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Homeopatia
MÓDULO IV
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este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
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descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO IV
24 BIOTERÁPICOS
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24.2 ISOTERÁPICOS
Prescrição
Exemplos
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• D.T.T.A.B. - toxina diftérica diluída, obtida dissolvendo-se o líquido da cultura do
bacilo diftérico recentemente preparado e filtrado em filtro de porcelana, com
solução isotônica de cloreto de sódio.
• Gonotoxinum - vacina antigonogócica constituída por uma suspensão de bactérias
provenientes de culturas de “gonococos” mortos por aquecimento, em solução
isotônica de cloreto de sódio.
• Staphylo Toxinum - preparado a partir de anatoxina estafilocócica descrita no
“Códex”.
• Tuberculinum - tuberculina bruta obtida a partir de culturas de espécies de
Mycobacterium tuberculosis de origem humana e bovina. Antiga denominação: T.K.
• Vaccinotoxinum - vacina antivariólica preparada a partir de fragmentos epidérmicos
recolhidos por raspagem de uma erupção cutânea de varíola em uma novilha
inoculada, após cinco dias com o vírus da varíola.
Bioterápicos simples
Bioterápicos complexos
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• Anthracinum - preparado a partir de um lisado de fígado de coelho infectado por
carbúnculo (Bacillus anthracis).
• Luesinum - lisado de serosidades treponêmicas de cancros duros, preparados sem
adição de antissépticos. Antiga denominação: Syphilinum.
• Medorrhinum - lisado de secreções uretrais blenorrágicas colhidas antes de
tratamento por antibióticos ou sulfamidas.
• Pertussinum - lisado de expectoração de doentes com coqueluche, colhidas antes
de qualquer tratamento.
• Psorinum - lisado de serosidade de lesões de sarna, colhida de doentes sem
tratamento prévio.
Bioterápicos ingleses
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25 GMP - GOOD MANUFACTURE PRACTICES BOAS NORMAS DE FABRICAÇÃO
A sala de bioterápicos, além de dar maior comodidade aos pacientes, deve conter
os equipamentos e vidraria específicos à área, para que não surjam problemas de
contaminação (tanto microbiana, quando for o caso, quanto homeopático).
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casos em que o médico necessite repetir a potência ou queira elevá-la, sem expor o
paciente à necessidade de uma nova coleta e aos custos inerentes à fase inicial de
obtenção do bioterápico.
26 METODOLOGIA ESPECÍFICA
26.1 NARIZ/GARGANTA
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consumir balas, chicletes, doces, refrigerantes ou outros produtos que possam depositar
resíduos ou corantes na secreção a ser coletada;
• Se o paciente estiver fazendo uso de batom, este deverá ser retirado antes da
coleta;
• Caso o paciente esteja fazendo uso de medicamento alopático, notificar o
médico.
26.2 SECRECÕES
• De ouvido;
• Ocular;
• Purulentas.
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Caso o paciente esteja utilizando algum medicamento alopático por via oral ou
uso tópico, o médico deverá estar ciente. O material coletado é então armazenado em um
frasco contendo água/álcool/glicerina, macerado e dinamizado.
28.2 URINA
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Caso o paciente esteja fazendo uso de medicamentos alopáticos, o médico
deverá ser notificado. Dinamiza-se a solução até a potência desejada. A entrega do
material deverá ser feita no mesmo dia da coleta, em frasco adequado (coletor de fezes
ou coletor universal), até no máximo 3 horas após a coleta. Se isso não for possível,
guardar em geladeira e entregar na manhã seguinte. O material deve ser identificado,
solubilizado, macerado e dinamizado até a potência prescrita.
32 MIASMAS
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Se para curar era somente necessário achar o medicamento mais similar possível,
de que valeria uma “multidão de conceitos imprecisos e filosóficos” durante o ato
terapêutico, perguntavam-se atônitos os médicos homeopatas que entravam na
homeopatia, vindos da escola médica clássica. Aliás, este é um quadro
relativamente atual quando observamos que ainda hoje a formação médica
clássica não dota os médicos de uma compreensão correta de organismo.
Estudamos uma parte do complexo funcionamento corporal, compreendemos
segmentos da patologia humana através do estudo de órgãos, pesquisamos a
etiopatologia das enfermidades de forma fragmentada e jamais ensinada a
debruçar sobre a imagem do misterioso organismo dinâmico – com suas
maravilhosas intercorrelações, ritmos e sinergismos – para realmente pensar
sobre aqueles que deveriam ser os fundamentos da arte médica: saúde e vida. De
certa forma os miasmas e as oscilações desencadeadas pelas patogenesias sobre
os sujeitos permitem que os estudos destas potencialidades vitais ocorram na
prática. (Paulo Rosenbaum, 1996.).
33 MARCADORES MIASMÁTICOS
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Argumentamos que se aceita a existência do miasmático, este deverá ter seus
marcadores, sob o risco de não serem identificados. Como poderemos diferenciar
humanos de animais ou vegetais se não temos os elementos que os identifiquem como
tais? Poucos são os marcadores comuns a todos os autores; ateremos, pois, àqueles que
são consensuais, independentemente do construtivismo que os tente justificar.
São poucos os comuns, mas existem, e se utilizados na clínica serão de grande
valia para a compreensão das patogenesias, para o diagnóstico medicamentoso, para a
orientação preventiva dos pacientes e também para o prognóstico, pois além das
proposições observacionais de Hering e as prognósticas de Kent, teremos também, para
orientação do clínico, a variação ou atenuação das modalidades miasmáticas que
acompanham os sintomas, a tão comentada evolução miasmática.
Transgride
Burla amoral
Lei Teme
imoral anarquia
falta de ordem
Constrói Constrói para si
Destrói a si e aos outros
Ação não destroi destrói aos outros
desordenada
variabilidade ordenada
Tempo Futuro Presente Passado
Dificuldade para falar e
Mente Ativa
para lembrar nomes
Sentidos Hipersensíveis Embotados
Pronome Eu Ninguém
Álcool
Escape Religião Ocupação
drogas
Horário - 6- 18 horas Agrava
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18- 21 horas Agrava
21- 03 horas Agrava
03 - 06 horas Agrava
Frio Agrava Extremo agrava
Calor Melhora Melhora Extremo agrava
Secura Agrava Melhora Melhora
Umidade Melhora Agrava
Mar Agrava
Montanha
Ar livre Melhora
Vento Melhora
Tempestades
Sol Agrava
Cheia agrava
Lua
Nova agrava
Repouso Melhor
Patológicas melhoram
Fisiológicas melhoram Fisiológicas pioram
ex: catarros
Eliminações ex. transpiração, urina, secreções putridas,
secreções purulentas
fezes, menstruação. hemorrágicas.
aderentes
Fome Insaciável Variável Diminuída ou exagerada
Desejos alimentares Doces, ácidos. Ácidos, estimulantes. Não sabe o que quer
Aversões alimentares Carne
Temperatura dos Comidas e bebidas Deseja comidas e bebidas
alimentos quentes melhoram frias
Não alta insidiosa com
Febre Alta Alta paroxística
prostração.
Proliferação, acúmulo, Ulcerações, destruição,
Patológico Prurido
hiperplasia. assimetrias.
Secura Retenção hídrica
Errático, superfície, mais Mais lesional que Bem mais lesional que
funcional que lesional. funcional funcional
Descamação Catarros Sangramentos
FONTE: Departamento de Homeopatia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas / APH - Ciclo de
Estudos sobre Miasmas - Campo Grande-MS - 1996 - Congresso Brasileiro de Homeopatia.
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São, na verdade, um conjunto de observações que homeopatas clássicos fizeram
correlacionando a primeira prescrição do medicamento, o que se deve esperar de
evolução do caso com o estado do paciente. Utilíssimos, mas que exigem boa
observação de seus pacientes e um melhor relato nos animais. Diferem do prognóstico
em outras terapêuticas pelo fato de que, embora o clínico não saiba com certeza o que
esperar de reação do paciente depois que o medicamento é dado, sabe o que fazer com
os resultados desta medicação nele.
Pode produzir uma falsa sensação de insegurança ao clínico, mas com certeza dá
a ele um campo de ação muito maior, já que mesmo em casos clinicamente incuráveis há
a possibilidade de melhoria das condições do paciente.
Sempre lembrar que incurável é a lesão e não o ser que está sendo tratado. E
isto significa que mesmo em um paciente incurável o uso de um medicamento bem
elegido é útil. E ainda segundo Elizalde, no caso de ser dado o simillimum:
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e, portanto, não há agravação, e se espera uma paliação com melhora dos sintomas
idiossincrásicos (os próprios do doente) e morte em ataraxia (bem-estar).
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ser levado em conta entre as observações. As observações que tem valor são realizadas
após a administração de um remédio específico, suficientemente relacionadas com o
caso, para provocar mudanças nos sintomas.
As mudanças estão começando. Com que se parecem? O que significam? A que
conduzem? Ao escutar o relato do paciente (no caso de veterinários, tanto o relato do
proprietário, como sua própria observação), o médico precisa saber o que está
acontecendo. Sabe-se que remédio está atuando pela mudança dos sintomas. O
desaparecimento de sintomas, o aumento de sintomas, a melhoria de sintomas, a ordem
dos sintomas, constituem mudanças provocadas pelo remédio, e estas mudanças devem
ser estudadas. Uma das coisas mais comuns que os remédios fazem é agravar ou
melhorar.
II. Observação - Longa agravação, mas seguida de lenta melhoria final. Indica paciente
lesional grave em órgãos ou tecidos vitais, mas ainda com energia suficiente para se
recompor. Podem durar meses e anos as agravações prolongadas. É necessária muita
paciência, tanto do médico quanto do enfermo, para só repetir a dose quando voltarem os
sintomas pelo qual se prescreveu. São casos em que a boa observação do veterinário é
fundamental, para saber ver o que está acontecendo e não mudar o medicamento que
está sendo dado, desnecessariamente. Neste tipo de caso as chances maiores de um
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tratamento dar certo é em proprietários homeopatizados, pois por conhecerem na prática
como funciona a Homeopatia, terão mais paciência para esperar os resultados quando
estes forem mais lentos.
IV. Observações - Ocorrem curas muito satisfatórias sem agravações. Nesta hipótese, o
paciente tomou um medicamento bem escolhido e é um paciente só funcional, não existia
doença orgânica e nem tendência para tal. Em curas que ocorrem sem qualquer
agravação, sabemos que a potência é adequada e que o remédio é o remédio curativo,
desde que os sintomas desapareçam e a saúde retorne de maneira ordenada. Ordenada,
segundo Kent, significa que a cura deve seguir as suas leis.
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está pior do que estava antes de começar o tratamento. Segundo Kent, 1996 “não é raro
nos casos graves, nos casos com uma grande quantidade de sintomas; mas diga-se o
que se disser, a situação é desfavorável. Nesse caso, ou o remédio era só superficial e só
podia agir como paliativo ou o paciente era incurável, apesar do remédio ser de alguma
forma adequado”. Deve-se reavaliar o caso para se saber qual das duas situações está
ocorrendo. De qualquer forma, se espera esse tipo de situação em doentes de lesionais
graves a incuráveis.
VI. Observação - Alívio demasiadamente curto dos sintomas. Quando isso ocorre, ou
algo no dia a dia do paciente está atrapalhando a ação do medicamento ou as alterações
nos órgãos são tão profundas que são incuráveis, ou ainda, estão se encaminhando para
tal situação.
VII. Observação - Melhoria total dos sintomas, sem haver, no entanto, alívio especial
para o paciente. Existem condições físicas que fazem com que sua melhora vá até certo
ponto. Defeitos congênitos, falta de algum órgão, lesões irreversíveis. Segundo Kent,
1996, “ele é paliativo neste caso e representa uma paliação conveniente pelos remédios
homeopáticos”. Isto também significa que, mesmo que o corpo não possa mais se curar, a
procura pelo medicamento mais adequado para o paciente deve ser feita, pois o alivia.
VIII. Observação - Alguns pacientes reagem a todos os remédios que tomam, são os
pacientes hipersensíveis. Para Kent, “são pacientes com tendência a histeria,
superexcitados e hipersensíveis a todas as coisas. Diz-se que o paciente tem uma
idiossincrasia a tudo e estes hipersensíveis são frequentemente incuráveis”. Não é uma
situação que ocorra com assiduidade, mas são experimentadores natos em humanos,
exatamente por reagirem a todas as substâncias que tenham contato, mostrando uma rica
sintomatologia. Como hipótese, poderia dizer que pelo limiar alto que cães e gatos tem à
dor e ao desconforto, seria mais improvável de se encontrar entre eles tipos
hipersensíveis.
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IX. Observação - Ação dos medicamentos sobre os experimentadores. Aqui Kent se
referia a humanos que experimentam substâncias para se descobrir ou comprovar suas
qualidades curativas.
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Se um grande número de novos sintomas aparecer depois da
administração de um remédio, a prescrição geralmente se mostrará
desfavorável. De vez em quando o aparecimento de um novo
sintoma representará simplesmente um sintoma antigo que
ressurge, que o paciente não havia observado e pensa que é novo.
Quanto maior a série de sintomas novos que aparece depois da
administração de um remédio, tanto maior dúvida haverá quanto ao
acerto da prescrição.
Porém, duas situações podem estar ocorrendo: os sintomas que aparecem são
sintomas do paciente, que o medicamento que está sendo dado deveria cobrir e não
cobre. Deve-se, então, procurar um medicamento mais adequado, ou está sendo dada
dose excessiva do medicamento e o paciente está mostrando sintomas do medicamento
e não os dele.
XI. Observação - Retorno de sintomas antigos. Segundo Kent, “uma doença é curável na
exata proporção que retornam sintomas antigos que há longo tempo haviam
desaparecido. Eles desapareceram simplesmente porque outros mais novos surgiram”.
São as leis de cura se cumprindo.
XII. Observação - Sintomas tomam a direção errada. Kent fala aqui de situações em que
“logo o médico se dá conta de que houve um deslocamento da periferia para o centro e o
remédio precisa ser imediatamente antidotado, porque senão se produzirão alterações
estruturais na nova localização”. Estes são os casos de supressão:
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o interior a doença da pele, fazendo-a desaparecer, embora o
próprio paciente não esteja curado. Tal paciente continuará doente
até que aquela erupção retorne ou se localize em outro lugar. Ou
seja, a doença se aprofunda. (KENT, 1996).
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