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BENELLI, S. J. A instituição total como agência de produção de subjetividade na sociedade disciplinar. Estudos de
Psicologia, Campinas, v. 21, n. 3, p. 237-252, set./dez. 2004.
Argumento central:
- As instituições totais não produzem tão somente as subjetividades daqueles encerrados em seus muros, mas
sua jurisdição estende-se para todo corpo social
DEFINIÇÕES
1) O olhar hierárquico
- “Observatório” como dispositivo: efeito arquitetônico
- Panopticon (Jeremy Bentham, 1785):
- Torre central, circundada por andares de celas, e fosso intermediário
2) A sanção normalizadora
- Capacidade auto-outorgada às instituições disciplinares para:
- Listar delitos
- Fazer julgamentos
- Produzir sanções
- Como são exercidas estas sanções?
a) “mortificação do eu”: submeter individualidade à norma
b) circuito: respostas defensivas do indivíduo são utilizadas para ataques futuros
c) infantilização social: retirada de autonomia, decisão e liberdade de ação
d) arregimentação: obrigação de agir em uníssino
e) escalonamento da autoridade: difusão do regulamento a toda equipe dirigente
- Função normalizadora das sanções:
- Castigo -> punir com exercícios -> insistência redobrada na norma
- Sistema gratificação-sanção -> “bons”/”maus” -> Sistema de privilégios
3) O exame
- Tecnologia disciplinar para normalização com efeitos de vigilância
- Produção de registros e documentos (prontuário, dossiê, histórico etc.)
- Visita do médico ao doente (hospital)
- Provas e testes (escola)
- Inspeção da tropa (exército)