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ANO XLI • Nº 308 • SETEMBRO DE 2019 • MENSAL • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIAGNÓSTICO DOS SENSORES E


ATUADORES DO MOTOR EA 111

São inúmeras as falhas que podem ser apresentadas por um motor. Isso PEÇA CERTA
acontece principalmente devido à grande quantidade de modificações que
o sistema de gerenciamento do motor precisou sofrer para atender às nor- Grande novidade
mas de emissão de poluentes e às exigências impostas pelo mercado para para a Linha
que o consumo de combustível seja cada vez menor. Economy!
Nesta edição, conheceremos alguns testes necessários para a solução de
determinadas falhas de motor, sobretudo no modelo EA 111 – 4 cilindros
- 1.6 litros.
EDITORIAL

T-CROSS É O MELHOR ANO XLI • Nº 308 • SETEMBRO DE 2019 • MENSAL • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIAGNÓSTICO DOS SENSORES E


ATUADORES DO MOTOR EA 111

São inúmeras as falhas que podem ser apresentadas por um motor. Isso PEÇA CERTA
acontece principalmente devido à grande quantidade de modificações que
o sistema de gerenciamento do motor precisou sofrer para atender às nor- Grande novidade
mas de emissão de poluentes e às exigências impostas pelo mercado para para a Linha
que o consumo de combustível seja cada vez menor. Economy!
Nesta edição, conheceremos alguns testes necessários para a solução de
determinadas falhas de motor, sobretudo no modelo EA 111 – 4 cilindros
- 1.6 litros.

NO_SET19_v1.indd 1 02/09/2019 18:17:10

JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Marcelo Gabriel
MTB: 36065/SP

CONSELHO EDITORIAL:
Aguinaldo Rodrigues
André Aiello
Claudinéia Braga
Cleber Lorenzi
Eleito pela Revista Quatro Rodas como “Melhor Compra 2019”, o modelo já é um su- Crisleide Rocha
cesso de vendas e, também entre os fãs. A revista também aponta Virtus e Tiguan como Cristiano Norberto
campeões em suas categorias. Daniel Morroni
O Volkswagen T-Cross segue imbatível entre os SUVs no mercado nacional. O modelo Elder Evangelista
acaba de ser eleito pela Revista Quatro Rodas como o grande campeão do levantamento
Gabriel Rimi
“Melhor Compra 2019”, realizado pela publicação, que analisou 75 modelos em 25 cate-
Luiz Fernando Tiosso
gorias. Além de ser o vencedor na categoria de utilitários esportivos até R$100.000,00,
o T-Cross também foi considerada a melhor opção de compra entre todas as faixas de Luiz Toller
preço. Rodrigo Bueno
Outros dois produtos da Nova Volkswagen foram reconhecidos. O Virtus Comfortline Rodrigo Facini
foi eleito o melhor automóvel até R$ 100 mil e o Tiguan Allspace faturou em dose dupla: Victor Hugo Silveira
venceu a categoria de SUV até R$ 160 mil com a versão Comfortline 250 TSI, e a de SUV Wagner Carrieri
até R$ 270 mil com a configuração R-Line 350 TSI.
Para selecionar os melhores veículos, os jornalistas da revista consideraram preço de EDITORAÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO:
tabela, desvalorização, seguro, rede de concessionárias, reparabilidade, equipamentos, Germinal Editora e Marketing Ltda.
peças (preço dos itens mais utilizados na manutenção e peças mais comuns de pequenas IMPRESSÃO:
colisões) e custo das revisões. Além dos opcionais disponíveis, da dirigibilidade e do con- Log & Print Gráfica e Logística
junto mecânico.
Tiragem: 50 mil exemplares
No ponto “conjunto mecânico”, a sua percepção, reparador, é fundamental, servindo
como base para todas as demais, pois é você que convive com a tecnologia Volkswagen
em sua oficina e reconhece sua qualidade e evolução.
Agora que você já sabe do sucesso das novas linhas Volkswagen, nada melhor do que
aproveitar a leitura de mais esta edição da revista NOTÍCIAS DA OFICINA. A revista Notícias da Oficina quer saber mais sobre
Boa leitura! você. Mantenha sempre atualizada a sua assinatura
através do site reparadorvw.com.br ou entre em con-
Equipe TV Notícias da Oficina Volkswagen tato pela Central de Relacionamento Notícias da Ofi-
cina: (11) 3071-4633.

2 | NOTÍCIAS DA OFICINA | SETEMBRO 2019


REPARAÇÃO PASSO A PASSO CAPÍTULO 1

OS PRINCIPAIS SENSORES E ATUADORES


DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DOS
MOTORES ASPIRADOS ATUAIS
O sistema de injeção eletrônica de com- cadores de direção, pisca alerta etc.) e também tanque de combustível. Funciona com o prin-
bustível já equipa os motores ciclo Otto há evitar ativar os limpadores dos vidros, para que cípio On/Off, e tanto sua ativação como sua
algumas décadas. De lá pra cá, várias modifi- não haja danos nos vidros por estarem secos. desativação são feitas por meio do controle do
cações foram feitas, sobretudo para otimizar relé da bomba de combustível J17. A pressão
a eficiência dos motores, reduzir o consumo Triângulo do fogo máxima nessa linha é de 7 bar, porém existe um
de combustível e, principalmente, atender às Sabemos que, para que haja a combustão regulador de pressão (totalmente mecânico) no
exigências das normas vigentes de emissão de nos cilindros, são necessários o fornecimento e próprio corpo da bomba de combustível, que re-
poluentes. o controle de três elementos: o combustível, o duz essa pressão para aproximadamente 4 bar.
Nesta edição, nos basearemos na tecnolo- comburente e o calor. • Válvulas injetoras eletromagnéticas: são o
gia empregada no motor EA 111 - 4 cilindros - principal componente do sistema de injeção do
1.6 L - 8 válvulas - Total Flex, que equipa, entre Combustível combustível. O seu perfeito funcionamento in-
outros veículos, o Gol ano 2015. O motor possui um sistema de alimenta- fluencia a qualidade do fornecimento de com-
ção de combustível controlado pela ECU, que bustível para todas as combustões. No caso
Sistema de gerenciamento do motor fornece esse combustível na dose exata e no de substâncias indesejadas no combustível,
Todo o funcionamento do motor é geren- momento exato para cada cilindro. Para isso as válvulas injetoras são as principais afetadas,
ciado pela ECU (Unidade de Controle do Motor) alguns componentes eletroeletrônicos são uti- pois a quantidade de combustível injetada para
J623. Esta atua como um cérebro, processando lizados. São eles: cada combustão deve ser exata. Esse controle
todos os sinais de entrada recebidos através de • Bomba de combustível: fica instalada no é feito pelo tempo que a válvula injetora deve
sensores e de sinais suplementares de entrada, permanecer aberta (em milissegundos), ou seja,
e adotando os regimes do motor. pelo tempo de injeção. O teste mais eficaz em
válvulas injetoras é realizado por meio das má-
Alimentação da ECU quinas de limpeza ultrassônica. Os testes a se-
Boa parte das falhas que surgem nos siste- rem realizados são de resistência da bobina ele-
mas de gerenciamento do motor estão ligadas tromagnética, vazão, spray e funcionamento.
aos circuitos de alimentação das unidades de
controle. Os circuitos existentes na ECU rece- Testando as válvulas injetoras com o
bem alimentação da linha 30 (positivo direto) osciloscópio
e da linha 31 (negativo). De uma forma geral, É muito comum encontrar técnicos efetu-
esses cabos de alimentação podem ser iden- ando medições nas válvulas injetoras com os-
tificados principalmente pela área de secção ciloscópio. Porém, a maioria conecta as pontas
transversal (bitola), por serem mais espessos do osciloscópio de forma inadequada.
do que os cabos de sinais de entrada e de saída. A forma mais correta de efetuar testes de
Para efetuar as medições de tensão é im- funcionamento das válvulas injetoras com o
portante que a ECU não seja desconectada. É uso de um osciloscópio é instalar o equipa-
preciso seguir os seguintes passos: mento em paralelo ao injetor. A ponta negati-
• Utilizar pontas de medição, que deverão va (geralmente na cor preta) do equipamento
ser aplicadas pela parte traseira do conector do deve ser conectada ao cabo de chaveamento
Por meio do diagrama elétrico é possível observar
chicote, penetrando-as por entre as borrachas que a ECU chaveia a alimentação negativa da linha do injetor, isto é, ao cabo pelo qual a ECU envia
de vedação dos terminais e as paredes do co- de comando do relé J17, através do pino 50 da ECU, o sinal de pulso negativo, para que esse injetor
nector. Assim que as pontas estiverem em con- e é conectado na entrada 85 do relé. Essa linha de passe a trabalhar. Já o cabo de sinal (de cor ver-
tato com a parte metálica dos terminais, basta comando ainda recebe alimentação externa, oriunda melha) desse equipamento deve ser conectado
ligá-las a um equipamento de medição (multí- do fusível SA34, a qual entra pelo pino 86 do relé. Por à alimentação positiva do injetor.
meio desse comando a ECU pode acionar a bomba de
metro ou osciloscópio) e efetuar as medições. combustível a qualquer momento, inclusive quando é
• Ligar vários consumidores, mesmo os que, desativado o sistema de alarme e o condutor abre a Comburente
na sua opinião, não possuem nenhum tipo de porta para acessar o veículo, o que serve para garantir Para controlar o ar admitido pelo motor, a
ligação com a ECU. Convém evitar ligar consu- o fornecimento total do combustível no momento da ECU conta com uma Unidade de Válvula Bor-
midores de funcionamento intermitente (indi- partida do motor. boleta (popularmente chamada de corpo de
SETEMBRO 2019 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 3
REPARAÇÃO PASSO A PASSO

missão: trata-se de um sensor de característica


NTC (Coeficiente de Temperatura Negativa). O
seu sinal tem variação de 0 a 5 volts em fun-
ção da variação da temperatura, porém inver-
samente proporcional a ela. Ou seja, à medida
que a temperatura do ar de admissão aumenta,
o valor da tensão no cabo de sinal do sensor
G42 diminui;
A ilustração apresenta Já nesta ilustração há G71 – Medidor de pressão do ar de admis-
uma captação de sinal uma falha no circuito, seja A Unidade de Válvula Borboleta possui um conector são (ou MAP): trata-se de um componente
do injetor em circuito no na alimentação positiva, de ligação de seis pinos: que trabalha com o princípio Strain Gage, isto
qual não existem falhas. seja no chaveamento. Por 6 – Alimentação positiva de 5 volts dos potenciômetros,
conectado ao pino 7 da ECU;
é, possui uma membrana de silício que se de-
A tensão se mantém com o isso, você pode visualizar
mesmo valor até o corte do 2 – Massa para os potenciômetros, conectado ao pino forma com a variação da pressão no coletor
uma queda de tensão
chaveamento pela ECU. nesse sinal, o que pode 9 da ECU; de admissão. Essa variação é processada por
ser a causa do defeito do 1 – Cabo de sinal do sensor G188, conectado ao pino um circuito eletrônico no interior do sensor, o
motor. 39 da ECU; qual produz um sinal de 0 a 5 volts que tem
4 – Cabo de sinal do sensor G187, conectado ao pino
25 da ECU;
comportamento diretamente proporcional à
borboleta). Ela é composta por dois poten- Os valores de tensão dos sensores G187 e G188 se pressão. Dessa forma, à medida que a pressão
ciômetros para a identificação da posição da invertem a todo instante, variando entre 0 e 5 volts. Isto no coletor de admissão aumenta, a tensão no
válvula borboleta e um propulsor elétrico, que é, se o G187 estiver com 3,5 volts, o G188 estará com cabo de sinal desse sensor também aumenta.
trabalha tanto para abrir quanto para fechar 1,5 volts (geralmente, a somatória dos dois valores está
próxima de 5 volts).
essa válvula. 5 e 3 – Cabos de alimentação do propulsor da
Estratégia Speed Density
válvula borboleta G186. Eles são responsáveis pelo Com os valores desses sensores a ECU é
Potenciômetros de posição da válvula bor- funcionamento desse propulsor, o qual inverte o sentido capaz de determinar a densidade do ar admi-
boleta – J187 e J188 de giro a todo instante e funciona por PWM (Pulso tido. Assim, nas partidas com o motor frio, a
Trabalham sob o princípio de redundância, com Largura Modulada). Esses cabos são conectados, estratégia Speed Density é ativada e o motor é
respectivamente, nos pinos 50 e 49 da ECU.
ou seja, os sinais desses dois sensores servem capaz de funcionar mais facilmente.
para que a ECU identifique e confirme a exata
posição de abertura da válvula borboleta qual-
quer que seja o regime do motor.
Princípio de funcionamento: cada um des-
ses sensores é um resistor que sofre variação
por meio de movimentos mecânicos. Esses po-
tenciômetros recebem em suas bases poten-
ciais positivos (de 5 volts) e negativos. Em cada Na figura temos o diagrama elétrico de um pedal do
um dos pontos de saída do sinal, a ECU envia acelerador e seus potenciômetros. Apesar de utilizarem
potencial negativo, proveniente de um resistor o mesmo conector de seis pinos, os potenciômetros têm
Pull Down (que recebe esse nome porque utili- alimentações distintas, provenientes da unidade de
controle do motor (ECU). O sensor combinado de temperatura e pressão do
za na sua base um potencial negativo), que fil- ar de admissão fica alojado no coletor de admissão,
Para o G185 temos os pinos:
tra o valor de tensão de saída. Esse valor varia 6 – Cabo de sinal, conectado ao pino 46 da ECU; em uma das laterais, em posição estratégica para a
entre 0 e 5 volts de acordo com a posição de 1 – Alimentação positiva de 5 volts, conectado ao pino captação do ar.
cada potenciômetro. 25 da ECU;
5 – Alimentação de negativo, conectado ao pino 1 da Sistema de ignição
Pedal do acelerador ECU. Os transformadores de ignição são respon-
Para o G79 temos os pinos:
Da mesma forma que o controle da válvula 4 – Cabo de sinal, conectado ao pino 32 da ECU;
sáveis por produzir a centelha, que é levada
borboleta não é mais feito por meio de cabos 2 – Alimentação positiva de 5 volts, conectado ao pino pela vela de ignição até o cilindro para que haja
de aço, o pedal do acelerador não os utiliza e 26 da ECU; combustão. Para isso a ECU fecha o circuito
passou a trabalhar com sinais de potenciôme- 3 – Alimentação de negativo, conectado ao pino 5 da primário do transformador. A energia é carre-
tros. Ou seja, para a necessidade do condutor ECU. gada nesse transformador e, enquanto isso, o
de acelerar o motor do veículo a ECU conta pistão do cilindro que receberá a próxima ig-
com dois potenciômetros, G185 e G79, insta- Sensores de temperatura e pressão do ar nição se desloca para cima, realizando a fase
lados no pedal do acelerador, que trabalham de admissão da compressão. Alguns graus APMS (Antes do
com sinais de 0 a 5 volts. Porém, a redundância Para que seja determinada a quantidade de Ponto Morto Superior), a ECU corta o chave-
aqui funciona de forma diferente. O sinal do ar admitida pelo motor, o sistema conta com amento negativo do transformador, fazendo
sensor G185 tem sempre valor de tensão de os valores de dois sensores que, fisicamente, com que uma tensão seja induzida no circuito
aproximadamente metade do valor de tensão formam uma peça única. Esses sensores são: secundário do transformador, o que resultará
do sinal de G79. G42 – Sensor de temperatura do ar de ad- na centelha de ignição e, consequentemente,
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REPARAÇÃO PASSO A PASSO

na combustão no motor. Para cada cilindro ha- te da roda geradora de pulsos na frente do tamento do ponto de ignição em 0,35° para
verá um ciclo como esse de produção e forne- sensor. Essa variação no cabo de sinal é lida cada cilindro que tenha acabado de realizar
cimento de centelha de ignição. pela ECU através do pino 2 do conector de uma combustão. Ou seja, sempre para a pró-
56 pinos; xima ignição de um cilindro a centelha será
Transformador de centelha dupla 3 – Negativo, alimentado pela ECU atra- disparada 0,35° mais cedo do que a anterior.
Para esse componente a ECU fornece dois vés do pino 8 do conector de 56 pinos. Isso fará com que o motor obtenha ganho de
sinais de chaveamento, um para cada par de Com o sinal do sensor G28 é possível rea- torque a todo instante. Porém, caso determi-
cilindros, os chamados Cilindros Gêmeos (1° e lizar as funções de: nado cilindro esteja adiantado demais, sofre-
4°, 2° e 3°). • Identificar a rotação do motor, já no iní- rá uma detonação espontânea, o que interfe-
cio da partida; re no funcionamento do motor. Assim que o
• Calcular a posição angular de cada pis- sensor de detonação capta e envia o sinal de
tão nos seus respectivos cilindros; detonação para a ECU, esta atrasa o cilindro
• Permitir que a gestão do motor efetue a em 3° e logo inicia novamente a jornada de
estratégia Misfire, ou seja, identifique e con- ganho de torque, voltando a adiantar o ponto
te a quantidade de falhas de cada cilindro, de ignição em 0,35° a cada combustão.
com o intuito de evitar danos físicos a esses
cilindros no caso de um número excessivo de
falhas consecutivas.

Nesse tipo de transformador as centelhas são enviadas


para os pares de velas dos cilindros. O que estiver no
final da compressão realizará a combustão.
Os pinos para conexão do transformador de centelha A figura ilustra um momento de combustão detonante,
dupla são: isto é, uma detonação ocasionada pela frente de chamas
1 – Sinal de chaveamento 1, conectado ao pino 21 da da combustão espontânea versus a ignição realizada no
ECU; momento da centelha.
2 – Sinal de chaveamento 2, conectado ao pino 33 da
ECU;
3 – Positivo pós-chave, protegido pelo fusível SA7 na Sensor de fase do cabeçote – G40
caixa de fusíveis localizada na central elétrica, no lado A figura ilustra o posicionamento do sensor G28 e da O sistema de ignição ainda conta com um
esquerdo abaixo do painel de instrumentos; roda geradora de pulsos nas proximidades do flange sensor, instalado na tampa do comando de
4 – Alimentação negativa. traseiro do motor. Essa roda geradora possui 58 dentes +
uma falha correspondente a dois dentes. Por meio dessa válvulas, que lê o movimento rotacional des-
configuração, a ECU é capaz de determinar o movimento te comando através de uma roda geradora
Sensor de rotação do motor – G28 rotacional da árvore de manivelas, somando-se 6° para de pulsos. Essa roda possui uma codificação
Para identificar a rotação da árvore de cada dente que passa pelo sensor. mecânica de dentes e janelas, os quais fazem
manivelas utiliza-se um sensor Hall localiza- com que o sinal gerado no G40 seja de ondas
do no flange traseiro do motor, o qual possui Controle do avanço de ignição para ga- retangulares, porém com períodos de flan-
o retentor do volante. Esse sensor lê o mo- nho de torque cos positivos e negativos diferentes. Isso faz
vimento rotacional de uma roda geradora O ponto de ignição de todos os motores com que o processamento da ECU seja ca-
de pulso que também faz parte desse flange atuais é definido por meio da ECU, graças ao paz de identificar o posicionamento de cada
traseiro. O sensor G28 necessita de alimen- trabalho do sensor de detonação G61. Esse um dos quatro pistões e em qual fase cada
tação, por isso possui três pinos: componente trabalha com o princípio piezo- um está trabalhando (admissão, compres-
1 – Positivo de 5 volts, alimentado pela elétrico (material que gera tensão à medida são, combustão ou escape). O sinal do G40
ECU através do pino 10 do conector de 56 que sofre alguma deformação), o que signi- ainda é utilizado na estratégia Misfire (que
pinos; fica que não necessita ser alimentado para conta falhas dos cilindros), pois, sempre que
2 – Cabo de sinal, o qual recebe uma gerar o seu sinal. Ele está localizado exata- ocorre uma falha no cilindro do motor, a ECU
tensão de 5 volts proveniente de um resis- mente no meio do bloco do motor, para que consulta o sinal de G40 para concluir qual foi
tor (chamado de Pull Up) no interior da ECU. seja capaz de captar a detonação de cada um o último cilindro que realizou a combustão.
O sensor derruba essa tensão de 5 volts do dos cilindros. Com isso, o mapa de ignição Com isso, a falha é registrada para o cilindro
cabo de sinal toda vez que existe um den- estabelece um ciclo de trabalho de adian- exato.
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REPARAÇÃO PASSO A PASSO CAPÍTULO 2

DIAGNÓSTICO NO SISTEMA DE INJEÇÃO


DE COMBUSTÍVEL
Se o motor apresentar falha de cilindros, o funcionamento de emergência. A válvula bor- Falhas de sincronismo do motor
motivo pode ser uma avaria no sistema de ali- boleta para de se movimentar e permanece Caso o motor apresente pouco rendimento,
mentação e injeção do combustível, no siste- com uma pequena abertura predeterminada pouca força nas saídas, porém maior velocidade
ma de ignição ou no sistema de admissão do ar. pela construção da unidade. Quando se pisa no final, ou ainda falhas registradas no sistema de
Sabemos que o primeiro passo no nosso diag- pedal do acelerador, a eletrônica do motor re- diagnóstico relacionadas com o sensor de fase
nóstico é consultar a memória de avarias da conhece que não pode contar com a abertura do cabeçote G40, é importante inicialmente re-
unidade de controle do motor, pois geralmen- e o fechamento da válvula borboleta e, assim, alizar a conferência do sincronismo do motor.
te a característica da falha registrada ajuda no passa a trabalhar no mapa de ignição e no tem-
rumo que você deve tomar para encontrar a po de injeção para obter uma pequena varia-
falha. Havendo ou não uma falha registrada, ção na rotação do motor, a qual permite que o
convém realizar a leitura dos blocos de valores condutor consiga se deslocar com o veículo em
de medição da estratégia Misfire (a qual conta baixa velocidade.
falhas dos cilindros) com o uso do aparelho de
diagnóstico. No caso de ECU que trabalhe com
o protocolo de diagnóstico KWP (Protocolo por
Palavra-Chave), os blocos de valores são:
14 – Informa a quantidade total de falhas
de todos os cilindros;
15 – Informa, respectivamente, as possí-
veis falhas dos cilindros 1, 2 e 3;
16 – Registra as possíveis falhas no ci-
Conforme a figura, para conferir o sincronismo do
lindro 4. motor 1.6 L - 4 cilindros - 8 válvulas, basta posicionar os
Como já vimos no capítulo anterior, os sensores G187
e G188 trabalham enviando sinais de tensão com pistões em 1º e 4º a PMS (Ponto Morto Superior). Além
uma variação entre 0 e 5 volts, porém com os valores disso, a marca de engrenagem da árvore de manivelas
invertidos entre si. A ilustração apresenta os blocos deve ser posicionada no ressalto com a marcação “2V”
de valores de medição IDE 01649 e IDE 07475, pelos (Seta B) e a marcação da engrenagem do comando
quais é possível avaliar o funcionamento dos sensores deve estar no pino plástico de referência, localizado na
à medida que a válvula borboleta se movimenta. carenagem de proteção da correia dentada (Seta A).

Outro recurso para a conferência do sincro-


nismo do motor é a utilização de um osciloscó-
pio de dois canais. Captando simultaneamente
os sinais dos sensores de rotação da árvore de
Nos veículos em que a ECU trabalha com o protocolo manivelas G28 e de fase do cabeçote G40, é pos-
de diagnóstico UDS (Serviço de Diagnóstico Unificado), sível conferir se o sincronismo está em ordem.
a identificação numérica dos blocos de valores O regime de funcionamento do motor para
é diferente. Os cilindros podem ser analisados,
a análise é o de marcha lenta. Nessa condição,
respectivamente, pelos blocos de valores IDE01975,
IDE01976, IDE01977 e IDE01978. As quantidades de o sinal do G28 deve apresentar uma onda re-
falhas são apresentadas na tela do equipamento de tangular, na qual você poderá contar 12 dentes
diagnóstico. Convém que o valor apresentado em cada após a falha, o que corresponde ao ponto de
um dos blocos de valores seja 0.0, o que representa que Para realizar testes de funcionamento dos sensores do ignição em 12° APMS (Antes do Ponto Morto
não existem falhas no cilindro. pedal do acelerador, também por meio de equipamento Superior).
de diagnóstico, basta selecionar os blocos de valores
IDE00392 (para o sensor 1) e IDE00393 (para o sensor O sinal do sensor de fase do cabeçote – G40
Falhas na Unidade de Válvula Borboleta 2). Diferentemente dos potenciômetros da unidade de possui dentes e vales com larguras diferentes,
Se ocorrer alguma falha no controle da válvula borboleta, os sensores do pedal do acelerador para que eletrônica reconheça as fases dos ci-
válvula borboleta de aceleração, a luz-espia variam os valores de tensão à medida que se pressiona lindros. Por isso convém comparar o sinal do
do controle de aceleração eletrônica (EPC) se o pedal, porém o sensor 2 sempre apresenta o dobro veículo em diagnóstico por imagens de sinais
da tensão do sensor 1.
acende e o sistema adota uma estratégia de salvos em banco de dados.
6 | NOTÍCIAS DA OFICINA | SETEMBRO 2019
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SETEMBRO 2019 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 7

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