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ELEMENTOS DA JURISDIÇÃO

São elementos da jurisdição, segundo a doutrina clássica: notio, vocatio, coertio,


iudicium e executio. Certo? Sim!

Atenção! Tema já cobrado em prova objetiva pela banca Cespe!

A Banca utilizou a doutrina de J. E. Carreira Alvim (Teoria geral do processo – 21. ed.
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense, 2018).

Leciona o autor que, segundo a concepção clássica, são elementos da jurisdição:

a) NOTIO – é a faculdade de conhecer de certa causa, ou de ser regularmente investido


da faculdade de decidir uma controvérsia, assim como de ordenar os atos respectivos.

b) VOCATIO – é a faculdade de fazer comparecer em juízo todos aqueles cuja presença


seja útil à justiça e ao conhecimento da verdade.

c) COERTIO (ou coertitio) – é o direito de fazer-se respeitar e de reprimir as ofensas


feitas ao juiz no exercício de suas funções (iurisdictio sine coertitio nulla est).

d) IUDICIUM – é poder de julgar e de proferir a sentença.

e) EXECUTIO – é poder de, em nome do Estado, tornar obrigatória e coativa a


obediência às próprias decisões.

Destaca-se que, para a moderna doutrina, a jurisdição compreende os seguintes


poderes jurisdicionais (o conhecimento dessa doutrina também foi objeto de
questionamento pelo CESPE):

a) PODER DE DECISÃO – Através desse poder, o Estado-juiz afirma a existência ou


a inexistência de uma vontade concreta de lei. Esse poder de dizer a última palavra sobre
o que é e o que não é o direito, é típico da atividade jurisdicional, com o que o juiz decide
o mérito dos conflitos, excluindo-o da apreciação de qualquer outro órgão, pertencente
aos demais poderes do Estado.

b) PODER DE COERÇÃO –Em virtude desse poder, faculta-se ao juiz determinar a


remoção de obstáculos opostos ao exercício de suas funções; sujeitar ao seu poder os
presentes à audiência (partes, advogados, assistentes); admoestar e afastar os infratores
etc. A testemunha, por exemplo, tem o dever de comparecer, podendo ser conduzida à
força se se recusar a colaborar com a Justiça. O juiz pode ainda requisitar a presença de
força policial, para vencer qualquer resistência ilegal, das partes ou de terceiros, no
cumprimento das suas decisões.

c) PODER DE DOCUMENTAÇÃO – Este poder resulta da necessidade de documentar,


de modo a fazer fé, tudo o que ocorre perante os órgãos judiciais, como termos de
assentada, de audiência, de instrução, certidões de notificação, de citação etc.

**DOUTRINA CLÁSSICA**:
**Notio;
**Vocacio;
**Coertio;
**Iudicium;
**Executio.

**DOUTRINA MODERNA**:
**Poder de decisão;
**Poder de coerção;
**Poder de documentação.

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