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Programa de apresentação
Desenvolvimento de Competências sócio-profissionais
O processo de desenvolvimento interpessoal
A formação do eu e o conhecimento do outro;
A relação do indivíduo com o grupo.12h
As diferentes estratégias comunicacionais no grupo; 16h
As estratégias de negociação interpessoal
Gerência de conflitos.
Orientações Teóricas
A autora cita as 8 principais abordagens teóricas sobre a temática dos grupos:
Teoria de campo de Kurt Lewin – o comportamento é produto de um campo de determinantes
interdependentes;
Teoria da interacção – o grupo é concebida como um sistema de indivíduos em interacção;
Teoria de sistemas no estudo do grupo – as atitudes dos indivíduos estão fortemente arraigadas
nos grupos de que fazem parte e a influência do grupo sobre as atitudes de um indivíduo depende
da natureza da relação entre eles;
Orientações sociométrica de Moreno – as dinâmicas que envolvem os vários papéis
desempenhados pelos integrantes do grupo são identificadas através do levantamento das
relações preferenciais para as tarefas desenvolvidas;
Abordagem psicanalítica de grupos – considera os conceitos advindos da psicanálise:
identificação, regressão, mecanismos de defesa e noção do inconsciente;
Abordagem cognitiva – apresenta como foco a forma pela qual os indivíduos recebem e integram
as informações sobre o mundo social e como essa informação influi em seu comportamento.
Relação indivíduo-grupo
O fato mais concreto é que o indivíduo não se faz separadamente do grupo, nele se insere, a ele
se dá e dele depende. A interacção entre as partes em tal relação busca ser conhecida pela
psicologia que se organiza em função disso.
O texto Psicologia social e comunidade, de Sissi M. Neves e Nara Maria G. Bernardes, colocam
a psicologia comunitária inserida na social, como uma ramificação sua.
Tal ramo dedica-se ao conhecimento dos indivíduos nos grupos sociais, explicitando as relações
entre ambos, dadas por factores sócio-históricos e culturais, que influenciam e são influenciados
pelos homens.
Para tanto, o texto explora o psicodrama de Moreno, que leva em consideração os contextos
sociais, grupal e dramático. Nele, a inversão dos papéis, em vista do encontro entre o Eu e o Tu,
possibilita que um assuma o lugar do outro e se recomponha o sentido da unidade e do
pertencimento ao grupo.
No caso do experimento de Triplet, quando o indivíduo é observado em situação isolada e depois
em par, a constatação do desempenho varia conforme o indivíduo espera ser reconhecido.
Aqui o indivíduo coloca-se sempre diante do grupo, mas quer se destacar nele; nesse caso é o
grupo que afirma a identidade do indivíduo.
Escuta é acção de escutar, de ouvir a mensagem do emissor assim como a reacção do receptor.
Atenção significa concentrar – se na recepção da mensagem e como descodifica-la.
Empatia é um processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com
base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro.
Questionamento é acto de questionar, perguntar ou como saber algo, ter incerteza. O emissor
quando não perceba a reacção do receptor por motivo de ruído ou outros factores.
As barreiras de comunicação
O processo de comunicação é influenciado por várias barreiras. É difícil fazer com que a
mensagem chegue a 100% ao receptor
Ouvir “ruído” emocional, reagimos emocionalmente a certas palavras, conceitos e ideias e os
sinais não-verbais dentro do grupo;
Ouvir ruídos exteriores
O ruído audível pode ser extremamente desconcentrante;
Mas pode minimizar estes ruídos. Por exemplo: baixe o som da campainha do telefone e o som
do e-mail no computador quando tiver uma reunião;
Outros ruídos podem, ainda assim, ser inevitáveis – e.g., barulho provocado por obras no edifício
ou no exterior, outras pessoas;
Negociação interpessoal
Como afirma Barbosa (2017, p.13-15), “as pessoas imaginam que uma negociação está apenas
no campo dos negócios, mas, a negociação está em praticamente todos os momentos de nossas
decisões diárias, tudo o que vivenciamos em nosso dia a dia envolve algum tipo de negociação”.
O autor realça que muitas são as razões que tornam a negociação um processo social. De acordo
o exposto, negociação interpessoal, sendo um processo que envolve pessoas, “uma negociação
não deve ser baseada em sentimentos emocionais. O negociador deve ter em mente que
negociação é um processo de racionalização”. Pessoa (2008) citado por Barbosa (2017, p. 25)
Segundo Lewicki et all (2014) citado por Barbosa (2017, p. 16), uma negociação ocorre pelo
menos por três motivações: A primeira está relacionada a como dividir algo que é limitado. ; a
segunda é quando é preciso produzir algo que seja novo e que sozinho não se consegue produzir,
que necessária a junção de parceiros para viabilidade de um projecto ou actividade; O terceiro
motivo é que negociação é criada para resolver uma celeuma, uma disputa em que há pessoas
desejando uma coisa enquanto outras desejam outras coisas.
No processo de negociação interpessoal é pertinente que a comunicação seja eficaz, deve existir
entendimento dentro do processo da comunicação para que exista entendimento na negociação.
Tajra (2014) citado Barbosa (2017, p. 65), afirma que a comunicação tem nove
elementos, que estão divididos em quatro categorias: Agentes (emissor e receptor); Ferramentas
(mensagem e mídia); Funções (codificação, descodificação, resposta e feedback); Interferências
(ruídos).
8. Gerência de conflitos
Conceitualização do Conflito
Aplicando à realidade, conflito é um estado antagônico de ideias, pessoas ou interesses e não
passa, basicamente, da existência de opiniões e de situações divergentes ou incompatíveis. (Berg,
2012)
Desta forma, conforme Chiavenato (2004), “o conflito é muito mais do que um simples acordo
ou divergência: constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um
bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos”.
Portanto, os autores acima encaram o conflito de forma unânime ao considera-lo como uma
divergência entre certas ideias ou opiniões.
Tipos de conflitos
Berg (2012) defende que existem três tipos de conflitos: Pessoal, quando a pessoa lida com si
mesma, são inquietações, dissonâncias pessoais do indivíduo, e reflecte num abismo entre o que
se diz e faz, ou contraste entre o que se pensa e como age. Interpessoais, é aquele que ocorre
entre indivíduos, quando duas ou mais pessoas encaram uma situação de maneira diferente. E
Organizacionais, quando não são fundamentados em sistema de princípios e valores pessoais, e
sim do resultado das dinâmicas organizacionais em constante mudança, muitas delas externa à
empresa.
Já para Burbridge (2012), existem dois tipos de conflitos: o interno, o que pode ocorrer entre
departamentos ou unidades de negócios, mas sempre tem como raiz o conflito entre pessoas e o
externo, quando facilmente é identificado, e tem o custo mais fácil de ser medido.
Para Chiavenato (2004), existem vários tipos de conflitos: o conflito interno , que envolve
dilemas de ordem pessoal e o conflito externo que envolve vários níveis, como: interpessoal,
intragrupal, intergrupal, intra-organizacional e interorganizacional. Chiavenato (2004) afirma
ainda que o conflito pode ocorrer em vários níveis de gravidade: Conflito percebido, Conflito
experienciado e Conflito manifestado.