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Definição geral

Relações entre o belo artístico e o belo natural

Segundo a opinião corrente, a beleza criada pela arte seria muito inferior a da natureza e
o maior mérito da arte residiria em aproximar as suas criações do belo natural. Se na
verdade, assim acontece se, ficaria excluída da estética, compreendida como a ciência
unicamente do belo artístico, uma grande parte do domínio da arte.

A concepção objectiva da arte

Ora a diferença entre o belo natural e o belo artístico, não é uma simples diferença
quantitativa. A superioridade do belo artístico prove da participação no espírito.

Estética-Introdução

Aquelas formas podem também ter desaparecido ou degenerado em representação


puramente subjectivas cujo conteúdo nos é vedado atribuir um ser em si e para si.

Objecções a ideia de uma filosofia da arte

Uma objecção proveria da infinidade de domínio do belo, da infinidade variedade


daquilo a que se chama do belo. A outra objecção partiria do pretexto de que o belo é
objecto da imaginação, da intuição do sentimento para por conseguinte, concluir que ele
não poderá constituir objectos de uma ciência e nem prestar-se-á especulação filosófica.

A obra de arte tem de compreender implicitamente, um ensino moral, que este ensino
como fim supremo que é da arte.

A função moralizada da arte

E se se admitir que o fim da arte não consiste apenas em evocar paixões mais também
em purifica-las ou, melhor se se admitir que a evocação não é o fim último da arte, não
é um fim em si, dirigir-se a por tanto que a moralização significado, preciso da palavra
purificação o fim da arte.

Considerando a imitação como finalidade da arte, o belo objectivo desaparece. Porque


se não tratara então de saber como é aquilo que vai ser imitado, mais sim o que será
preciso fazer, como se procedera para obter uma imitação, tao perfeita quanto possível.
O objecto é o conteúdo do belo, torna se indiferente.
E se apesar de tudo ainda se continuar a falar a propósito dos homens, dos animais, das
paisagens, das acções, e dos caracteres, etc. nas diferenças belezas e da fieldade, esta
diferença não pode de modo algum interessar a uma arte reduzida ao mero trabalho de
imitação.

Quando de um modo abstracto se diz que a obra de arte é imitação da natureza, parece
que se querem impor a actividade do artista limites impeditivos da criação propriamente
dita.

A realizar uma obra artística o homem obedece a um interesse particular, é impelido


pelo anseio de exteriorizar um conteúdo particular, chegamos assim a conclusão de que
a imitação da natureza, que parecia ser um principio geral preconizado, e defendido por
grandes autoridades, não passa, a final de um principio inaceitável, pelo menos naquela forma
geral e abstracta.
Bibliografia

Colecção filosófica e ensaio, G.W.F.Hegel. Estética, in.folio, Guimarães editora

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