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Ficha de Controlo de Leitura

D. João V promete mandar construir um Convento de franciscanos em Mafra se a rainha lhe der um filho no
prazo de um ano.
Os frades sabem que a rainha está grávida antes de D. João V.
Baltasar Mateus, Sete-Sóis, é mandado embora do exército por ter ficado sem a mão esquerda, num confronto
em Jerez de los Caballeros.
Baltasar pede esmola em Évora para colocar um gancho no lugar da mão. Depois, dirige-se a Lisboa. Tem
nesta altura vinte e seis anos.
Chega ao Rossio em dia de auto-de-fé; o povo sai à rua, comendo e bebendo em ambiente de festa.
Sebastiana, mãe de Blimunda, faz parte dos condenados.
O Padre Bartolomeu Lourenço aconselha a jovem Blimunda a não falar. Aqui, Sete-Sóis trava conhecimento com
eles. Inicia-se a relação amorosa entre Baltasar e Blimunda que tem então dezanove anos. O Padre vai ao Paço pedir
uma pensão de guerra para Sete-Sóis que vem a saber pelo amigo João Elvas que Bartolomeu tem o apelido de
Voador.
El-rei é o único na Corte que acredita no projecto de Bartolomeu, permitindo-lhe fazer experiências na quinta do
duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira. O Padre afirma que chamam ao seu invento passarola por desprezo e
pede a Baltasar que o ajude a concretizar o seu sonho.
D. Maria Ana está quase a dar à luz, mas a contra-gosto das congregações da Província da Arrábida, nasce uma
menina. Como D. João V cumpre a promessa, construir-se-á o Convento.
Baltasar e Blimunda vivem em união de facto por vontade própria. Sete-Sóis quer saber por que motivo a
companheira come antes de abrir os olhos. Blimunda explica-lhe os seus poderes e comprova-os descobrindo uma
moeda oculta na terra.
A rainha encontra-se grávida, de novo, e, desta vez, nasce um filho varão, o infante D. Pedro. El-rei vai a Mafra
escolher o lugar para levantar o convento.
Sete-Sóis trabalha na passarola e Blimunda vê as fragilidades do invento. O Padre Bartolomeu viaja para a
Holanda onde pretende aprender a arte de fazer descer o éter do espaço para que a máquina voe.
Em dia de tourada, após o espectáculo, Sete-Sóis e Blimunda partem para Mafra.
O pai de Sete-Sóis vendera as terras na Vela para el-rei mandar erguer o Convento.
Morre o infante D. Pedro e também o filho da irmã de Baltasar. Nasce D. José, futuro rei de Portugal.
D. João V adoece e D. Francisco deseja ocupar o lugar do irmão.
Bartolomeu, regressado da Holanda, dirige-se a Mafra, encontrando-se com Baltasar e Blimunda. Pede-lhes que
partam para Lisboa depois de ele escrever de Coimbra.
El-rei lança a primeira pedra do Convento. Este evento ocorre no dia 17 de Novembro de 1717.
Passada uma semana, Baltasar e Blimunda voltam à quinta do duque de Aveiro. Baltasar dedica-se à
construção da passarola, Blimunda recolhe vontades a pedido de Bartolomeu Lourenço que viaja entre Lisboa e
Coimbra. O padre assiste, na capital, à lição de cravo que Domenico Scarlatti dá à Infanta, de nove anos, e decide
mostrar a passarola ao músico que encomenda um cravo para tocar na abegoaria.
Entretanto, a peste grassa em Lisboa, proporcionando a recolha de vontades por Blimunda.
Bartolomeu é perseguido pela Inquisição e precipita o primeiro voo na passarola. O telhado da abegoaria é
destruído e o Padre, Baltasar e Blimunda voam sobre Lisboa, depois sobre Mafra. A máquina cai em Montejunto.
Passados dois dias Sete-Sóis e Sete-Luas chegam a Mafra onde o povo, em procissão, dá graças ao Espírito
Santo que tinha voado sobre o Convento.
Baltasar começa a trabalhar com os carros de mão nas obras do grandioso monumento.
Scarlatti informa Blimunda que o Padre Bartolomeu Gusmão morre em Toledo. Baltasar diz aos companheiros
de trabalho que já tinha estado perto do sol. Passa a conduzir uma junta de bois, das muitas que el-rei tinha comprado.
Sendo necessário ir a Pêro Pinheiro buscar uma pedra muito grande para a varanda que ficaria sobre o pórtico
da Igreja, são utilizadas duzentas juntas de bois para a transportar.
No meio da grande azáfama, na descida de Cheleiros, Francisco Marques é esmagado por uma roda do carro de
bois. Manuel Milho conta uma história por episódios.
Baltasar vai, de vez em quando, a Montejunto observar e reparar a máquina voadora.
D. João V pediu ao arquitecto João Frederico Ludovice para fazer uma igreja como a de S. Pedro em Roma.
Perante tal impossibilidade, ordena a ampliação do Convento de Mafra para albergar trezentos frades. Determina ainda
que a sagração da Basílica seja realizada no dia do seu aniversário, a 22 de Outubro de 1730 (daí a dois anos).
Os filhos do rei de Espanha casam com o infante D. José e a infanta D. Maria Bárbara de Portugal. A cerimónia
tem lugar à beira do rio Caia, na fronteira entre Portugal e Espanha.
Pela última vez, Baltasar despede-se de Blimunda fora da vila e dirige-se a Montejunto.
Já dentro da máquina, o sol reflecte-se nas bolas de éter e nas esferas e a máquina eleva-se.
Como Baltasar não regressa, Blimunda procura-o. Anda milhares de léguas, quase sempre descalça, passando
por Lisboa sete vezes. Na capital, ao repetir o itinerário de há vinte e oito anos, cheira-lhe a carne queimada, pois está
a decorrer um auto-de-fé. Entre os onze supliciados encontram-se António José da Silva e um homem sem a mão
esquerda que a mulher facilmente reconhece.
109 Blimunda, não tendo comido nada nesse dia, recolhe a vontade do companheiro que pertencia ao mundo e a ela.

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