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REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA: A IMPORTÂNCIA DA TEORIA E PRÁTICA

PARA O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO


TÉCNICA EM ENFERMAGEM

Aluna: Ivete Ataíde da Paixão Borgesa


Orientadora: Mestra Simone Helen Drumond Ischkanianb
a
Universidade do Estadual do Amazonas
b
Escola de Formação Profissional Enfermeira Sanitarista Francisca Saavedra

ARTI CLE INF O RESUMO

O estágio supervisionado no curso técnico em enfermagem


Palavras chave: proporciona o domínio de instrumentos teóricos, tecnológicos
Palavra 1; Estágio Supervisionado digitais e assistivos, imprescindíveis à execução cotidiana da
Palavra 2; Teoria e prática
função. Promover o desenvolvimento, no campo profissional é um
Palavra 3; Enfermagem
amplo desafio, pois durante o estágio o educando necessita
habituar-se as diferenças de contextos e compreender que a sala de
E-mail: aula é apenas um dos espaços para se adquirir conhecimento, que
ª email do autor a é necessário buscar mais, ir além, por meio de um processo
enf.iveteborges@hotmail.com interativo, aluno, professor e comunidade necessitam transformar
o cotidiano e mudar a realidade, muitas vezes árida, em situações
b
email do autor b mais amenas. Em suma, o estágio supervisionado dá a noção do
simone_drumond@hotmail.com que o futuro profissional, uma vez que a prática amplia, ainda, o 1
entendimento sobre o meio em que está inserido, além de ir se
Eixo Temático:
Saúde, e Educação deparando com as responsabilidades do seu trabalho. Para a
realização deste estudo optou-se pela pesquisa bibliográfica e
partindo da prática de alguns anos de trabalho na assistência e no
ensino, além de estudos na área.

1 INTRODUÇÃO

Em nosso envolvimento com a prática da pesquisa deparamo-nos com situações que


mostram que o curso técnico em enfermagem tem dificuldades para adequar-se às exigências
do mercado de trabalho. Ao delimitarmos a problemática do presente estudo, resgatando as
alterações curriculares que aconteceram na enfermagem brasileira, percebemos que uma
tônica perpassou os discursos quando das propostas de alterações nos currículos dando conta
que o ensino e educação do técnico em enfermagem, estão distantes da prática profissional,
sendo esta uma das afirmações tomadas para justificar aquelas alterações. Observamos que,
apesar daquele esforço por adequar-se às exigências do mercado, isso não acontecia, quando
surgiam propostas de novas alterações para darem conta da aproximação ao mercado de
trabalho. Partindo da suposição de que a escola técnica tem dificuldades para preparar o
trabalhador técnico em enfermagem para o mercado de trabalho, fazemos algumas
interrogações. Cabe à escola apenas adaptar-se ao mercado de trabalho? Em que medida o
mercado de trabalho reflete as necessidades de saúde da maioria das pessoas? Qual concepção
de escola/educação está implícita quando defendemos que a escola deve adequar-se ao
mercado de trabalho? Por outro lado, quais são as reais possibilidades de transformação a
partir do espaço de ensino? Para responder estas questões pretendemos estudar a relação entre
o ensino e o mercado de trabalho do técnico em enfermagem identificando como os
enfermeiros docentes e assistenciais vivenciam e enfrentam a relação entre o ensino e a
atividade assistencial a fim de fornecer elementos para a reflexão acerca da formação.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E/OU TRABALHOS RELACIONADOS


A importância da integração teoria-prática no estágio supervisionado para a formação
de um profissional não pode ser marcada apenas pela teoria, é preciso que o aluno reconheça
seu espaço de atuação necessário para desempenhar no mercado de trabalho e é no estágio
supervisionado em que se encontra a oportunidade do discente potencializar conhecimentos, 2
habilidades e atitudes, por meio da associação da teoria com a prática (ARAÚJO et. al.,
2018). A realidade da formação acadêmica do profissional de enfermagem mudou
radicalmente nas últimas décadas, pois para manter o ritmo da prática clínica atual frente a
tradicional, os “novos” profissionais de enfermagem devem ter mais conhecimentos sobre
determinadas áreas de trabalho, atendendo uma demanda social e de saúde da população.
O Estágio supervisionado do curso de especialização técnica em enfermagem de nível
médio garante ao discente uma oportunidade de se autodescobrir como profissional, de
conviver e fazer parte da equipe multiprofissional, de vivenciar habilidades como
responsabilidades que lhes são conferidas, tão essenciais para a sua formação.
A qualidade da formação do Especialista Técnico de Enfermagem acontece da forma
em que o mesmo deverá ser capaz de desenvolver competências para uma prática em saúde;
ser profissional de referência; reconhecer as especificidades de seu campo de atuação; atuar
respeitando os princípios da qualidade e da segurança do paciente; atuar com postura ética,
respeitando os princípios da lei do exercício profissional, entre outras (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2016).
Acredita-se que através dessa iniciativa os resultados finais dos estágios
supervisionados de especialização técnica em enfermagem poderão alcançar uma
produtividade mais enriquecida e de qualidade. Lançando no mercado de trabalho,
profissionais bem preparados e habilitados para atuarem em vários seguimentos, garantindo a
qualidade do ensino/aprendizagem e a prestação de uma assistência específica, evitando
agravos à saúde do cliente/paciente.

3 METODOLOGIA

A metodologia é o procedimento pelo qual se explica de maneira detalhada, minuciosa


e rigorosa, toda a ação desenvolvida e tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa, tais
como: o tipo de pesquisa, o instrumental utilizado, o tempo programado a divisão do trabalho
e o tratamento de dados (ASSIS, 2008). Para a construção do método aplicado, da presente
pesquisa, optou-se por abordagem qualitativa, por esta ser um tipo de pesquisa onde,
3
considera-se que existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, há um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido
em números.
O estudo em revisão é pautado em uma pesquisa exploratória, conforme afirma Freitas
(2013), que a Pesquisa exploratória tem como finalidade proporcionar mais informações sobre
o assunto a ser investigado, possibilitando sua definição e seu delineamento, com o objetivo
de facilitar a delimitação do tema da pesquisa.
Para a validação dos procedimentos técnicos será utilizada a pesquisa bibliográfica.
Neste caso, conforme destaca Fontelles (2009, p. 4), busca os resultados baseados em material
já publicado, como por exemplo, a avaliação atenta e sistemática de livros, periódicos,
documentos, textos, mapas, fotos, manuscritos e de material disponibilizado na internet.

4 ESTRATÉGIAS

A coleta de dados, para a construção biográfica da pesquisa, foi através de pesquisas


utilizadas nos portais da SCIELO – Scientific Eletronic Library Online, Google Acadêmico e
outras fontes de pesquisas, considerando assim acessos a livros, artigos, periódicos e acesso à
internet, a fim de alcançar os objetivos propostos.
POPULAÇÃO COLETA DE DADOS ANALISE DOS DADOS
Professores Questionário Agrupamento das questões
semi-estruturado
Técnicos de Enfermagem Portais da SCIELO Tabulação dos dados
Google Acadêmico
Amostra com 30 alunos Livros, artigos, periódicos e Gráfico
acesso à internet
Figura 1 – Representação das fases da metodologia da pesquisa
Fonte: Borges & Ischkanian (2019)

Grafico1: Analise percentual da opinião dos técnicos em enfermagem sobre a teoria e a


prática
Fonte: Borges & Ischkanian (2019)

4.1. Resultados positivos e abrangentes do projeto


Nesse sentido, é preciso atentar para o fato de que, se a produção do conhecimento e,
consequentemente, as mudanças na tecnologia acontecem nos mais diversos patamares das
formações dos cursos técnicos em enfermagem.
Figura 2 – A informação e o conhecimento mostrou que podemos transformar vidas
Fonte: Ivete Ataíde da Paixão Borges (2019)

Tabela 1 – A pesquisa é de caráter descritivo com abordagem qualitativa


ATIVIDADE ANO 2019
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Elaboração da justificativa, questões
norteadoras e os objetivos.
Produção da fundamentação teórica e
metodológica das práticas. 5
Apresentação do pré-projeto de pesquisa
Pesquisa de campo e coleta de dados
Defesa TCC
Produção do artigo e banner
Apresentação final dos trabalhos
Fonte: Resultados da pesquisa (própria autora), 2019

5 CONCLUSÃO

Este estudo partiu das suposições de que a escola técnica de enfermagem, onde dá-se
ou ainda revela dificuldades em preparar o técnico em enfermagem para enfrentar as
exigências do mercado de trabalho. Retomando as questões que formulamos a respeito da
relação entre o ensino e o mercado de trabalho, alertamos que é preciso ter cautela ao
pensarmos nas reformulações do ensino quando a justificativa é a de que o mesmo não
responde as necessidades do mercado de trabalho. No modo de produção capitalista, tem
como finalidade última o lucro e, com certeza, produzir saúde, assim como educação, para a
maioria das pessoas não se coaduna com os interesses desse mercado, se não implicar em
lucro. Vemos no setor saúde, a inversão entre aquilo que poderia atender à demanda da
maioria das pessoas em benefício do avanço tecnológico, restrito a uma pequena parcela que
pode custear ou comprar saúde. Não estamos defendendo que apenas essa mudança de postura
do lado da formação, seja capaz de reverter aquele quadro, dado que a educação/escola faz
parte dos aparelhos superestruturais e não pode por si promover mudanças ou alterar as
relações sociais. Por outro lado, é preciso compreender que existem sim, na escola, lacunas,
fendas, que podem ser utilizadas na construção de um modelo diferente de ensino e de
assistência tendo claro, entretanto, as limitações desse espaço. No que tange à adequação
tendo como ponto de referência as mudanças tecnológicas, avaliamos que a explicação
relativa ao movimento de produção do conhecimento é bastante elucidativa.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO, M. M. L. et al. Processo de ensino-aprendizagem de enfermagem: reflexões de
docentes sobre o estágio curricular supervisionado. Fortaleza, 2018. Disponível em:
<https://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2018/article/download/1766/1719/>. 6
Acessado em: 21 ago. 2019 às 17h01min.

ASSIS, M. C. Metodologia do Trabalho Científico. 2008. Disponível em:


<http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/metodologia_do_trabalho_cientifico_1360073105.pdf>.
Acessado em 22 ago. 2019 às 20h00min.

Associação Brasileira de Normas Técnicas Elaboração de TCC, dissertação e tese. 3a


Edição – Rio de Janeiro: ABNT, 2018. (Coletânea Eletrônica) 136 p.: il.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Especialização Técnica de Nível Médio


em Enfermagem. Vol. 4. MS: Brasília, 2016. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_especializacao_tecnica_enfermagem_u
rgencia.pdf>. Acessado em: 21 ago. 2019 às 20h12min.

FONTELLES, M. J. Scientific research methodology: Guidelines for elaboration of a research


protocol. Revista Paraense de Medicina, 23 (3), 2009.

OLIVEIRA, S. R.; PICCININI, V. C. Contribuições das abordagens francesas para o


estudo da inserção profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Jan./Jun., vol.
13, n. 1, 2012, p. 63-73.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e


técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2a ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

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