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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA


CURSO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: RACIOCÍNIO CLÍNICO: A BAIXA COMPLEXIDADE NA
PROMOÇÃO DA SAÚDE FUNCIONAL

ALUNA:ANA CRISTINA RABEL

CURITIBA 08 DE SETEMBRO DE 2020


ANA CRISTINA RABEL

ESTUDO DE CASO REFERENTE AO CASO DIABETES


Relatório apresentado para preencher
os pré-requisitos da disciplina de
Raciocínio clínico:
A baixa compexidade
na promoção da saúde funcional.
Ministrado pela
profª. Lara Guérios

CURITIBA, 08 DE SETEMBRO DE 2020


TDE – ESTUDO DE CASO – DIABETES

Caso Clínico
Uma paciente do sexo feminino, 15 anos, branca, comparece à emergência hospitalar
com dor abdominal, náuseas e vômitos e relata que, na última semana, apresentou
poliúria, polidipsia e polifagia. Logo que a paciente chega àemergência, constata-se
respiração de Kussmaul e hálito cetótico.
Ao realizar exame,evidenciam-se mucosas secas, hipotensão e taquicardia. O
abdome apresenta-se com ruídos hidroaéreos, depressível, doloroso à palpação difusa,
sem peritonismo. A glicemia capilar é de 437 mg/dL. Nos exames complementares,
verificam-se acidose metabólica, glicemia elevada, cetonemia e cetonúria positivas. No
leucograma, consta aumento da contagem leucocitária (15.000/ L), sem formas jovens.

 Diabetes Tipo 1
Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta.
Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica
no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo
1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença

 Definição
O diabetes melito (DM)
O diabetes mellitus é uma doença metabólica que ocorre quando o organismo se torna
incapaz de produzir insulina ou até produz, mas em quantidade insuficiente para suprir a
demanda interna.

 Diferença entre DM tipo I e tipo II -

Diabetes tipo I, não produz a insulina e, por isso, têm níveis altos de açúcar no sangue.
Essa forma da doença é autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca as células beta,
onde a insulina é produzida. Assim sendo, a diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticada
ainda na infância .
A diabetes tipo II altera a capacidade do corpo em converter o açúcar que está no sangue
em energia, ou seja, o organismo possui uma resistência à insulina e também não produz
esse hormônio em quantidade suficiente. Por isso, há um aumento anormal dos níveis de
glicemia no sangue.
Definições dos termos utilizados no caso
a)Poliúria: aumento da produção e liberação excessiva de urina
b)Polidpsia: sede intensa
c)Polifagia: apetite exagerado
d)Respiração de Kussmaul:é um padrão respiratório profundo, com hiperventilação,
e)Hálito Cetônico: Provém da formação indevida de corpos cetônicos em alta quantidade
no organismo. Isso acontece quando o corpo não consegue transformar glicose em
energia, por insuficiência de insulina, e recorre a outros meios.
f)Hipotensão: Pressão arterial baixa
g)Taquicardia:é um aumento da frequência cardíaca, mais de 100 batidas por minuto, que
pode tanto começar nas câmaras inferiores do coração (ventrículos) quanto nas câmaras
superiores (átrios). Com estes ritmos elevados, o coração não consegue bombear
eficientemente o sangue rico em oxigênio para o resto do seu corpo.
h)Ruídos Hidroaéreos:São descritos os sinais acústicos, utilizando-se do estetoscópio,
auscultando-se os quatro quadrantes do abdome, especialmente a área central, durante
dois a três minutos, com a finalidade de identificar timbre, frequência e intensidade dos
movimentos hidroaéreos, além de procurar identificar a existência de sopros. Em
condições patológicas os ruídos hidroaéreos podem estar com intensidade aumentada
(exemplo: diarreias, hemorragias digestivas, suboclusão intestinal ou obstrução intestinal)
ou diminuída ou ausente (exemplo: íleo paralítico).
i)Peritonismo:Conjunto dos sintomas da peritonite (dores, vômitos etc.), sem que haja
realmente inflamação do peritônio.
l)Acidose Metabólica: é o excesso de acidez no sangue caracterizada por uma
concentração anormalmente baixa de carbonatos. Quando um aumento do ácido supera o
sistema tampão do pH do corpo, o sangue pode tornar-se realmente ácido.
m)Cetonemia/Cetonuria: caracteriza-se, clinicamente, pelo surgimento de corpos
cetónicos na urina, sendo um sinal de descompensação das diabetes. Os corpos
cetónicos são a acetona, o ácido aceto-acético e o ácido -hidroxibutírico.

 Cetonúria é a presença de corpos cetônicos na urina, servindo como sinal de


descompensação das diabetes mellitus.
Hálito de acetona:Quem tem diabetes não consegue transportar adequadamente a
glicose para dentro das células e, consequentemente, não consegue utilizá-la para liberar
energia. Por isso é preciso lançar mão de outra fonte de energia: a gordura.
O organismo quebra gorduras em ácidos graxos e, em seguida, em corpos cetônicos, que
podem ser usados no lugar da glicose. Mas, quando em excesso, os corpos cetônicos
geram uma quadro chamado cetose, que deixa o sangue ácido.
 Cetotemia: há hiperglicemia devido à gliconeogênese estimulada pela deficiência
de insulina. Com isso, ocorre glicosúria, ocasionando diurese osmótica que
predispõe à desidratação. Em condições normais, o rim elimina o excesso de
glicose, mas, com essa complicação, a eliminação não acontece, devido à
depleção do espaço intravascular e ao comprometimento renal desses pacientes. A
hiperosmolaridade é causada pela perda maior de água em relação ao sódio

Qual a relação dos rins com a respiração?


R:Uma importante função do sistema imunológico é lutar contra infecções. Para
fazer isto, o sistema imunológico reconhece os micro-organismos como sendo estranhos
à pessoa e produz proteínas (anticorpos) que se juntam com os micro-organismos para
que possam ser removidos do corpo. Nas doenças autoimunes, o corpo reage
equivocadamente contra os tecidos da própria pessoa como se fossem estranhos. Nas
doenças autoimunes que envolvem os pulmões, o sistema imunológico ataca e danifica o
tecido pulmonar. Distúrbios autoimunes que afetam os pulmões também afetam, com
frequência, outros órgãos, particularmente os rins.

O que é acidose Metabólica?


R:Se um aumento de ácido supera os sistemas de controle ácido-base do corpo, o
sangue se torna ácido. Quando o pH sanguíneo diminui (torna-se mais ácido), as partes
do cérebro que regulam a respiração são estimuladas a produzir uma respiração mais
rápida e profunda (compensação respiratória). A respiração mais rápida e profunda
aumenta a quantidade de dióxido de carbono exalado. Também os rins tentam compensar
o pH pela excreção de mais ácido na urina. Porém, ambos os mecanismos podem ser
superados se o corpo continuar produzindo excesso de ácido, resultando em acidose
grave e podendo dar origem a problemas cardíacos e coma.

Qual a relação da taquicardia com poliúria e a hipotensão?


R:A taquicardia consiste em bombear o sangue com ritmos elevados, sem a
eficiência necessária para de oxigênio, gerando a hipotensão no sangue bombeado. A
Angiotensina age diretamente nos rins, (córtex suprarrenal),aumentando a reabsorção de
Na⁺ e de HCO3⁻, estimulando a sede a ingestão de água, porem estimula o hormônio
antidiurético, aumentando a reabsorção da água.
Em termos mais técnicos: A diminuição da PA causa diminuição da perfusão renal,
que é percebida pelos mecanorreceptores nas arteríolas aferentes do rim. A diminuição
da PA faz com que a pró-renina seja convertida em renina nas células justaglomerulares.
A secreção de renina pelas células justaglomerulares é aumentada por estimulação dos
nervos simpáticos renais e pelos agonistas do ß1 e reduzida pelos antagonistas de ß1,
como o propranolol. - A renina é uma enzina que no plasma catalisa a conversão de
angiotensinogênio em angiotensina I (possui pouca atividade biológica). - Nos pulmões e
rins, a angiotensina I é convertida em angiotensina II, reação catalisada pela Enzima
conversora de angiotensina (ECA).A angiotensina II atua sobre as células da zona
glomerulosa do córtex suprarrenal, estimulando a síntese e a secreção de aldosterona. A
aldosterona, atua sobre as células principais do túbulo renal dista e ducto coletor
aumentando a reabsorção de Na⁺, levando o aumento do LEC e volume sanguíneo.A
angiotensina II tem ação direta sobre o rim, estimulando a troca de Na⁺– H⁺ no túbulo
proximal renal e aumentando a reabsorção de Na⁺ e de HCO3⁻.
3.4 Qual a relação da respiração de Kussmaul com a acidose metabólica? Falar
sobre a função renal, liberação de bicarbonato.
R:é um padrão respiratório profundo e trabalhoso associado com acidose metabólica
grave, particularmente com a cetoacidose diabética, mas também com a insuficiência
renal. Pois como explicado anteriormente o corpo não recebe oxigênio necessário,
gerando uma diferenciação no PH do sangue, o qual torna-se mais ácido.

Relembrem as funções do rim, quais são os filtrados por este e qual o papel que esta
filtragem pode ter no sistema respiratório.Lembrem da função do Bicarbonato na
respiração. Caso seja necessário,pesquisem em livros de Fisiologia.
A idéia é correlacionar a respiração de Kusmaul, que a paciente desenvolveu no caso
clínico da Diabetes, com a poliúria (desidratação). Leiam sobre a respiração de Kusmaul e
acidose metabólica. Correlacionem tudo, façam mapas mentais se quiserem para facilitar.
e me respondam:
Qual é a relação entre os sintomas desenvolvidos pelo rim e pelo pulmão? Qual a
relação entre estes sistemas que levou a paciente a desenvolver este quadro?
R: A respiração acelerada e curta não trouxe oxigênio necessário para equilibrar a
osmolaridade corporal. Reduziu o dióxido de carbono. O sangue baixou PH tornando-se
mais ácido, o rim foi sobrecarregado tentando tamponar o PH.
Referência bibliográfica

https://diacler.com.br/o-que-e-halito-cetonico/
https://sa.sol-m.com/noticias/quais-diferencas-entre-diabetes-tipo-1-e-2/
https://www.vix.com/pt/bdm/saude/halito-de-acetona-o-que-e-isso-e-quais-doencas-pode-
indicar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidose_metab%C3%B3lica

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