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,
Não é normal o que anda de Acum .ulador de Energia Orgo , n,
gente abandonando suas terapias criação- do pai famoso. E . a
p sicana!(ticas car(ssimas, •
dona do cham ado '' Primeiro
demora das e excessivamente Auxílio Emocional'', utilizando
verbai s, n(l pro cura angustiada de os pr incípios da Terapi a
um novo tipo de tratamento. E Psiquiátri ca Ôrgon em problemàs
os 'fundarnentos da nova terapi a psico ssomátic os, foi assistente
baseiam-se na convicç ão de que do p apai Reich, fundou um
existe uma relação íntima e direta colégio pré-primário
entre o corpo e o ps iquismo, Montessori -Rei ch-Nei l, andou
como afirmava o papa da ensinando matemática, fís ica,
''nova '' terapêutica , o p sicanalista astronomia e eletrônica lá na
Wilhelm Reich , morto há quase Universidade do Maine . E foi na
25 anos . Reich , vá lá que sua batalha ''po r umà nova
ninguém ignore , foi o polêmico humanidade '' que a encontramos
contestador conseqüente nas suas lá na Guatemala, onde ficam9s
atitudes contra o autoritarismo e em longos papos , assistindo a
a repressão, o teórico da suas palestras e ... viemos junto
''ener-gia vital '': bloqueada , ela para o Brasil. Das informações
não consegue irra,diar-se por todo que nos deu, falando dos último s
o corpo, como resultado das ·· anos da vida do controvertido
tensões na fase da formação do autor de Função do Orgasmo ou .
caráter, completada aos 8 anos "Mat erialismo dialético e
de idade. psican álise'' tiramos esta
A doutora Eva Reich, Medi cal entrevista, toda gravada no
Doetor, o MD dos americanos, é barzi nho do térreo da
·a filha mais velha do famoso Embaixada do Brasil em
..psiéanalista . Nasceu lá por 1924 Guatemala City e no Challet
e emigrou em 1938 para os Suizo , pertinho dos Correios e
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Estados Unidos, onde apli cou, Telégrafos .
por mais de dez anos, o FRANCISCO HARDY
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FH - Eva, 111andaat um a bio•
grafia...
EVA - Sou médica, uma dos rrés
filhos de Wilhelm Reich. Tenho ou tra
i.rmã também médica, psicanalista,
que vive em Pittsburgh , Pensilvânia, a
d outora Loree Rubin . Meu outro ir-
mão é Petcr Reich , 20 anos mais moço
e filho de mãe diferente. Escreveu um
livro biográfico sobre nosso p_a.i.~-
oba vida tem sido de estudos: biologil!,
qu ando emigrei Eara os Estados p_ni-
d os. no Colégio Barn~rd, e medi_cma
na Universidade Médica da P_ensilvâ·
nia (no meu tempo , 7ra exclusivamen·
ae feinínina). Form ei-me em 1948, es-
tou con, 54 anos.
FN - E depois que tenninou seµs
estudos? . .
EVA - Nunca os terminarei . . :
Mas ao receber esse diploma pa ssei
dois anos como interna de hospital ,
fazendo c]jnica médica.
FH - Chegou a trabalhar com
Reich? .
EVA - Era o que ia contar .
Com ecei a trabalhar com ele·em 1950,
como assistente de .pesquisas , nos seus
últimos anos de vida , quando ele foi
p ara um· lugar chamado R angeley. Ali
criamos um instituto , o qual é atual-
mente um museu . Foi durante a ..Ex-
periCncia Oranur ". Farei conferências
.sobre isto no Brasil.
FH - E: ,n que consistia tal expe-
, riência?
EVA -:- E17 misturou ? princípi o
da "ener~a ".it_al ", ene rgia orgone ,
com a radioat1v1dade...
FH - , E que diabo vern a ser a
Org_o11on11a?
EVA - É a dência da energia da
.vida , tal como a imaginou Reich . Tem
re.laçã~ e-o·~ a sociologia , pedagogia e
med1crna psicossomá tica . Permite apli-
ca~ões na. física, 1?1atcmáticae astrono -
~ua. A ~.1oenerg1aé a enerçia cósmica
orgon,e .!:m f\!Sumo., ele insistia que
o ,espa_çonao está vazio, contrari .ando
E1nste1n.
Volt~ndo à experiência Oranur ,
c~rto. dia OCQrreu uma ~xplo são ra·
d10.a11va, provocando aquilo que bati-
zamo s como "doença O.ranur ". Todos
sofr e mos comela, chegueia ficar mui-
to doente e por {ssosarde.lá no mês de
abn1 seguinie. • '
Passei a dedicâr-me à Pediatria,
como residente no Hospital do gueto
nesro do Harlem, em New York.
Regre ssei ao Maine (Rangeley) , nova-
mente trabalhando com Reich , ainda
no Projeto Oranur . Ele desenvolvia
também um trabalho especial, o
'' Cloud Buster ", e o pr ojeto foi o
último da sua vida .
Acompanhei o desenvolvimento
do aparelho, aprendi a usá -lo. Desti-
nava-se a modificar o clima de uma
· micro -região , pela mudança do poten -
cial da energia vital na atmosfera.
Podia_-se, com o aparelho, provocar
chuvas artificiais, quando houve sse
muita bruma no ar . Era pos sível fazer
circular a ~nergia vital nessa atmosfe-
ra , tornando as condições climáticas
mais agradáveis . Simultaneamente , eu
exercia a medicina. O dr. Reich ficava
no oeste do Maine e eu me fixei na
oosta leste , numa pequena cidade
(Hancoch). Ficávamos a quatro horas
de distância , por carro .
Em 19.54ele resolveu experimentar
o ''Cloud Buster " no de serto. Aban-
donei o Hospital em Hanco .ch e juntei -
me à expedJ.ção, que ficou sediada no
deserto de Arizona. Foram cerca de
seis meses, quando ele aprovejtou pa-
ra escrever " Contac w1tb Space f \.
ainda inédito. O livro integra o proces -
so ilegal que sofreu nos Estados Uni -
dos, por parte ,da Food & Drug Admi-
nistration (FDA).
FH - E você considera ilegal o
processo que moveram nos Estados
Unidos contra Reich? Por que?
EVA _ Vamos falar bastante do
• 1
assunto, porque eu vivi todo o período
de perseguição a que (? submeteram .
Ele foi para uma cad eia , nunca Pª!ª
uma instituição para doentes mentais .,
note bem . Vou corrigir as versões que
espalharam pelo mundo . Há muita
mentira sobre a fase final da vida dele,
que aliás é pouquí ssimo conhecida.
Suas tentati vas para criar umidade e
clima agradável no deserto do Arizona
criaram polêmica. O julgamento foi
em 1956 e ele morreu na prisão em
1957.
A MULHER DEVE TER
TODOS OS F'ILHOS
QUE DESEJE, .
DESDE QUE OS
DESEJE!
FH - Parece-me que Reich afas-
tou-se muito da psiqui atria, em ·seus
último s an.os de atividade ...
EVA ~ Sua vida, no final, como
es~a~os yendo , não se dirigia muit<;> .à
psiquiatria , mas principa lmente à físi-
ca. Mas também aprof undou -se .no
problema da maternidade e dos re-
~ém-nascidos, porque o projeto mais
importante para ele, entre tantos ou-
tros, era a prevenção da s neuros~s.
~ecidira -se a estuda r e pesquisar maes
Jovens, pais jovens .e começar tudo a
partir' dos bebês tentando localizar e
eliminar os fatores que sabemos serern
as c~usas das neuro ses. Era o,,''Or~:
norruc Infant Research Center , de
nado a evitar o ''armoring ", ou seja, a
criação de uma carapaça _ protetora do
corpo contra as emoçoes. Era um
tra&alho. muit_o criad~r , que; me des-
pertava entusiasmo , Já que meu inte-
resse maior é no camp o da pe diatria
os direitos da crian ça (que só dev~
nascer. se for. mesmo
. d ese ja4a) . Acho
,
que isto seria import ante nos paises
como o Brasil , onde tenho notícia de
que nascem numer osos bebês indese-
jados... para engros sar o exército dos
que serão marg inalizados futura-
mente ...
FH - Isto nos leva ao tema do
controle da natalida de. Como encara a
limitação çtos filhos? Olhamos isto com
. cer~a desconfiança, principalmente de·
pozs que um certo senhor M e Namora,
Presidente do Banco Mundial , afirmou
ser el'! necessária, porqu e as crianças
de patses subdesen volvidos são mental·
mente inferiores .. .
EVA - E squeça esse s~nhor.
Control~ da natalid ade, para mlm i.éª
mulher ter os filh~s que deseja , se1am
q~antos · forem - e nenhum que ela
nao tenha querido ter.
A educação da mulher para ser
senh?ra d~ próprio corpo - ~ '?5
católi~os nao apreciam muito a idéia
- .foi parte da luta de Reich, há
muitos anos, ainda . na Alemanha , res:
~~~l°àente, c~ei clínicas para~
solt . e mocinha s e prováveis Pl
edu:
vid:ira~, estímulo à preven9ão da ~
2 nao desejada, especialmente
ra as que não têm ainda estrutura para
a maternidade.
FH - Alguns médicos - e também
mães - das classes mais favorecidas, ,
andam adotando exageradamente o
parto cesáreo. Qual é seu ponto de
. ?
VlSta . .
EV A - Estudo a aplicação suave
da ~io -energia para que _paja mais
..
nascimen to s naturai s. NA O AOS
PAR TO S MECANICOS! Luto pela
edu cação feminina no senti do de fazer
part os naturai s, sem tensões ou me -
dos , proc uro esclarecer sopre a sexua-
lidade , para transformar em coisa na-
tural as relações homem-mulher, sem
os. choques ,comuns ou sensações peca-
minosas . E a psiquiatria aplicada à
educação social , antecipando os pro-
blemas de futuras neuro ses.
FH - Você não acha curioso que
muitas coisas que o·.Reicb pre conizava,
nos ano s 20, ainda sejà tabu ·em muitos
lugares? ·
EVA - Como os direitQs da infân-
cia, por exertlplo. Por ist<:>é que , hos
últ imos 4 anos, ando faze ndo palt}S!ras
pelo ~uõdo , e m numero sos pais~s
par-a dizer muitas coisas sobre tais
assuntos ., para falar de Reich , porque
nãó se ensinam suas teorias ._, 9.eJo
meno s oficialmente - nas Uruvers1da-
des . Dedico -me à educação sexual,
pr even~o da gravidez iode se-jada , en:
sino como dev~ ser o nasciment<? natu-
ral e a necessidade de mante~ ~lhos e
maês juntos. Isto é a coisa matS impor -
tante manter o contato entre o bebe e
a má~ após o nascimento, pr4:>movere
estimular a alimentaçã~ no seif,om:t~
no, afinal esta é a pnmoira Ofl
ra~~ do homem! --'-
• -- - ----.......
FH - Como conseguir isto no
munq,o de hoje, quando a mulher,
considerada força produtiva, não se
dedica só aos trabalhos chamados '<do
lar' '?
EVA - Acho que . a sociedade
deve à mulher, no mínimo, apoio
ba~t~te para que tenha, pelos menos,
~o~s ~lhos, se forem desejados, volto a
U1S1st1r. Em cinco anos as crianças já
teriam condições para fr-eqüentar esco-
las maternais. Tudo, também, depen-
de do -típo de lugar onde se vive . Sou a
favor de um estipêndio, uma ajuda,
como já-fazem os suecos: dispensa do
trabalho por 9 meses, 8 deles com
pagamento integral, somente a metade
do 9° mês ...
FH - Você fala também do alêita-
mento natural ... quando muitas mães o
evitam, até por razões estéticas, embo-
ra paret;a incrível ...
, EVA - Aqui nos países latino-
americ~nos ainda há muita alimenta-
ção direta no seio materno, e só espero
que não procedam como nas camadas
mais sofisticadas da população, que já
começa a suprimir este hábito tão .
natural e tão importante. Uma organi-
zação internacional, ''La Teche Lea-
pe'•, trabalha neste sentido porque
,N evidência que neuroses, perversões
çrimes podem ser evitados a partir
~ hábito salutar.
. A FALTA DO PRAZER
FÍSICO ESTARIA NA RAÍZ
DAS VIOLÊNCIA S
FH - Li um "trabalho de 'James
Pr esco_tt, neuropsic6logo, . cientista e
• adm inist ,:ador do Instituto Nacional
para a Saúde da Criança e Desen volvi-
me nto Humano , de Be .thesda, Mary-
land . Ele relaciona a falta de prazer ~
corporal, no periodo .<J,e formação da
vida, . com a violência entre os homens.
Como encara os trabalhos de Presc.ott?
EVA - CQm o maior respei to e
aplau sos~ A vi?lên~ia entre os hQme~s
já é uma epiderma . . . cresce mais
depre ssa qu e o preço do petróleo . A
menos que as causas da vi<?lência se-
jam isoladas e tratadas, continuaremos
a viver num mundo de f!iCd:oe ap_reen-
sões . Oferecem -nos ~a ~ ~olêdn~1a cdo-
solução para a v10 1çnc1a, izen o
rno
ue a t écn1·ca é •'ser duro•'
. e deve
Co
q
prevalecer no combate ao cnme. lo-
•
•
-
car pessoas na cadeia ou aplicar casti-
gos físicos tem sido a 'fsolução'' ... só ·
que não funciona em parte alguma.
Prescott apóia as teorias de Reich e
tem escrito excel~ntes trabalhos, dan- .
do ênfase ao fato de que os bebês que
sentem praz .er com a · mãe, no seio
· onde se amamentam no· 1° ano, ·têm no
futuro atitudes positivas ~om relação à
-sexualidade. Ele pesquisou 49 grupos
culturais onde o 1ndice de violência é
muito . baixo (sem estupros, violênci as
· ou perver~õ -es) .e con~t~~ou que ne~sas
-soc1,edades havia muito contato ótimo
•
..
pernrlte uma ·.·,,~_lêrmca sQbre suas dife- -
. . '
O CARIµNHO DO BEBÊ
ACABARA LIQUIDANDO O
''PRINCÍPIO ESQUIMÓ''
,.
fH - E você, como fica , pol itica-
mente?
, EVA - Respondo politi camente ,
dizendo -lhe que tive com Reich uma
~ssociação profissional , embora tenha
. vívido com ele toda sua fase política .. .
há algo dentro de mim impregnado de
socialismo e do nacional-socialismo
com suas marchas militares , repressão
nas ruas ... Reieh disse-me um dia que
a política é "uma doença da humani-
• dade " , pois o ser humano está tão
perturbado nas suas funções básicas de
ser feliz, viver e trabalhar , que nãb se
dtsenv olve como gente.
F(:l - Reich não tentava influi r?
Era p ela autodetenninação?
EV.A - Ele pregava a P,rograma-
ção dos filhos, a autodetenn 1nação •de
~odos.e c~d,a um .no qu~ nos afeta., é
isto inclua as cn anças no lar e na
escola , as mães antes da gravidez os
jovens no desejo de fazer suas e;pe-
riências sexuais antes do casamen to e
tanta s outras coisas com que nos de-
frontamos na vida e que t11everiamser
por autodeterminação ~ e isto fun·
cionat
~
JESUS AMAVA
AS MULHERES,
PORQUE ELE GOSTAV A
DO AMOR E DA VIDA !
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org9smo do estrevisto com o f il ho do Reich foi
representado pelo Nicole Puzzi - o got inho qúe estó nos telos
c-omo Ariell a, personagem de Cossondro Rios, o escritora mais
censurado do BrosiL Antes de fazer o f il me do John Herbert,
Nicole jó linho ocelto o Convite oo Prozer e sido Prisioneira do
Sexo, ambos de Walter Hµgo Khouri,
Poro\"'oense de Floro( (que é perto de Novo Esperonc;o,
q ue é perto de Mondoguoc;u, que é perto de Mor ingó), Nicole
- dizem - ·,em 16 anos , Suo transo com Crlstione Torloni no
filme é openos obrigoc;óo trobolhisto . Portanto, os sopotões
que não se aproximem, Njcole gosto mesmo é de rivno
(po lovro, oliós, que não consto do Au rélio, por que?) • l
Nicole escreve contos e poemas, sempre inspirado em ,
Edgar Alon Poe. ADs 16 anos (êpol) fez este poema : "De pronto
e dores em vão/ em minha vida, tonto reclamo, / mos colo no
peito o conc;óo / de um dia poder comlnhor / nos broc;os de
quem eu amo, / no corpo que voi me o,nor ,"
'
•