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VOL.

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ESTUDO
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C a
Língua Portuguesa
ANOS FINAIS
DO ENSIN
O FUNDAMENTAL
7º A N O

CEFAE
Célula de
Fortalecimento da
Alfabetização e
Ensino Fundamental

CEMUP
Célula de
Fortalecimento da
Gestão Municipal
e Planejamento de Rede
Governador
Camilo Sobreira de Santana

Vice-Governadora
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretária da Educação
Eliana Nunes Estrela

Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios


Márcio Pereira de Brito

Coordenadora de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade


Certa
Maria Eliane Maciel Albuquerque

Articulador de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa


Denylson da Silva Prado Ribeiro

Orientador da Célula de Fortalecimento da Gestão Municipal e Planejamento de Rede


Idelson de Almeida Paiva Junior

Equipe do Eixo de Gestão – SEDUC


Ana Paula Silva Vieira Trindade - Gerente
Cintia Rodrigues Araújo Coelho
Fernando Hélio dos Santos Costa
Maria Angélica Sales da Silva - Gerente
Raquel Almeida de Carvalho

Orientadora da Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental


Francisca Rosa Paiva Gomes

Gerente dos Anos Finais do Ensino Fundamental


Izabelle de Vasconcelos Costa

Equipe do Eixo dos Anos Finais do Ensino Fundamental


Ednalva Menezes da Rocha
Galça Freire Costa de Vasconcelos Carneiro
Ive Marian de Carvalho
Izabelle de Vasconcelos Costa
Tábita Viana Cavalcante

Autora
Ive Marian de Carvalho

Revisão de Texto
Ive Marian de Carvalho
Izabelle de Vasconcelos Costa

Designer Gráfico
Raimundo Elson Mesquita Viana

Ilustrações utilizadas (Capas)


Designed by brgfx/Freepink
ATIVIDADE IX
Inferir uma informação implícita em um texto.
Caro aluno, como você já sabe, os textos apresentam algumas informações explícitas, que
são facilmente identificadas a partir de uma leitura atenta do texto; outras informações,
porém, necessitam de uma atenção maior, pois estão implícitas, ou seja, não estão claras,
mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é
preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. Para compreender melhor
observe a questão seguinte.

Leia o texto abaixo.

A mulher de neve
No Antigo Japão, morava um rapaz que, não tendo ainda encontrado a noiva ideal,
vivia sozinho. Numa noite de inverno, durante uma tempestade de neve, ele escutou uma
batida na porta; foi ver quem era e se deparou com uma jovem caída na soleira.
Compassivo, levou-a para dentro. A moça logo recuperou a consciência, mas seu rosto
continuou branco como a neve.
Perdidamente apaixonado por sua estranha beleza, o rapaz lhe pediu que se
casasse com ele.
Os dois jovens viveram felizes durante todo o inverno, porém, quando a primavera
chegou e as neves começaram a derreter, a moça passou a definhar a olhos vistos. O
marido pensou que talvez ela precisasse de um pouco de distração. Assim, resolveu
organizar uma festa para comemorar a chegada da primavera e convidou todos os seus
amigos.
Enquanto os convidados se regalavam na sala, o rapaz chamou a esposa, que tinha
ido até a cozinha. Não obtendo resposta, foi procurá-la e não a encontrou em parte
alguma. Tudo o que restara da jovem misteriosa era seu quimono, deixado numa poça de
água diante do fogão.
Phillp, Neil. Volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1998.

GLOSSÁRIO:
Soleira: parte inferior do vão da porta, ao nível do piso, constituída por pedra, mármore
ou peça de madeira quadrilonga.
Compassivo: característica de quem se compadece, se emociona e tem vontade de ajudar
alguém numa situação de tragédia, infortúnio; alguém que possui ou demonstra
compaixão; que compartilha dos sofrimentos alheios.
Definhar: consumir-se pouco a pouco; murchar, secar, tornar magro, enfraquecer.
Regalavam: brindavam, festejavam.
Quimono: tipo de vestimenta ou túnica longa, utilizada por homens e mulheres no Japão,
geralmente, traspassada na frente e amarrada por uma faixa ou cinto.

1. A moça passou a definhar a olhos vistos com a chegada da primavera porque ela
a) era feita de neve, que começou a derreter.
b) estava perdidamente apaixonada pelo rapaz.
c) precisava de um pouco de distração.
d) queria casar-se o quanto antes com o rapaz.

GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade lendo o texto atentamente. Em seguida, leia o comando da questão.
Observe que ela pede que você encontre uma informação que está implícita no texto, ou
seja, que não está clara, mas pode ser subentendida.
Leia, então, as alternativas. Observe que o texto solta pistas de que a mulher é feita de
neve; o próprio título do texto é “A mulher de neve”. Com a chegada de primavera, uma
estação em que há sol, a mulher começou a sentir-se fraca e a definhar porque começou
a derreter. Sendo assim, a alternativa correta é a (a).
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de inferir
uma informação implícita em um texto.

Leia o texto a seguir.

Você já teve um bode na sala?


Uma velhinha vivia sozinha em uma casa onde havia uma mesa, duas cadeiras e
uma jarra numa prateleira.
O espaço não era suficiente para ela. Sentia-se apertada ali, por isso foi até um
sábio para perguntar o que podia fazer.
Ele respondeu que a velha deveria trazer uma galinha para dentro de casa. Ela o
fez, mas o espaço continuava pequeno.
A senhora voltou ao sábio com a mesma pergunta. Ele deu quase a mesma
resposta, só que dessa vez, no lugar de uma galinha, quem devia entrar em casa era um
bode.
Ela achou estranho, mas seguiu o conselho. Depois do bode vieram ainda um
porco e uma vaca. Até que o sábio disse à velhinha para mandar toda a bicharada embora.
Como antes, ela atendeu às palavras do sábio e, no mesmo instante, a casa ficou
grande como nunca!
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1152637-voce-ja-teve-um-bode-na-
sala.shtml>. Acesso em: 19 set. 2012. Fragmento.

2. Por que a casa ficou grande como nunca quando a velhinha mandou os bichos
embora?
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Leia o texto a seguir.

O Astronauta Jean
Em um futuro não muito distante, no ano de 2030, cientistas brasileiros descobrem
um novo planeta. Isso até que não é surpreendente, porque há anos pesquisadores já
desconfiavam da possibilidade de outros lugares habitáveis no universo. Mais perto da
Lua do que da Terra, surgiu um novo lugar: o planeta chamado “Mundo Digital”. Lá tudo
funciona com o uso de celulares! Sim, se quiser ligar a televisão, abrir a geladeira ou
fechar a porta de casa, tudo está ao alcance de um clique (ou dois) na palma da mão.
Entretanto, o problema maior foi saber chegar lá. Para que cientistas conhecessem
esse maravilhoso lugar, foi necessário que o governo contratasse Jean, um astronauta
experiente e corajoso. Ao pisar em solo firme, nem precisou pegar o rádio da nave, um
dos habitantes emprestou o celular, e ele prontamente ligou para a Terra:
─ Nossa! Quanta tecnologia, eu estou muito impressionado!
─ Jean? Você está ligando de um celular? Falou seu chefe intrigado.
─ Sim! Até o Whatsapp está pegando! Vou conhecer melhor tudo aqui, vou filmar
para mostrar na minha volta! Um abraço, chefe!
Os habitantes do novo planeta estranharam tanta empolgação com o uso de
celular, já que estavam acostumados a fazer ligações para várias partes do seu mundo.
Jean explicou que na Terra usam celulares há muito tempo, todavia nunca de uma
distância tão grande [...].
Fonte: Prof. André Martins – www.andremartinsprofessor.com.br. Acessado em 03 de abril de 2019.

3. O personagem Jean foi fundamental à história, pois


a) com sua ajuda, jornalistas puderam visitar o novo planeta.
b) ele era um cientista e jornalista de sucesso.
c) graças a ele, cientistas descobriram um novo planeta.
d) possibilitou conhecer melhor o novo planeta.
ATIVIDADE X
Identificar o tema de um texto.
Caro aluno, você já deve ter percebido ao longo de nossos estudos que, para compreender
um texto, precisamos ir além da tradução das palavras que o compõem, pois a
interpretação correta depende também de informações que não estão explícitas no texto.
Um dos fatores mais importantes que contribuem para a construção do sentido do texto é
a identificação do tema sobre o qual ele trata. Identificar o tema é dar primeiro passo para
interpretarmos os textos de maneira satisfatória. Podemos definir tema como aquilo sobre
o que falamos em nossa comunicação por meio dos textos, ou seja, é aquilo que motivou
a produção se um texto escrito ou oral. O tema pode estar explícito no texto, às vezes já
conseguimos identificá-lo através do título. Mas nem sempre é assim. Em muitos textos,
o tema está implícito, ou seja, está nas entrelinhas e nesse caso exige que o leitor faça
uma leitura mais atenta para identificá-lo. Observe a questão a seguir e entenda como
podemos descobrir o tema de um texto.

Leia o texto.

O homem faz o clima. E faz mal

A interferência do homem no meio ambiente pode acelerar em milhares de anos


os processos naturais de mudanças climáticas e trazer graves consequências à vida na
Terra. O consumo desenfreado e a explosão demográfica têm sido fatores de forte
influência entre as atividades humanas.
Em consequência, fenômenos como a elevação da taxa de emissão de gás
carbônico (CO2) na atmosfera podem atingir picos incontroláveis em poucas décadas,
sem que a vida na Terra consiga se adaptar. Se nada for feito, daqui a um século
poderemos viver num ambiente de catástrofe.
Se a temperatura não parar de subir, daqui a cerca de 100 anos poderemos ter
grandes mudanças na ocorrência de fenômenos como tormentas e furacões. A elevação
do nível dos oceanos, consequência do aquecimento global, pode levar o mar a invadir
parte das grandes cidades litorâneas e se misturar com fontes de água potável, como os
rios que nele deságuam, salinizando-as. Águas provenientes do derretimento dos picos
das montanhas geladas poderão invadir vales e cidades em seu entorno. Espécies mais
sensíveis correm o risco de extinção, causando desequilíbrio nos ecossistemas e nas
cadeias alimentares.
O cenário de catástrofe está desenhado. Resta ao homem fazer alguma coisa para
evitar a concretização dessas profecias.
GIMENEZ, Karen. O homem faz o clima. E faz mal. Superinteressante, São Paulo, set. 2008.Edição
especial. As 30 maiores descobertas da ciência, p. 34. Adaptado.

1. O assunto principal desse texto é


a) a interferência do homem no meio ambiente.
b) as constantes mudanças de temperatura no planeta.
c) o consumo desenfreado de produtos descartáveis.
d) o risco de extinção das espécies mais sensíveis.

GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade lendo o texto atentamente. Em seguida, leia o comando da questão.
Observe que ela pede que você indique o assunto principal do texto, ou seja, identifique
a informação mais importante; o seu tema. Nesse caso específico, o tema está claro, pois
a autora o expressa diretamente logo no início do texto. Após a leitura do texto, leia as
alternativas, verificando se a informação que a alternativa apresenta está de acordo com
o que a questão solicita. Ao fazer essa verificação, você perceberá que a alternativa (a)
está correta, pois apresenta o assunto principal abordado no texto, que é a interferência
do homem no meio ambiente, que pode trazer graves consequências à vida na Terra. As
outras alternativas não estão corretas, pois embora apresentem informações contidas no
texto, não constituem o tema central.
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de identificar
o tema de um texto.

Leia o texto.

Eu não o conheci

Meu filho foi embora e eu não o conheci. Acostumei-me com ele em casa e me
esqueci de conhecê- lo. Agora que a sua ausência me pesa, é que vejo como era necessário
tê-lo conhecido.
Lembro-me dele. Lembro-me bem em poucas ocasiões.
Um dia, na sala, ele me puxou a barra do paletó e me fez examinar seu pequeno
dedo machucado. Foi um exame rápido.
Uma outra vez me pediu que lhe consertasse um brinquedo velho. Eu estava com
pressa e não consertei. Mas lhe comprei um brinquedo novo. Na noite seguinte, quando
entrei em casa, ele estava deitado no tapete, dormindo e abraçado ao brinquedo velho. O
novo estava num canto.
Eu tinha um filho e agora não o tenho mais porque ele foi embora. E este meu
filho, uma noite, me chamou e disse:
– Fica comigo um pouquinho, pai.
Eu não podia: mas a babá ficou com ele.
Sou um homem muito ocupado. Mas meu filho foi embora. Foi embora e eu não
o conheci.
Júnior, Oswaldo França.

2. É possível afirmar que o tema do texto é


a) a difícil relação entre pais e filhos adolescentes.
b) o arrependimento de um pai que não foi próximo ao filho.
c) a morte precoce dos jovens na atualidade.
d) o desinteresse dos jovens em passar tempo com seus pais.

Leia o texto a seguir.

Elevador cai do 4º andar e fere 8 em São Carlos – SP


Um elevador despencou ontem do 4º andar de um edifício em São Carlos, no
interior paulista, com 11 pessoas dentro. O Corpo de Bombeiros socorreu dez vítimas do
acidente, sendo que cinco foram levadas à Santa Casa da cidade, mas apenas com
ferimentos leves. Outras três pessoas tiveram escoriações. ― “O elevador, que tinha saído
do 7º. andar, tem capacidade para seis pessoas, cinco a menos que a lotação no momento
do acidente.”
Funcionários da Polícia Científica do município fizeram hoje a vistoria do
elevador do Edifício Ana Paula, no bairro Vila Nery. Moradores já reclamavam a
substituição do antigo elevador e pagaram nos últimos meses uma taxa de condomínio
para que fosse feita a troca. A Polícia Científica investiga se a causa do acidente foi
mesmo o excesso de pessoas.
Agência Estado. Disponível em: http://www.globo.com> (P050017A9_SUP)

3. O tema desse texto é


a) uma briga no elevador.
b) uma morte dentro do elevador.
c) um acidente com um elevador.
d) um incêndio no elevador.
ATIVIDADE XI
Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
Caro aluno, sempre que nos comunicamos, seja através de textos escritos ou de textos
orais, há sempre uma intenção que acompanha os textos que produzimos, mesmo quando
a conversa é boba e sem sentido ou quando a piada é despretensiosa. Afinal, somente
intencionamos falar ou escrever algo mediante um propósito, ou seja, todo texto é
produzido com um objetivo. Dessa forma, para termos uma compreensão adequada do
texto, é importante reconhecermos as intenções do autor, reconhecendo a finalidade para
qual aquele texto foi produzido. Há inúmeras possibilidades que o usuário da língua
possui para se comunicar através dos incontáveis textos presentes na sociedade, os quais
denominamos de gêneros textuais. Além do propósito comunicativo, esses gêneros são
produzidos a partir de um contexto social, cultural e histórico específico que determinará
suas características e seu público-alvo. Todas essas informações são essenciais para que
o leitor possa fazer uma interpretação adequada do texto. Para que se torne mais claro,
observe a questão a seguir.

Leia o texto.

Lobo-guará ganha livro com fotos e histórias


A editora Eco tem a honra de ter entre seus colaboradores Adriano Gambarini, um
dos mais reconhecidos fotógrafos brasileiros de natureza. E é com prazer que anunciamos
sua mais nova realização: o livro Histórias de um lobo, escrito em parceria com o biólogo
Rogério Cunha de Paula, cujo trabalho, que já dura 15 anos com Lobos-guará da Serra da
Canastra, é reconhecido mundialmente.
Com prefácio do naturalista George Schaller, ícone da conservação, o livro une as
imagens de Gambarini com o conhecimento científico de Rogério para desmistificar o
lobo-guará, que eles descrevem como um animal tímido, que se alimenta principalmente
de frutos e, por isso, cumpre papel importante de dispersar sementes pelo Cerrado.
Ameaçado de extinção, a espécie precisa ser mais apreciada e compreendida.
Guará significa vermelho em tupi. A obra traz 150 imagens desse lobo vermelho,
de pernas finas e elegantes, que ocorre na América do Sul, principalmente no Cerrado
brasileiro.
Sobre o livro
Título: Histórias de um lobo (167 páginas)
Autores: Rogério Cunha de Paula e Adriano Gambarini
Apoio: Lei de Incentivo à Cultura
Sobre os autores
Rogério Cunha de Paula é biólogo, analista ambiental do Centro Nacional de
Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA) e pesquisador associado da OSCIP
Instituto Pró-Carnívoros. [...]
Adriano Gambarini é fotógrafo desde 1992, com experiência em documentação
de expedições a regiões remotas. Um dos principais fotógrafos da National Geographic
Brasil, é autor de 12 livros de arte, entre eles Serra da Canastra e Natureza Conservação
e Cultura. [...]
Fonte: <http://amigodolobo.org/lobo-guara>. Acesso em 05 de abril de 2019
1. Qual a finalidade desse texto?
a) convencer as pessoas a comprarem um livro.
b) divertir os leitores com histórias sobre o lobo-guará.
c) informar sobre preservação do meio ambiente.
d) narrar uma lenda sobre o lobo-guará.

GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade lendo o texto com atenção, atentando-se não somente ao conteúdo,
mas também à estrutura do texto. Observe que ele traz informações importantes sobre o
livro, como seu título, seus autores e número de páginas. A seguir, leia o comando da
questão; ela solicita que você identifique a finalidade desse texto, ou seja, com que
objetivo ele foi produzido. Em seguida, leia as alternativas. Ao analisá-las com atenção,
você perceberá que as alternativas (b), (c) e (d) não estão corretas, pois a intenção do
autor não é divertir os leitores, informar sobre preservação do meio ambiente ou narrar
uma lenda sobre o lobo-guará, mas sim convencer as pessoas a comprarem o livro
“Histórias de um lobo”. Por esse motivo, a alternativa correta é (a).
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de identificar
a finalidade dos textos.

Leia o texto abaixo.

Ética nas redes sociais – Pratique!


Quando navegamos na internet, criamos a ilusão de estarmos “imunes” às nossas
publicações, textos, fotos, vídeos...
Porém, muitos se esquecem de que podemos ser prejudicados dependendo do que
postamos, pois sempre somos responsáveis por nossas ações online. Algumas situações
podem até gerar processos por causa de uma leve brincadeira, isso sem contar demissões
por justa causa, separações de casais, brigas entre amigos e etc., por isso é importante
manter uma postura ética não só nas redes sociais, mas em toda internet. Na dúvida, não
publique!
Todos nós sabemos que a internet abre possibilidades para nos expressarmos com
mais liberdade, encontrarmos pessoas que pensam de maneira parecida (ou não), mas
lembre-se: “O seu direito termina onde começa o direito do outro”.
Já que a situação não é tão legal quando o prejudicado é você, então antes de
escrever por impulso, pense um pouco, veja se não vai ofender ninguém, pois alguém
pode um dia se deparar com alguma coisa que você escreveu e não gostar, daí o problema
começa.
E lembre-se: por mais que você pense que não é monitorado, isso não é verdade,
na internet tudo é rastreado sim, então não abuse e aja com ética e respeito!
Fonte: https://blogprnewswire.com/2013/01/21/etica-nas-redes-sociais-pratique/). Acesso em 1
mar 2019. Adaptado.

2. A finalidade do texto “Ética nas redes sociais – Pratique!” é


a) conscientizar a respeito do uso, de forma responsável, da internet.
b) divulgar um artigo que fala sobre a importância da internet.
c) ensinar a escrever um artigo de opinião que fale sobre a internet.
d) debater sobre o fato da internet não ser um espaço monitorado.
Leia o texto a seguir.

Tutorial de carrinho de papelão


Materiais necessários:
- Dois canudos
- Qualquer tipo de caixa
- Tesoura
- 4 rodas feitas de papelão

Como fazer:

Passo 1
O primeiro passo é pegar uma caixa qualquer, a única
exigência é que o topo não esteja ligado a parte de baixo, pode
ser, por exemplo, uma caixa de sapatos, de cereais ou de lenços. Com uma tesoura você
deverá cortar a caixa, atenção que você deve começar pela parte que deseja que seja a
frente do seu carrinho.
Passo 2
Depois você deverá cortar a parte de cima da caixa, o corte deve ser feito a mais ou menos
7,5 cm de distância da lateral dos dois lados. Vá descendo cortando mais 10 cm em cada
das laterais da sua caixa.
Passo 3
Em seguida corte, porém, em diagonal, na parte de trás do seu carrinho.
Passo 4
O passo seguinte é ir fazendo buracos na parte em que você deseja que as rodas fiquem
no seu carrinho. Depois basta que você faça 4 círculos noutro pedaço de papelão, corte
para que seja possível fazer as rodas.
Passo 5
Forme o eixo passando um palito (se quiser pode trocar por um canudo, um lápis ou uma
caneta) por meio de cada um dos pares de furos criados. Então encaixe as rodas.
Passo 6
A parte de cima da sua caixa deverá ser dobrada ao meio.
Passo 7
Faça uma decoração da forma que achar melhor na peça.
O seu carrinho está pronto para fazer parte de muitas brincadeiras, aproveite!

Fonte: https://artesanato.culturamix.com/materiais/produtos-reciclaveis/carrinho-de-papelao-como-
fazer. Acesso em 03 abr 2020.

3. Todo texto é escrito para um determinado fim, ou seja, para cumprir um objetivo
específico. O texto acima foi produzido com a finalidade de
a) alertar.
b) divertir.
c) ensinar.
d) informar.
ATIVIDADE XII
Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
Caro aluno, você já sabe que quem entende como os autores articulam as ideias de um
texto tem mais chances de ser bom em interpretação textual. Para que seja capaz de
realizar uma leitura eficiente, o leitor precisa perceber que todo texto tem um projeto de
dizer e este projeto está articulado a partir de uma informação principal e das informações
que a complementam, seja ilustrando, seja enriquecendo. Estas informações que
enriquecem e complementam a informação principal são chamadas de informações
secundárias. A relação entre a informação principal e as secundárias garantem a coerência
e a coesão do texto. Para que você consiga identificar a informação principal de um texto,
é necessário que relacione as diferentes informações de forma a construir o seu sentido
total, ou seja, que relacione as diversas partes que compõem o todo significativo que é o
texto. Para que se torne mais claro, observe a questão a seguir.

Leia o texto.

Cerca de 20 mil se despedem do poeta Patativa


Foi decretado feriado ontem em Assaré (623Km de Fortaleza) para a população
local homenagear o principal poeta popular do Brasil, Antonio Gonçalves da Silva, o
Patativa do Assaré, que morreu anteontem, aos 93 anos. As homenagens começaram logo
depois da morte, às 18h30. Parte da população (de 20 mil habitantes) acampou durante
toda a madrugada na frente da casa do poeta. (...) À tarde, como o número de visitantes
aumentou muito, o velório foi transferido para a catedral da cidade, onde sanfoneiros
repetiam A Triste Partida, poema cantado por Luiz Gonzaga. O cearense Fagner também
gravou a música, mas preferiu cantar ontem o poema Vaca Estrela e Boi Fubá para
homenageá-lo em missa assistida por cerca de 10 mil pessoas. O enterro aconteceu às
17h, no cemitério São João Batista. A PM calcula que passaram pelo funeral cerca de 20
mil pessoas. O Estado do Ceará decretou luto de três dias.
Beltrão, Eliana Santos; Gordilho, Terezinha. Novo Diálogo.

1. O fragmento que contém a informação principal do texto é


a) “Foi decretado feriado ontem em Assaré para a população local homenagear o principal
poeta popular do Brasil, Antonio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, que morreu
anteontem aos 93 anos.”
b) “À tarde, como o número de visitantes aumentou muito, o velório foi transferido para
a catedral da cidade, onde sanfoneiros repetiam A Triste Partida, poema cantado por Luiz
Gonzaga.”
c) “O cearense Fagner também gravou a música, mas preferiu cantar ontem o poema Vaca
Estrela e Boi Fubá para homenageá-lo em missa assistida por cerca de 10 mil pessoas.”
d) “O enterro aconteceu às 17h, no cemitério São João Batista. A PM calcula que
passaram pelo funeral cerca de 20 mil pessoas. O Estado do Ceará decretou luto de três
dias.”

GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade fazendo uma leitura atenta do texto, colhendo informações
importantes para a construção de seu sentido. Em seguida, leia o comando da questão.
Ela pede que você identifique qual parte do texto contém a informação principal. Leia,
também, as alternativas. Observe que as alternativas (b), (c) e (d) apresentam informações
que são importantes, porém secundárias no texto - elas apenas complementam a
informação principal, que é a de que Patativa do Assaré morreu e recebeu inúmeras
homenagens. Portanto, a alternativa correta é (a).
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de diferenciar
partes principais de partes secundárias em um texto.

Leia o texto a seguir.

Diferença entre COVID-19, gripe e resfriado


COVID-19, gripe e resfriado são três doenças distintas causadas por vírus e que
desencadeiam problemas respiratórios. Alguns sintomas podem nos ajudar a diferenciar
cada uma dessas doenças, porém exames são necessários para a confirmação de um
diagnóstico.
Conhecer os principais sintomas de cada uma delas pode ser um auxílio na tomada
de decisões, como: procurar ajuda médica de maneira urgente. Vale salientar, no entanto,
que, apesar dessas informações serem importantes, nada substitui a opinião de um
médico. [...]
COVID-19, gripe e resfriado são três doenças provocadas por vírus, entretanto,
cada uma delas é desencadeada por um agente etiológico diferente. As três doenças
podem ser transmitidas de uma pessoa para outra por meio de gotículas eliminadas pelo
doente ao falar, tossir ou espirrar. A transmissão também pode ocorrer por meio do
contato com secreção dos doentes, sendo as mãos, por exemplo, um importante veículo
de transmissão.
No que diz respeito aos sintomas, muitas situações são comuns nas três
enfermidades, porém alguns pontos merecem destaque. A febre, por exemplo, é rara em
casos de resfriado, mas pode ocorrer comumente em caso de gripe e COVID-19. A falta
de ar, às vezes, ocorre em casos de COVID-19, porém mostra-se rara no resfriado e na
gripe.
A COVID-19, a gripe e o resfriado apresentam formas de transmissão
semelhantes, portanto, a forma de prevenção também possui semelhanças. Confira as
principais maneiras de prevenir-se dessas doenças:
Lavar as mãos utilizando água e sabão ou fazer a higienização com álcool em gel;
Não tocar nos olhos, nariz e boca sem a devida higienização das mãos;
Evitar contato com pessoas que apresentem sintomas, como tosse, coriza e febre;
Evitar aglomerações quando há o aumento dos casos dessas doenças;
Manter o ambiente arejado;
Fazer a higienização de objetos usados com frequência, como telefones;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Além disso, é importante destacar a importância de, ao espirrar ou tossir, cobrir a
boca e o nariz para evitar a contaminação do ambiente e a transmissão do vírus para outras
pessoas.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Diferença entre COVID-19, gripe e resfriado"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/diferenca-entre-covid-19-gripe-e-resfriado.htm.
Acesso em 13 de abril de 2020.

2. O fragmento que contém a informação principal do texto é


a) “COVID-19, gripe e resfriado são três doenças provocadas por vírus, entretanto, cada
uma delas é desencadeada por um agente etiológico diferente”.
b) “A febre, por exemplo, é rara em casos de resfriado, mas pode ocorrer comumente em
caso de gripe e COVID-19”.
c) “A falta de ar, às vezes, ocorre em casos de COVID-19, porém mostra-se rara no
resfriado e na gripe”.
d) “[...] é importante destacar a importância de, ao espirrar ou tossir, cobrir a boca e o
nariz para evitar a contaminação do ambiente [...]”.

Leia o texto abaixo.

A natureza em risco: extinção


Extinguir significa fazer com que uma coisa desapareça para sempre. Essa
palavra, infelizmente, está sendo muito usada para descrever a triste situação de muitos
animais na face da terra. Você, com certeza, já ouviu dizer que as baleias, os tigres, as
onças estão correndo risco de extinção. [...]
Muitas vezes, a extinção é causada pela introdução, em uma certa região, de um
espécie que não vivia lá. Se essa espécie for agressiva poderá acabar com os outros
animais da região. Por isso, não é aconselhável introduzirmos animais de um certo país
em outro, sem antes sabermos quais as consequências que isso pode acarretar.
Um exemplo de extinção é o dodô, uma ave grande que vivia na Ilha Maurício, no
Oceano Índico. Com a chegada dos colonizadores europeus, as populações dessa ave
começaram a diminuir.
Ela era grande e não conseguia voar, por isso se tornou um alvo fácil para os
caçadores. O homem, sem se preocupar em preservá-la, acabou eliminando essa ave
preciosa. O último dodô foi visto em 1681. [...]
Bragança Jornal Diário, 29/03/2000. Suplemento infantil. Fragmento. Adaptado.

3. O assunto principal desse texto é


a) o significado da palavra extinção.
b) a agressividade de algumas espécies.
c) a chegada dos colonizadores europeus.
d) o risco de extinção de diversas espécies.
ATIVIDADE XIII
Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
Caro aluno, a narração é um tipo textual que pode estar presente em diversos gêneros que
circulam na sociedade. O objetivo de todo texto narrativo está no relato de fatos ocorridos
em determinado tempo e espaço, com a participação de personagens e de um narrador
que desenvolva essa contação, seja ela verídica e/ou ficcional. Entre os elementos que
compõem uma narrativa temos ainda o conflito gerador que é o fato que motivou a
narrativa, ou seja, algo importante o bastante para fazer com que a história se desenvolva.
Para que se torne mais claro, observe a questão a seguir.

Leia o texto abaixo.

A outra noite
Rubem Braga

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva,
tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até
Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua
cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas,
colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado
para voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo
luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra
− pura, perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou
pensava em outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito
obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente
de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.

1. O fato que deu início a história foi


a) a conversa ouvida pelo taxista.
b) a viagem a São Paulo.
c) o agradecimento do taxista.
d) o mau tempo em São Paulo.

GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade lendo o texto com atenção. Em seguida, leia o comando da questão.
Observe que ela solicita que você identifique o fato que deu início à história, ou seja, o
conflito gerador da narrativa. Nesse caso, você deve ser capaz de compreender que o texto
é composto por diversos fatos que foram motivados por algo específico, ou seja, você
deve descobrir o que motivou a narrativa, o que causou todas as ações do texto. Assim, é
necessário que você faça uma leitura atenta com o objetivo de diferenciar os fatos daquilo
que os motivou. Após a leitura do texto, leia as alternativas, verificando se a informação
que a alternativa apresenta está de acordo com o que a questão solicita. Você perceberá
que a alternativa correta é a (a), pois foi a conversa entre os amigos ouvida pelo taxista
que deu início à história.
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de identificar
o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Leia o texto a seguir.

Tatuagem
Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não
proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca.
(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha
78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a
mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não
comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como
essa da inglesa.
Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não
proceder à ressuscitação”. Uma pausa, e ela continuou:
– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o
mundo está cheio de ingratos.”
Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais
tatuasse, mais ganharia.
Ela continuou falando. (...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha
adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia
resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria
de mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar
alguma coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem
especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez
que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e
como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.
Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.

2. O conflito gerador da crônica é a secretária


a) achar romântica a história da enfermeira.
b) concluir que a vida não vale a pena.
c) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.
d) ter se envolvido com o tatuador.
Leia o texto.

Conversa fiada
Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava
pescando num lago.
Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e
ficava pescando no mesmo lago.
Um dia, os dois se encontraram, lado a lado, na pescaria, e no mesmo momento,
exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu
a isca. [...] Quando apareceram os respectivos peixes, porém, decepção: o peixe do
menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo!
O velho disse para o menino:
– Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco da vida
que lhe resta.
O menino respondeu:
– E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe que
ele viva mais um pouco!
O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempo, jogaram os
peixes no lago.
Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago,
cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.
FRATE, Diléa. Histórias para Acordar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996

3. O acontecimento que deu início a essa história foi o


a) encontro do menino com o velho no lago.
b) peixe do velho ser muito velho.
c) peixe do menino ser novo e pequeno.
d) retorno dos peixes ao lago.
ATIVIDADE XIV
Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
Caro aluno, as figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem
para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de
quem os utiliza, traduzindo particularidades do emissor da linguagem. As figuras de
linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o
sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo,
organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a
fim de dar destaque a algum de seus elementos. A ironia é uma figura de linguagem que
consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido
diferente do habitual e produza um humor sutil. Para que a ironia funcione, esse jogo com
as palavras deve ser feito com elegância, de uma maneira que não deixe transparecer
imediatamente a intenção. Por isso, muitas vezes é necessária uma leitura atenta do texto
para que possamos perceber a ironia ou o efeito de humor presentes nele. Para ficar mais
claro, observe a questão a seguir.

Leia o texto.

Tarefa difícil
Ainda é cedo quando um jovem entra na fazenda à procura de serviço. Logo é
atendido pelo fazendeiro, que lhe dá a primeira tarefa.
— Tome este banquinho e este balde. Vá ali naquele galpão e tire o leite da
Malhada. É minha vaquinha leiteira.
— Certamente, senhor! Vou agora mesmo!
Bastante animado, lá vai o rapaz. Não demora muito e ouvem-se mugidos e
gritaria. O rapaz sai apressadamente do galpão segurando o banquinho em uma mão e o
balde, sem nenhuma gota de leite, na outra.
— O que houve? - Perguntou o fazendeiro.
— Senhor, tirar leite da vaca até que é fácil, mas fazer ela sentar no banquinho,
não dá mesmo!
Fonte: Livro Bem-te-li. 4ª série. FTD. p. 98.

1. O humor da tirinha se dá pelo fato do rapaz


a) ir trabalhar bastante animado.
b) procurar serviço na fazenda.
c) tentar sentar a vaca no banquinho.
d) tirar leite da vaca Malhada.

GABARITO: alternativa C.
Inicie esta atividade lendo o texto com muita atenção. Em seguida, leia o comando da
questão. Ela pede que você identifique onde está o humor no texto. Leia, então, as
alternativas. Você perceberá que a alternativa correta é a (a), pois o que causa humor ao
texto é o fato de o rapaz ter tentado sentar a vaca no banquinho, por não ter compreendido
corretamente o que o fazendeiro lhe disse.
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de identificar
efeitos de ironia e humor nos textos.
Observe a imagem a seguir.

Fonte: https://lista10.org/humor/10-prints-engracados-de-whatsapp/. Acessado em 08 de abril de 2019.

2. A imagem retrata um print de uma conversa no aplicativo WhatsApp. Explique o que


causa o efeito humorístico na conversa.
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Observe a charge.

Fonte: https://br.pinterest.com/jonasreiscorrea/charges-e-cartoons/. Acesso em 3 abr 2020.

3. O humor do texto se dá pelo fato de as senhoras não


a) compreenderem a leitura do código de barras.
b) conseguirem utilizar o caixa eletrônico.
c) enxergarem direito o que está escrito no boleto.
d) saberem apertar as teclas corretamente.
ATIVIDADE XV
Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
Caro aluno, os sinais de pontuação são marcações gráficas utilizadas para compor a
coesão e a coerência textual. São recursos característicos da língua escrita que auxiliam,
por exemplo, a dar sentido às frases, a definir a entonação de leitura, a destacar palavras,
expressões e orações, desfazer possíveis ambiguidades e, até mesmo, a transmitir
sentimentos. A pontuação funciona como uma espécie de sinalização, guiando e
organizando o texto a ser lido. Entre os sinais de pontuação mais utilizados estão o ponto
(.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o
ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ) e o travessão
(—). Além dos sinais de pontuação, existem outros recursos que possibilitam uma leitura
que transborda o texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nessa
perspectiva, o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o
desenvolvimento de estratégias de antecipação de informações que o levam à construção
de sentidos. Em alguns gêneros textuais, principalmente os multimodais, ou seja, que
aliam linguagem verbal e não verbal, como a charge, os quadrinhos e a propaganda, são
utilizados diversos recursos expressivos, como caixa alta (geralmente utilizada para
sinalizar que um personagem está falando muito alto), negrito, itálico, sublinhado, entre
outros. O gênero poema também lança mão desses recursos, o que exige uma leitura
atenta e sensível para que sejam percebidos os efeitos de sentido subjacentes ao texto. É
importante salientar que tanto os sinais de pontuação quanto os recursos expressivos
podem expressar sentidos diversos. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre
indica surpresa; um tamanho maior de fonte pode indicar algo além de uma fala em
destaque. É preciso estar atento à maneira como esses elementos constroem a significação
na situação comunicativa na qual estão inseridos. Para ficar mais claro, observe a questão
que segue.

Leia o texto abaixo.

Sono pesado
Toca o despertador e meu pai vem me chamar:
— Levanta, filho, levanta, tá na hora de acordar.
Uma coisa, no entanto, impede que eu me levante: sentado nas minhas costas, há
um enorme elefante.
Ele tem essa mania, todo dia vem aqui. Senta em cima de mim, e começa a ler
gibi.
O sono, que estava bom, fica ainda mais pesado.
Como eu posso levantar
Com o bichão aí sentado?
O meu pai não vê o bicho, deve estar ruim de vista.
Podia me deixar dormindo, enquanto ia ao oculista...
Espera um pouco, papai...
Não precisa ser agora.
Daqui a cinco minutos o elefante vai embora!
Mas meu pai insiste tanto, que eu levanto, carrancudo.
Vou pra escola, que remédio,
Com o bicho nas costas e tudo!
Cláudio Thebas. Fonte: http://profhelena4e5ano.blogspot.com/2010/11/sono-pesado.html. Acesso em 14
abr 2020.
1. “Toca o despertador e meu pai vem me chamar:
— Levanta, filho, levanta, tá na hora de acordar”.
O uso do travessão nesse trecho indica
a) a fala do menino com o pai.
b) a fala do pai do menino.
c) o comentário do narrador.
d) o pensamento do pai do menino.

GABARITO: alternativa B.
Inicie esta atividade lendo o texto com atenção. Em seguida, leia o comando da questão.
Observe que ela solicita que você identifique o que indica o uso do travessão no trecho
selecionado. Releia o trecho no comando da questão. Você perceberá que se trata de uma
fala do pai, que está tentando acordar o filho. Leia, então, as alternativas. A alternativa
(a) está incorreta, pois não se trata de uma fala do menino. A alternativa (c) também está
incorreta, pois o narrador do texto é o próprio menino e não se trata de uma fala dele. A
alternativa (d) está errada pois não se trata de um pensamento; o pai fala em voz alta para
que o menino ouça. Dessa forma, a alternativa correta é (b), pois o travessão indica a fala
do pai do menino.
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de reconhecer
o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

Observe a imagem a seguir.

Revista O Globo, 10/01/2010.


2. O uso dos parênteses no formato de pão de forma antes da frase “Busca uma
alimentação equilibrada” reforça a ideia de que o pão do anúncio
a) apresenta um formato que facilita seu consumo.
b) contribui para o bom funcionamento de intestino.
c) faz as pessoas emagrecerem rapidamente.
d) possui ingredientes que não são encontrados em outros pães.

Observe a tirinha a seguir.

Fonte: https://vacilandia.com/page/3/. Acesso em 14 abr 2020.

3. O uso das aspas na palavra “batalha”, no primeiro quadrinho, indica que a menina
a) confirmou o ato de heroísmo do pai ao se librar da barata.
b) demonstrou pouco interesse em ouvir a história do pai.
c) reconheceu a dificuldade do pai em lidar com a barata.
d) repetiu de forma irônica a palavra utilizada pelo pai.
ATIVIDADE XVI
Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos
e/ou morfossintáticos.
Caro aluno, além da pontuação, outros recursos podem ser explorados no texto para a
construção de seu sentido. O uso, por exemplo, de recursos morfossintáticos, como uma
palavra no diminutivo, pode indicar desprezo, ironia ou até mesmo, carinho. Observe uma
frase simples, como “Ele é um homenzinho desprezível” e procure identificar com qual
propósito o diminutivo foi utilizado nesse contexto. Será que o homem realmente era
pequeno ou a intenção era realçar o quanto ele era desprezível? Além disso, alguns textos,
principalmente os literários, utilizam recursos estilísticos que os enriquecem e os tornam
mais sugestivos, como, por exemplo, as figuras de linguagem, tais como a onomatopeia,
aliteração, assíndeto e polissíndeto. Para ficar mais claro, observe a questão que se segue.

Observe a tirinha a seguir.

Fonte: https://vacilandia.com/page/2/. Acesso em 13 abr 2020.

1. O uso da palavra “HUMPF!”, no quarto quadrinho, indica que a menina está


a) aborrecida.
b) enjoada.
c) faminta.
d) satisfeita.
GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade lendo a tirinha com atenção. Em seguida, leia o comando da questão.
Observe que ela pede que você identifique o que o uso da palavra HUMPF! indica em
relação à menina. Se você tiver lido a tirinha atentamente, perceberá que a menina fica
insatisfeita ao saber que o jantar seria milho cozido, como é possível perceber tanto por
suas falas quanto por suas expressões faciais. Ao ler as alternativas, você perceberá, então,
que a alternativa correta é (a), pois a palavra indica que a menina está aborrecida com a
resposta do pai em relação a sua reclamação sobre o jantar.
Agora é com você! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de reconhecer
o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos

Leia o texto abaixo.

SAÚDE
É uma coceira
Que sobe, desce
E de repente
Desaparece.
Mas logo volta
mais insistente
e a gente (ora essa,
um lenço
depressa)
faz
ah...
AH...
TCHIN!

Fonte: José Paulo Paes. Lé com crê. São Paulo: Ática,1993.

2. Por que o autor escreveu a palavra “AH... TCHIN!” dessa forma no poema?
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Leia o texto a seguir.

São Francisco
Lá vai São Francisco No seu surrão
Pelo caminho Dizendo ao vento
De pé descalço Bom dia, amigo
Tão pobrezinho Dizendo ao fogo
Dormindo à noite Saúde, irmão.
Junto ao moinho Lá vai São Francisco
Bebendo a água Pelo caminho
Do ribeirinho. Levando ao colo
Lá vai São Francisco Jesuscristinho
De pé no chão Fazendo festa
Levando nada No menininho
Contando histórias Pros passarinhos
MORAES, Vinícius. A arca de Noé : Poesias infantis. São Paulo, Cia das Letras, 1991

3. O texto apresenta muitas palavras no diminutivo: pobrezinho, menininho, passarinho.


O uso do diminutivo, no texto, reforça a ideia de que o autor tem por São Francisco um
sentimento de
a) carinho.
b) desprezo.
c) incompreensão.
d) tristeza.
GABARITO
ATIVIDADE IX
2. Como a casa da velhinha era pequena, a chegada dos bichos a tornou ainda mais
apertada, sobrando menos espaço para a mulher. Com a retirada dos animais a casa se
tornou espaçosa pois tinha menos ocupantes.
3. alternativa D.

ATIVIDADE X
2. alternativa B.
3. alternativa C.

ATIVIDADE XI
2. alternativa A
3. alternativa C

ATIVIDADE XII
2. alternativa A
3. alternativa D

ATIVIDADE XIII
2. alternativa A.
3. alternativa A.

ATIVIDADE XIV
2. O que causa o efeito de humor na conversa é o fato de a pessoa dizer que vai puxar
papo com o colega que sempre o trata de forma fria para passar o calor.
3. alternativa A.

ATIVIDADE XV
2. alternativa B.
3. alternativa D.

ATIVIDADE XVI
2. A palavra “AH... TCHIN” foi escrita dessa forma para nos remeter ao som do espirro.
As letras maiúsculas, as reticências e o ponto de exclamação ao final reforçam a ideia de
que foi um espirro intenso.
3. alternativa A.

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