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UFCD 0350
Rita Coelho
2016
Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
” A comunicação é um fenómeno tão antigo como o homem e tão comum como a própria vida, é
uma condição sine qua non da vida social e da vida organizacional. Comunicar é viver, assim se 1
pode traduzir o conceito comunicacional, quer se trate da vida social, económica, política ou
organizacional. O que significaria a vida se não houvesse comunicação? Poderemos também
questionar se existiria, alguma vez, vida organizacional se os seus membros não tivessem forma
de comunicar entre si e, com as entidades externas.”
Weick, 1987; Orlikowski & Yates, 1994; Clampitt, 2001
Sentido Etimológico
• “Communicare” significa pôr em comum, entrar em relação.
Sentido Linguístico
• Função principal da língua.
Sentido Geral
• Característica essencial de todo o organismo vivo, através do qual se estabelece relações de
interdependência quer para a sua sobrevivência, quer para o desenvolvimento da sua vida social.
Sentido Cultural
• Transmissão do património de uma civilização, às gerações seguintes.
Sentido Psicológico
• Processo de transmissão e receção de sinais e mensagens.
A palavra “comunicação” deriva do latim “communicare”, que significa pôr em comum, associar,
entrar em relação, estabelecer laços, tornar comum, partilhar. Troca de ideias, opiniões e
mensagens, sendo que contempla o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos.
É um fenómeno espontâneo e natural, que usamos sem darmos conta que esconde um processo
muito complexo, que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como
suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se
comunicar.
Rita Coelho
Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
TIPOS DE COMUNICAÇÃO:
Comunicação Unilateral • De via única, sem reciprocidade
Comunicação Bilateral • Alternância de papéis. Recebida a mensagem o recetor informa o
emissor.
FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO
A palavra “comunicação” deriva do latim “communicare”, que significa pôr em comum, associar,
entrar em relação, estabelecer laços, tornar comum, partilhar, como referido já anteriormente.
Pressupõe assim, a troca de ideias, opiniões e mensagens, sendo que contempla o intercâmbio
de informação entre sujeitos ou objetos. É um fenómeno espontâneo e natural, que usamos sem
darmos conta que esconde um processo muito complexo, que envolve a troca de informações, e
utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma
infinidade de maneiras de se comunicar. A comunicação é indispensável para a sobrevivência
dos seres humanos e para a formação e coesão de comunidades, sociedades e culturas. Temos
de comunicar, entre outras razões:
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Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
• Para interagirmos com os outros, conseguindo amigos e parceiros, tendo sucesso pessoal,
sexual e profissional, algo fundamental para a nossa autoestima e equilíbrio.
• Controlo
• Motivação
• Expressão Motivacional
• Informação
LEIS DA COMUNICAÇÃO
• Lei do Recetor
A comunicação é tanto mais difícil quanto maiores forem o número de recetores e a respetiva
heterogeneidade.
• Lei da Repetição
Quanto mais vezes uma mensagem for repetida, maior a possibilidade de ser memorizada.
• Lei da Simplificação
Quanto mais simples for uma mensagem, mais fácil será a sua compreensão e memorização
• Lei da Distorção
O conteúdo de uma mensagem altera-se à medida que é retransmitida de uma pessoa para outra
(‘quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto’).
• Efeito Boomerang
O efeito de uma mensagem pode ser exatamente o oposto do pretendido pelo emissor.
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Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
Comunicar é essencial para o homem porque se trata de um processo que faz dele aquilo
que ele é e permite que se estabeleça a relação interpessoal.
Todos os seres humanos comunicam através de sinais, que correspondem às suas
necessidades específicas de cada grupo social e cultural. Logo a comunicação difere entre
os povos e os grupos sociais.
Em todo o contexto interpessoal, existe sempre uma relação que pressupõe um processo
interativo de comunicação.
A comunicação é inevitável.
Tudo o que o indivíduo faz tem um valor comunicativo. Verbal ou silenciosamente afetamos os
outros, que dão, inevitavelmente, significado aos nossos comportamentos. Comunicamos
inúmeras mensagens, mesmo que não estejamos conscientes. Mesmo na situação em que há
duas pessoas, uma interessada em comunicar e a outra dando todos os sinais que não quer
comunicar, ainda assim esta última estaria a comunicar que não pretende comunicar.
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Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
A comunicação é universal.
Todas as sociedades comunicam. A linguagem está adaptada para responder às necessidades
da sociedade. O sistema de sinais utilizado emerge da relação e das necessidades que as
pessoas têm de exprimir a sua experiência no mundo.
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Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
1) A COMUNICAÇÃO VERBAL
Ela está patente quando a comunicação é utilizada por meio de palavras a comunicação verbal é
o modo de comunicação mais familiar e mais frequentemente usado. Inclui a comunicação escrita
e a comunicação oral, é a mais utilizada na sociedade em geral e nas organizações em particular,
sendo a única que permite a transmissão de ideias complexas e um exclusivo da espécie
humana.
Verbal – Oral
Refere-se a esforços de comunicação tais como: diálogo entre duas pessoas, dar instruções a um
colega, entrevistar um candidato a um emprego, informar alguma coisa a alguém, rádio, televisão,
telefone etc.).
Verbal – Escrita
Refere-se a: escrita, livros, cartazes, jornais, memorandos, relatórios escritos, normas e
procedimentos).
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2) A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
A comunicação não-verbal refere-se à transmissão de uma mensagem por algum meio diverso da
fala e da escrita, é uma das facetas mais interessantes da comunicação. Incorpora coisas como o
modo com que usamos o nosso corpo, os nossos gestos e nossa voz para transmitir certas
mensagens.
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A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma
reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.
A comunicação não-verbal engloba diversos intervenientes:
Expressão facial (ex: sorriso)
Movimento dos olhos (manutenção ou não do contacto ocular)
Movimentos da cabeça (ex. assentimento)
Postura e movimentos do corpo
Comportamentos não-verbais da voz (entoação, ritmo, velocidade)
A aparência
Silencio
…
Gestos
Os gestos foram, provavelmente, o primeiro meio de comunicação entre os humanos, antes
propriamente da linguagem falada.
Nós aprendemos a utilizar um código gestual e a interpretá-lo. Eles permitem definir os papéis e
os desempenhos sociais.
Expressões Faciais
Quando comunicamos, o nosso corpo também fala. As expressões que fazemos evidenciam
sentimentos, emoções e reações.
Através da nossa expressão facial podemos mostrar respeito ou desrespeito para com os outros.
O modo como olhamos e somos olhados transmite muitas coisas.
Silêncios
Os silêncios são elementos fundamentais do processo comunicacional.
Existem vários tipos de silêncios:
- Os que embaraçam;
- Os que criam vazios nas relações interpessoais;
- Os que significam troca de emoções e sentimentos, etc.
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Roupas e Acessórios
A maneira como nos vestimos comunica algo com os outros, não só através das cores (alegres,
garridas ou escuras), mas através dos tecidos e do corte utilizado.
Os uniformes, por exemplo, têm na sociedade um enorme valor comunicativo. Através deles
sabemos qual o papel desempenhado pelo sujeito. 10
Movimentos Corporais
A posição do corpo é determinante para a qualidade na comunicação.
Por exemplo, uma postura rígida pode significar resistência à interação. Uma postura ligeiramente
inclinada para o interlocutor favorece a escuta e a empatia.
Ao comunicar com o interlocutor evite:
- Braços cruzados;
- Mãos na cintura;
- Mãos nos bolsos;
- Mãos atrás das costas;
- Gestos agressivos;
- Apontar o dedo.
Sobrecarga de Informações:
Quando temos mais informações do que somos capazes de ordenar e utilizar.
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Tipos de informações:
As informações que se encaixarem com o nosso autoconceito tendem a ser recebidas e
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aceites muito mais prontamente do que dados que venham a contradizer o que já
sabemos. Em muitos casos negamos aquelas que contrariam nossas crenças e valores.
Atitude para com o interlocutor (não gostar do interlocutor ou ter preconceitos acerca
dele).
Para se comunicar com eficácia, é fundamental ter ideias positivas acerca das pessoas
com quem se comunica.
Quando não se gosta da pessoa com quem se comunica, ou rejeitamos a própria
comunicação ou não nos esforçamos para sermos claros e precisos na transmissão da
mensagem.
Fonte de informações:
Como algumas pessoas contam com mais credibilidade do que outras (status), temos
tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de informações recebidas de outras.
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Localização física:
A localização física e a proximidade entre transmissor e recetor também influenciam a
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eficácia da comunicação.
A probabilidade de duas pessoas comunicarem decresce proporcionalmente ao quadrado
da distância entre elas.
Defensidade:
Uma das principais causas de muitas falhas de comunicação ocorre quando um ou mais
dos participantes assume a defensiva.
Indivíduos que se sintam ameaçados ou sob ataque tenderão a reagir de maneiras que
diminuem a probabilidade de entendimento mútuo.
Para que a comunicação seja eficaz, necessitamos que o recetor esteja “connosco”, a fim de
evitar a indiferença e a contestação.
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Em qualquer situação, é importante que quem o vai ouvir, não só esteja atento, como também
sinta que valeu a pena estar ouvir. Para que tal aconteça, deve mostrar ao recetor que ele é
importante. Podemos demonstrá-lo através de:
Quando surgirem opiniões diferentes das suas, procure explorar a razões do outro (“Porque
pensa assim?”) e justifique o seu ponto de vista de forma objetiva e sem juízos de valor.
Dar espaço a outras ideias
Dê a oportunidade para os outros exprimirem as suas e ideias e necessidades, demonstrará
preocupação e consideração por eles. Ao procurar conhecer as opiniões dos outros, poderá
estabelecer pontos em comum e demonstrar envolvimento (“Sei que tem alguma opinião
sobre...”).
Não falar ao mesmo tempo, nem interromper
É importante esperar pelo momento apropriado para dar a sua opinião. Se cortar a palavra do seu
interlocutor, dará a impressão de que não considera válido o que ele tem para dizer.
Tipo de Barreiras:
mensagem.
Diferenças Culturais: As diferenças culturais (entre países, regiões, profissões) tendem a criar
mal-entendidos na comunicação.
Ruído: Representa tudo aquilo que interfere, na transmissão e receção das mensagens,
reduzindo a fidelidade destas. (Krone et. al., 1987)
Barreiras Externas
• As separações como balcões ou vidros,
• A distância entre o Emissor e o Recetor,
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• Temperatura e iluminação, podem ser consideradas barreiras externas, se se prejudicar o bem-
estar dos interlocutores.
Barreiras Internas
• Falar uma linguagem que não é entendida pelo interlocutor.
• Há necessidade de descodificação do código. 15
• Autoestima
• Escuta Ativa
Saber deixar falar
Atenção no que é dito
Não julgar
Não interromper
Não deixar transparecer as
emoções pessoais
Resistir ao efeito de halo
Reformular as mensagens
• Dar Feedback
• Empatia
• Assertividade
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Atitudes na comunicação
Atitude de Apoio
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...” tem razão...”
...” eu compreendo...”
...” tenha calma, tudo se resolverá...”
Atitude de Interpretação
...” o que você me quer dizer é...”
...” tem é inveja...”
...” vejo que você tem outros complexos de culpa...”
Atitude de Compreensão
...” eu compreendo...”
...” está preocupado com esse problema?...”
...” é realmente aborrecida, essa situação...”
Atitude de Exploração
...” preciso de mais dados para entender...”
...” que objetivo pretende atingir?...”
...” o que é que quer dizer?...”
Atitude de Avaliação
...” fez bem...”
...” fez mal...”
...” não devia ter feito...”
Atitude de Orientação
...” penso que devia fazer...”
...” faça como lhe digo...”
...” eu, se fosse a si, o que faria...”
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Consequências
o Atitude de Exploração
• Aumento da capacidade de análise 17
o Atitude de Avaliação
• Aumento da tensão entre emissor e recetor
• Endurecimento de posições
Aumento da agressividade
Redução da capacidade de comunicação
Ativação dos mecanismos de defesa do recetor
Inibição do recetor
o Atitude de Orientação
• Redução da capacidade de comunicação
• Imposição de autoridade por parte do emissor
• Tendência à contestação por parte do recetor
• Sensação do recetor em ser manipulado.
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1) Passivo
É uma atitude de evitamento perante as pessoas e acontecimentos. Em vez de se afirmar
tranquilamente, o passivo afasta-se ou submete-se, não age.
Porque não se afirma, ele torna-se, geralmente, numa pessoa ansiosa. Não age porque tem
medo das deceções. É normalmente tímido e silencioso.
Expressão corporal:
Comportamento:
-se de tudo.
ta.
-lhe as coisas.
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Consequências:
1. Desenvolve ressentimentos e rancores porque ao longo da sua existência vai sentindo que
está a ser explorado e diminuído.
2. Estabelece uma má comunicação com os outros porque não se afirma e raramente se
manifesta. Os outros não conhecem os seus desejos, interesses e necessidades.
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3. Utiliza mal a sua energia vital. A sua inteligência e afetividade são frequentemente utilizadas
para se defender e fugir às situações. Seria muito mais produtivo se investisse essas energias em
ações e soluções construtivas para si e para os outros.
4. Perda do respeito por si próprio, porque frequentemente faz coisas que não gosta muito e que
não consegue recusar.
5. A pessoa sofre.
Em suma:
Dificuldade em defender os seus interesses, em comunicar o que pensa, e em entrar em
desacordo com os outros (mas não porque seja polida ou goste de ajudar).
Evita o conflito.
Desiste facilmente quando é desafiado.
Não sendo capaz de alcançar os seus objetivos, acaba por ficar com sentimentos de culpa,
ressentimentos, Auto culpabilização, autoimagem negativa.
Comunica uma mensagem de inferioridade: ao sermos passivos permitimos que os
desejos, necessidades e direitos dos outros sejam mais importantes que os nossos.
Alguém que se comporte de forma passiva perde, ao mesmo tempo que permite aos
outros ganhar.
Seguir este caminho leva a ser-se uma vítima e não um vencedor
2) Agressivo
A agressividade observa-se através dos comportamentos de ataque
contra as pessoas e os acontecimentos. O agressivo prefere
submeter os outros a fazê-los aceitar. Fala alto, interrompe e faz
barulho enquanto os outros se exprimem. Desgasta psicologicamente
as pessoas que o rodeiam.
O agressivo pensa que é sempre ganhador através do seu método,
mas não entende que, se o fosse, não necessitava de ser agressivo.
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Expressão corporal:
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Comportamento:
Em suma:
Comunica sempre uma impressão de superioridade e de falta de respeito.
Ao sermos agressivos colocámos sempre os nossos desejos e direito acima dos outros,
violando os direitos dos outros.
As pessoas agressivas podem ganhar, ao assegurar-se que os outros perdem.
O indivíduo por vezes, sente-se incompreendido e julga que são os outros que deveriam
saber onde podem chegar.
Tende a procurar alcançar os objetivos atacando os outros.
Faz ameaças, ataques pessoais, intimidações. É sarcástico.
Tem explosões emocionais. É hostil. Não coopera.
Tende a duvidar da sua capacidade para resolver construtivamente os problemas, isto é,
através da confrontação direta, responsável e mútua.
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3) Assertivo
São pessoas capazes de defender os seus direitos e interesses e de exprimir os seus
sentimentos, os seus pensamentos e as suas necessidades de forma aberta, direta e honesta.
A pessoa afirmativa tem respeito por si própria e pelos outros, está aberta ao compromisso e à
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negociação. Aceita que os outros pensem de forma diferente da sua: respeita as diferenças e não
as rejeita.
Expressão corporal:
Comportamento assertivo:
Ouve bastante, procura entender.
Trata as pessoas com respeito.
Aceita acordos; soluções.
Aceita declarar ou explicar suas intenções.
Vai direto ao assunto, sem ser áspero.
Insiste na busca do seu objetivo.
Arte de se afirmar tranquilamente
Respeitando-se e respeitando os outros
É um estilo natural: não é mais do que ser direto e responsável ao interagir com os outros
Em suma:
• O indivíduo é capaz de defender, construtivamente, os seus próprios direitos (ou os do grupo) e
reconhecer os dos outros.
• É direto e franco.
• Acredita que a abertura é preferível ao secretismo.
• É firme na defesa das suas ideias.
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Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
• A assertividade consiste em defender a nossa esfera individual, de forma direta, aberta e
honesta, sem abusar da esfera individual do nosso interlocutor.
• A postura típica é: ‘Penso deste modo, sinto que isto deve ser feito desta maneira, mas estou
aberto a ouvi-lo e a conhecer a sua posição”.
• A partir de uma análise franca da situação, determinar claramente os nossos objetivos ou a
nossa posição perante determinada situação
• Ser capaz de transmitir a nossa mensagem sem ambiguidade 22
• Ser capaz de o fazer sem agressividade, admitindo sempre uma opinião diferente por parte dos
outros
Sinais de Assertividade
• Afirmação
• Solidariedade
• Orientação para a resolução de problemas
• Honestidade
• Transparência
• Respeito
• Objetividade
• Responsabilidade
• Igualdade
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4) Manipulador
O manipulador não se implica nas relações interpessoais. Esquiva-se
aos encontros e não se envolve diretamente com as pessoas e com os
acontecimentos.
O seu estilo de interação caracteriza-se por manobras de distração ou
manipulação dos sentimentos dos outros. O manipulador não fala
claramente dos seus objetivos. É uma pessoa muito “teatral”.
É um comportamento frequentemente encontrado em pessoas que se
querem afirmar sem terem poder para tanto.
Expressão corporal:
Comportamento:
Suspira de impaciência.
Exasperado, usa expressões como “não acredito no que estou a ouvir”.
Dá respostas indiretas, faz alusões sarcásticas, tem senso de humor irritante.
Faz “acertos de contas” indiretamente.
A dissimulação
A insinuação
O baralhar das cartas
A culpabilização
A sedução.
Sinais
• Falar baixo e por “segredinhos”
• Discurso com conteúdos diferentes conforme o interlocutor
• Utilizar a caricatura
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• Apresenta-se sempre como intermediário ou mediador
• Os planos por si delineados correspondem sempre aos desejos dos outros
b. Uma vez descoberto, o manipulador tende a vingar-se dos outros e, se tem poder,
utiliza-o para isso.
c. Dificilmente recupera a confiança dos outros.
d. O manipulador fica preso na sua própria ratoeira
e. Perde toda a credibilidade à medida que os truques são denunciados
f. A longo prazo fracassa sempre, por não ser capaz de estabelecer relações com os
outros na base da confiança recíproca
Em suma:
• O indivíduo parte do princípio que é mais fácil agir por interposta pessoa
• Pode levar os outros “à certa” sem que eles percebam
• É possível tirar partido das situações para chegar aos seus próprios fins
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Em síntese:
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Rita Coelho
Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
Rita Coelho
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Assumir uma postura assertiva na comunicação, isto é, ser direto/a, honesto/a e respeitoso/a
permite às pessoas serem mais construtivas na relação que desenvolvem com os outros:
Aumenta a autoconfiança e o respeito próprio diminuindo, ao mesmo tempo, a
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insegurança, vulnerabilidade e dependência de aprovação para aquilo que as pessoas
fazem.
Aumenta as reações positivas dos outros que passam a sentir mais respeito e admiração.
Diminui a ansiedade em situações sociais e as queixas somáticas de que sofrem algumas
pessoas (ex.: dores de cabeça, dores de estômago, insónias).
Favorece a comunicação interpessoal, pois possibilita uma maior proximidade entre as
pessoas e uma maior satisfação com a expressão das suas emoções.
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Exemplo de como fazer
Em vez de dizer:
- Tu irritas-me! …
- Tens razão …
- Sabes como é, ninguém consegue tomar decisões sobre estes assuntos, não é?
Dizer antes:
- Sinto-me irritado!
- Eu concordo …
- Eu estou a ter dificuldade em decidir!
3. Empatizar
Reconhecer o que o recetor (identificado com a letra B no exemplo) diz sobre a sua situação,
dificuldades, sentimentos e opiniões.
O recetor conseguirá perceber que o emissor (identificado com a letra A no exemplo) o está a
ouvir e a prestar atenção ao que é importante para ele. Desta forma pode-se construir uma base
de compreensão entre as pessoas.
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4. Respeitar os outros
O outro, tal como qualquer pessoa, tem uma opinião e sentimentos sobre as situações. Quando
se critica ou se rejeita um pedido a alguém, deve mostrar-se que não se trata de um ataque
pessoal a essa pessoa como um todo, mas antes que se está a dizer algo de específico em
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relação ao comportamento/pedido em questão.
A: Já revi o texto da carta e tenho apenas um pedido de alteração a fazer-te. Podes colocar o
nome completo, em vez de utilizares apenas o apelido?
B: Estás a ser demasiado picuinhas (que dá importância a ninharias) A: Quero que isto fique
exato. Por favor, não me descrevas como picuinhas.
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Depois de aceitar a crítica de alguém, se quiser pode oferece-se para mudar o seu
comportamento.
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Exemplo de como fazer
A: Concordo. Vou repensá-la e cortar o tempo para metade (oferecer-se para mudar)
Direitos assertivos?
¨Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel que
desempenho ou o meu status social.”
¨Eu tenho o direito de manter os meus próprios valores, desde que eles respeitem os direitos dos
outros.”
¨Eu tenho o direito de dizer NÃO e não me sentir culpado/a por isso.”
¨Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a alguém.”
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¨Eu tenho o direito de me sentir bem comigo próprio/a sem sentir necessidade de me justificar
perante os outros.”
¨Eu tenho o direito de dizer “Eu não estou a perceber” e pedir que me esclareçam ou ajudem.”
¨Eu tenho o direito de fixar os meus próprios objetivos de vida e lutar para que as minhas
expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.”
V. Escuta ativa:
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15. Abster-se de julgar a ideia até que o interlocutor a termine de expor.
16. Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi isso que o interlocutor pretendeu
comunicar.
17. Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar demasiado pela sua maneira de falar,
voz, vocabulário, gestos e aparência física.
18. Escutar mesmo que consiga antecipar o que vai ser dito.
19. Fazer perguntas para ajudar o outro a exprimir-se melhor. 32
20. Pedir, se necessário, que o interlocutor explique em que contexto está a utilizar
determinada (s) palavra (s).
Devemos:
Estabelecer contacto ocular
Fazer regularmente perguntas
Mostrar interesse
Ser compreensivo
Identificar os problemas e as causas
Encorajar
Estar calado quando necessário
Procurar o objetivo e o comprimento de onda do interlocutor
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Não devemos:
Desviar o olhar do interlocutor
Discutir
Interromper ou falar ao mesmo tempo
Tirar conclusões prematuras
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Dar conselhos sem nos pedirem
Deixar-nos influenciar demasiado pelas emoções
Utilizar gestos de distração
Falar ao mesmo tempo
Fazer promessas que não se possam cumprir
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Como se sente muito injustiçada com esta situação, a Carina exalta-se quando tenta falar sobre
isso com o Matias e começa logo a gritar com ele.
O Matias não gosta que gritem com ele por isso vira-lhe as costas e abandona a discussão,
acabam os dois sempre zangados e a situação fica na mesma.
O Matias e a Carina sabem que andarem sempre tristes não é bom nem para eles, nem para o
Rodolfo, por isso encontram-se finalmente motivados para alterar o rumo das coisas, ouvir
calmamente o que um e outro têm para dizer e pensar juntos numa solução apropriada.
Sentam-se no sofá, frente a frente, e olham-se diretamente. O Matias pergunta à Carina se quer
ser ela a falar primeiro e assim acontece.
Ela explica, de uma forma pausada e tranquila, o seu desagrado em relação à divisão das tarefas
domésticas e o quanto gostava de também ter tempo livre para poder participar nas brincadeiras
com o Rodolfo. A Carina sente, pela primeira vez, que o Matias está a mostrar interesse no que
ela tem para dizer e compreensão em relação à sua insatisfação.
Em vez de gritar com ele, a Carina opta por fazer uma descrição objetiva das diferenças das
rotinas diárias do casal, argumentando que a partilha equilibrada das tarefas da família traria
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benefícios para todos e, sobretudo, para o Rodolfo, que passaria mais tempo com o pai e a mãe
em harmonia, sem estarem sempre a discutir. Atenta aos sinais enviados pelo Matias através da
sua expressão facial e corporal, Carina percebe que ele ficou um pouco incomodado quando se
apercebeu que o seu comportamento estava a ser egoísta e injusto. Foi então que parou de falar
e perguntou ao Matias se queria dizer alguma coisa a propósito das suas considerações.
Reformulando o conteúdo da mensagem transmitida pela Carina, o Matias pergunta: Quer dizer 35
que afinal tu só queres é passar mais tempo com a tua família? E como é que podemos conseguir
isso?
Carina responde que é necessário introduzir uma mudança na organização e gestão das
atividades domésticas: O que é que acharias de passares a ser tu a tratar das refeições da
família, enquanto eu dou o banho ao Rodolfo e depois podemos dar-lhe o jantar e brincar com ele
os dois juntos?
Rodolfo concorda e reorganizam-se, nesse próprio dia, para por em prática a estratégia prevista.
VI. Empatia
A Empatia tem sido normalmente definida como a capacidade
psicológica que permite, de uma forma aprofundada e íntima, a
compreensão de ideias, sentimentos e motivações de outras
pessoas.
A empatia é uma ferramenta poderosa que permite com que duas ou mais pessoas
interajam de forma proveitosa. No fundo, é através da empatia que se criam as pontes de
comunicação entre duas pessoas.
No processo de comunicação:
Rita Coelho
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Não dê muita informação de seguida. Crie intervalos para controlar a sua receção.
Certifique-se que o recetor segue a sua linha de raciocínio.
Adapte a sua mensagem ao interlocutor, em função do seu nível sociocultural, idade, etc.
Fale de forma positiva (discurso positivo).
Evite utilizar a palavra “não”.
A sua mensagem deve transmitir confiança naquilo que está a dizer.
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Evite as gírias e as bengalas (ok, pronto...)
Evite frases longas.
Adote uma linguagem não-verbal coincidente e reforçadora da linguagem verbal.
Tenha em atenção à primeira impressão que cria no outro.
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O saber perguntar facilita a relação interpessoal, desde que essas perguntas sejam delicadas,
oportunas e discretas, respeitando o outro.
De uma maneira geral, as melhores perguntas são aquelas que conduzem a respostas
que, por sua vez, requerem mais perguntas, estimulando desta forma a comunicação entre as
partes.
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Tipo de pergunta
Aberta Qual;
Quem; 40
Como;
Porque;
Quando;
O que…
Fechada É;
Não é;
Será;
Não será;
Está;
Não está…
Retorno O que quer dizer com …
Fiz-me entender?
Estou a ser clara(o)?
Reformulação Está a dizer-me que …
A ideia que me quer passar é …
A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no
discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o
emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são
relacionadas e combinadas entre si.
Um conjunto de letras postas ao acaso não é uma palavra; «lvroi» não é uma palavra. Para
que se torne numa palavra do nosso código linguístico, a língua portuguesa, as letras
terão de ser estruturadas segundo um certa ordem: «livro».
Rita Coelho
Comunicação interpessoal: comunicação assertiva (UFCD 0350)
A Semântica é a ciência que visa estudar os problemas postos pela interpretação do significado
dos signos, ou seja, estuda o significado das palavras.
O significado atribuído à palavra depende de múltiplos fatores, nomeadamente experiencias
passadas, nível de educação, contexto, … 41
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Bibliografia consultada
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