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DISCIPLINA - Gestão do escopo e do cronograma de

projetos

ESTUDO DE CASO

ATIVIDADE 3

A Nova Ponte sobre o Rio Guaíba

A construção de uma nova ponte sobre o Guaíba é uma necessidade a muito


sentida pelos gaúchos. Essa segunda travessia deve ampliar a interligação da
Região Metropolitana de Porto Alegre com o sul do Estado, proporcionando
uma conexão sobre o Delta do Rio Jacuí sem as interrupções que ocorrem
diariamente na ponte levadiça existente.
O empreendimento, quando entregue, terá uma extensão de 2,9 quilômetros,
com um total de 7,3 quilômetros em obras de artes especiais (alargamento da
ponte Saco da Alemoa, elevada e viadutos). Com 28 metros de largura nos
vãos principais, a pista contará com duas faixas de rolamento
com acostamento e refúgio central.
O desafio dessa construção é o fato de a obra atravessar uma Unidade
de Conservação Ambiental, o Parque Estadual Delta do Jacuí, e necessitar
de atenção especial durante a sua execução. Os programas ambientais
previstos no processo de licenciamento ambiental nortearão as ações de
mitigação, controle e monitoramento para que seja possível assegurar a
manutenção da qualidade ambiental das áreas impactadas. A obra está em
execução desde 2014; porém, entraves como a desapropriação das famílias
que vivem nas Ilhas, que aguardam novas audiências de conciliação, estão
impedindo o perfeito desenvolvimento do projeto.
Outro problema relevante se encontra na altura da nova ponta
em determinados pontos. Consideravelmente mais baixa que a antiga ponte,
parte da obra está interrompendo a travessia de barcos de passeio entre as
ilhas do Pavão e dos Marinheiros. Navegadores da região afirmam que o
empreendimento poderá, inclusive, vir a prejudicar o fluxo terrestre de
automóveis em épocas de cheias, como nos meses de setembro e outubro.
Moradores locais afirmam que a ponte atual, apesar de mais alta, já dificulta a
navegação quando o Guaíba está mais alto. Em um nível considerado
normal, pode-se tocar com as mãos no novo empreendimento, o que mostra
que será impossível passar com lanchas pelo local em caso de cheias.
Questionado, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes)
informou somente que “a obra estava de acordo com o Estudo de Viabilidade
Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) aprovado para o empreendimento”.
Sobre as desapropriações das famílias da região das ilhas do Guaíba,
comunicou que um novo mutirão de conciliação vai ocorrer nos dias 4, 5 e 6 de
dezembro de 2019 na Justiça Federal, com a participação de equipes
dos seguintes órgãos: Justiça Federal (JF), Dnit-RS, Advocacia Geral da União
(AGU), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério Público Federal
(MPF). Sem a realocação das famílias cadastradas em 2014, a obra só
poderá avançar até 90%. Ao todo, já foram investidos cerca de R$ 464 milhões
no empreendimento.
Em relação à altura, o erro está constatado, e a solução é refazer um trecho de
200 metros entre a Ilha Grande dos Marinheiros e a Ilha do Pavão.
O projeto foi desenvolvido pelo consórcio Ponte do Guaíba, formado
pela construtora Queiroz Galvão e EGT Engenharia, que também é
responsável pela obra. O Dnit endossou o estudo e autorizou o começo dos
trabalhos.
A explicação do Dnit não deixa claro se o reparo será feito. Caso a
decisão seja de não fazer o conserto, há risco de a ponte ser bloqueada na
região se houver elevação do Guaíba. Também há risco de a construção sofrer
problemas estruturais com a cheia.
Se o reparo for autorizado, o consórcio Ponte do Guaíba terá que ajustar
o projeto prevendo a alteração. Esse processo poderá atrasar em
aproximadamente seis meses o ritmo de obras no local, levando-se em conta
desde os prazos médios para realização do levantamento até o período da
construção. A nova ponte do Guaíba atingiu 84% de conclusão. O Dnit tinha
um plano de liberar parte da travessia ainda em 2019, mas esse erro poderá
atrapalhar a intenção.
A obra começou em outubro de 2014, mas os mutirões judiciais de conciliação,
que vão garantir novas moradias para quem precisam ser reassentados, só
começou em 2018. O término das obras, que deveria ter ocorrido em outubro
de 2017, foi prorrogado para junho de 2020. O Dnit ainda precisa de R$ 180
milhões para conseguir finalizar travessia.
QUESTÕES

1- Como um Plano de Gerenciamento de Escopo poderia ter


auxiliado neste projeto?

O gerenciamento de escopo é parte fundamental para atingir a


satisfação do cliente. Conhecer, delimitar, controlar e organizar o escopo
pretendido se enquadra em um dos grandes pilares a serem alcançados
pelos gerentes dos projetos e a falta de um bom Gerenciamento de
Escopo é uma das principais causas de falhas em projetos.

Contudo no estudo de caso ficou claro a não importância dos processos


pertinentes ao gerenciamento do escopo, que quando o escopo não é
registrado e documentado de forma definida, facilita a constante
mudança de projeto, resultando em um aumento de custo e prazo de
toda a obra e consequentemente a insatisfação de todos os envolvidos.

Neste sentido, o plano de gerenciamento do escopo auxiliaria na (nas),


no (nos):

 Definições e controle do que está e do que não está nele incluso;


 Problemas de comunicações;
 Determinações, expectativas ou desejos das partes interessadas;
 Riscos não avaliados corretamente;
 Mudanças de prioridades constantes ou falta de prioridade;
 Estimativas incorretas;
 Retrabalho em função das falhas;
 Objetivos mensuráveis,
 Coleta requisitos, afim de buscar informações primárias que;
descrevem os objetivos finais e imediatos do projeto
 Limitações impostas ao projeto;
 Premissas (fatores assumidos como verdadeiros, suposições,
hipóteses)
 Ações corretivas e preventivas.
2- Como as alterações de escopo necessárias devem ser tratadas
em nível de plano de gestão de cronograma?

O plano de gestão de um cronograma diz respeito, basicamente, ao


tempo que levará para que todas as etapas de determinado projeto sejam
concluídas..
Contudo um cronograma sempre deve ser baseado no calendário. Pois ele
envolve tomar decisões por consenso para manter um equilíbrio entre tempo,
custo e qualidade.
Nesse sentido alterações no escopo impactam significantemente no
cronograma e devem ser tratadas com ações especificas como:

Definição da sequência de atividades: essa ação serve para sequenciar as


atividades, quem precisa ser executada primeiro e as que precisam ser
executadas depois respeitando toda a lógica do processo;

Estipula a duração de cada atividade, esta função é importante pois ela vai
estipular tempo da entrega do projeto, mais também respeita o tempo que elas
precisam para serem entregues;

Controle da realização das atividades, processo que serve para acompanhar


verificar se cada entrega foi realizada dentro dos prazos estipulados e se a
sequência estabelecida está sendo seguida, o famoso estimado x realizado.

Dessa forma a gestão de cronograma permite a antecipação de falhas onde é


possível visualizar tarefas atrasadas ou que estão sendo executadas na ordem
errada, garantindo que ações sejam tomadas para compensar esses atrasos.
3- Quais mecanismos de Controle de Escopo e Cronograma você
utilizaria para garantir a entrega do produto do projeto de acordo
com o novo planejamento?

MECANISMO DE CONTROLE DE ESCOPO


Check-list - Assegurar que o trabalho relatado descreve exatamente o
trabalho realizado.

Reuniões de consenso

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