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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DAS FERMENTAÇÕES
PROFESSOR: FÁBIO RODRIGUES DE OLIVEIRA

Discente: Thaffny Gama dos Anjos


Matrícula: 2019013787

ESTUDO DIRIGIDO – Produtos bioativos obtidos por fermentação

Atividade a ser desenvolvida com auxílio do livro BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL – Aquarone


VOL 3 e outras fontes que julguem necessárias

Sabemos que os processos fermentativos podem ser fontes de produção de alimentos,


bebidas, e isso tem sido há muito tempo, explorado pela indústria alimentícia. Da mesma forma,
os microrganismos podem auxiliar na produção dos mais diversos produtos bioativos.

Sendo assim, aborde separadamente sobre os aspectos relacionados à produção por


vias fermentativas (Microrganismos envolvidos, matérias primas e fontes de carbono, condições
de fermentação, enzimas, separação do produto) dos bioprodutos abaixo relacionados:

Vitaminas
- Cianocobalamina: É produzida pelo processo de fermentação através dos microrganismos
Propionobacterium freundereichii, P. shermanii e Pseudomonas denitrificans. O processo
ocorre em aerobiose intensa, é necessário adicionar sal de cobalto e DBI (5,6
dimetilbenzimidazol), essenciais para a biossíntese.

- Riboflavina: pode ser obtida pelo microrganismo Ashbya gossypii por meio da
transformação de glicose em D-ribose e em seguida em riboflavina. Este microrganismo é
capaz de produzir 40 vezes a quantidade de riboflavina do que necessita, além de não ser
sensível ao ferro e gerar um rendimento de 15g dessa vitamina por litro de meio. A vitamina
B2 é separada das células através de tratamento térmico a 120 °C por uma hora, seguida da
separação do micélio.

- Vitamina C: O ácido L-ascorbico é produzido industrialmente a partir de glicose. O açúcar é


primeiramente reduzido a sorbitol e então oxidado a L-sorbose pelo Acetobacter
suboxydans, posteriormente resultando em um composto chamado ácido 2-ceto-gulônico.
Este é oxidado a um derivado do ácido 2-L-oxogulônico. o ácido L-ascórbico é obtido tendo
o ácido oxogulônico como intermediário. Essa síntese pode ser encurtada e ter seus custos
reduzidos com uma bactéria geneticamente modificada de Erwinia herbicola, a qual
converte diretamente a D-glicose em ácido L-oxogulônico46. Diante da necessidade de
preservar a vitamina C como componente de alimentos, o D isômero do ácido isoascórbico é
incorporado ao ácido ascórbico. Esse composto não possui propriedades de vitamina.
porém é oxidado mais rapidamente do que o ácido ascórbico, protegendo-o da degradação.
O ácido eritórbico pode ser sintetizado quimicamente, sintetizado por fermentação da
sacarose por Penicillium ou da glicose por Pseudomonas seguido por reações de
esterificação.
Pode ser obtida também pelo método químico utilizado na produção de vitamina C com
Saccharomyces cerevisiae e Zygosaccharomyces ballil por fermentação submersa.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DAS FERMENTAÇÕES
PROFESSOR: FÁBIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
Antibióticos Beta lactâmicos (penicilina e cefalosporinas)
Os Beta-Lactâmicos é uma ampla classe de antibióticos, que inclui os Carbapenens,
Penicilinas, Monobactâmicos e as Cefalosporinas, sendo a classe mais utilizada nos dias de
hoje. Esses antibióticos possuem complexa farmacologia, são lipossolúveis e por isso possui
fácil absorção, esses antibióticos podem chegar em todos os pontos do organismo em
diferentes concentrações por penetrarem facilmente as membranas plasmáticas.
Penicilina - A Penicilina é produzida por um fungo chamado Penicillium chrysogenum,
adicionando-se ao meio de cultura compostos como o ácido fenilacético são desenvolvidos
diferentes antimicrobianos como a Penicilina G, e ao adicionar o ácido fenoxiacético obtém-
se a Penicilina V. A penicilina tem atividade contra inúmeros bacilos e bactérias Gram-
negativos e Gram positivos, mas tem desvantagens como sua rápida eliminação do
organismo e principalmente ser vulnerável a ação das beta-lactamases.
Cefalosporinas - A molécula de cefalosporina C é sintetizada por diferentes microrganismos,
mas é o fungo Cephalosporium acremonium o microrganismo utilizado na biossintese desse
composto nas grandes indústrias que o produzem via processo fermentativo.

Vacina contra colera e febre tifoide


A vacina da cólera é constituída por 4 variações da bactéria da cólera (Clássica, El Tor, Inaba
e Ogawa) e subunidade B da toxina colérica adormecida e uma pequena quantidade da
toxina produzida por esse microrganismo, sendo capaz de estimular o sistema imune e
conferir proteção contra a doença.
já a vacina da cólera é produzida a partir da composição de polissacarídeos da cápsula da
bactéria (Salmonella typhi), fenol, cloreto de sódio, fosfato dissódico diidratado, fosfato
monossódico di hidratado e água para injeção.

Vacina BCG
A vacina BCG-ID é preparada com bacilos vivos, a partir de cepas atenuadas do
Mycobacterium bovis com glutamato de sódio. Essa vacina é produzida de uma bactéria
encontrada em bovinos que se chama Mycobacterium bovis, muito semelhante à
Mycobacterium tuberculosis, responsável pela tuberculose em seres humanos.

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