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ALIMENTAÇÃO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE

Por falta de controle no consumo de água, é extremamente comum os


doentes entrarem em diálise cheios de edema e com mais de 15 quilos de
excesso de líquido (1 litro de água pesa 1 kg).
Conforme passam-se os meses, a tendência é que o paciente em
hemodiálise urine cada vez menos, até chegar ao ponto em que mais
nenhuma urina é produzida. Neste momento, praticamente todo o líquido
consumido permanecerá no corpo até que o mesmo seja retirado pela
hemodiálise
 Consumo de água
É calculado a partir da fórmula: Volume de urina em 24 horas + 500
ml. (Caso o paciente ainda urine)
Ou seja, o paciente pode consumir a mesma quantidade de líquidos
que urina, mais 500 ml, equivalentes as perdas naturais ao longo do
dia

Se o paciente nada urina, o seu consumo ideal deve ser em torno


dos 500-600 ml (gasto naturalmente pelo corpo, ex: transpiração). Na
prática isto é muito difícil porque a dieta ocidental é muito rica em sal,
o que desencadeia a sensação de sede e faz com que o paciente
procure por água com mais frequência.

Indica-se que o paciente não perca mais do que 4% do seu peso em


uma sessão de 4 horas de hemodiálise. O excesso de peso e a
incapacidade de se atingir o peso seco ao final as sessões de diálise
está relacionado a uma maior mortalidade. 90% dos casos de
hipertensão em pacientes em hemodiálise estão ligados ao excesso
de líquidos.

A água que entra no corpo e não sai, precisa ir para algum lugar. No
começo ela fica dentro dos vasos sanguíneos causando hipertensão.
Depois, começa a extravasar e vai para as pernas. Por fim, o
excesso de líquidos começa a acometer os pulmões levando a
congestão pulmonar e, posteriormente, edema agudo do pulmão.

 Cuidados na alimentação
Sódio (sal): limitar o consumo de sal, pois causa sede e leva o
paciente a procurar mais água, já que o paciente com insuficiência
renal crônica não consegue eliminar o excesso de sal pela urina. A
alimentação do insuficiente renal deve ser preparada sem sal algum.
Potássio: é um sal mineral essencial para o funcionamento das
células. Porém, quando em excesso, pode levar a complicações
graves (Ex. parada cardíaca). O excesso de potássio no sangue é
chamado de hipercalemia. O potássio está presente em uma grande
variedade de alimentos e todo o excesso ingerido é
rapidamente eliminado na urina. Evite comer mais de 2 peças de
frutas por dia. Dê preferência àquelas que possuem baixo teor de
potássio, como maçã, uva, pêssego, abacaxi, tangerina e morango.
Proteínas: este grupo de pacientes é mais propenso a desenvolver
desnutrição, por isso é importante a ingestão de proteínas, o ideal é
dar preferência as proteínas de alto valor biológicos, que são as de
origem animal.

QUALIDADE DE VIDA
A DRC acomete acentuadamente o funcionamento físico e profissional do
indivíduo, bem como sua percepção da própria saúde. Os níveis de energia e
vitalidade são afetados, resultando na redução ou limitação das interações
sociais, culminado com o desenvolvimento de desordens associadas, inclusive,
à saúde mental do indivíduo
Além disso, durante o tratamento hemodialítico, pacientes têm experimentado
complicações associadas ao processo, que contribuem para uma piora
significativa na QV, acometida pela gravidade de intercorrências clínicas e/ou
complicações paralelas, tais como: dor, câimbras, náuseas, vômitos, diarréia
ou dispnéia, bem como pela quantidade de medicação exigida para aliviar os
sintomas.
Um dado importante a se considerar é uma tendência ao predomínio de
indivíduos do sexo masculino em tratamento hemodialídico, cerca de 60 a 70%
com relação ao grupo feminino. Os homens estão mais propensos a
desenvolverem devido ao estilo de vida, dieta considerados pouco saudáveis,
consumo de tabaco e consumo nocivo de álcool, bem como a subutilização de
serviços de atenção primária por homens.

REF:
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2021/08/
QUALIDADE-DE-VIDA-DE-PACIENTES-EM-TRATAMENTO-DE-HEMODI
%C3%81LISE_vers%C3%A3o-publica%C3%A7%C3%A3o.pdf

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