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Aluna: Ana Carolina Moura Ribeiro

Disciplina: TICs
Hipovolemia

A morte em crianças no contexto de quadro de diarréia persistente tem a


hipovolemia como uma das principais causas. Detalhe como realizar a forma ideal
de re-hidratação destas crianças.

*PLANO A:

1- Dar mais líquido do que o habitual para prevenir desidratação

2- Manter a alimentação habitual para prevenir desnutrição

3- Se o paciente não melhorar em dois dias, ou apresentar qualquer sinal, leva-lo ao


serviço de saúde

-Diarreia sem desidratação: zinco uma vez ao dia, por 10-14 dias. Até 6 meses de idade:
10mg/dia, maiores de 6 meses: 20 mg/dia

-Menores de 1 ano: 50-100 mL de líquido após cada evacuação diarreica

- 1-10 anos: 100-200 mL

- Maiores de 10 anos: quantidade que o paciente aceitar

- O tratamento é feito em domicílio

-Aumentar a oferta de líquidos para prevenir a desidratação. Oferecer solução de


reidratação oral de acordo com a aceitação do paciente, após cada evacuação ou vômito.

-Manter a alimentação habitual;

-Orientar os sinais de gravidade (aumento importante no número de evacuações, vômito


repetidos, sede, recusa a alimentos ou líquidos, febre, sangue nas fezes ou ausência de
melhora em 3 dias).

*PLANO B:

1- Administrar sais de reidratação oral (SRO). Não fazer a ingesta de alimentos paa
evitar vômito (com exceção do leite materno)

2- Apenas com a orientação inicial: o paciente deverá receber de 50-100 mL/kg, no


período de 4-6 horas

3- Durante a reidratação, reavaliar o paciente


- Se diarreia + desidratação = uso de SNG (perda de peso após 2 horas, vômitos
persistentes, distensão abdominal, dificuldade de ingestão)

- Uso de SNG velocidade: 20-30 mL/kg/h

-Redução em caso de vômito para 10 mL/kg

-Manutenção do estado de hidratação: fornecer envelopes de SRO, oferecer soro após


cada evacuação, +1 refeição até a recuperação nutricional

-Realizado na Unidade Saúde.

-É feita a Terapia de Reidratação Oral (TRO).

-Avalia-se o a paciente a cada hora, observando os sinais de desidratação, peso e


presença de diurese.

-Se desaparecerem os sinais de desidratação, utiliza-se o Plano A.

-Se o paciente continuar desidratado é indicado o uso de sonda nasogástrica (15-30ml/


kg/h da SRO)

-Se evoluir para desidratação grave inicia-se o Plano C.

*PLANO C:

-Diarreia + desidratação grave: crise convulsiva, alteração do nível de consciência,


choque, íleo paralítico

-Fase de expansão (rápida):

-Fase de manutenção e reposição:

-Reposição de volume para evitar hipovolemia e parada

- Consiste em hidratação venosa e deve ser feita em casos graves ou falha do plano B.

-Antes de iniciar a expansão, deve-se realizar a glicemia capilar, eletrólitos (Na, K) e


gasometria venosa.

-Avaliar o paciente continuamente.

-Se não houver melhora da desidratação, aumentar a velocidade de infusão

-Quando o paciente puder beber, geralmente 2 a 3 horas após o início da reidratação


venosa, iniciar a reidratação por via oral com SRO, mantendo a reidratação endovenosa.
- Interromper a reidratação por via endovenosa somente quando o paciente puder ingerir
SRO em quantidade sufi ciente para se manter hidratado. A quantidade de SRO
necessária varia de um paciente para outro, dependendo do volume das evacuações.

- Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida deve ser maior nas primeiras 24
horas de tratamento.

- Observar o paciente por pelo menos seis (6) horas.

-Os pacientes que estiverem sendo reidratados por via endovenosa devem permanecer
na unidade de saúde até que estejam hidratados e conseguindo manter a hidratação por
via oral.

*CUIDADOS ALIMENTAÇÃO:

- Não diluir alimentos

-Não restringir gordura (teor calórico)

*MEDICAMENTOS CONTRAINDICADOS:

-Antieméticos (metoclopramida)

-Antiespasmóticos (elixir paregórico)

-Antipiréticos

-Ondansetrona (vonau)

*ANTIPARASITÁRIOS:

-Antiparasitários: devem ser usados somente para:

- Amebíase, quando o tratamento de disenteria por Shigella sp fracassar, ou em casos


em que se identificam nas fezes trofozoítos de Entamoeba histolytica englobando
hemácias.

- Giardíase, quando a diarreia durar 14 dias ou mais, se identificarem cistos ou


trofozoítos nas fezes ou no aspirado intestinal.

*ANTIBIÓTICOS NA DIARREIA:

-Não são usados na diarreia aguda

-Septicemia

- Suspeita de infecção grave por Vibrião cholerae

- Amebíase ou Giardíase com confirmação laboratorial

-Desinteria (Shiguella e salmonella): reidratar paciente com planos A, B ou C e


antibioticoterapia
-Ciprofloxacino: 15 mg/kg a cada 12 horas, VO, por 3 dias

-Ceftriaxona: 50-100 mg/kg, intramuscular, 1 vez ao dia, por 2 a 5 dias, como


alternativa

- Se mantiver com sangue nas fezes: internação hospitalar

-Probioticoas: Úteis (abrevia em 1 dia a duração do quadro)

- Agentes antidiarreicos como loperamida ou difenoxilato podem ser úteis para reduzir o
número de evacuações em pacientes com doença leve.

-Anticolinérgicos (tintura de beladona, clidínio, brometo de propantelina e cloridrato de


diciclomina) são úteis para reduzir as cólicas, dores abdominais e urgência.

-O subsalicilato de bismuto é a droga de escolha quando o vômito é a principal queixa.

- VELOCIDADE - 20 a 30mL/kg/h – TRO: Soro venoso.

- Manutenção do estado de hidratação;

- Oferecer envelopes de SRO;

- Oferecer soro após cada evacuação;

- Manter aleitamento ao seio;

- +1 refeição até a recuperação nutricional.


Referências:
1- BRANDÃO, Marcelo B. et al. O óbito em crianças com diarreia aguda e choque em UTI.
Revista da Associação Médica Brasileira, v. 51, p. 237-240, 2005

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