecnologia que se queira empregar em todo o processo. Ao se considerar que o custo anual médio
com pacientes em VM prolongada nos Estados Unidos (U$ 1,5 bilhão92) e que o TMI pode reduzir
em quase dois dias o tempo de desmame,10 investir em equipamentos para essa terapêutica tem
um custo/benefício considerável.
Seleção de Pacientes
Uma vez que a UTI esteja munida com equipamentos para a realização do TMI, cabe à equipe
definir quais pacientes se beneficiarão desse tratamento. Vem crescendo a ideia de que o
TMI deve ser instituído tão rápido seja detectado o risco de um paciente permanecer em VM
prolongada10,12,82 e não apenas em pacientes cronicamente dependentes do respirador. Assim,
pacientes em desmame difícil,89 estáveis hemodinamicamente, sem febre, com níveis de PEEP
< 10cmH2O e fração inspirada de oxigênio (FIO2) < 60% são bons candidatos para receber TMI.
Com base em evidências a partir de pesquisas com atletas,73 indivíduos saudáveis,80 portadores
de DPOC,93,94 insuficiência cardíaca,95 doenças neurológicas96 e, principalmente, pacientes sob
VM,11,12,82 é proposto o protocolo apresentado na Tabela 6.
Tabela 6
PROGRAMA DE TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO PARA PACIENTES
SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA
Frequência ■■ Duas vezes ao dia, sete dias por semana
Intensidade ■■ Maior intensidade que o paciente possa suportar (aproximada-
mente 50 a 70% da PImáx)
Séries/repetições ■■ Cinco séries de seis repetições
Intervalo ■■ Sessenta segundos entre as séries
Atualmente, esse protocolo de TMI parece ser o mais eficaz e seguro para pacientes respirando
sob VM. Contudo, ainda há a necessidade de mais estudos randomizados e controlados para
confirmar essa afirmação.
■■ em relação à pressão de cuff, o sistema deve estar devidamente ocluído para que não haja
escape e aspiração de secreções supracuff;
■■ é importante garantir oxigenação adequada durante o treinamento e, se necessário, deve ser
ofertado oxigênio por meio do equipamento;
■■ deve-se otimizar a resistência das vias aéreas com aspiração traqueal e solicitar nebulização
com broncodilatador para aqueles pacientes com história de hiper-reatividade brônquica;
■■ é imprescindível que o paciente vença a carga imposta pelo resistor em todas as incursões.
Caso isso não aconteça, é necessário que a carga seja reduzida. No intervalo entre as séries,
deve-se reconectar o paciente à VM para promover o repouso necessário e garantir a execução
de todo o treinamento;
■■ após o TMI, o respirador deve ser ajustado para que o paciente mantenha um padrão ventilatório
confortável, sem sinais de esforço, com o menor suporte possível. A progressão da carga deve
ser feita de acordo com a evolução da PImáx e/ou a capacidade de o paciente vencer a máxima
carga imposta. Caso não estejam ocorrendo ganhos funcionais, faz-se necessário reavaliar a
manutenção do TMI, guiando-se sempre pela condição clínica do paciente.
O TMI não deve tirar o foco da mobilização periférica, uma vez que a combinação dessas duas
terapêuticas teoricamente poderá promover maior redução no tempo de VM, levando a um menor
declínio funcional.
ATIVIDADE
22. O diafragma é um músculo que está constantemente em trabalho (24 horas por dia,
sete dias por semana). Sendo assim, esse músculo apresenta algumas características
histoquímicas e funcionais que devem ser levadas em consideração para a realização
TMI. Em relação a essa afirmação, assinale a alternativa correta.
Está(ão) correta(s):
A) apenas a afirmativa I.
B) as afirmativas I e II.
C) as afirmativas II e IV.
D) todas as afirmativas.
Resposta no final do artigo
24. Apesar dos níveis reduzidos de evidência, o TMI é uma terapêutica promissora, de
baixo custo e viável clinicamente. Para a instituição dessa conduta na UTI, alguns
critérios e algumas condutas devem ser seguidos para que a terapêutica seja mais
eficaz. Nesse contexto, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
A partir do que foi visto neste artigo e das informações descritas no caso clínico, responda às
questões a seguir.
ATIVIDADE
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
É fato que o TMI aumenta a PImáx e reduz o tempo de desmame. Apesar de ele promover uma
tendência ao aumento na taxa de sucesso da extubação, na redução do tempo de VM e na
diminuição da taxa de mortalidade, ainda não está comprovado estatisticamente. No contexto
atual, existe uma busca incessante pela dose terapêutica adequada para os principais tratamentos
de fisioterapia. Com o TMI, isso não é diferente, e alguns guidelines vêm sendo publicados na
tentativa de nortear a utilização de uma dose ideal.
A literatura vigente direciona para o TMI com cargas elevadas, realizado duas vezes ao dia,
sete dias por semana. Estudos randomizados e controlados são necessários para confirmar o
protocolo mais adequado de TMI para pacientes em VM. Entretanto, há evidências suficientes
para recomendar o TMI em pacientes que estão em VM prolongada pela redução na capacidade
funcional dos músculos inspiratórios.
Atividade 4
Resposta: C
Comentário: Mesmo em situações de desmame com pacientes sem sedação, a compreensão e a
colaboração durante a PImáx normalmente encontram-se comprometidas. Isso talvez explique a
divergência de valores obtidos entre diferentes pesquisadores e a dificuldade histórica de a PImáx
se firmar como índice preditivo de sucesso de desmame.
Atividade 8
Resposta: B
Comentário: Na DDIV, apenas o músculo está acometido, sem agressão à junção neuromuscular
ou ao nervo frênico. No estudo de Levine e colaboradores, com menos de 24 horas, foi observada
redução de trofismo e, consequentemente, de força muscular. A ventilação em modos espontâne-
os pode evitar a DDIV, mas não é capaz de restaurar a normalidade da PImáx. A inatividade afeta
mais os músculos que são mais utilizados; assim, poucas horas de repouso são suficientes para
provocar alterações de função no diafragma.
Atividade 10
Resposta: A
Comentário: Após uma descarga magnética, dosada em tesla, o nervo frênico é estimulado e
provoca contração máxima ou submáxima do diafragma, independentemente da colaboração do
paciente.
Atividade 12
Resposta: B
Comentário: O ITTdi é uma medida dinâmica relacionada a endurance do diafragma. Estudos
clássicos demonstraram que o diafragma humano é altamente fatigável quando atinge uma
relação de trabalho a 40% da PDimáx.
Atividade 16
Comentário: A fraqueza dos músculos respiratórios, associada à deterioração da impedância do
sistema respiratório, leva ao aumento das informações sensoriais aferentes ao comando motor
central, a fim de manter uma ventilação eficaz e gerar força para esses músculos. Com isso, a relação
harmoniosa entre a percepção do esforço respiratório e a antecipação da resposta dos centros superio-
res torna-se desequilibrada, gerando a sensação de dispneia. Esse desequilíbrio entre os estímulos
aferentes e as resposta efetoras é denominado dissociação neuroventilatória. Além disso, a dispneia,
por conta da dissociação neuroventilatória, é acompanhada de sinais de angústia respiratória, aumento
da frequência cardíaca e aumento da pressão arterial sistêmica. Todos esses marcadores estão ligados
à falha de desmame e são indicativos para a interrupção do TRE.
Atividade 17
Resposta: C
Comentário: O ITTmr baseia-se nas pressões medidas na boca e, em pacientes adultos,
correlaciona-se bem com o tradicional ITTdi.
Atividade 18
Resposta: V, V, V, F
Comentário: O metaborreflexo está associado à sensação de dispneia, uma vez que esta está
ligada à fadiga respiratória. Durante a fadiga dos músculos inspiratórios, o metaborreflexo
sequestra sangue de outros músculos do corpo, levando à diminuição do rendimento. A PImáx
desempenha um importante feedback neural e determina também a percepção do esforço.
Atividade 19
Resposta: 3, 2, 1
Atividade 21
Resposta: B
Comentário: Os exercícios com maior carga, consequentemente com menor duração, induzem
a adaptações no sistema anaeróbio, predominantemente composto de fibras tipo II, enquanto
cargas moderadas provocam adaptações nas fibras tipo I. O metaborreflexo produz uma queda
no rendimento físico por provocar fadiga nos músculos dos membros superiores e inferiores,
obrigando o indivíduo a suspender a atividade ou reduzir a intensidade da tarefa.
Resposta: B
Comentário: O diafragma é composto por aproximadamente 55% de fibras tipo I e, apesar do seu
trabalho em situações normais ocorrer com maior ativação das fibras tipo I, em pacientes com
desequilíbrio entre demanda/capacidade (pacientes em desmame), a maior ativação ocorre no
nível das fibras tipo II. Por isso, é mais indicado o treinamento de força.
Atividade 23
Resposta: B
Comentário: O TMI vem sendo utilizado desde a década de 1980 como estratégia para reduzir
o tempo de VM e aumentar a taxa de sucesso no desmame. Apesar de o TMI ter apresentado
tendência em reduzir a mortalidade, aumentar o sucesso de desmame e reduzir a duração no
tempo de desmame, não apresentou significância estatística. Isso só ocorreu com relação ao
aumento da PImáx.
Atividade 24
Resposta: V, V, F, F
Comentário: O TMI pode ser realizado mesmo em pacientes em desmame difícil. Se a SpO2 cair
abaixo de 92% (oxigenoterapia pode ser realizada quando houver necessidade), o TMI deve ser
suspenso. Ao final do TMI, o paciente deve ser colocado em VM com o menor suporte possível
para manter um padrão muscular ventilatório confortável. O treinamento com sensibilidade do
respirador é inadequado e não apresenta eficácia.
Atividade 25
Resposta: 2, 1, 3
Atividade 27
Comentário: A avaliação da PImáx não segue a recomendação do consenso da ATS. As três
tentativas e o tempo de manobra (20 segundos) estão de acordo, porém não foi utilizada a válvula
unidirecional, e o valor médio é descrito, em vez do valor máximo.
Atividade 28
Comentário: Sim. A paciente evolui com desmame prolongado, encontra-se estável hemodinami-
camente e com parâmetros de VM que possibilitam a realização do TMI.
Atividade 29
Comentário: O TMI deve ser realizado duas vezes ao dia, e cada sessão deve ter 30 contrações,
que podem ser realizadas em cinco séries. Entre as séries, recomenda-se repouso de 1 minuto.
A intensidade recomendada é de 50 a 70% da PImáx ou a máxima carga que a paciente consiga
abrir com a válvula do resistor em seis contrações. Nesse caso, recomenda-se a última opção,
uma vez que o valor de PImáx está subestimado por conta do método de avaliação (tempo de
20 segundos de manobra e sem válvula). Recentemente, foi demonstrado que a mensuração
realizada com 50 segundos proporciona os maiores valores de PImáx. Assim, utilizar -35cmH2O
como referência para o TMI pode proporcionar um protocolo menos eficaz.
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